Esta etiqueta é inteligente.
O substituto do código de barras promete acabar com a fila nos supermercados
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Por Sérgio Teixeira Jr. (EXAME, 2.004)
A cada 1 000 malas transportadas nos vôos da companhia americana Delta Airlines, quatro vão parar no aeroporto errado. Parece pouco? Pois a empresa perde 100 milhões de dólares ao ano para localizar bagagens extraviadas e enviá-las ao destino certo. No mês passado, a Delta anunciou um investimento de 25 milhões de dólares na tecnologia de etiquetas inteligentes. Pelo menos na teoria, elas podem acabar com o problema das malas perdidas. As etiquetas inteligentes, ou smart tags, são o sucessor do código de barras. Têm esse nome porque são equipadas com um minúsculo chip que se comunica com sensores por ondas de rádio. Em comparação com o código de barras, que precisa ser lido manualmente por scanners, isso significa menos risco de erros e uma grande economia de tempo na identificação e na movimentação de produtos -- inclusive das bagagens nos aeroportos.
Enquanto o código de barras indica apenas dados genéricos, as novas etiquetas também podem armazenar mais informações, como data de fabricação, prazo de validade, lote de origem, localização e assim por diante. A expectativa é que, no futuro, elas estejam em todos os produtos. Com sensores espalhados pela loja, a reposição de prateleiras e a finalização da compra poderão ser feitas automaticamente. Ao sair do supermercado, você não precisará mais passar todas as mercadorias pelo caixa. Bastará passar o cartão e digitar a senha.
É por isso que a nova tecnologia, também conhecida como identificação por radiofreqüência (ou pela sigla
A Unilever escolheu sua maior fábrica de sabão em pó do mundo, em Indaiatuba, no interior de São Paulo, para fazer um dos três testes mundiais da tecnologia. Parte da movimentação de caixas de Omo já é feita com etiquetas inteligentes. Normalmente, os operadores das empilhadeiras tinham de fazer cinco conferências manuais com leitores de códigos de barras entre o fim da linha de produção e o carregamento nos caminhões. Com as etiquetas inteligentes, tudo é automático. "O ganho médio de produtividade no tempo de movimentação é de 14%", diz Leonardo Rubinato, responsável pela experiência. Numa fábrica que produz 45 000 toneladas de sabão em pó por mês, trata-se de um resultado considerável.
Por enquanto, o projeto envolve menos de 1% da movimentação da fábrica, e o benefício ainda está restrito à Unilever. Mas o objetivo é que, no futuro, as mesmas etiquetas possam ser lidas ao longo da cadeia de negócios, por distribuidores e varejistas. O Wal-Mart, o maior supermercadista do mundo, já determinou que seus 100 maiores fornecedores comecem a usar as novas etiquetas. Quando a fábrica libera uma caixa de lâminas da Gillette, por exemplo, imediatamente o centro de distribuição já sabe para que loja será enviada e a hora em que ela chegará. Com informações mais precisas, cai o nível do estoque e, portanto, o custo.
Mas o fim do código de barras ainda pode demorar um bom tempo para chegar. O custo de produção das smart tags ainda é alto. "Hoje, cada uma custa por volta de 1 dólar, o que torna o preço proibitivo para muitos produtos vendidos em supermercado", diz Wagner Bernardes, diretor de marketing da Seal, empresa que tenta introduzir as etiquetas inteligentes no Brasil. Para Silvio Laban, diretor de tecnologia do Pão de Açúcar, não há dúvida de que um dia elas vão substituir o código de barras. "Mas ainda estamos na fase inicial", diz ele. "Os testes práticos só começarão no ano que vem."
A etiqueta que fala |
A etiqueta inteligente contém um pequeno chip e uma antena, que se comunicam automaticamente com sensores. Veja algumas aplicações: |
No caixa
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Nas prateleiras
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Na industria
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Quer sbaer mais,
http://veja.abril.com.br/especiais/tecnologia_2005/p_078.html
http://www.akatu.org.br/central/noticias/2005/04/933/
Vídeos sobre este tema. Os vídeos estão em espanhol.
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