sábado, 27 de novembro de 2021

Yantras e o Gaudiya Vaisnavismo

Yantras são poderosos instrumentos de visualização e meditação.
Seguindo a tradição dos Saktas e Saivas, a meditação do Sri Yantra feita por eles é impersonalista.

Sri Yantra adorado pelos Saktas



"O Bindu (ponto central do Yantra) é a fusão de todas as direções em todos os níveis, um ponto onde "tudo é" e tudo termina."
(Madhu Khanna, "Yantra - O Símbolo Tântrico da União Cósmica")
Vejamos a concepção Gaudiya Vaisnava de Yantra:

Sat Kona


Na literatura Védica mais antiga conhecida, o Sri Brahma Samhita [na medida em que tem sido atribuído ao Senhor Brahma e composto logo após a criação], a Sat Kona (estrela de seis pontas com um hexagrama dentro) é mencionada em uma descrição da morada suprema de Goloka, a morada de Krsna.

karnikaram mahad-yantram sat-konam vajra-kilakam
sadanga-satpadi-sthanam prakrtya purusena ca
premananda-mahananda-rasenavasthitam hi vat

"O centro da flor de lótus divino é o núcleo - residência de Krsna. É presidido tanto por uma metade que predomina e outra metade que é predominada. Ele é mapeado como um símbolo místico hexagonal [sat-konam].

Como um diamante, a Entidade Suprema refulgente de Krsna, a fonte de todas as potências divinas, preside como o pivô central.

O grande Mantra de 18 sílabas [Gopala Mantra], o qual é formado por seis partes integrais, manifesta-se como um local hexagonal com seis divisões."

[Sri Brahma Samhita, Ch-5, Tx-3]

tat-kinjalkam tad-amsanam tat-patrani sriyam api

"O núcleo desta eterna morada santa que é chamada Gokula é a terra hexagonal da morada de Krsna.

Os estames ou pétalas são as residências dos vaqueiros ou Gopas, que são o próprio Krsna. Seus queridos amigos e devotos amorosos que são parte de Si próprio.

Essas moradas aparecem como muitas paredes, todas lindamente refulgentes. A folhagem extensa de lótus constitui as sub florestas que são as moradas das donzelas amorosas de Krsna, lideradas por Sri Radhika."

[Sri Brahma Samhita, Ch-5, Tx-4]

Na prática da devoção [Krsna Bhakti] três itens importantes são dados para ajudar o devoto a perceber a Suprema Realidade.

Mantra, Yantra e Sri Murti.

Mantra é a representação sonora da Realidade Suprema, Yantra é a representação simbólica ou mecanizada do Mantra e Sri Murti é a forma tridimensional [pessoal] do Mantra manifesta aos sentidos do devoto para receber o serviço dele ou dela.

No geral, no Gaudiya Vaisnavismo contemporâneo, os Yantras não estão mais em voga como eram antigamente. A preferência é dada a Sri Murti, que é adorada com os Mantras apropriados. Embora Yantras não estejam, na maior parte mais em uso entre Gaudiyas, este não foi sempre o caso. Em tempos idos todos os ramos da Vaisnavismo usavam Yantras em seu culto e meditação diária.

A descrição dada no significado do Brahma Samhita diz que o Gopala Mantra [klim krsnaya govindaya gopijana-vallabhaya svaha] se manifesta como os seis lados da figura hexagonal [Krsnaya, Govindaya, Gopijana, Vallabhaya, Sva e Ha] e que o Bija [Klim] é o pivô central.

Sat Kona está configurado de tal forma que aqueles que utilizam o Yantra para meditação e que desejam profundamente entrar nos passatempos divinos de Krsna devem primeiro entender seis objectivos do Mantra, ou seja,

1) a forma intrínseca de Krsna [Krsnaya],
2) a forma intrínseca dos passatempos de Krsna em Vraja [Govindaya],
3) a forma intrínseca das atendentes íntimas de Krsna, as Gopis [Gopijana],
4) a forma intrínseca da plena auto-rendição a Krsna, daqueles que são amados de Krsna [Vallabhaya],
5) a forma intrínseca da alma pura de cognição divina [Sva], e
6) a natureza intrínseca da alma para prestar serviço amoroso transcendental a Krsna [Ha].

Aquele que, em virtude de estar bem estabelecido em tais realizações do Mantra alcança firmeza [nistha] no engajamento da alma no serviço divino [abhidheya] e, finalmente, atinge o objetivo supremo da vida [prayojana] O QUAL é estar engajado em serviço transcendental espontâneo amoroso a Krsna no ego de uma serva de Srimati Radharani.

Na fase de prática [sadhana], pela graça do Mantra assistido por Sat Kona, os passatempos manifestos de Krsna em Gokula podem aparecer no coração de um devoto. E no estágio de perfeição [siddhi] um devoto pode perceber os imanifestos passatempos de Krsna em Goloka.

No início do século 20 o grande Gaudiya Vaisnava Acarya, Sri Bhaktisiddhanta Sarasvati inspirou-se nas descrições da suprema morada de Krsna no Brahma Samhita e, assim, incorporou a Sat Kona no logo da Gaudiya Matha. De facto, o logotipo da Gaudiya Matha é em si um Yantra Vaisnava.



No centro hexagonal do logotipo da Gaudiya Math, Sarasvati Thakura colocou o Bija Mantra Om [em lugar de Klim, para mostrar que Om e o Brahma Gayatri não são diferentes de Klim] juntamente com o Nama. Nos seis pontos [sat] do Sat Kona ele colocou as seis opulências, ou seja, fama [yasa], beleza [sri], conhecimento [jnana] renúncia, [vairagya], a riqueza [aisvarya] e força [virya].
Além disso, Srila Sarasvati Thakura usou o Yantra Sat Kona como o plano de piso para o templo de Sri Sri Guru Gauranga Gandharvika Giridhari no Sri Caitanya Matha em Mayapura.

O Logotipo da Gaudiya Matha. Desenhado por Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur.

"Desenhado por Srila Sarasvati Thakura, o logotipo da Gaudiya Matha retratava bhagavata-marga (o caminho da devoção centrado em sravana e kirtana, culminando na devoção espontânea, Raga-bhakti) e pancaratrika-marga (o caminho de bhakti de acordo com regulamentos prescritos nas escrituras, vidhi-marga, centrado na arcana) funcionamento lado a lado. As palavras eram escritas em Devanagari Sânscrito ou Bengali.

O lado direito representa bhagavata ou raganuga-marga, e à esquerda, pañcaratrika ou vidhi-marga.

No segmento superior está o Senhor Caitanya, Sua mão erguida, incentivando todos a participarem em kirtana. À Sua esquerda está o Srimad Bhagavatam. Abaixo (na posição de 15 horas) está Sri Radha-Krsna e a palavra raga, significando Raga-marga.

Abaixo d'Eles há uma prensa, uma mrdanga e a palavra kirtanam - significando que tanto cantando os nomes de Krsna com o acompanhamento de mrdanga, bem como a impressão de livros sobre Krsna, são formas de kirtana, sendo esta combinação o sadhana principal para raganuga-bhaktas.

Na parte de baixo tem um símbolo de tilaka e as palavras guruh e gaudiyah. À esquerda está um sino, a palavra arcanam e um lâmpada de ghee.

Acima destes estão Sri Laksmi-Narayana em um trono e a palavra vidhih, indicando o modo para adorá-Los. Acima d'Eles está o Pancaratram, que descreve o processo de arcana.

Dentro dos seis triângulos formando uma estrela no centro estão as palavras que indicam as seis opulências proeminentes da Suprema Personalidade de Deus: (de cima, prosseguindo no sentido horário) yasah (fama), sri (beleza), jnanam (conhecimento), vairagyam (renúncia), aisvaryah (riqueza) e viryah (força).

Escrito no centro da estrela está o OM nama. OM é geralmente considerado como a representação sonora inespecífica da verdade absoluta, mas é entendido pelos Vaisnavas como sendo Bhagavan e Sua potência interna. Nama é o nome específico da verdade absoluta, a Personalidade de Deus Sri Krsna, e não sendo diferente d'Ele é o possuidor das seis opulência.

Certa vez um pandita fez a seguinte pergunta para Srila Sarasvati Thakura sobre o logotipo de Gaudiya Matha: "Todas as representações são tradicionalmente indianas exceto a prensa. Por que você incluiu este ítem estrangeiro? "Srila Sarasvati Thakura respondeu: "Nada usado para o kirtana do senhor Caitanya é estrangeiro ou indiano, mas aprakrta. Quando usada no serviço a Krsna, a impressora é tão sagrada quanto a parafernália de arati ou o khol [mrdanga] e karatalas." (Bhakti Vikasa Swami)


No cânone Vaisnava encontramos menção de numerosos Yantras tais como o Visnu Yantra, Laksmi Yantra, Gopala Yantra, Radha Yantra, Sudarsana Yantra, Narasimha Yantra, Gayatri Yantra, etc

Sudarsana Cakra Yantra



O seguinte é um verso em louvor de Sudarsana a partir de textos Pancaratrika dos Sri Vaisnavas mencionando Sat Kona:

sankham cakram capam parasu-
masimisum sula pasankusastram
bhibhranam vajrakhedau hala musala-
gada kuntam atyugra dhamstram
jvala kesam tri-netram jvalad -
anala-nibham hara-keyura bhusam
dhyayet sad-kona samastham
sakala ripu jana prana samhara cakram

"Oh! grande Cakra, retire a vida de todos os nossos inimigos. Medito em Ti, que reside no meio de Sat Kona com uma concha, Cakra, arco, machado, espada, tridente, laço, aguilhão, mísseis, trovão, arado, pilão e maça. Tens presas terríveis, cabelo de fogo, três olhos e a intensidade de um inferno furioso e estas adornado com enfeites e colares."

Poderoso Narasimha Yantra




Os Yantras acima mencionados são hoje usados principalmente por secções ortodoxas de Vaisnavas na Índia [Sri Vaisnavas e Madhvas] e são mais ou menos ornamentais, em vez de funcionais no Sadhana diário de Gaudiya Vaisnavas.

Da mesma forma que as Murtis são instaladas como Deidades, os Yantras também podem ser instalados com Pranapratistha.
Eu tenho um Narasimha Yantra instalado por um discípulo de Prabhupada Sriman Sadhya Srestha Prabhu.

Portanto, no devido tempo, estes Yantras podem voltar a encontrar o seu caminho de volta para uso mais popular.

Por exemplo temos o Goloka e Dança da Rasa Yantra.



Por visualizar e recitar todos os
Bija e Mula Mantras deste Goloka e Dança da Rasa Yantra e ao mesmo tempo cantarmos o Maha Mantra Hare Krsna poderemos gradualmente desenvolver nossa relação amorosa com o Supremo.

Também temos o Krsna Yantra que pode ser visualizado da mesma forma.


No centro hexagonal do Krsna Yantra, as seguintes palavras aparecem: Krishnaya Govindaya Klim sadhya Gopijanavallabhaya Svaha.

Nos cantos do hexágono estão os Bija Mantras Hrim e Shrim.

Fora do hexágono esta o Mula Mantra de Krisna : Klim Krishnaya Namah.

Nas pétalas do Yantra esta um longo Mantra: Namah Kamadevaya Sarvajanapriyaya Sarvajansammohanaya Jvala Prajvala Sarvajanasya Hridayamavamsham Kurukura Svaha.

Por volta das oito pétalas estão os Matrikas ou letras do alfabeto sânscrito enquanto nos ângulos da parede de protecção estão os Bija Mantras Hrim Shrim mais uma vez.

Também temos o Yoga Pitha Yantra em Vrindavana


Pétalas (no sentido horário, de cima):

Tungavidya, Phullakalika, Sudevi, Ananga Manjari, Lalita, Kalavati,
Visakha, Subhangada, Citra, Hiranyangi, Indulekha, Ratnarekha, Campakalata, Sikhavati, Rasadevi, Kandarpa Manjari.

Pontos de compasso:

Norte (portão oeste) - Menaka
Sul (portão leste) - Vrinda devi
Leste (portão norte) - Muralika
Oeste (portão sul) - Vrindarekha

Centro no anel azul (no sentido horário, de cima):
Lavanga Manjari, Kasturi Manjari, Sri Rupa Manjari,
Manjulali Manjari, Rasa Manjari, Rati Manjari, Guna Manjari, Vilasa Manjari.

Pontos da estrela de seis pontas (Sat Kona):
Gopala Mantra

Espaços entre pontos da estrela:
Kama Gayatri

Centro do hexágono: Sri Krsna / Srimati Radharani

Este é um Yoga Pitha Yantra em Madhurya Rasa, mas não podemos esquecer que os Sakhas (Priya Narma Sakhas) também participam dos passatempos íntimos de Krsna e Suas Sakhis.

Subala é dedicado a Radharani, Madhumangala é dedicado a Lalita, Ujjvala é dedicado a Vishaka e assim por diante.

E desta forma os Vaqueirinhos íntimos em Sakhya Rasa podem e devem ser incuídos na visualização e meditação deste Yoga Pitha Yantra.

Também há um Yoga Pitha Yantra em Sakhya Rasa.

No santuário de encontro (yoga pitha) em Sakhya Rasa, Sridama fica no portão ocidental, Sudama no portão norte, Vasudama a leste, e Kinkini no portão sul. No centro estão Krsna e Balarama, e nas oito pétalas deste lótus hexagonal estão Stoka Krsna, Angshuka, Bhadrasena, Arjuna, Subala, Vilasa, Mahabala, e Vrsabha. No centro deste hexágono de ouro está esculpido o Bija Kama, Klim, que é Sva Sadhya (auto-realizado).

A visualização e meditação destes Yantras enquanto recita-se o Maha Mantra Hare Krsna é um Sadhana poderoso para revivermos nossa relação amorosa com o casal divino e Seus associados.

O Sadhana interno é dividido em duas categorias, a saber espontâneo (svarasiki) e estático (mantramayi).

O Sadhana interno espontâneo Svarasiki (Asta Kaliya Lila) só poderá ser realizado em estados avançados. No entanto o Sadhana interno estático (Mantramayi) pode e deve ser realizado nas fases iniciais.

Um exemplo de Mantramayi é dado no Caitanya Caritamrta:

"Eu medito sobre Sri Radha e Srila Govinda Deva, que estão sentados em um belo trono em um palácio de jóias sob a sombra das árvores dos desejos em Vrindavana, rodeado por muitos amigos queridos e servas que ansiosamente os servem." (Cc 1.1.16 )

Esta reunião ocorre em um Yogapitha "o local de união".

Sri Radha e Krsna, juntamente com os Seus associados, reunem-se três vezes por dia na plataforma de Yogapitha para abençoar os Seus devoto e aceitar o Seu serviço.

A reunião da manhã ocorre em Gupta Kunda perto de Nandisvara, a reunião do meio-dia ocorre em Madana Sukhada Kunja no Radha Kunda, e a reunião noturna ocorre em um templo de jóias do Maha Yogapitha e Govinda Sthali .
Narottama Dasa diz: "Os passatempos eternos do Senhor são cheios de felicidade; que eles possam sempre se manifestar em minha mente!"

Perfeição no cantar do Santo Nome de Krsna

No Harinama Cintamani, Srila Bhaktivinoda Thakura descreve cinco passos progressivos que auxiliam a alcançar a perfeição no cantar do Santo Nome de Krsna:

1 – “No início um devoto deve evitar as dez ofensas e simplesmente absorver-se no Santo Nome por cantar constantemente. Ele deve distintamente pronunciar o Santo Nome e meditar na vibração sonora transcedental.”

2 – ”Quando o seu cantar torna-se firme, claro e bem-aventurado, ele é capaz de meditar sobre a forma Syamasundara do Senhor. Com as contas na mão, ele deve, portanto, buscar a forma transcendental do Santo Nome, que aparece quando sua visão é pura. Outro método que podemos utilizar para ver esta forma é sentarmo-nos em frente das Deidades, beber a bela visão da forma do Senhor com nossos olhos e meditar sobre o Santo Nome.”
Neste estágio o cantar atento do Santo Nome une-se a meditação da forma do Senhor.

3 – ”Depois de alcançar a fase em que o Santo Nome e a forma do Senhor tornam-se um, ele deve, então, absorver as qualidades transcendentais do Senhor Krsna em sua meditação. Então o Santo Nome e as qualidades de Krsna fundem-se para tornarem-se um através do cantar constante.”
Neste estágio o cantar atento do Santo Nome une-se a meditação da forma e qualidades do Senhor.

4 – ”Em seguida, ele passa a praticar a lembrança de determinados passatempos do Senhor. Esta lembrança, chamada Mantradhyana Mayi Upasana, facilita mais absorção no Santo Nome. Este Lila Smarana ou meditação nos passatempos também torna-se progressivamente um com o Santo Nome, forma e qualidades. Neste ponto, os primeiros raios de Namarasa, ou a doçura transcendental do Santo Nome, aparecem no horizonte da percepção. Cantando o Santo Nome com grande prazer, o devoto vê Krsna cercado por Gopas e Gopis sob uma árvore dos desejos no Yoga Pitha.”
Neste estágio o cantar atento do Santo Nome une-se a meditação da forma, qualidades e passatempos do Senhor.

5 – ”Progressivamente, a prática do devoto de Lila Smarana intensifica até o ponto onde ele começa a meditar nos passatempos mais confidenciais do Senhor conhecidos como Asta Kaliya Lila, ou os oito passatempos diários de Radha Krsna. Quando ele atinge a sua maturidade nesta meditação, Rasa manifesta-se em plena glória.”
Neste estágio o cantar atento do Santo Nome une-se a meditação da forma, qualidades e passatempos do Senhor e Rasa manifesta-se em plena glória.
“Este processo (de cantar) é gradual na medida em que nós o fazemos ser gradual” (Sripada Aindra Prabhu)
O cantar do Maha Mantra é:

Hare Krsna Hare Krsna Krsna Krsna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare

Vosso servo
Prahladesh Dasa Adhikari

Segunda Parte
Diferença entre Yantra e Mandala de acordo com a tradição Védica.

Agora analisemos a diferença entre Mandalas e Yantras de acordo com a tradição Védica.

Um Yantra é um instrumento de meditação, aonde uma Deidade específica reside porque foi instalada com Pranapratistha.

E depois pode ser adorado como uma Deidade no altar.

Já uma Mandala é um desenho simétrico que define um local.

E assim temos a Cakrabja Mandala que define o local de uma determinada cerimônia de iniciação.



A Navapadma Mandala que com os nove lótus centrais define o local dos epítetos de Visnu.



A Sthandila Mandala, uma Mandala arquitectural que define o local em Templos na India, assim como a Vastu Purusa Mandala que define as construções arquitectónicas.



A Varuna Mandala que define o local aonde o Kalash (pote de água) sagrado será colocado.



Também quando adoramos a Deidade e ao estabelecermos um Asana de adoração (Asana Staphana) desenhamos com um pouco de água uma Mandala em forma de triângulo com a ponta para cima para definir este local.



Quando adoramos preliminarmente Shanka (o búzio que será usado para banhar a Deidade) desenhamos uma Mandala em forma de triângulo com ponta para cima, um círculo e para fechar um quadrado que define o local de adorar Shanka.



Quando banhamos a Deidade desenhamos no Snana Vedi (plataforma do banho) com pasta de sândalo uma Mandala em forma de lótus e escrevemos o Bija Mantra da Deidade no centro (Klim no caso de Krsna).


E portanto esta é a diferença.
Um Yantra é uma Deidade na forma de um diagrama sagrado para ser adorado no altar.

E uma Mandala é um diagrama para definir um local.

Terceira Parte

Como os cientistas vêem o quadro final do mundo em estruturas atômicas simples e ordenadas nas quais certas formas primárias aparecem para harmonizar o "todo", da mesma forma os Silpi Yogis (construtores Védicos) procuram identificar a estrutura interna do universo através dos Yantras.

"Assim como o corpo está para a alma, e o óleo está para a lamparina, um Yantra está para a Deidade". (Kularnava Tantra 86)

"Se a adoração é executada sem um Yantra, a Deidade não fica satisfeita". (Kularnava Tantra 109)

Um Yantra retem a vitalidade supra sensível de uma Deidade, expressando os sentidos e espírito da mesma.
A forma estática (parada) de um Yantra torna-se cinética (em movimento) quando os Mantras inscritos no mesmo são recitados no momento da adoração.
Yantra e Mantra são sempre encontrados em conjunto. O som é tão importante como a forma do Yantra, e talvez mais importante, desde que a forma na sua essência é som condensado como matéria. O Mantra é a "alma do Yantra".

Assim, a Deidade tem a Sua representação iconográfica na Murti, representação abstrata no Yantra e representação mais subtil no Mantra.
Yantras não devem ser vistos simplesmente como "obras de arte", mas como um Pitha Sthana, templos de peregrinação em duas dimensões, aonde a Deidade se manifesta.

Juntamente com Yantras e Mandalas (Ver diferença acima) também por toda India diagramas sagrados conhecidos como Alipana ou Rangoli são desenhados por mulheres com pasta de arroz e cores em pó em paredes e no chão durante festivais religiosos para demonstrar felicidade e auspiciosidade.





Também a adoração ao Ghata, Kumbha ou Kalash (pote) ocorre como substituição a adoração ao Yantra.



O Bindu (ponto central) em um Yantra é cósmico quando visto como um emblema do princípio absoluto de Radha Krsna, mas é psicológico quando relacionado com o centro espiritual do Sadhaka. Por alinhar estes dois planos de consciência, o Yantra traduz a realidade psiquica em termos cósmicos de devoção a Radha Krsna e o cósmico no plano psíquico da devoção.
O melhor Yantra (como instrumento de transformação espiritual) é o próprio corpo, pois com ele praticamos o Sadhana.

Elementos de um Yantra

Os portais em forma de T, os quadrados, pétalas de lótus, circulos e triângulos - todos estão centrados no ponto místico, Bindu, ou a Deidade que é adorada.

Jung fez um estudo extensivo sobre o tema e concluiu que quando forças psiquicas opostas se fundem, a pessoa desenha ou sonha com padrões de Mandalas e Yantras. E portanto estes padrões estão presentes em todas as sociedades e cruzam barreiras culturais. Jung também concluiu que não se pode viver sem uma vida simbólica.

Para o homem arcaico o universo estava repleto de significado qualitativo. Por outro lado, o homem moderno "desacralizou" o cosmos desenvolvendo uma visão fragmentada do universo e perdendo sua unidade original com o mesmo e com a natureza.

O resultado desta "quantificação" é a alienação interior - uma perda da identidade subjetiva e de forças internas e externas. Jung declarou que a necessidade mais vital de um ser humano é descobrir sua própria realidade através do cultivo de uma vida simbólica: "O homem precisa de uma vida simbólica ... Mas nós não temos uma vida simbólica ... Você tem algum canto em sua casa destinado a executar ritos como vemos na India?" (Jung)

É claro que na visão Vaisnava, os Yantras e Mantras são muito mais do que simbolos.



O Nava Yoni Cakra acima a flutuar nas águas cósmicas demonstrando a criação do universo material pela união dos princípios masculino e feminino representado pela interpenetração do triângulo para cima com os triângulos para baixo. Os nove (Nava) triângulos indicam os nove úteros cósmicos (Yoni).

O quadrado - substrato, o receptáculo, a base do mundo manifesto.

Os portais em forma de T - quatro pontos cardinais ou portas cósmicas por onde o Sadhaka entra. A passagem entre o material e o espiritual.

Círculo - forças cíclicas, contração e expansão da revolução astrônomica sem começo nem fim. Demonstrando a evolução e involução do universo.

Lótus desabrochada - o manifestar completo e total de uma energia divina.
Triângulo - para cima representa Krsna, para baixo Radha, interpenetrados (energético e energia), formando Sat Kona (estrela com hexagono).

Yantra e Mantra são substitutos um do outro e operam no princípio cientifico moderno da conservação da energia em matéria e da matéria em energia.
Estudos recentes em Cimática (estudo das ondas. Está associado aos padrões físicos produzidos pela interação de ondas sonoras em um meio) mostraram resultados espantosos.

Quando a silaba Om é correctamente vibrada através de um aparelho (Tonoscope), produz um círculo o qual é preenchido com triângulos e quadrados concêntricos produzindo no final um Yantra. Desta forma é possível "ver" o som como forma e "ouvir" a forma como som.

Em última analise, Yantra e Mantra estão unidos.
(Terceira parte adaptada da obra Yantra de Madhu Khanna)

Vosso servo
Prahladesh Dasa Adhikari

Outubro - 2012






TERÇA-FEIRA, 9 DE OUTUBRO DE 2012

Light



"A verdade (satya) é propagada numa forma dupla. Positivamente ou pelo método de apoio directo e negativamente pelo método de oposição.

A verdade não pode ser suficientemente conhecida somente pelo método positivo. Propaganda pelo método de oposição mais do que a apresentação do aspecto positivo traz mais brilhantemente a este mundo o surgimento e a glorificação da verdade. O método positivo por si só não é o modo mais eficaz de propaganda em uma Era controversa como a presente.

O método negativo que busca diferenciar a Verdade da não Verdade em todas as suas formas, é ainda melhor calculado para transmitir o significado directamente inconcebível do Absoluto. É uma necessidade que não pode ser conscientemente evitada pelo pregador dedicado da Verdade, se ele quizer ser um fiel servo de Deus.

O método negativo certamente criará uma atmosfera de controvérsia em que é muito fácil perder o equilíbrio de julgamento. Mas os caminhos da energia ilusória são tão intrincados que, a menos que sua natureza enganadora seja completamente exposta, não é possível para a alma no estado condicionado evitar as armadilhas espalhadas pela feiticeira que engloba a ruína de suas vítimas muito dispostas.

Este é um dever que deve ser sagrado para todos os que foram capazes de obter até mesmo um vislumbre distante do Aboluto." (Srila Bhaktisiddhanta Saraswati Thakur)

Pregar é uma arte. Os Acaryas sabiam como fazê-lo usando tanto a pregação negativa como a positiva sem queimar ninguém (ou as vezes queimar, como o caso dos impersonalistas que fugiam de Srila Bhaktisiddhanta ou então este:

Um devoto(a) nunca se compromete e apresenta a conclusão dos Sastras e dos Acaryas de uma forma amável, mansa e educada.

Mas mesmo apresentando de uma forma amável, mansa e educada nem sempre todos sentir-se-ão agradados.

Somente um exemplo entre outros, em 9 de Julho de 1975 em Chicago, apesar de Srila Prabhupada apresentar a conclusão dos Sastras de uma forma mansa e dócil, uma repórter abruptamente abandona a conversa notadamente desagradada e a discordar de tudo o que tinha sido dito.

De qualquer forma a arte de pregar exige equilibrio. Apresentar de uma forma clara, amável, educada mas ao mesmo tempo não diluída.

Em relação ao processo empregue nas nossas próprias vidas. De facto, não devemos posar de avançados quando na verdade não somos.

Mas por outro lado, não devemos nos acomodar numa determinada situação. É preciso algum empenho pessoal para avançar e incrementar nossa relação com o Senhor. Alguém poderá não estar cantando nenhuma volta de Japa. Ok, mas se compromete a cantar uma volta por semana. Afinal o cantar do Santo Nome é um encontro com o próprio Senhor Krsna.

Podemos estar a praticar uma Consciência de Krsna "light". Mas devemos seguir em frente. Temos que querer mais.

Vosso servo

Prahladesh Dasa

Outubro - 2012






DOMINGO, 7 DE OUTUBRO DE 2012

Lobha (Avidez)

Como surge Lobha (avidez)?
Surge pela associação com Raganuga Rasika Bhaktas que estão constantemente absortos em ler o Ujjvala Nilamani, Bhakti Rasamrta Sindhu, Raga Vartma Candrika, Vraja Riti Cintamani, Krsna Karnamrta, Radha Rasa Sudhanidhi, Gita Govinda, etc.

É tanto néctar … que … eu quero MUITO algum dia poder participar nisto.

Vosso servo
Prahladesh Dasa
Outubro - 2012






Siva



No Sri Caitanya-caritamrta, Madhya-lila,6-180-181-182, o próprio Sri Caitanya Mahaprabhu disse a Sarvabhauma Bhattacarya:

“Na realidade, não há falha da parte de Sankaracarya. Ele simplesmente cumpriu a ordem da Suprema Personalidade de Deus. Ele tinha que imaginar alguma espécie de interpretação, e por isso apresentou uma espécie de literatura védica que é cheia de ateísmo.”

“Dirigindo-Se ao Senhor Shiva, a Suprema Personalidade de Deus disse: ´Por favor, faze a população em geral opor-se a Mim, imaginando tua própria interpretação dos Vedas. Além disso, encobre-Me de tal maneira que as pessoas fiquem mais interessadas em avançar na civilização material apenas para propagarem uma população destituída de conhecimento espiritual. ´”(Padma Purana, Uttara-khanda, 62-31)

“O Senhor Shiva informou à deusa Durga, a superintendente do mundo material: ´Na era de Kali, assumo a forma de uma brahmana e explico os Vedas por meio de escrituras falsas de maneira ateísta, análoga à filosofia budista.´”( Padma Purana, Uttara-khanda,25-7)

No Brhad-Bhagavatamrta, também é dito que Shiva veio como Shankara a fim de promover uma das seis glórias de bhakti, que é "sudurlabha" ou "muito raramente obtida". Assim, Shankara aumentou essa glória de bhakti ao escondê-la com suas interpretações imaginárias.

Outro comentário interessante no Brhad-Bhagavatamrta é que quando é dito que Shiva é maior do que Krsna é por causa da qualidade Bhakta-vatsalya de Krsna, de Se colocar como subordinado aos devotos puros. Como Shiva é um devoto puro, ele é maior do que Krsna, porque pode controlar Krsna com seu amor.

"A leitura de que Shiva é superior a Krsna ontologicamente é mera especulação." (Bhagavan Prema)

Vosso servo

Prahladesh Dasa

Outubro - 2012






O leite tocado pelos lábios de uma serpente







No texto, Srila Prabhupada explica:

"Quando um devoto puro do Senhor canta o mantra, com amor, o mantra, exerce grande efeito sobre os ouvintes, e por isso, este canto deve ser ouvido dos lábios de um devoto puro do Senhor, para que se possam alcançar os efeitos imediatos. Tanto quanto possível, o canto dos lábios de não-devotos deve ser evitado, assim como o leite tocado pelos lábios de uma serpente tem efeitos venenosos."

Quando o Mantra é pronunciado pelo Mestre Espiritual torna-se mais poderoso.

Existe um abismo de diferença entre ouvirmos o Maha Mantra Hare Krsna da boca de um Maha Bhagavata Uttama Adhikari e ouvirmos o Maha Mantra da boca de um devoto comum ou de um não devoto.

Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakur diz:

A pregação de um devoto comum é poderosa?

"Assim como o poder de um arco é calculado pela proeza de um arqueiro, da mesma forma o poder e efeito da nossa pregação depende da força devocional que possuímos. E portanto existe um abismo de diferença entre a pregação de um devoto comum e de um devoto poderoso. Tais devotos poderosos são referidos como "a força viva". Aqueles que experimentam a associação com tais pessoas são certamente afortunados."

"O Mantra para ser efectivo deve ser recebido de um devoto de Krsna, Uttama Mahabhagavata." (Kramadipika)

Srila Prabhupada confirma:

"É dito no Padma Purana: atah sri krsna namadi na bhaved grahyam indriyaih. Cantar e ouvir o nome transcedental do Senhor não pode ser executado pelos sentidos ordinários. A vibração transcedental do Santo Nome do Senhor é completamente espiritual. Portanto deve ser recebido de uma fonte espiritual e deve ser cantado após ser ouvido de um Mestre Espiritual. Alguém que ouve o Maha Mantra Hare Krsna deve recebê-lo do Mestre Espiritual através de uma recepção auditiva." Cc Antya 1.101

Ainda Srila Prabhupada diz:

"O Senhor Siva voluntariamente abençoou os filhos do Rei Pracinabarhi bem como fez algo benéfico para eles. Ele pessoalmente cantou o Mantra para que este Mantra ficasse mais poderoso, e assim aconselhou que o Mantra fosse cantado pelos filhos do Rei. Quando um Mantra é cantado por um grande devoto, o Mantra torna-se mais poderoso. Embora o Maha Mantra Hare Krsna seja poderoso por Si só, um discípulo na iniciação recebe o Mantra do Mestre Espiritual, pois quando o Mantra é pronunciado pelo Mestre Espiritual torna-se mais poderoso." SB 4.24.32

Misticamente o Diksha Guru ou posteriormente o Siksha Guru infundem o Maha Mantra Hare Krsna com poder.

Nesta parte, Srila Prabhupada esta simplesmente a demonstrar a diferença entre receber o Maha Mantra Hare Krsna de diferentes fontes. Sempre será benéfico recitá-Lo, especialmente quando é infundido de poder por um devoto puro.

Om Namo Narayanaya é um Mula Mantra. O Maha Mantra Hare Krsna é um Nama Mantra.



Nama Mantras tem simplesmente o Nome.

Mula Mantras são Mantras raiz que representam a essência da Deidade e são acompanhados de Bija Mantras (Mantras sementes que invocam uma determinada potência) como Klim, Om, Aim, Lam, Hum, Srim, etc e também seguidos de Namah ou Svaha.

Ex: Aim Gurave Namah - aonde Aim invoca a potência do conhecimento transmitido pelo Guru.

Ex de Mula Mantras:

klim krsnaya namah

srim ram radhikayai svaha

srim lam latitayai svaha

klim gauraya namah

srim gadadharaya namah

lam laksmanaya namah

om namo narayanaya

etc.

Mula Mantras são usados na adoração a Deidade. Por exemplo quando você lava os pés de Krsna, diz:

etat padyam klim krsnaya namah

e depois lava os pezinhos de lótus do Senhor ;DDD

"Após estudo aprofundado, concluímos que sem a aceitação adequada dos Panca Samskaras a alma condicionada não pode desenvolver intensa devoção a Sri Hari. Portanto Panca Samskara é extremamente necessário." (Srila Bhaktivinoda Thakur)

Os Smrti Sastras explicam Panca Samskaras da seguinte forma:

tapah pundram tatha nama mantro yagas ca pancamah
ami hi panca-samskarah paramaikanti-hetavah

"Tapa, Pundra, Nama, Mantra, e Yaga - estes cinco itens compõem Panca Samskaras. Eles são a causa de intensa devoção ao Senhor Hari." (Prameya Ratnavali)

Todos nós devemos receber Panca Samskaras. Ou seja, marcar o corpo com Urdhva Pundra, recitar o Maha Mantra Hare Krsna, recitar os Mantra Gayatris e adorar a Deidade.

Então Raphael pergunta: "Mas, qual o malefício que ouvir os santos nomes cantados por um não devoto podem trazer?"

Das muitas formas de Namabhasa uma delas é:

Pratibimba Namabhasa

Aqueles que cantam em Pratibimba Namabhasa (impersonalistas) alcançam Sayujya Mukti (liberação no Brahman).

Cantar o Maha Mantra Hare Krsna é sempre benéfico. Agora diferentes conceitos no momento do cantar levam a diferentes destinos.

Aqueles que cantam Rama, concebendo o Senhor Ramacandra alcançam Ayodhya. Aqueles que cantam Krsna com grande respeito e veneração alcançam Vaikuntha, Dwarka, Mathura.

Aqueles que cantam Krsna num humor mais íntimo alcançam Vrndavana......

E assim diferentes resultados para diferentes concepções e consciências empregues no cantar.

Gaudiyas Vaisnavas evitam ouvir impersonalistas a cantar e a explicar o Maha Mantra Hare Krsna, porque os Gaudiyas consideram fundir-se no Brahman como algo venenoso.

Vosso servo

Prahladesh Dasa Adhikari

Outubro - 2012






Os mais velhos



Eu não sei em que contexto a afirmação foi feita. Mas para pessoas de mais idade aceitar a Consciência de Krsna é um pouquinho mais dificil. Mas depois de aceitarem, tudo bem.


Palestra sobre BG 9.4 - Melbourne, 23 de abril de 1976:


"Porque eles precisam de tempo para esquecer o que aprenderam. Homens jovens, eles são receptivos. Portanto, para a educação, menos idade é recomendado. Há uma história .. Um pai e uma filha, ambos apareceram para um exame. O pai não passou e a filha passou. Geração mais jovem, eles podem receber muito bem. Geração mais velha, é um pouco mais difícil."


E assim, muitas citações semelhantes de Prabhupada.

Carta a Gajendra - Los Angeles 27 janeiro de 1970:


"Estenda suas atividades para o campus da Universidade, porque a geração mais jovem é a nossa esperança no futuro. O Bamboo enquanto é verde pode ser dobrado e esculpido, mas quando ele esta amarelo e maduro se houver qualquer tentativa de dobrá-lo, ele racha."

Caminhada da manhã - 3 de fevereiro de 1975, Havaí:


"Guru-krpa:... Uma vez que começam seus últimos trinta anos de idade, é muito difícil para eles aceitar algo.


Prabhupada: Não, não é. Trinta, quarenta, cinqüenta ou um ano, isso não importa. Pode-se entender se ele quer entender. Ahaituky Apratihatā. Ela não é limitada por qualquer idade. Caso contrário, como Prahlada Maharaja era grande devoto, Dhruva Maharaja era grande devoto?


Yaśodānandana: Eu acho que ele só quer dizer que é mais difícil para as pessoas que são idosas entender, aqueles que estão acostumados em seus caminhos.


Prabhupada: Sim, sim. Esta é a dificuldade. Eles são treinados de tal forma que é muito difícil de esquecer o que aprenderam. Portanto Prahlada Maharaja diz, kaumāra acaret prajñaḥ, desde o início da vida deve-se aprender esta arte de compreender Kṛṣṇa e plano de Krsna.


Devoto: Srila Prabhupada, geralmente em Sankirtana eu evito os idosos, porque eles simplesmente não entendem, e é muito difícil se aproximar deles.


Prabhupada: Sim, sim, sim. As pessoas idosas devem ser instruídas a esquecer o que aprenderam... Esta é a fórmula da pregação."

"Vitória! Vitória! Vitória! Vejo algo maravilhoso: toda inauspiciosidade das entidades vivas esta destruída, ninguém está indo para o inferno, Yamaraja não tem mais trabalho a fazer e os efeitos de Kali Yuga deixaram de existir. Isto porque em todo o mundo um crescente número de devotos do Senhor Visnu estão cantando Seus Nomes ao dançar e tocar instrumentos musicais. "
[Nammalvar, Divya-Prabandha, Tiruvaymoli 5.2.1]

De facto, o sistema Védico está todo estruturado para que uma criança receba o treinamento necessário como Brahmacari até aos 25 anos. Treinamento este que será a base de toda sua vida nos demais Ashrams.


Portanto Prahlada Maharaja diz, kaumāra acaret prajñaḥ, desde o início da vida deve-se aprender esta arte de compreender Kṛṣṇa e o plano de Krsna.


Mas claro que mesmo sem treinamento prévio e em qualquer idade qualquer pessoa poderá reviver sua Consciência de Krsna.

Vosso servo

Prahladesh Dasa Adhikari

Outubro - 2012






Este corpo não resiste



O Madhurya Kadambini de Srila Visvanatha Cakravarti Thakura explica que um devoto(a) no presente corpo material pode experimentar até a fase de Prema.

Sentimentos mais intensos a partir desta fase como Sneha, Mana, Pranaya, Raga, Anuraga, Mahabhava não são possíveis com este corpo.


Capítulo 8:


"Como o corpo material do devoto não pode tolerar o atrito dos extremos de todos esses gostos, eles não se manifestam em seu corpo."

Outubro - 2012


fonte: http://bhakti-tattva.blogspot.com/2012/10/


Obrigado pela visita, volte sempre.

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