terça-feira, 27 de maio de 2008

O QUE É UMA TESE DE DOUTORADO?


O QUE É UMA TESE?


Uma tese de doutoramento (PhD thesis, ingl.; tesis de doctorado, esp.) é um trabalho científico original que apresenta uma reflexão aprofundada sobre um tema específico, nunca antes tratado e cujo resultado final constitui uma contribuição valiosa e única para o conhecimento da matéria tratada. Não esqueça que uma tese (do gr. thésis, “acto de pôr”) é a defesa de um argumento que se espera ser objecto de refutação. Este é o sentido original que ainda preside ao espírito de uma tese escrita para obtenção de um grau acadêmico.




- ESQUELETO GENÉRICO DE UMA TESE DO PONTO DE VISTA DO CONTEÚDO



A descrição abaixo fornece uma idéias geral do conteúdo que deve ser tratado em cada seção do corpo de uma monografia, sem preocupações com o formato.


1. INTRODUÇÃO


Uma tese exige uma introdução — que começa na página 1 —, o capítulo que normalmente é sujeito a rescrita durante o percurso que dura a investigação. A Introdução é não só uma descrição circunstanciada do conteúdo de todas as seções da tese, mas pode incluir também desde logo uma antecipação da tese ou principal argumento que se vai defender.
O momento de redação da Introdução é variável. Recomenda-se que um primeiro esboço seja o primeiro escrito da tese; depois, durante toda a fase de investigação, é possível ir completando, rescrevendo ou corrigindo esse primeiro texto.


2. TRATAMENTO DA QUESTÃO PRINCIPAL


Conforme o perfil científico da tese a desenvolver, podemos falar de um problema a ser resolvido, o que é comum em ciências exatas, ou de uma questão a tratar, o que é típico das ciências sociais e humanas. A distinção é mais formal do que de conteúdo, pois a diferença entre um problema e uma questão torna-se difícil de perceber a partir do momento em que uma investigação avançada pretende ser uma resposta original e fundamentada em pormenor sobre um assunto que está por resolver. Por esta razão, o corpo principal da tese deve apresentar uma argumentação sólida, de acordo com um plano geral de expectativas que incluirá:

1) descrição concisa do problema/questão a tratar;

2) justificação da pertinência da tese, reforçando a ideia já apresentada na Introdução de que o problema/questão não foi tratado anteriormente;

3) discussão demorada das razões que validam a oportunidade da tese no campo científico a que se destina.


3. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO PRINCIPAL


Esta parte da tese variará bastante de trabalho para trabalho. Pode incluir várias seções e/ou sub-seções, mas o grande objetivo é, pela força dos argumentos apresentados, convencer os arguentes de que a tese responde efetivamente àquilo a que se propôs no início.
A questão tratada no corpo principal merece agora uma atenção especial, deixando claro que o problema foi resolvido. É totalmente desaconselhável confessar que se encontraram muitos obstáculos ou que se caminhou para um beco-sem-saída ou ainda confessar a impotência para tratar o tema de forma conclusiva. Os arguentes devem ficar convencidos de que o candidato foi bem sucedido na sua investigação e que ele próprio está seguro dos seus argumentos.


4. CONCLUSÕES


Parte que reúne as alegações finais da tese e que deve incluir:

- as conclusões propriamente ditas;

- um sumário da contribuição do investigador para a questão central tratada;

- indicações para futuras investigações na área científica trabalhada.


5. BIBLIOGRAFIA


Apresentada no fim e organizada tematicamente. Se se tratar de uma tese no campo dos estudos literários, deve incluir uma bibliografia ativa (aquela que se trabalha diretamente e que corresponde à obra publicada do autor estudado) e uma bibliografia passiva (organizada por temas).


6. APÊNDICE


Toda a informação não relevante para a compreensão do assunto principal da tese deve ser guardada e organizada em apêndices, como tabelas de dados experimentais, ilustrações, diagramas, inquéritos, etc.



RETIRADO DO SITE http://www.fcsh.unl.pt/docentes/cceia/guia-tese
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