domingo, 8 de março de 2020

Srila Prabhupada: A Personificação da Sucessão Discipular


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Nrisimhananda Dasa

Por seguir os passos de todos os mestres do passado, desprovido de qualquer motivação pessoal, Srila Prabhupada se tornou a própria personificação do guru-parampara.

Um discípulo de Srila Prabhupada fazia o importante serviço de apresentar seus livros nas bibliotecas públicas e universidades da Alemanha, onde os Vedas já eram relativamente conhecidos. Então, uma cena corriqueira era que, quando o devoto ia apresentar o Bhagavatam ou outro livro de Prabhupada, lhe indagavam sobre as tecnologias descritas nos Vedas, tais como os vimanas (espaçonaves) ou as diferentes formas de se manipular as energias sutis deste universo.
No entanto, esse discípulo pouco sabia sobre esses tópicos, de modo que, quando teve a oportunidade de falar pessoalmente com Srila Prabhupada, logo lhe indagou: “O que é a tecnologia védica?”, ao que Prabhupada lhe respondeu: “guru-parampara!”
E, como sabemos, as diferentes tecnologias manufaturadas pelo homem expandem seu conhecimento do mundo (por exemplo, não podemos ver bactérias, mas, com o auxílio de um microscópio, isso é facilmente possível) e permitem que ele faça o que antes era impossível (como atravessar oceanos e voar). Da mesma forma, o conhecimento oriundo da sucessão discipular permite que percebamos o que antes era inconcebível (a nossa natureza eterna como um ser espiritual e a identidade da própria Personalidade de Deus) e nos permite realizar aquilo que antes era impensável (restabelecer nosso eterno relacionamento amoroso com Krishna).
E, graças a Srila Prabhupada, agora essa tecnologia rara e incomparável está disponível em todo o mundo, pois ele foi a verdadeira personificação de toda a sucessão discipular, não só repassando de forma transparente a sua mensagem atemporal, como também reproduzindo com maestria os seus principais feitos no mundo moderno.
Apresentando os Santos Nomes ao Mundo
Como o próprio Krishna declara na Bhagavad-gita (4.7):
yada yada hi dharmasya
glanir bhavati bharata
abhyutthanam adharmasya
tadatmana
 srijamy aham
“Sempre e onde quer que haja um declínio na prática religiosa, ó descendente de Bharata, e uma ascensão predominante de irreligião — aí, então, Eu próprio faço Meu advento.”
E nesta férrea era de Kali, quando há um enfraquecimento do dharma? Sempre! E onde? Em todos os lugares! Desta forma, qual avatara poderia ser mais adequada do que aquele na forma do som, que pode se manifestar tão logo seja invocado? Assim, Krishna depositou toda Sua potência na forma dos santos nomes e apareceu pessoalmente em 1486 como Sri Chaitanya Mahaprabhu para propagar o doce cantar dessa sagrada vibração sonora.
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Um avatara na forma de som é o melhor para a sempre degradada era de Kali.
Ele fez Seu advento com Seus associados e estabeleceu, através do Seu exemplo pessoal, a supremacia do cantar do mantra Hare Krishna. Ele também a demonstrou na prática e publicamente com harinamas em Navadvipa e Jagannatha Puri e por Suas peregrinações pela Índia, onde, além de divulgar o cantar dos santos nomes, derrotou filosoficamente oponentes como Prakashananda Sarasvati e Sarvabhauma Bhattacharya, grandes baluartes do impersonalismo, e incutiu o espírito missionário em Seus discípulos.
Tendo fé total na posição sublime de Nama Prabhu, a encarnação sonora de Krishna, Srila Prabhupada seguiu os passos de Chaitanya, estabelecendo firmemente o cantar de Hare Krishna como a forma mais elevada e mais prática de se aproximar da Verdade Absoluta.
Com a doce e simples melodia do seu kirtana, Srila Prabhupada rapidamente cativou os transeuntes do Thompinks Square Park, que, contagiados, se muniram de variados instrumentos musicais, tais como pífanos, flautas e saxofones, para juntos vibrarem as sumamente prazerosas sílabas do maha-mantra.
Ao longo de suas viagens, Prabhupada sempre fez grandiosos kirtanas, seja em festivais públicos, como o Ratha-yatra, em palestras em universidades, ou mesmo em um icônico Mantra-Rock Dance, enchendo o coração dos ouvintes de um prazer antes desconhecido e os impulsionando para uma verdadeira busca espiritual.
Consolidando a Consciência de Krishna
Antes de Se ausentar da visão daqueles que habitam este mundo mortal, Sri Krishna Chaitanya treinou alguns de Seus discípulos mais próximos, tais como Rupa e Sanatana Gosvamis, deixando-lhes o encargo de continuar e expandir Sua missão.
Para tal, Srila Rupa Gosvami, a joia da coroa dos seguidores de Mahaprabhu, elaborou uma detalhada apresentação do conceito de bhakti-rasa, a doçura intercambiada entre o Senhor e o devoto em seu relacionamento, mapeando as possibilidades de troca amorosa com Krishna em diferentes humores expressados na dramaturgia védica. Assim, Rupa Gosvami presenteou o mundo com o seu Bhakti-rasamrita-sindhu e a sua inovadora teologia, que versava sobre a perspectiva de uma interação com Deus tingida pelos matizes de sentimentos fraternais, paternais e conjugais em completa intimidade.
Liderados por Rupa, os Seis Gosvamis de Vrindavana escreveram volumosa literatura explicando a filosofia da simultânea igualdade e diferença entre a alma e Deus enunciada por Chaitanya e estabelecendo o despertar do amor puro por Deus como a mais elevada meta da vida, acima até mesmo da liberação da ilusão material. Eles promoveram também a construção de templos e a instalação de Deidades. Srila Gopala Bhatta Gosvami e Srila Raghunatha Bhatta Gosvami iniciaram inúmeros discípulos, e Srila Jiva Gosvami se dedicou a ensinar os pormenores da adoração a Radha-Krishna e os mistérios da Sua sagrada terra natal, Vrajabhumi, bem como o humor específico cultivado por aqueles que a habitam, solidificando assim a base filosófica do vaishnavismo gaudiya.
Como o maior dos representantes de Srila Rupa Gosvami, Prabhupada estruturou sua editora BBT e publicou um extenso acervo de obras literárias, onde denunciou, de forma muito contundente, a fragilidade e efemeridade de outros desejos além de krishna-prema, e tornou extremamente acessível ao público ocidental os diferentes intercâmbios amorosos íntimos com Krishna, além de apresentar o Bhakti-rasamrita-sindhu na forma do primoroso O Néctar da Devoção.
Para que os jovens devotos pudessem experimentar de forma prática esse bhakti-rasa, Srila Prabhupada também incentivou a abertura de templos, onde instaurou a adoração diária a belas Deidades, adequando-a de acordo com as particularidades do local e tempo específico em que atuou.
Em Todas as Vilas e Cidades
Preocupada com a propagação dos ensinamentos de Sri Gauranga, Srimati Jahnavi Devi, a elevadíssima esposa de Nityananda Prabhu, pediu aos principais discípulos de Srila Jiva Gosvami que levassem os livros dos Gosvamis para a Bengala. Desta forma, uma comitiva formada por Srinivasa Acharya, Narottama Thakura e Shyamananda Prabhu seguiu em direção à terra de Chaitanya, carregando consigo cópias dos manuscritos dos acharyas gaudiyas, e, no caminho, fizeram discípulos muito influentes socialmente, como Birhambira Maharaja (rei dos dacoítas), Raja Santosha Datta (rei de Gopalpura) e Rasikananda Prabhu (filho do poderoso zamindar do distrito de Rohini, Sri Achyutadeva), que facilitaram imensamente a divulgação dos ensinamentos de Mahaprabhu.
Narottama Thakura também organizou, com a ajuda de outros devotos, o Festival de Kheturi Grama, o primeiro Gaura-Purnima, que foi impressionantemente opulento e chamou a atenção de todo o subcontinente indiano. E foi assim que o vaishnavismo gaudiya começou a se tornar conhecido pela Índia.
Igualmente, tendo a salvação de todo o mundo como seu mais acalentado objetivo, Srila Prabhupada enfatizou a distribuição maciça de livros como o seu principal desejo e como o serviço prioritário dos membros de sua ISKCON. Motivados pelos constantes pedidos de Srila Prabhupada, os devotos ocupados nesse sankirtana-yajna trabalharam de forma tão criativa e vigorosa que, a partir de 1972, a distribuição dos livros aumentou de forma nunca imaginada e passou a nortear a vida dos templos, que faziam com que, diariamente, milhares de exemplares chegassem nas mãos de novos leitores.
Prabhupada também se encontra com grandes líderes da sociedade de sua época e participa de eventos de imenso porte, reunindo milhares de pessoas, tanto na Índia quanto no Ocidente. Alguns de seus discípulos com influência, como o beatle George Harrison e o herdeiro da Ford, Ambarisha Prabhu, o auxiliaram nessa empreitada.
O Amadurecimento do Vaishnavismo Gaudiya
Uma vez que alguns pontos expressos na literatura dos Gosvamis eram de difícil interpretação pelos devotos, Visvanatha Chakravarti Thakura passou a analisá-los cuidadosamente e esclarecer qualquer possível paradoxo que encontrasse. Ele escreveu também comentários a Bhagavad-gitaSrimad-Bhagavatam e Chaitanya-charitamrita.
Delineando explicitamente o siddhanta (conjunto de conclusões filosóficas das escrituras) em cada linha de seus Significados Bhaktivedanta, Srila Prabhupada permitiu que os temas centrais dos Vedas se tornassem suficientemente claros, sem a menor possibilidade de interpretação equivocada, para qualquer leitor sincero.
Em 1718, quando membros do grupo Ramanandi, ligados à Sri Sampradaya, questionaram a legitimidade do vaishnavismo gaudiya perante a corte do rei de Jaipur, usando o argumento que toda sucessão discipular precisa compor um comentário do Vedanta-sutra, o grande e erudito discípulo de Visvanatha, Baladeva Vidyabhushana, provou a autenticidade da sampradaya de Chaitanya escrevendo o inigualável Govinda-bhashya.
Prabhupada também teve que enfrentar a oposição de hinduístas ortodoxos em seus esforços para a propagação da consciência de Krishna, uma vez que, para cumprir o seu propósito principal e essencial (tirar as almas condicionadas da ilusão), ele teve que deixar em segundo plano regras menores e fazer muitas adaptações e concessões em relação a hábitos que mais têm a ver com o background cultural da Índia do que com bhakti-yoga em si.
Srila Prabhupada se preocupou em estabelecer três grandes templos da ISKCON em lugares estratégicos da Índia: o Krishna-Balarama Mandir, em Vrindavana; o Chandrodaya Mandir, em Sridham Mayapur, e o Sri-Sri Radha-Rasavihari, em Juhu. Além disso, organizou festivais de pandals (grandes estruturas erigidas em locais públicos, normalmente para eventos religiosos) e participou com seus discípulos de comemorações típicas hindus, como o Kumbha-mela, assegurando, assim, o interesse de sua instituição em respeitar e interagir com grupos religiosos tradicionais da Índia.
As atividades caritativas da ISKCON e sua proficiência em disseminar a filosofia védica entre as classes de pessoas respeitáveis do Ocidente foram fortemente responsáveis por um renascimento do interesse entre as novas gerações de indianos e por um aumento estrondoso da popularidade do vaishnavismo gaudiya na Índia.
O Renascimento da Missão de Sri Chaitanya
Apesar do esforço de acharyas como Visvanatha Chakravarti e Baladeva Vidyabhushana, começaram a proliferar desvios filosóficos entre os seguidores de Chaitanya, e o verdadeiro vaishnavismo começou a ficar confinado a pequenos grupos de devotos absortos em meditar em Krishna (babajis), mas sem muita influência na sociedade. Foi nesse momento que surgiu o devoto que retiraria o vaishnavismo gaudiya da estagnação em que se encontrava, fazendo com que novamente ele cumprisse sua vocação natural: ser um movimento popular. Tal alma magnânima foi Bhaktivinoda Thakura, que ousadamente lutou para a revitalização da pregação do sankirtana-yajna, escrevendo livros com o intuito de satisfazer a elite intelectual indiana, mesmo tendo que, para isso, ter-se valido até de artifícios que não podemos imitar (como afirmar que Vyasadeva é uma figura mitológica e que seus escritos foram feitos por muitas mãos ou aceitar que as descrições cosmológicas do Bhagavatam são alegóricas), dando interpretações totalmente inéditas para aspectos clássicos de nossa cultura (como relacionar os demônios de vrindavana-lila aos anarthas que um devoto deve enfrentar), usando pseudônimos (como em seu Baula-sangita, onde assume a identidade de um membro de um grupo de pseudodevotos que o Thakura queria denunciar) e, talvez o mais importante, combatendo as apa-sampradayas, grupos que se desviaram do siddhanta gaudiya.
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Bhaktivinoda Thakura.
Entre eles, encontramos os sahajiyas (sentimentalistas que tomavam o relacionamento íntimo com Krishna como algo muito barato), os kartabhajas (que adoravam o guru com uma concepção errônea) e os smartas brahmanas (que colocavam a ortodoxia acima da pregação).
Assim como Bhaktivinoda, Prabhupada também era plenamente ciente do clímax cultural que ocorria no mundo à sua época e soube fazer um excepcional uso dele, permitindo que mulheres pela primeira vez pudessem residir em ashramas e adorar Deidades, incentivando seus discípulos com formação acadêmica a criar o Bhaktivedanta Institute, com o objetivo de conciliar estudos científicos com as conclusões das escrituras védicas, e dialogando com muitos líderes religiosos ocidentais, mostrando apreciação por diferentes abordagens na busca por Deus.
Antevendo possíveis más interpretações de suas palavras no futuro, Srila Prabhupada explicou os conceitos fundamentais de sua filosofia por diferentes prismas em várias ocasiões, garantindo-lhes uma objetividade ímpar.
O Querido Discípulo de Bhaktisiddhanta
Seguindo a linha de seu grandioso pai, Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura inovou ao enfatizar o uso da imprensa escrita, reestabelecer a ordem de sannyasa (que ele mesmo definiu como renúncia de vitrine, ou seja, uma estratégia para atrair a mente do público) no vaishnavismo gaudiya, dar vestes açafroadas aos brahmacharis (segundo o Hari-bhakti-vilasa, a cor dos estudantes também é branca, mas Bhaktisiddhanta entendeu que eles seriam mais respeitados ao pregarem se usassem açafrão e assim mostrassem que estavam vinculados a um sannyasi) e trazer de volta o uso do cordão sagrado para os brahmanas (mais uma forma de garantir respeitabilidade perante o público indiano).
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Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati.
E, com essas pequenas mudanças externas, Bhaktisiddhanta Sarasvati, que entendeu a mentalidade de sua época como ninguém, influenciou pensadores indianos, entre eles o jovem Abhay, que estava ocupado em participar do movimento de libertação indiana da colonização britânica. Abhay ficou profundamente tocado com o rigor lógico de Bhaktisiddhanta e o aceitou como mestre espiritual. Anos mais tarde, escreveria em sua homenagem:
O Absoluto é senciente
Tu provaste,
A calamidade impessoal
Tu eliminaste.
Tais versos resumiam de forma tão completa a essência dos ensinamentos de Bhaktisiddhanta que este pediu aos seus editores que publicassem qualquer texto escrito por Abhay. E, ao compreender a importância que os livros tinham para seu mestre, que os chamava de brihad-mridanga, o grande tambor que pode ser ouvido em todo o mundo, ele nunca deixou de escrever, denunciando as imperfeições filosóficas do impersonalismo e do niilismo e ressaltando o caráter sumamente nectário da Suprema Personalidade de Deus.
Por seguir os passos de todos os mestres do passado com grande confiança em suas palavras, desprovido de qualquer motivação pessoal e possuindo uma grande ânsia em distribuir a semente do serviço devocional para as almas condicionadas, Srila Prabhupada se tornou a própria personificação do guru-parampara, condensando toda a sabedoria do Senhor Brahma, Narada Muni, Vyasadeva e grandes outros sábios, com a doçura inigualável dos rupanugas. Sua vida foi a culminação dos esforços de todas as almas perfeitamente liberadas que já tentaram propagar as glórias de Krishna neste universo material, e, graças a ele, todas as profecias relativas à vitória dos santos nomes sobre a escuridão de Kali-yuga se cumpriram. Apenas por seus incansáveis esforços, os sagrados ensinamentos de Krishna, representados pelo seu maior compilador, Sri Vyasa, chegaram até nós e podemos adorar toda a sucessão discipular ao reverenciar seu maior expoente: Srila Prabhupada!
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fonte https://voltaaosupremo.com/artigos/artigos/srila-prabhupada-a-personificacao-da-sucessao-discipular/

O BRASIL PRECISA SABER: Olavo de Carvalho




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Aos fãs do Gabriel Monteiro, heróis não devem agir SOZINHOS!!




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Proibida a Manifestação do dia 15 Por Rodrigo Maia




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sexta-feira, 6 de março de 2020

Olavo de Carvalho e a Psicologia




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Sobre a psicanálise e o livro "La agonia del psicoanálisis".




La agonía del Psicoanálisis

Autor: 

Comentário dos Gigantes:

Olavo de CarvalhoTrue OutSpeak 16/07/2007 00:44:00 :
Em geral há um consenso de que psicanálise não é ciência, e esse livro fala sobre isso.

La Agonía del Psicoanálisis (Spanish)

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Podcast Arte e sua importância.




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Bases neuropsicológicas da aprendizagem




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Conteudos e Metodologia do Ensino da Arte




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O que é arte?




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quarta-feira, 4 de março de 2020

Os 16 Benefícios da Amalaki Para Saúde

Os 16 Benefícios da Amalaki Para Saúde

Benefícios da Amalaki Para Saúde São Excelentes, A Amalaki é conhecida como mãe ou enfermeira, é benéfica para a perda de cabelo, pele e peso. É bom para o trato digestivo, purificação do sangue, desintoxicação do fígado e remove o excesso de pitta do trato gastro-intestinal. Ajuda a fortalecer o sistema imunológicoAmalaki refere-se ao uso medicinal da fruta amla, também chamada de groselha indiana, que cresce na árvore Emblica officinalis da Índia. gosto amargo, seu nome em sânscrito significa “mãe”, “enfermeira” ou “imortalidade”, que atesta a capacidade de curar frutas.
Amalaki beneficios
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O que é o Amalaki?

O nome científico é Phyllanthus emblica L e também é conhecido como myclobalum émblico e às vezes sarandí. A árvore da qual a fruta vem é conhecida como amalaka, amlaki e ma kham bom na Tailândia e no Laos. É uma árvore que pertence à família Filantaceae e pode ser encontrada nas regiões tropicais e subtropicais da Ásia.
É uma árvore de tamanho médio, com um tronco tortuoso e um grande número de ramos. Estes são finamente pubescentes ou glabros, têm 10 a 20 cm de comprimento. As folhas são simples e verdes. As flores são amarelo-esverdeadas.

1. Amalaki Para Cabelo:

O suco dessa fruta é usado para lavar o cabelo para prevenir o envelhecimento prematuro e queda de cabelo. Transmite um brilho bonito e alisa o cabelo.

2. Deixa a Pele Mais Limpa:

Devido aos seus atributos de resfriamento e limpeza, é bom para a pele. A aplicação da polpa da fruta na pele ajuda a acalmar a sensação de queimação e erupções cutâneas. Óleo de sésamo reforçado com Amalaki, para massagem corporal para promover a pele. Previne
rugas e mantém a pele saudável.

3. Perda de Peso:

A massagem em pó seco (Udgharshana) com pó triphala ajuda a reduzir as gorduras subcutâneas na obesidade.

4. Ajuda a Prevenir problemas na Visão:

O colírio diário com água triphala melhora a visão.

5. Da  Mais Brilho Corporal:

A mistura da pasta de casca de fruta Haritaki e Amalaki, juntamente com raízes de Jatamansi quando aplicado antes do banho, ajuda a tornar o corpo perfumado e brilhante.Amalaki

6. Ótima Para a Desintoxicação do Organismo:

Esta fruta promove a desintoxicação do corpo devido ao seu alto teor de antioxidantes, especialmente por sua vitamina C. Ao remover toxinas circulação saudável, boa digestão e é obtida eliminação adequada das toxinas.

7. Bom Para o Sistema Digestivo:

Esta fruta aumenta o paladar, estimulando e tonificando o primeiro estágio da digestão. É reconhecido por conter os 5 sabores. Melhora o apetite e estimula a secreção de sucos digestivos.

8. Regula a Glicose no Sangue:

Estimula a microrregulação e equilibra o açúcar no sangue porque tem um efeito diurético. Facilita a eliminação do excesso de açúcar no sangue através da urina.

9. Combate o Envelhecimento:

Promove corpo rejuvenescimento, fortalece a imunidade e os tons de todos os tecidos do corpo, devido ao seu teor de antioxidante de largo espectro vitamina C (contém 445 mg por 10 g de fruto), taninos, polifenóis, flavonoides, campferol, ácido Ácido elágico e gálico.

10. Reduz os Níveis de Colesterol:

Pode reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos de acordo com estudos realizados em ratos de laboratório.

Como Fazer Suco de Amalaki?

INGREDIENTES:
  • Jujuba
  • Gengibre
  • Cúrcuma
  • Manjericão indiano ou tulsí.
  • Haritaki
MODO DE PREPARO:
Este suco deve ser consumido a uma onça de 1 a 3 vezes ao dia. Deve ser consumido em jejum se você quiser perceber seus efeitos mais rapidamente, mas você pode consumi-lo com nutrientes para que seus nutrientes sejam digeridos com alimentos.

Contra-indicações da Fruta amalaki:

Este fruto contém taninos hidrolisáveis ​​hepatotóxicos, pelo que se recomenda controlar o seu consumo com controlos médicos.
Se tomado antes de dormir, pode enfraquecer os dentes da mesma forma que a exposição excessiva às frutas cítricas e pode irritar a garganta.
Em quantidades elevadas pode causar diarréia.
Também pode causar a formação de quelatos de ferro e reduzir a quantidade de ferro no sangue, o que pode complicar a anemia.

Cuidados Devem ser Tomados com Suplementos em Casos de:

  • Gravidez e aleitamento
  • Se você sofre de distúrbios de coagulação.
  • Diabetes tipo I porque pode diminuir os níveis de açúcar no sangue.
  • Doença hepática
  • Cirurgia, porque pode aumentar o risco de hemorragia.
  • Recomenda-se evitar o seu consumo duas semanas antes da cirurgia.

fonte https://www.dicasdesaudeonline.com.br/os-16-beneficios-da-amalaki-para-saude/

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JEJUM DE AMALAKI EKADASI DIA 06/03/2020

   O Rei Mandhata certa vez disse para Vasishtha Muni:  "ó grande sábio, por bondade, seja misericordioso para comigo e conta-me sobre um jejum sagrado que me beneficiará eternamente."

   Vasishtha Muni respondeu: "ó rei, tenha a bondade de ouvir enquanto descrevo o melhor de todos dias de jejum, Amalaki Ekadashi.  Aquele que observa fielmente um jejum neste Ekadashi obtém enorme opulência, livra-se dos efeitos de todo tipo de pecados, e obtém liberação.  Jejuar neste Ekadashi é mais purificante que doar mil vacas em caridade a um brahmana puro.  Portanto por favor me escute atentamente enquanto conto a história do caçador que, embora diariamente ocupado em matar animais inocentes para ganhar a vida, obteve liberação por observar um jejum no Amalaki Ekadashi e seguir as regras e regulaçöes de adoração prescritas.

   Uma vez havia um reino chamado Vaidisha, onde todos brahmanas, kshatriyas, vaishyas e shudras eram igualmente dotados de conhecimento védico, grande força corpórea, e refinada inteligência.  ó leão entre os reis, o reino inteiro estava cheio de sons védicos, nem uma só pessoa era ateísta, e ninguém pecava.  O governante deste reino era o Rei Pashabinduka, um membro da dinastia de Soma, a lua.  Ele também era conhecido como Citraratha e era muito religioso e veraz.  Dizem que o Rei Citraratha tinha a força de dez mil elefantes e que era muito rico e conhecia os seis ramos da sabedoria védica perfeitamente. (1)

   Durante o reino de Maharaja Citraratha, nem uma só pessoa em seu reino tentou praticar o dharma (dever) de outra, tão perfeitamente ocupados em seus próprios dharmas estavam todos brahmanas, kshatriyas, vaishyas e shudras.  Não se viam nem miseráveis nem pobretöes pelo reino afora, e nem havia seca ou inundação.  Na verdade, o reino estava livre de doenças, e todos gozavam de boa saúde.  As pessoas prestavam serviço devocional amoroso à Suprema Personalidade de Deus, o Senhor Vishnu, assim como fazia o rei, que também prestava serviço especial ao Senhor Shiva.  Além do mais, duas vezes por mês todos jejuavam no Ekadashi.

   Desta maneira, ó melhor dos reis, os cidadãos de Vaidisha viviam muitos e longos anos em grande felicidade e prosperidade.  Abandonando todas variedades de religião materialista, dedicavam-se completamente ao serviço amoroso ao Senhor Supremo, Hari.
Uma vez, no mês de Phalguna, veio o sagrado jejum de Amalaki Ekadashi junto com Dvadashi.  O Rei Citraratha realizou que este jejum em particular concederia benefício especialmente grande, e portanto ele e todos cidadãos de Vaidisha observaram este sagrado Ekadashi mui estritamente, seguindo cuidadosamente todas regras e regulaçöes.

   Após banhar-se num rio, o rei e todos seus súditos foram ao templo do Senhor Vishnu, onde crescia uma árvore Amalaki.  Primeiro o rei e seus principais sábios ofereceram à árvore um pote cheio d'água, bem como um belo dossel, calçados, ouro, diamantes, rubis, pérolas, safiras, e incenso aromático.  Então adoraram o Senhor Parashurama com estas oraçöes:  "ó Senhor Parashurama, ó filho de Renuka, ó ser que agrada a todos, ó libertador de todos mundos, por bondade venha para baixo desta sagrada árvore Amalaki e aceite nossas humildes reverências."  Então oraram à árvore Amalaki:  "ó Amalaki, ó filha do Senhor Brahma, tu podes destruir todos tipos de reaçöes pecaminosas.  Por favor aceite nossas respeitosas reverências e estas humildes dádivas.  ó Amalaki, és na verdade a forma do Brahman, e uma vez foste adorada pelo próprio Senhor Ramachandra.  Quem quer que te circumambule portanto imediatamente é libertado de todos seus pecados."

   Após oferecer estas excelentes oraçöes, o Rei Citraratha e seus súditos permaneceram acordados durante toda a noite, orando e adorando segundo as regulaçöes que governam um sagrado jejum de Ekadashi.  Foi durante esta ocasião auspiciosa de jejum e oração que um homem mui irreligioso se aproximou da assembléia, um homem que mantinha a si e a sua família matando animais.  Oprimido pela fadiga e pecado, o caçador viu o rei e os cidadãos de Vaidisha observando Amalaki Ekadasi realizando uma vigília a noite toda, jejuando e adorando o Senhor Vishnu no lindo cenário da floresta, que estava brilhantemente iluminada por muitas lâmpadas.  O caçador escondeu-se pertinho, desejando saber que seria esta extraordinária cena diante dele.  "O que está acontecendo aqui?" pensava.  O que  viu naquela maravilhosa floresta sob aquela sagrada árvore Amalaki foi a Deidade do Senhor Damodara sendo adorada sobre a asana do pote d'água, e o que ouviu eram devotos cantando cançöes sagradas descrevendo as formas e passatempos transcendentais do Senhor Sri Krishna. Esquecendo-se de si, este ferrenho assassino irreligioso de inocentes aves e animais passou a noite inteira em grande espanto enquanto observava a celebração de Ekadashi e ouvia a glorificação do Senhor.

   Logo após o alvorecer, o rei e seu séquito real - inclusive os sábios ca corte e todos cidadãos - completaram sua observância de Ekadashi e retornaram à cidade de Vaidisha.  O caçador então retornou a sua cabana e comeu alegre sua refeição.  No devido tempo o caçador morreu, porém o mérito que acumulara por jejuar no Amalaki Ekadashi e ouvir a glorificação da Suprema Personalidade de Deus, bem como por ser forçado a ficar acordado a noite toda, tornaram-no qualificado a renascer como um grande rei com muitas quadrigas, elefantes, cavalos, e soldados.  Seu nome era Vasuratha, o filho do Rei Viduratha, e governava o reino de Jayanti.
O Rei Vasuratha era forte e destemido, refulgente como o sol, e tão belo como a lua.  Em força era como Vishnu, e em matéria de perdão, tal como a própria terra.  Muito caridoso e sempre veraz, o Rei Vasuratha sempre prestava serviço devocional amoroso ao Supremo Senhor Sri Vishnu.  Por isso, tornou-se muito bem versado no conhecimento védico.  Sempre ativo nos assuntos do estado, gostava de cuidar muito bem de seus súditos, como se fossem seus próprios filhos.  Não gostava que ninguém fosse orgulhoso e costumava esmagá-lo quando o via.  Realizou muitos tipos de sacrifícios, e sempre certificava-se que os necessitados de seu reino recebessem suficiente caridade.

   Certo dia, enquanto caçava na selva, o Rei Vasuratha desgarrou-se da trilha e perdeu o caminho.  Vagando durante algum tempo e eventualmente ficando cansado, fez uma pausa sob uma árvore e, usando seus braços como travesseiros, caiu no sono.  Enquanto dormia, selvagens bárbaros de uma tribo encontraram-no e, lembrando de sua inimizade já de longa data para com o rei, começaram a discutir entre si várias maneiras de matá-lo.  "É porque ele matou nossos pais, mães, cunhados, netos, sobrinhos e tios que somos forçados a vagar sem rumo como um bando de loucos."  Dizendo isto, prepararam-se para matar o Rei Vasuratha com várias armas, inclusive lanças, espadas, flechas e cordas místicas.

   Mas nenhuma destas armas mortais conseguia nem mesmo tocar o rei adormecido, e em breve a incivilizada tribo comedora-de-cães ficou temerosa.  O medo consumiu-lhes a força, e logo perderam o pouco de inteligência que tinham e ficaram quase inconscientes pela desorientação e fraqueza.  De repente uma linda mulher apareceu do corpo do rei, assustando os aborígenes.  Decorada com muitos ornamentos, emitindo uma fragrância maravilhosa, usando uma excelente guirlanda em redor do pescoço, suas sobrancelhas franzidas numa expressão de ira feroz, e seus fogosos olhos vermelhos luzindo, parecia a própria morte personificada.  Com sua chamejante chakra rapidamente ela matou todos caçadores tribais, que haviam tentado assassinar o rei adormecido.

   Bem naquele momento o rei acordou, e vendo toda tribo morta ao redor dele, ficou espantado.  Perguntava-se:  "Esses são todos grandes inimigos meus!  Quem os matou tão violentamente?  Quem é meu grande benfeitor?"

   Nesse mesmo momento ouviu uma voz do céu:  "Perguntas quem te ajudou.  Bem, quem é aquela pessoa que só ela pode auxiliar qualquer um atormentado?  Não é outro senão Sri Keshava, a Suprema Personalidade de Deus, Aquele que salva todos que se refugiam Nele sem qualquer motivo egoísta."

   Ao ouvir estas palavras, o Rei Vasuratha foi tomado de amor pela Suprema Personalidade de Deus.  Retornou a sua capital e governou ali como um segundo Indra, sem quaisquer obstáculos.
"Portanto, ó Rei Mandhata" o venerável Vasishtha Muni concluiu, "quem observa o sagrado Amalaki Ekadashi indubitavelmente alcançará a suprema morada do Senhor Vishnu, tão grande é o mérito religioso obtido por observar este mais sagrado dia de jejum."

   Assim termina a narrativa das glórias do Phalguna-sukla Ekadashi ou Amalaki Ekadashi, do Brahmanda Purana.

Notas:
1) Os seis ramos da sabedoria védica são:  1. O sistema Karma-mimamsa de Jaimini; 2. O sistema Sankhya do Senhor Kapila, filho de Devahuti; 3. Filosofia Nyaya de Gautama e Kamada; 4. Filosofia Mayavada de Ashtavakra; 5. Yoga-sutra de Patanjali, e 6. Filosofia Bhagavata de Srila Vyasadeva.








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Jejum de Amalaki Ekadasi 06/03/2020 - Podcast.



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