terça-feira, 18 de maio de 2010

Aprendizagem


Aprendizagem

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O processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homemsociedade e saber.

Histórico

Antiguidade

A aprendizagem vem sendo estudada e sistematizada desde os povos da antiguidade oriental. Já no Egito, na China e na Índia a finalidade era transmitir as tradições e os costumes. Na antiguidade clássica, na Grécia e em Roma, a aprendizagem passou a seguir duas linhas opostas porém complementares: A pedagogia da personalidade visava a formação individual. A pedagogia humanista desenvolvia os indivíduos numa linha onde o Sistema de ensino/sistema educacional era representativo da realidade social e dava ênfase à aprendizagem universal.

Idade Média

Durante a Idade Média, a aprendizagem e consequentemente o ensino (aqui ambos seguem o mesmo rumo) passaram a ser determinados pela religião e seus dogmas. Por exemplo, uma criança aprendia a não ser canhota, ou sinistra, embora neurologicamente o fosse.
No final daquele período, iniciou-se a separação entre as teorias da aprendizagem e do ensino com a independência em relação ao clero. Devido as modificações que ocorreram com o advento do humanismo e da Reforma, no século XVI, e sua ampliação a partir da revolução francesa, as teorias do ensino-aprendizagem continuaram a seguir seu rumo natural.


Século XVII ao início do Século XX

Do século XVII até o início do século XX, a doutrina central sobre a aprendizagem era demonstrar cientificamente que determinados processos universais regiam os princípios da aprendizagem tentando explicar as causas e formas de seu funcionamento, forçando uma metodologia que visava enquadrar o comportamento de todos os organismos num sistema unificado de leis, à exemplo da sistematização efetuada pelos cientistas para a explicação dos demais fenômenos das ciências naturais.
Muitos acreditavam que a aprendizagem estava intimamente ligada somente ao condicionamento. Um exemplo de experiência sobre o condicionamento foi realizada pelo fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que condicionou cães para salivarem ao som de campainhas.


A partir de 1930

Na década de 30 os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C. Tolman pesquisaram sobre as leis que regem a aprendizagem.
Guthrie acreditava que as respostas, ao invés das percepções ou os estados mentais, poderiam formar os componentes da aprendizagem.
Hull afirmava que a força do hábito, além dos estímulos originados pelas recompensas, constituía um dos principais aspectos da aprendizagem, a qual se dava num processo gradual.
Tolman seguia a linha de raciocínio de que o princípio objetivo visado pelo sujeito era a base comportamental para a aprendizagem. Percebendo o ser humano na sociedade em que está inserido, se faz necessário uma maior observação de seu estado emocional.


As definições de aprendizagem

Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá através da alteração de conduta de um indivíduo, seja por Condicionamento operante, experiência ou ambos,de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O ato ou vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação e procurar informações para o aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando a melhora da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.
Um outro conceito de aprendizagem é uma mudança relativamente durável do comportamento, de uma forma mais ou menos sistemática, ou não,adquirida pela experiência, pela observação e pela prática motivada.
O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas.


Processo de Aprendizagem

Segundo os behaviorista's a aprendizagem é uma aquisição de comportamentos através de relações mais ou menos mecânicas entre um Estímulo e uma Resposta.

Estimulo → Resposta = Comportamento


Apresenta como principais características:

• O indivíduo é visto como passivo em todo o processo
• A aprendizagem é sinónimo de comportamento expresso
• O reforço é um dos principais motores da aprendizagem
• A aprendizagem é vista como uma modelagem do indivíduo

Numa abordagem cognitiva, considera-se que o homem não pode ser considerado um ser passivo. Ele organiza suas experiências e procura lhes dar significado. Enfatiza a importância dos processos mentais do processo de aprendizagem, na forma com se percepciona, selecciona, organiza e atribui significados aos objectos e acontecimentos.

É um processo dinâmico, centrado nos processos cognitivos, em que temos:

INDIVIDUO → INFORMAÇÃO → CODIFICAÇÃO → RECODIFICAÇÃO → PROCESSAMENTO → APRENDIZAGEM


De uma perspectiva humanista existe uma valorização do potencial humano assumindo-o como ponto de partida para a compreensão do processo de aprendizagem. Considera que as pessoas podem controlar seu próprio destino, possuem liberdade para agir e que o comportamento delas é consequência da escolha humana. Os princípios que regem tal abordagem são a auto-direcção e o valor da experiência no processo de aprendizagem. Preocuparam-se em tornar a aprendizagem significativa, valorizando a compreensão em detrimento da memorização tendo em conta, as características do sujeito, as suas experiências anteriores e as sua motivações.

O indivíduo é visto como responsável por decidir o que quer aprender
Aprendizagem é vista como algo espontâneo.

Numa abordagem social, as pessoas aprendem observando outras pessoas no interior do contexto social. Nessa abordagem a aprendizagem é em função da interacção da pessoa, do ambiente e do comportamento


O processo de aprendizagem na abordagem de Vygotsky

Lev Semyonovich Vygotsky (1896-1934)
O ponto de partida desta análise é a concepção vygotskyana de que o pensamento verbal não é uma forma de comportamento natural e inata, mas é determinado por um processo histórico-cultural e tem propriedades e leis específicas que não podem ser encontradas nas formas naturais de pensamento e fala. Uma vez admitido o caráter histórico do pensamento verbal, devemos considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo histórico, que são válidas para qualquer fenômeno histórico na sociedade humana (Vygotsky, 1993 p. 44). Sendo o pensamento sujeito às interferências históricas às quais está o indivíduo submetido, entende-se que, o processo de aquisição da ortografia, a alfabetização e o uso autônomo da linguagem escrita são resultantes não apenas do processo pedagógico de ensino-aprendizagem propriamente dito, mas das relações subjacentes a isto.
Vygotsky diz ainda que o pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência afetivo-volitiva. Uma compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem só é possível quando entendemos sua base afetivo-volitiva (Vygotsky, 1991 p. 101). Desta forma não seria válido estudar as dificuldades de aprendizagem sem considerar os aspectos afetivos. Avaliar o estágio de desenvolvimento, ou realizar testes psicométricos não supre de respostas as questões levantadas. É necessário fazer uma análise do contexto emocional, das relações afetivas, do modo como a criança está situada historicamente no mundo..
Na abordagem de Vygotsky a linguagem tem um papel de construtor e de propulsor do pensamento, afirma que aprendizado não é desenvolvimento, o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer (Vygotsky, 1991 p. 101). A linguagem seria então o motor do pensamento, contrariando assim a concepção desenvolvimentista que considera o desenvolvimento a base para a aquisição da linguagem. Vygotsky defende que os processos de desenvolvimento não coincidem com os processos de aprendizagem, uma vez que o desenvolvimento progride de forma mais lenta, indo atrás do processo de aprendizagem. Isto ocorre de forma seqüencial. (Vygotsky, 1991 p. 102)


O processo de aprendizagem na abordagem de Piaget


O papel da equilibração

Nos estudos de Piaget, a teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador, necessária para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio-ambiente. (Wadsworth, 1996) Piaget postula que todo esquema de assimilação tende a alimentar-se, isto é, a incorporar elementos que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza. E postula também que todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos que assimila, isto é, a se modificar em função de suas particularidades, mas, sem com isso, perder sua continuidade (portanto, seu fechamento enquanto ciclo de processos interdependentes), nem seus poderes anteriores de assimilação. (Piaget,1975, p. 14)
Em outras palavras, Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo implica afirmar a presença necessária de acomodações nas estruturas; bem como a conservação de tais estruturas em caso de acomodações bem sucedidas. Esta equilibração é necessária porque se uma pessoa só assimilasse, desenvolveria apenas alguns esquemas cognitivos, esses muito amplos, comprometendo sua capacidade de diferenciação; em contrapartida, se uma pessoa só acomodasse, desenvolveria uma grande quantidade de esquemas cognitivos, porém muito pequenos, comprometendo seu esquema de generalização de tal forma que a maioria das coisas seriam vistas sempre como diferentes, mesmo pertencendo à mesma classe. Essa noção de equilibração foi a base para o conceito, desenvolvido por Paín, sobre as modalidades de aprendizagem, que se servem dos conceitos de assimilação e acomodação, na descrição de sua estrutura processual.
Segundo Wadsworth, se a criança não consegue assimilar o estímulo, ela tenta, então, fazer uma acomodação, modificando um esquema ou criando um esquema novo. Quando isso é feito, ocorre a assimilação do estímulo e, nesse momento, o equilíbrio é alcançado. (Wadsworth, 1996) Segundo a teoria da equilibração, a integração pode ser vista como uma tarefa de assimilação, enquanto que a diferenciação seria uma tarefa de acomodação, contudo, há conservação mútua do todo e das partes.
É de Piaget o postulado de que o pleno desenvolvimento da personalidade sob seus aspectos mais intelectuais é indissociável do conjunto das relações afetivas, sociais e morais que constituem a vida da instituição educacional. À primeira vista, o desabrochamento da personalidadeparece depender sobretudo dos fatores afetivos; na realidade, a educação forma um todo indissociável e não é possível formar personalidades autônomas no domínio moral se o indivíduo estiver submetido a uma coerção intelectual tal que o limite a aprender passivamente, sem tentar descobrir por si mesmo a verdade: se ele é passivo intelectualmente não será livre moralmente. Mas reciprocamente, se sua moral consiste exclusivamente numa submissão à vontade adulta e se as únicas relações sociais que constituem as relações de aprendizagem são as que ligam cada estudante individualmente a um professor que detém todos os poderes, ele não pode tampouco ser ativo intelectualmente. (Piaget, 1982) Piaget afirma que "adquirida a linguagem, a socialização do pensamento manifesta-se pela elaboração de conceitos e relações e pela constituição de regras. É justamente na medida, até, que o pensamento verbo-conceptual é transformado pela sua natureza coletiva que ele se torna capaz de comprovar e investigar a verdade, em contraste com os atos práticos dos atos da inteligência sensório-motora e à sua busca de êxito ou satisfação" (Piaget, 1975 p. 115).


O processo de aprendizagem pós-piagetiano

Paín (1989) descreve as modalidades de aprendizagem sintomática tomando por base o postulado piagetiano. Descreve como a assimilação e a acomodação atuam no modo como o sujeito aprende e como isso pode ser sintomatizado, tendo assim características de um excesso ou escassez de um desses movimentos, afetando o resultado final. Na abordagem de Piaget, o sujeito está em constante equilibração. Paín parte desse pressuposto e afirma que as dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas a uma hiperatuação de uma dessas formas, somada a uma hipo-atuação da outra gerando as modalidades de aprendizagem sintomática a seguir:


Hiperassimilação

Sendo a assimilação o movimento do processo de adaptação pelo qual os elementos do meio são alterados para serem incorporados pelo sujeito, numa aprendizagem sintomatizada pode ocorrer uma exacerbação desse movimento, de modo que o aprendiz não se resigna ao aprender. Há o predomínio dos aspectos subjetivos sobre os objetivos. Esta sintomatização vem acompanhada da hipoacomodação.


Hipoacomodação

A acomodação consiste em adaptar-se para que ocorra a internalização. A sintomatização da acomodação pode dar-se pela resistência em acomodar, ou seja, numa dificuldade de internalizar os objetos (Fernández, 1991 p. 110).


Hiperacomodação

Acomodar-se é abrir-se para a internalização, o exagero disto pode levar a uma pobreza de contato com a subjetividade, levando à submissão e à obediência acrítica. Essa sintomatização está associada a hipoassimilação.


Hipoassimilação

Nesta sintomatização ocorre uma assimilação pobre, o que resulta na pobreza no contato com o objeto, de modo a não transformá-lo, não assimilá-lo de todo, apenas acomodá-lo.
A aprendizagem normal pressupõe que os movimentos de assimilação e acomodação estão em equilíbrio. O que caracteriza a sintomatização no aprender é predomínio de um movimento sobre o outro. Quando há o predomínio da assimilação, as dificuldades de aprendizagem são da ordem da não resignação, o que leva o sujeito a interpretar os objetos de modo subjetivo, não internalizando as características próprias do objeto. Quando a acomodação predomina, o sujeito não empresta sentido subjetivo aos objetos, antes, resigna-se sem criticidade.
O sistema educativo pode produzir sujeito muito acomodativos se a reprodução dos padrões for mais valorizada que o desenvolvimento da autonomia e da criatividade. Um sujeito que apresente uma sintomatização na modalidade hiperacomodativa/ hipoassimilativa pode não ser visto como tendo “problemas de aprendizagem”, pois consegue reproduzir os modelos com precisão.
Ou seja se comprarem um aparelho condicionado ficam com a aprendizegm condicionada:D


O processo de aprendizagem em outras concepções

Na concepção behaviorista que o processo de aprendizagem se dá pelo condicionamento, baseado na relação estímulo-resposta é uma má informação por partes dos estudiosos da educação o comportamento de aprender esta diretamente relacionado a relação entre o indivíduo e seu meio e como esse atua sobre ele. Falar em behavorismo e fala de dois tipos de behavorismo o radical e o metodológico, e na maioria referem-se a linha teórica ao metodológico que está correto mas não considera o global que o radical propõe.


O papel da memória na aprendizagem

Independente da escola de pensamento seguida, sabe-se que o indivíduo desde o nascimento, utilizando seu campo perceptual, vai ampliando seu repertório e construindo conceitos, em função do meio que o cerca.
Estes conceitos são regidos por mecanismos de memória onde as imagens dos sentidos são fixadas e relembradas por associação a cada nova experiência. Os efeitos da aprendizagem são retidos na memória, onde este processo é reversível até um certo tempo, pois depende do estímulo ou necessidade de fixação, podendo depois ser sucedido por uma mudança neural duradoura.


Memória de curto prazo

A memória de curto prazo é reversível e temporária, acredita-se que decorra de um mecanismo fisiologia|fisiológico, por exemplo um impulso eletro-químico gerando um impulso sinapse|sináptico, que pode manter vivo um traço da memória por um período de tempo limitado, isto é, depois de passado certo período, acredita-se que esta informação desvanesce-se. Logo a memória de curto prazo pouco importa para a aprendizagem.


Memória de longo prazo

A memória permanente, ou memória de longo prazo, depende de transformações na estrutura química ou física dos neurônios. Aparentemente as mudanças sinápticas têm uma importância primordial nos estímulos que levam aos mecanismos de lembranças como imagens, odores, som|sons, etc, que, avulsos parecem ter uma localização definida, parecendo ser de certa forma blocos desconexos, que ao serem ativados montam a lembrança do evento que é novamente sentida pelo indivíduo, como por exemplo, a lembrança da confecção de um bolo pela avó pela associação da lembrança de um determinado odor.


As influências e os processos

A aprendizagem é influenciada pela inteligência, motivação, e, segundo alguns teóricos, pela hereditariedade (existem controvérsias), onde o estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são os elementos básicos para o processo de fixação das novas informações absorvidas e processadas pelo indivíduo.
O processo de aprendizagem é de suma importância para o estudo do comportamento. Alguns autores afirmam que certos processos neuróticos, ou neuroses, nada mais são que uma aprendizagem distorcida, e que a ação recomendada para algumas psicopatologias são um redirecionamento para a absorção da nova aprendizagem que substituirá a antiga, de forma a minimizar as sintomatizações que perturbam o indivíduo. Isto é, através da reaprendizagem (re-educação) ou da intervenção profissional através da Psicopedagogia.


A motivação

Aprende-se melhor e mais depressa se houver interesse pelo assunto que se está a estudar. Motivado, um indivíduo possui uma atitude activa e empenhada no processo de aprendizagem e, por isso, aprende melhor. A relação entre a aprendizagem e a motivação é dinâmica: é frequente o Homem interessar-se por um assunto, empenhar-se, quando começa a aprender. A motivação pode ocorrer durante o processo de aprendizagem.


Os conhecimentos anteriores

Os conhecimentos anteriores que um indivíduo possui sobre um assunto podem condicionar a aprendizagem. Há conhecimentos, aprendizagens prévias, que, se não tiverem sido concretizadas, não permitem a possibilidade de se aprender. Uma nova aprendizagem só se concretiza quando o material novo se incorpora, se relaciona, com os conhecimentos e saberes que se possui.


A quantidade de informação

A possibilidade de o Homem aprender novas informações é limitada: nao é possível integrar grandes quantidades de informação ao mesmotempo. É necessário proceder-se a uma selecção da informação relevante, organizando-a de modo a poder ser gerida em termos de aprendizagem.


A diversidade das atividades

Quanto mais diversificadas forem as abordagens a um tema, quanto mais diferenciadas as tarefas, maior é a motivação e a concentração e melhor decorre a aprendizagem.

[A planificação e a organização

A forma como se aprende pode determinar, em grande parte, o que se aprende. A definição clara de objectivos, a selecção de estratégias, é essencial para uma aprendizagem bem sucedida. Contudo, isto não basta: é necessário planificar, organizar o trabalho por etapas, e ir avaliando os resultados. Para além de estes processos serem mais eficientes, a planificação e a organização promovem o controle dos processos de aprendizagem e, deste modo, a autonomia de cada ser humano.


A cooperação

A forma como cada ser humano encara um problema e a forma como o soluciona é diferente. Por isso, determinados tipos de problemas são mais bem resolvidos e a aprendizagem é mais eficaz se existir trabalho de forma cooperativa com os outros. A aprendizagem cooperativa, ao implicar a intercação e a ajuda mútua, possibilita a resolução de problemas complexos de forma mais eficaz e elaborada.


Estilos de aprendizagem

Cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo de aprendizagem. Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja discordâncias entre os estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos estilos de aprendizagem:
  • visual: aprendizagem centrada na visualização
  • auditiva: centrada na audição
  • leitura/escrita: aprendizagem através de textos
  • ativa: aprendizagem através do fazer
  • olfativa : atravez do cheiro pode possibilitar conhecimento ja adequirido anteriormente, com o deitar de gazes sao exemplo de uma aprendizagem olfactiva


Aprendizagem Associativa

A associação é um tema que reside na observação de que o indivíduo percebe algo em seu meio pelas sensações, o resultado é a consciência de algo no mundo exterior que pode ser definida como ideia. Portanto, a associação leva às ideias, e para tal, é necessaria a proximidade do objeto ou ocorrência no espaço e no tempo; deve haver uma similaridade; frequência de observação; além da proeminência e da atração da atenção aos objetos em questão. Estes objetos de estudo para a aprendizagem podem ser por exemplo uma alavanca que gera determinado impulso, que ao ser acionada gera o impulso tantas vezes quantas for acionada. A associação ocorre quando o indivíduo em questão acionar outra alavanca similar à primeira esperando o mesmo impulso da outra. O que levou ao indivíduo acionar a segunda alavanca, foi a ideia gerada através da associação entre os objetos (alavancas).
Um grupo liderado pelos pesquisadores Guthrie e Hull sustentava que as associações se davam entre estímulos e respostas, estes eram passíveis de observação.
A teoria da aprendizagem associativa, ou a capacidade que o indivíduo tem para associar um estímulo que antes parecia não ter importância a uma determinada resposta, ocorre pelo condicionamento, em que o reforço gera novas condutas. Porém, as teorias de estímulo e resposta não mostraram os mecanismos da aprendizagem, pois não levaram em conta os processos interiores do indivíduo. (Há que se diferenciar aprendizagem de condicionamento).
Tolman, pesquisou que as associações através do estímulo geravam uma impressão sensorial subjetiva.
nao fazer nada é um estilo de aprendizagem


Aprendizagem Condicionada

O reforçamento, é uma noção que provém da descoberta da possibilidade que é possível reforçar um padrão comportamental através de métodos onde são utilizadas as recompensas ou castigos. A é uma proposta para integrar alunos e professores durante a aprendizagem em sala de aula, de modo a possibilitar a construção de conhecimentos por meio das interações.


A aprendizagem reflexiva como estratégia para a formação profissional

A melhoria da qualidade da prática docente, facilita o aprendizado de novos modos de ensino e expande estratégias de aprendizagem.
Na formação de Docentes é necessário ter em conta, como princípio básico, a actuação, tornando a sua prática para muito além das meios tradicionais de ensino.
O princípio da aprendizagem reflexiva, considerada por alguns autores, trata da urgência em formar profissionais, que venham a espelhar a sua própria prática, na esperança de que a reflexão será um meio de desenvolvimento do pensamento e da acção.
A dificuldade em decifrar este conhecimento, reside no facto das acções serem activas, de forma diversificada em às teorias, que são mais estáticas. Desta forma, ao descrever o conhecimento empregue numa determinada acção, com o intuito de a compreender, o futuro docente, estará a praticar um processo de estrutura do seu saber.
Se comprar um aparelho de ar condicionado voce pode ficar com aprendizagem condicionada.


Outras escolas de aprendizagem

Atualmente, muitos profissionais da área educacional contestam a existencia de uma validade universal na teoria da associação. Estes afirmam a importância de outros fatores na aprendizagem. Exemplo típico, são os educadores que seguem a linha gestalt|gestaltista, estes defendem que os processos mais importantes da aprendizagem envolvem uma reestruturação das relações com o meio e não simplesmente uma associação das mesmas. Existem também, os educadores que estudam os aspectos psicológicos da linguagem, ou psicolinguistas. Estes, por sua vez, sustentam que a aprendizagem de uma língua abrange um número de palavras e locuções muito grande para ser explicado pela teoria associativa. Alguns pesquisadores afirmam que a aprendizagem linguística se baseia numa estrutura básica de organização elemento.
Outras correntes de pensamento afirmam que as teorias da aprendizagem incluem o papel da motivação além dos estágios da aprendizagem, os processos e a natureza da evocação, do esquecimento e da recuperação de informações ou memória. Na pesquisa sobre a aprendizagem, ainda existem os conceitos não passíveis de quantificação, como os processos cognição|cognitivos, a imagem, a vontade e a consciencia|conscientização.


As lacunas do experimentalismo

A teoria geral da aprendizagem utilizando métodos experimentalistas encontrou muitas lacunas. Começaram surgir então teorias que aparentemente demonstravam não ser possível teorização da aprendizagem através de um único método, ou sistema. Estas teorias convergiram para um raciocínio sistêmico ao invés de sistemático. Se começou a pensar na utilização de métodos que explicassem a aprendizagem de forma dinâmica, e não estática.


Ver também


Bibliografia

  • PAÍN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem. 3ª edição
Porto Alegre, Artes Médicas, 1989
  • PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia; tradução Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva.23ª edição, Rio de Janeiro: Forence Universitária,1998.
  • PIAGET, Jean. O Juízo Moral na Criança. São Paulo, Summus, 1994
  • PIAGET, Jean e INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. São Paulo : DIFEL, 1982.
  • PIAGET, Jean. Como se desarolla la mente del niño. In : PIAGET, Jean et allii. Los años postergados: la primera infancia. Paris : UNICEF, 1975.
  • PIAGET, Jean. Biologia e Conhecimento. 2ª Ed. Vozes : Petrópolis, 1996.
  • PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro : Zahar, 1975.
  • VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1991
  • VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo, Martins Fontes, 1993
WADSWORTH, Barry. Inteligência e Afetividade da Criança. 4ª Ed. São Paulo, Enio Matheus Guazzelli, 1996.
  • Vayer,Pierre.Roncin,Charles. Psicologia Actual e Desenvolvimento da criança. Instituto Piaget
  • Gonçalves, Susana. Teorias da aprendizagem, praticas de ensino. ESEC.2001
  • Sprinthall, n; sprinthall, R. 1993 Psicologia educacional. Mcgraw hill


Ligações externas

Notas e referências




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segunda-feira, 17 de maio de 2010

10 mitos e verdades sobre chocolate

chocolateCom o inverno vem uma vontade ainda maior de comer chocolate. Batizado de theobroma, que em grego quer dizer alimento dos deuses, o chocolate é realmente uma iguaria que exerce um fascínio nas pessoas. A textura e o sabor despertam os sentidos e provocam emoções.
Mas não se preocupe que o chocolate não é só um vilão na sua dieta. Ele também traz muitos nutrientes, e, acredite, até felicidade! A nutricionista Lilian Mika Horie, do GANEP, Grupo de Nutrição Humana desmistifica o famoso chocolate.
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1. Por que o chocolate exerce esse fascínio sobre as pessoas?O chocolate exerce fascínio sobre as pessoas por conter substâncias como a cafeína, a teobromina e a feniletilamina. A cafeína atua como estimulante. Teobromina estimula o músculo do coração e o sistema nervoso. E a feniletilamina parece ser responsável pelo bom humor, por ser um antidepressivo. O chocolate parece interagir com uma série de sistemas neurotrasmissores que contribuem para o apetite, recompensa e regulação do humor. Outros fatores associados ao desejo induzido pelo chocolate são as propriedades orosensoriais e o princípio do prazer, bem como a associação com ciclos hormonais e a necessidade de repor nutrientes que estão deficientes ou não.
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2. Faz mal para saúde? Faz bem?O chocolate contém teobromina e tiramina, duas substâncias que estimulam os neurônios, melhorando o raciocínio. O coração é beneficiado pela teobromina presente no chocolate, que por ser uma substância estimulante age não apenas no sistema nervoso central, mas também sobre o sistema muscular, favorecendo também o funcionamento do coração.
Possui ainda vitaminas A, B1, B2, D e E, alguns minerais (cálcio, fósforo, potássio, magnésio e traços de ferro e cobre), ácido oléico (presente no cacau) e flavonóides. O chocolate amargo, feito do cacau puro e sem a adição das gorduras do leite, contém alto teor de flavonóides, antioxidantes que reduzem os riscos das doenças cardiovasculares. A presença do ácido oléico, encontrado no cacau, pode controlar os triglicérides e aumentar o bom colesterol (HDL).
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3. Faz mal?Devido ao seu valor calórico e de gorduras muito alto, seu consumo deve ser moderado em pessoas obesas e que tenham colesterol elevado.
4. Chocolate diet engorda?
Sim! Tanto o chocolate diet como os normais são bastante calóricos. No caso do chocolate diet não há adição de açúcar, mas, em compensação, a adição de gordura é superior ao chocolate normal, para garantir a mesma consistência. Em alguns casos, ele chega até a ser mais calórico que o chocolate comum, por isso é indicado apenas para diabéticos, não para pessoas que querem emagrecer.

5. Chocolate deixa a pessoa mais feliz?
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A existência da feniletilamina no chocolate estimula a produção de serotonina, substância cerebral que dá sensação de prazer e calma, associada à sensação de felicidade. A presença de estimulantes alcalóides, como a cafeína e a teobromina, geram efeito energético sobre a concentração e a capacidade física de quem o consome em quantidades moderadas.
6. É verdade que a mulher é mais viciada em chocolate do que o homem?
Realmente as mulheres gostam mais de chocolate. Principalmente durante a fase da TPM, pois ele contém uma substância chamada feniletilamina, que age estimulando a produção de serotonina no cérebro. A serotonina atua numa área relacionada às emoções, promovendo bem-estar e aliviando a tensão. Ingredientes do cacau são psicoativos e desencadeiam reações químicas no cérebro, semelhantes às que acontecem quando estamos apaixonados. O chocolate também fornece doses de feniletilanina, que é um antidepressivo natural.
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7. Chocolate é afrodisíaco?
O chocolate tido como afrodisíaco é uma crença popular, difundida há séculos. O que se sabe é que ele estabiliza neurotransmissores relacionados a sensações prazerosas, como a dopamina e a serotonina, e favorece a liberação de endorfinas e encefalinas que produzem o prazer.
8. Causa acne?
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Nenhum estudo científico comprova a relação entre o consumo de chocolate e o surgimento de espinhas. Um estudo realizado no Departamento de Dermatologia da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia demonstrou que o consumo de chocolate não estava relacionado ao desenvolvimento ou agravamento da acne. Alguns dermatologistas, no entanto, afirmam que pacientes com propensão à acne relatam piora após a ingestão exagerada de chocolate.9. Chocolate vicia?
O chocolate não vicia de verdade. Ele estimula o desejo por conter alguns componentes associados ao vício como a cafeína, a teobromina, a tiramina e a feniletilamina, que por terem concentrações muitas baixas não parecem ter o efeito psicoativo.

10. O chocolate pode ser consumido por grávidas?
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O chocolate contém ácidos graxos com atividade canabinóide, ou seja, que ativam as mesmas regiões no cérebro que são estimuladas pelo princípio ativo da cannabis sativa conhecida popularmente como maconha. Além disso, as substâncias do chocolate também parecem estimular o aumento nas concentrações de anandamina um canabinóide produzido pelo próprio corpo. O doce conta com outros compostos (como as metilxantinas, teobrominas e o açúcar ou aspartame) responsáveis pelo bem-estar do consumidor. Estas substâncias difundem-se facilmente através da placenta e pelo leite, portanto, podem ser absorvidas pelo embrião na gestação e pelo bebê durante a lactação. Na América do Norte foi detectada uma síndrome de hiper-excitabilidade que acometeu recém-nascidos de mães que consumiram grandes quantidades de chocolates durante a gravidez e lactação.
Coma chocolate!!!
liquid_chocolate
Adaptado de IG







Fonte :http://minilua.com/10-mitos-verdades-chocolate/



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Escolha a TV para ver a Copa do Mundo

Revista Casa Claudia Edição de Maio de 2010

MÓVEIS E ACESSÓRIOS

Escolha a TV para ver a Copa do Mundo

A cada quatro anos, quando se realiza a Copa do Mundo de Futebol, a venda de TVs aumenta consideravelmente. Este ano, os aparelhos lançados estão aptos a transmitir os jogos com o sinal digital na TV aberta, o que significa assistir a imagens em alta definição e não perder nenhum lance das partidas. Se as novas tecnologias confundem você na hora da escolha do modelo, veja nosso guia para realizar a compra certa e consulte os modelos oferecidos pelos fabricantes na galeria de fotos logo abaixo. E nada melhor do que reunir os amigos para torcer juntos em dia de jogo. Por isso, confira também nossas dicas para preparar lanches apetitosos e dar um toque verde e amarelo à decoração.

Reportagem Visual Mayra Navarro
Texto Maria Helena Pugliesi
Foto Evelyn Müller (ambiente) e Divulgação (produtos)
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A sigla significa Liquid Crystal Display, ou Tela de Cristal Líquido. Nessas TVs, a programação é gerada através de pequenas lâmpadas situadas na parte traseira do aparelho e o cristal líquido tem a função de controlar essas luzes, transformando-as em imagens. Por terem um brilho intenso, são mais indicadas para ambientes com maior claridade. “Em locais muito escuros, ocorre o vazamento de luz da tela, tornando as imagens mais opacas”, fala Fernanda Summa, gerente de produto da LG. Filmes gravados no padrão de cinema costumam apresentar trepidação na imagem. Atualmente, é a tecnologia mais vendida, muito apreciada pela tela no formato widescreen 16:9 (retangular, semelhante às telas de cinema).

Consumo de energia: baixo em relação às TVs de plasma. Alto, se comparada com as TVs de LED. Vida útil: 60 mil horas, ou 20 anos, com oito horas de uso diário. Espessura: finas e leves, são ideais para serem fixadas na parede. Começam com 2,9 cm e podem chegar até 10 cm de espessura.
A concepção dessas TVs é a mesma das de LCD, com a diferença que, no lugar das lâmpadas fluorescentes de sua antecessora, elas trabalham com LEDs – diodo emissor de luz. A tecnologia garante excelente contraste, uma vez que, quando transmitem cenas escuras, a intensidade das lâmpadas diminui, propiciando imagens mais reais. Comporta-se melhor em ambientes claros. Em imagens de ação rápida, como partidas de futebol, as TVs de LED podem apresentar o efeito fantasma, prejudicando, por exemplo, a visualização do número na camisa do jogador. “Isso acontece por que seu tempo de resposta (período que os pontos de luz levam para acender e apagar) é relativamente lento, cerca de 3 milissegundos”, diz Daniel Kawano, analista de produto da Panasonic.

Consumo de energia: devido ao tipo de lâmpada, são as TVs de menor consumo – gastam até 40% menos que uma TV LCD. Vida útil: 60 mil horas, iguais às TVs de LCD. Espessura: também por causa dos LEDs, são as mais finas do mercado, podendo variar de 0,9 mm a 26,5 mm.
Pioneira entre as TVs de telas grandes, a plasma funciona com milhares de lâmpadas fosforescentes em miniatura. Ionizadas, elas emitem gazes de luz ultravioleta, que, em contato com o fósforo, geram a imagem. “A plasma era criticada por marcar a tela. Porém, nos últimos dois anos, a tecnologia foi aprimorada e ela é cada vez mais procurada pelo consumidor que prefere telas acima de 50”. Nesse caso, ela apresenta o melhor custo/benefício”, diz Alberto Nairo, diretor comercial da AOC. São recomendadas para locais com controle de luminosidade, isso porque sua tela reflete a luz externa e prejudica a imagem, tornando-a mais opaca. Modelos com frequência de 600 Hz são excelentes para assistir a cenas de ação e movimento, como partidas de futebol.

Consumo de energia: consome o dobro de energia da TV LCD. Vida útil: 100 mil horas. Isso equivale a 34 anos, utilizando o aparelho oito horas por dia. Espessura: podem ser encontradas a partir de 3,59 cm.
A novidade mais quente do mercado são os modelos 3D. A tecnologia está presente nas TVs LCD, LED e plasma. Para assisti-las, é preciso usar óculos especiais semelhantes aos utilizados nos cinemas para os filmes em 3D. Funcionam assim: um emissor de raios infravermelhos, conectado à TV, envia o sinal estereoscópico para os óculos 3D ativos. Estes, por sua vez, possuem um sistema que alterna a opacidade das lentes na medida em que as imagens mudam no aparelho. O processo é tão dinâmico que a mente não detecta as lentes piscando, que, sincronizadas à ação na tela, causam o efeito tridimensional. São ideais para canais 3D, jogos e conteúdo em blu-ray (versão aprimorada do DVD). No Brasil, alguns canais de TV aberta começaram a captar imagens em terceira dimensão. “A boa notícia é que já existem modelos de TV que adequam as imagens em 2D para 3D. Dessa forma, o usuário se sente fazendo parte da ação. Em época de Copa do Mundo, quem não quer estar lá, dentro do campo com os jogadores?”, exagera Rafael Cintra, gerente sênior da área de TVs da Samsung.
Até o fim da década de 1990, as TVs tinham uma resolução de imagem formada por 480 linhas. A partir daí, surgem as TVs de alta definição – HD (high definition) e as imagens se tornam muito mais reais graças às 720 linhas – e ao 1 milhão de pixels (pontos) presentes na tela. A partir de 2000, a alta qualidade de definição cresce ainda mais com a chegada das TVs Full HD. Estas oferecem resolução de 1 080 linhas e 2 milhões de pixels. Todos os fabricantes de TV oferecem modelos com ambas as tecnologias. “Para consumidores apaixonados por cinema, recomendo as Full HD, que proporcionam a melhor experiência possível”, atesta Alberto Nairo, da AOC.
Ficar muito próximo de uma TV grande ou afastado demais de um aparelho pequeno pode afetar a qualidade da visualização. Por isso, para escolher o aparelho mais apropriado para sua casa, verifique a quantos metros você se localiza da tela e relacione-os com os dados abaixo.
Pixel - É a abreviatura de picture element, ou seja, "elemento da imagem". Corresponde aos pequenos pontos que formam as linhas na tela da TV. Quanto mais pixels a tela tiver, melhor será a definição.

Linhas - A imagem é formada por linhas horizontais e cada linha é formada pela união dos pixels (pontos).

Progressive Scan - É a forma como as linhas são exibidas na tela. Em português, progressive scan pode ser traduzido como "varredura progressiva". No modo progressivo, as linhas surgem na tela sem intervalos. Essa forma de exibição traz maior nitidez às imagens. O sistema é representado pela letra "p" (1.080p, por exemplo).

Tempo de resposta - Durante uma cena, os pixels precisam apagar e acender para reproduzir o movimento da imagem. Tempo de resposta é o período que os pixels levam para realizar essa transição. Então, quanto menor for esse tempo, melhor será a exibição de detalhes nas cenas de ação. Essa função é medida em MS (milessegundos).

DTV - É o Sistema Brasileiro de Transmissão Digital. As TVs com função DTV são capazes de receber, através da conexão de antena, a transmissão digital brasileira em alta definição.

Hd Natural Motion - A trepidação das imagens em movimento, característica comum nas telas de LCD, é amenizada com esse recurso, que analisa as cenas e controla o problema, tornando as imagens mais reais.

Função Time Machine Ready - Permite a gravação do conteúdo da TV digital aberta pela conexão de um HD externo na estrada USB (de no mínimo 40 GB).

HDMI - Tecnologia de conexão capaz de lidar com áudio e vídeo de alta definição ao mesmo tempo, dispensando um cabo separado para cada função.

USB - É a sigla para Universal Serial Bus. Trata-se de um plug que tornou mais simples e rápida a conexão de diversos tipos de aparelho (câmeras digitais, HDs, pendrives, mouses etc.) à TV, evitando assim o uso de um tipo específico de conector para cada dispositivo.



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