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terça-feira, 8 de setembro de 2015
O Que é Uma Bolha Imobiliária? Por Josi Gomes Barros - CAB Consultores
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sábado, 5 de setembro de 2015
Bolha especulativa, o que é?
Bolha especulativa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Uma bolha especulativa forma-se num mercado quando a única coisa que sustenta a progressão do mercado é a entrada de novos participantes, num esquema em pirâmide natural. Visto que o número de participantes possível é finito, todas as bolhas possuem um final previsível ainda que geralmente seja difícil de estabelecer o seu momento.
Assim acontece com a cotação das ações negociadas em bolsa de valores. Quando ocorrem sucessivas altas, muitas pessoas sem experiência em mercado de capitais se aventuram a investir em ações, e, conforme a lei da oferta e da procura essa grande demanda faz os papéis subirem ainda mais, inflando artificialmente a "bolha". Em determinado momento, os grandes investidores, ou aqueles que conhecem o mercado, percebem que os valores estão irreais e que os riscos de desvalorização aumentam e então começam a vender suas ações, levando a queda dos preços, provocando assim o estouro da bolha.
Para a Escola Austríaca, as bolhas especulativas são o resultado da má-alocação de recursos, o que constitui a base da teoria austríaca do ciclo económico.
Ver també
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fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bolha_especulativa
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Modelo carta recomendação doutorado e mestrado.
Carta de recomendação acadêmica: tudo o que deve saber
Publicado por Mabel Aguirre 09 July 2013
Se está querendo ingressar em um programa internacional, é provável que um dos requisitos de candidatura seja uma carta de recomendação (ou mais). Durante o processo de seleção, esse é um dos documentos de maior importância para as universidades.
Aqui você encontra dicas sobre como redigir e melhorar o conteúdo de uma carta de recomendação.
Acesse AQUI o MODELO DE CARTA DE RECOMENDAÇÃO que criamos especialmente para você se inspirar.
1. O que é uma carta de recomendação acadêmica? São textos com referências, necessários durante o processo de inscrição em um curso. Quer seja para graduação, pós-graduação, mestrado ou doutorado, essas cartas farão parte da sua apresentação à universidade que escolheu. A carta de recomendação pode ser um fator decisivo para a aceitação ou rejeição do registro, já que são uma forma da escola obter mais informações acerca de você, da sua personalidade e do seu histórico acadêmico. Algumas bolsas de estudo também exigem carta de apresentação na candidatura.
2. Quantas cartas devo submeter? Normalmente, as instituições internacionais solicitam duas ou três cartas, mas é importante que você considere cada uma como peça independente. Os textos até podem ter informações comuns - como o seu histórico acadêmico -, mas cada carta deve ser única, mostrando ao avaliador uma perspectiva do seu trabalho e algumas provas das suas qualidades. Se você se registrar para mais do que um programa no exterior, se certifique de que as cartas demonstram qualidades relevantes para a área em questão.
3. Quem deve escrever a carta de recomendação? Esse é um dos aspectos mais importantes. Por vezes, temos a falsa percepção de que a melhor carta de recomendação vem de alguém com alto estatuto, sem nos preocuparmos se conhece nosso trabalho ou histórico escolar. Na realidade, as instituições internacionais não gostam desse tipo de carta e preferem aquelas que são escritas por professores ou acadêmicos, qualquer que seja a sua posição na instituição, desde que conheçam e já tenham trabalhado com você e que, portanto, possam dar referências verdadeiras acerca do seu trabalho acadêmico. Uma boa referência seria uma dissertação de um supervisor ou professor com quem você já tenha realizado um projeto de pesquisa ou outro tipo de trabalho acadêmico prático. Em alguns casos, as instituições permitem que você tenha como referência seu chefe direto.
4. O que escrever? Outro aspecto vital da carta de recomendação acadêmica é o conteúdo. Mais do que mostrar que você é ou foi bom aluno, a carta é prova das qualidades pessoais e acadêmicas que fazem de você o candidato ideal para o programa em questão. A escrita deve feita de forma positiva e entusiasmada, contendo informações básicas sobre o seu orientador acadêmico e explicando o contexto no qual os dois trabalharam juntos. Na descrição do candidato, o orientador precisa enfatizar as suas qualidades pessoais e sociais, suas competências e hábitos de trabalho, destacando a sua preparação, que faz de você um excelente candidato para o programa. Com isso, o avaliador terá uma ideia clara sobre os seus conhecimentos, a sua experiência e a mais-valia que você será para o programa e para a instituição.
Algumas escolas pedem que a carta de apresentação seja anexada com o formulário de inscrição. Ainda que as informações pedidas sejam as mesmas, o texto da carta deve ser único e mais personalizado.
5. Qual o tamanho mais adequado? Acredite ou não, os avaliadores não gostam de cartas de recomendação curtas. Elas precisam conter o máximo de informação possível para sustentar o seu pedido e mostrar que você está preparado para ter sucesso. Por isso, recomendamos que a sua carta de recomendação seja o mais descritiva e detalhada possível. Apesar do conteúdo ser mais importante que o tamanho, uma boa carta de recomendação deverá ter, pelo menos, uma página e meia.
6. Em qual idioma deve ser escrita? Uma das maiores preocupações dos estudantes da América Latina quando se candidatam para programas no exterior é o idioma em que a carta deve ser escrita. Salientamos que se aconselhe com professores que conheçam bem você, lembrando que eles devem ser claros e oferecer o máximo de informação possível. Se seu orientador não fôr capaz de escrever a carta no idioma do país onde você pretende estudar, não se preocupe: peça que escrevam em sua língua nativa e, depois, você pode solicitar uma tradução junto de um tradutor oficial. Lembre-se de que é antiético escrever sua própria carta de recomendação e que, durante o processo de admissão, muitas das instituições entram em contato com os referenciadores para confirmar a informação. Da mesma forma, não é recomendável que você traduza suas cartas, sendo sempre mais indicada a tradução juramentada.
7. Resumindo: quando escolher o programa que vai estudar, é importante se certificar com a instituição se é necessário incluir cartas de recomendação juntamente com o formulário de registro e do número de cartas pedido. Escolha os orientadores mais adequados e depois entre em contato com eles para pedir a carta e os informar sobre o programa que pretende estudar e quais suas expectativas. Converse com os seus orientadores sobre o trabalho que você já realizou com eles e como isso vai ajudar você na candidatura. Não recomendamos que você forneça ao seu orientador a informação que quer ver incluída na carta, mas pode sugerir alguns tópicos que gostaria que fossem salientados. Lembre-se de que eles são pessoas ocupadas: solicite a carta com antecedência, evitando preocupações de última hora.
fonte: http://www.viva-mundo.com/pt/noticia/post/o-que-voc-deve-saber-sobre-cartas-de-recomendaes-acadmicas/
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Problemas de matemática 4° ano
Problemas de matemática 4° ano
Problemas de matemática para o 4° ano do ensino fundamental, que fala sobre, exercícios para pensar, tais como: Lucas comprou 1 centena e meia de varinhas para fazer bandeirinhas. Quantas varinhas ele comprou ao todo? Alex comprou 4 dezenas de papéis verdes, 3 dezenas de papéis amarelos e 2 dezenas de papéis azuis. Quantos papéis ele comprou ao todo?
Leia com atenção os problemas, recorte cada um e resolva em seu caderno |
Quantos jogos perdeu o time de futebol da turminha |
João foi a papelaria e comprou uma borracha de R$ 0,50 e um caderno de... |
Problemas de matemática |
Uma doceria vendeu 2.660 pedaços de bolo em 7 dias. Quantos pedaços foram vendidos? |
Problemas de matemática para o 4° ano do ensino fundamental |
Problemas de matemática para o 4° ano http://www.leitorzinho.com/2015/08/problemas-de-matematica-4-ano.html?spref=fb |
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quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Ser professor não é para qualquer um
Editoria Opinião
Ser professor não é para qualquer um
Alonso Bezerra de Carvalho*
De todas as profissões que existem, creio que a de professor é a mais desafiadora. Na maioria das profissões que tem contato com pessoas, o profissional dificilmente atende ou se ocupa com mais de trinta indivíduos, ao mesmo tempo, no mesmo lugar e com várias turmas. Portanto, quando entra nas salas de aula, o professor tem que lidar com dimensões, perspectivas, expectativas e dinâmicas de vida as mais diversas. Ter competência técnico-científica seria, nesse caso, apenas um aspecto das tarefas que precisa ou poderia desempenhar.
Nesse sentido, o professor deveria ter uma compreensão mais ampla do ser humano com o qual trabalha; bem como de si mesmo. Porém, o que vemos é uma banalização e uma desvalorização quase completa da profissão docente.
O Brasil corre o risco de num futuro bem próximo ter uma grave crise na educação por falta de professores. Os cursos que formam docentes estão se esvaziando e os alunos que ainda acreditam estão perdendo as esperanças. Se isso não bastasse, os conteúdos que são ministrados aos futuros professores parecem que não dão conta das exigências que o cotidiano escolar apresenta. Entre elas está a questão do reconhecimento de um conjunto de individualidades que circulam na sala de aula, isto é, cada aluno tem a sua singularidade, a sua própria identidade.
Nos cursos de formação é dada uma ênfase apenas aos conhecimentos específicos que devem ser ministrados nas aulas: História, Geografia, Química, Matemática, Biologia, Língua Portuguesa, etc. O novo professor sai carregado de informações e, muitas vezes com bastante entusiasmo, procura trabalhá-las com os seus alunos, que foram concebidos de maneira abstrata e idealizados. Quando, porém, percebe que há uma distância entre o ideal e o real, o resultado é, geralmente, a frustração, o desencantamento e, para aqueles que podem, o abandono da profissão.
Assim, uma reflexão que talvez caiba fazermos é a respeito do que mudar no processo formativo e na prática pedagógica. Em minha opinião, o professor deve ter conhecimentos sobre ética, pois é um campo filosófico que nos proporciona compreender os valores que adotamos, o sentido dos atos que praticamos e a maneira pela qual tomamos decisões e assumimos responsabilidades em nossa vida.
Quando, numa sala de aula, estamos diante de situações de conflito ou quando defrontamos com dilemas, que exige decisões e escolhas, ter uma formação ética pode favorecer posturas novas, tolerantes e equilibradas em nossas práticas educativas. Mas isso é possível? Não é das tarefas mais fáceis, especialmente pelas razões já apontadas.
Todavia, esse alargamento na formação do professor, que pode incluir conteúdos estéticos, psicológicos, políticos, antropológicos, sociológicos, etc, nos leva a considerar com mais cuidado o significado do outro que, diferente de mim, deve ser respeitado e tratado na minha dignidade e na dele. No caso da escola, o aluno deve saber e reconhecer isso; o professor deve saber e reconhecer também. Como se vê, saídas podem ser arriscadas, basta sabermos se queremos correr riscos ou ficar conformados com o estado lastimável e degradante em que experimentamos na atualidade. São esses os desafios de todos nós!
Nesse sentido, o professor deveria ter uma compreensão mais ampla do ser humano com o qual trabalha; bem como de si mesmo. Porém, o que vemos é uma banalização e uma desvalorização quase completa da profissão docente.
O Brasil corre o risco de num futuro bem próximo ter uma grave crise na educação por falta de professores. Os cursos que formam docentes estão se esvaziando e os alunos que ainda acreditam estão perdendo as esperanças. Se isso não bastasse, os conteúdos que são ministrados aos futuros professores parecem que não dão conta das exigências que o cotidiano escolar apresenta. Entre elas está a questão do reconhecimento de um conjunto de individualidades que circulam na sala de aula, isto é, cada aluno tem a sua singularidade, a sua própria identidade.
Nos cursos de formação é dada uma ênfase apenas aos conhecimentos específicos que devem ser ministrados nas aulas: História, Geografia, Química, Matemática, Biologia, Língua Portuguesa, etc. O novo professor sai carregado de informações e, muitas vezes com bastante entusiasmo, procura trabalhá-las com os seus alunos, que foram concebidos de maneira abstrata e idealizados. Quando, porém, percebe que há uma distância entre o ideal e o real, o resultado é, geralmente, a frustração, o desencantamento e, para aqueles que podem, o abandono da profissão.
Assim, uma reflexão que talvez caiba fazermos é a respeito do que mudar no processo formativo e na prática pedagógica. Em minha opinião, o professor deve ter conhecimentos sobre ética, pois é um campo filosófico que nos proporciona compreender os valores que adotamos, o sentido dos atos que praticamos e a maneira pela qual tomamos decisões e assumimos responsabilidades em nossa vida.
Quando, numa sala de aula, estamos diante de situações de conflito ou quando defrontamos com dilemas, que exige decisões e escolhas, ter uma formação ética pode favorecer posturas novas, tolerantes e equilibradas em nossas práticas educativas. Mas isso é possível? Não é das tarefas mais fáceis, especialmente pelas razões já apontadas.
Todavia, esse alargamento na formação do professor, que pode incluir conteúdos estéticos, psicológicos, políticos, antropológicos, sociológicos, etc, nos leva a considerar com mais cuidado o significado do outro que, diferente de mim, deve ser respeitado e tratado na minha dignidade e na dele. No caso da escola, o aluno deve saber e reconhecer isso; o professor deve saber e reconhecer também. Como se vê, saídas podem ser arriscadas, basta sabermos se queremos correr riscos ou ficar conformados com o estado lastimável e degradante em que experimentamos na atualidade. São esses os desafios de todos nós!
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(*) Alonso Bezerra de Carvalho é formado em Filosofia e Ciências Sociais e Doutor em Educação. É docente da Unesp e orientador de turma do curso de Pedagogia do Projeto Unesp/Univesp.
(*) Alonso Bezerra de Carvalho é formado em Filosofia e Ciências Sociais e Doutor em Educação. É docente da Unesp e orientador de turma do curso de Pedagogia do Projeto Unesp/Univesp.
(Artigo originalmente publicado em http://www.professoralonso.blogspot.com
Foto: Pamela Bianca Gouveia - NEaD)
Foto: Pamela Bianca Gouveia - NEaD)
fonte: http://edutec.unesp.br/editoria-opiniao/editoria-opiniao-ver-todas/731-ser-professor-nao-e-para-qualquer-um.html
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Ser professor: uma escolha de poucos
Ser professor: uma escolha de poucos
Pesquisa com estudantes do Ensino Médio comprova a baixa atratividade da docência
Rodrigo Ratier (rodrigo.ratier@fvc.org.br) e Fernanda Salla
Nos últimos anos, tornou-se comum a noção de que cada vez menos jovens querem ser professores. Faltava dimensionar com mais clareza a extensão do problema. Um estudo encomendado pela Fundação Victor Civita (FVC) à Fundação Carlos Chagas (FCC) traz dados concretos e preocupantes: apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm como primeira opção no vestibular graduações diretamente relacionadas à atuação em sala de aula - Pedagogia ou alguma licenciatura (leia o gráfico abaixo).
Uma profissão desvalorizada
Só 2% dos entrevistados pretendem cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura, carreiras pouco cobiçadas por alunos das redes pública e particular
Só 2% dos entrevistados pretendem cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura, carreiras pouco cobiçadas por alunos das redes pública e particular
Fonte: Pesquisa Atratividade da Carreira Docente no Brasil (FVC/FCC)
A pesquisa, que ouviu 1.501 alunos de 3º ano em 18 escolas públicas e privadas de oito cidades, tem patrocínio da Abril Educação, do Instituto Unibanco e do Itaú BBA e contou ainda com grupos de discussão para entender as razões da baixa atratividade da carreira docente. Apesar de reconhecerem a importância do professor, os jovens pesquisados afirmam que a profissão é desvalorizada socialmente, mal remunerada e com rotina desgastante (leia as frases em destaque).
"Se por acaso você comenta com alguém que vai ser professor, muitas vezes a pessoa diz algo do tipo: 'Que pena, meus pêsames!'"
Thaís*, aluna de escola particular em Manaus, AM
"Se eu quisesse ser professor, minha família não ia aceitar, pois investiu em mim. É uma profissão que não dá futuro."
André*, aluno de escola particular em Campo Grande, MS
* Os nomes dos alunos entrevistados foram alterados para preservar a confidencialidade da pesquisa
O Brasil já experimenta as consequências do baixo interesse pela docência. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas no Ensino Médio e nas séries finais do Ensino Fundamental o déficit de professores com formação adequada à área que lecionam chega a 710 mil (leia o gráfico ao lado). E não se trata de falta de vagas. "A queda de procura tem sido imensa. Entre 2001 e 2006, houve o crescimento de 65% no número de cursos de licenciatura. As matrículas, porém, se expandiram apenas 39%", afirma Bernardete Gatti, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e supervisora do estudo. De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2009, o índice de vagas ociosas chega a 55% do total oferecido em cursos de Pedagogia e de formação de professores.
"Se por acaso você comenta com alguém que vai ser professor, muitas vezes a pessoa diz algo do tipo: 'Que pena, meus pêsames!'"
Thaís*, aluna de escola particular em Manaus, AM
"Se eu quisesse ser professor, minha família não ia aceitar, pois investiu em mim. É uma profissão que não dá futuro."
André*, aluno de escola particular em Campo Grande, MS
* Os nomes dos alunos entrevistados foram alterados para preservar a confidencialidade da pesquisa
O Brasil já experimenta as consequências do baixo interesse pela docência. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas no Ensino Médio e nas séries finais do Ensino Fundamental o déficit de professores com formação adequada à área que lecionam chega a 710 mil (leia o gráfico ao lado). E não se trata de falta de vagas. "A queda de procura tem sido imensa. Entre 2001 e 2006, houve o crescimento de 65% no número de cursos de licenciatura. As matrículas, porém, se expandiram apenas 39%", afirma Bernardete Gatti, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e supervisora do estudo. De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2009, o índice de vagas ociosas chega a 55% do total oferecido em cursos de Pedagogia e de formação de professores.
Faltam bons candidatos
A baixa procura contrasta com a falta de docentes com formação adequada
A baixa procura contrasta com a falta de docentes com formação adequada
Fontes: Inep e Censo da Educação Superior (2004 e 2008)
Um terço dos jovens pensou em ser professor, mas desistiu
Ilustrações: Mario Kanno
O estudo indica ainda que a docência não é abandonada logo de cara no processo de escolha profissional. No total, 32% dos estudantes entrevistados cogitaram ser professores em algum momento da decisão. Mas, afastados por fatores como a baixa remuneração (citado nas respostas por 40% dos que consideraram a carreira), a desvalorização social da profissão e o desinteresse e o desrespeito dos alunos (ambos mencionados por 17%), acabaram priorizando outras graduações. O resultado é que, enquanto Medicina e Engenharia lideram as listas de cursos mais procurados, os relativos à Educação aparecem bem abaixo (leia os gráficos na página ao lado).
Um recorte pelo tipo de instituição dá mais nitidez a outra face da questão: o tipo de aluno atraído para a docência. Nas escolas públicas, a Pedagogia aparece no 16º lugar das preferências. Nas particulares, apenas no 36º. A diferença também é grande quando se consideram alguns cursos de disciplinas da Escola Básica. Educação Física, por exemplo, surge em 5º nas públicas e 17º nas particulares. "Essas informações evidenciam que a profissão tende a ser procurada por jovens da rede pública de ensino, que em geral pertencem a nichos sociais menos favorecidos", afirma Bernardete. De fato, entre os entrevistados que optaram pela docência, 87% são da escola pública. E a grande maioria (77%), mulheres.
O perfil é bastante semelhante ao dos atuais estudantes de Pedagogia. De acordo com o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de Pedagogia, 80% dos alunos cursaram o Ensino Médio em escola pública e 92% são mulheres. Além disso, metade vem de famílias cujos pais têm no máximo a 4ª série, 75% trabalham durante a faculdade e 45% declararam conhecimento praticamente nulo de inglês. E o mais alarmante: segundo estudo da consultora Paula Louzano, 30% dos futuros professores são recrutados entre os alunos com piores notas no Ensino Médio. O panorama desanimador é resumido por Cláudia*, aluna de escola pública em Feira de Santana, a 119 quilômetros de Salvador: "Hoje em dia, quase ninguém sonha em ser professor. Nossos pais não querem que sejamos professores, mas querem que existam bons professores. Assim, fica difícil".
Um recorte pelo tipo de instituição dá mais nitidez a outra face da questão: o tipo de aluno atraído para a docência. Nas escolas públicas, a Pedagogia aparece no 16º lugar das preferências. Nas particulares, apenas no 36º. A diferença também é grande quando se consideram alguns cursos de disciplinas da Escola Básica. Educação Física, por exemplo, surge em 5º nas públicas e 17º nas particulares. "Essas informações evidenciam que a profissão tende a ser procurada por jovens da rede pública de ensino, que em geral pertencem a nichos sociais menos favorecidos", afirma Bernardete. De fato, entre os entrevistados que optaram pela docência, 87% são da escola pública. E a grande maioria (77%), mulheres.
O perfil é bastante semelhante ao dos atuais estudantes de Pedagogia. De acordo com o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de Pedagogia, 80% dos alunos cursaram o Ensino Médio em escola pública e 92% são mulheres. Além disso, metade vem de famílias cujos pais têm no máximo a 4ª série, 75% trabalham durante a faculdade e 45% declararam conhecimento praticamente nulo de inglês. E o mais alarmante: segundo estudo da consultora Paula Louzano, 30% dos futuros professores são recrutados entre os alunos com piores notas no Ensino Médio. O panorama desanimador é resumido por Cláudia*, aluna de escola pública em Feira de Santana, a 119 quilômetros de Salvador: "Hoje em dia, quase ninguém sonha em ser professor. Nossos pais não querem que sejamos professores, mas querem que existam bons professores. Assim, fica difícil".
fonte: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/carreira/ser-professor-escolha-poucos-docencia-atratividade-carreira-vestibular-pedagogia-licenciatura-528911.shtml
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quarta-feira, 2 de setembro de 2015
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terça-feira, 1 de setembro de 2015
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