quarta-feira, 22 de julho de 2020

BRASIL: O MAIOR LABORATÓRIO DE ENGENHARIA SOCIAL DA HISTÓRI

O que fazer para recuperar anos de atraso promovidos pela filosofia educacional de Paulo Freire?
O povo brasileiro foi alvo do maior experimento de engenharia social que se tem notícia. Nossa educação foi instrumento de alcance de interesses de um grupo mundialmente organizado com o fim de verem realizado o objetivo maior da revolução: transformar uma nação conservadora num vasto gueto socialista.
O diretor geral da Unesco Federico Mayor declara no livro Paulo Freire, Biobibliografia, de Moacir Gadotti, na página 17:
Paulo Freire, em homenagem a ti, vamos desarmar os livros de história,
repletos de inimizades e de sangue. Vamos contar às crianças e jovens as
veredas traçadas pelos escritores, poetas, artistas, cientistas e intelectuais.
Em homenagem a ti, vamos revisar os sistemas educacionais a partir da
perspectiva da aprendizagem e não do ensino.” (MAYOR apud GADOTTI-1996, P.17)
Isso é só uma amostra da canalhice e da desonestidade intelectual que cometem os seguidores de Paulo Freire. Sim! Eles foram capazes e fizeram com competência tudo o que foi possível para mudar aquilo que deveria ser ensinado.
O estrago está feito. Então, o que fazer para começar a reparação da tragédia? Sugerimos que todo o mal seja cortado pela raiz. Sabemos que num Estado Democrático de Direito as normas constitucionais e as leis estão no topo da pirâmide de Kelsen. Portanto, existe uma ordem de força que as hierarquizam. Todas as leis abaixo da Constituição devem ser regidas por ela. No caso da Constituição Federal do Brasil de 1988, a educação figura, no Artigo 5º como direito fundamental de todos os brasileiros, portanto é uma cláusula pétrea, que não pode ser extinta da lei maior. Assim, fica assegurado esse direito enquanto a Carta Magna existir.
O dispositivo que regulamenta a oferta e a organização da educação é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e se encontra em pleno vigor. Foi sancionada sob a lei de nº 9.394 de 20 de dezembro 1996. Ela não só regulamenta como garante que aquele direito constitucional seja ofertado dentro dos princípios que a regem. Ela é a raiz dos problemas! Por ela, o socioconstrutivismo foi autorizado e por meio dela aqueles que são contrários aos projetos de descontaminação das instituições de ensino encontram força legal.
Por isso, podemos concluir que uma reforma na LDB (eu diria até descontaminação) faz-se necessária, em caráter de urgência, para consolidar os novos rumos que o Brasil deseja tomar. E mesmo com isso, ainda demoraríamos décadas, talvez mais de um século, para descontaminar a educação brasileira e passá-la por uma blindagem para que a doença não retorne no futuro.
Outro fato que deve ser levado em consideração é que pensar em reforma é algo que não tem resultados a curto e médio prazos. Como passo importante, deve-se priorizar escolhas técnicas para o Ministério da Educação, e isso não significa procurar nomes de liberais renomados ou defensores de ideais de direita. A verdadeira democratização do ensino passa pela abertura real dos currículos, que atualmente são extremamente fechados nas ideologias político-partidárias da esquerda. Uma liderança ministerial deve assumir o compromisso de transformar o ensino brasileiro numa ferramenta de crescimento do cidadão, individualmente. Isso não significa que o indivíduo terá um pensamento antagônico à coletividade. Na verdade, o trabalho de formação do cidadão engloba o conhecimento da construção social coletiva, descarregada de socialismo, onde, por exemplo, o empreendedorismo é pensado como uma forma de gerar benefícios a todos por meio do emprego e da renda através do trabalho e da produção.
Ainda mais urgente seria a desinfecção do ensino superior, onde estão os maiores disseminadores do pensamento de esquerda. Isso só pode acontecer por meio da reforma do ensino superior e reestruturação teórica dos currículos. Olavo de Carvalho lembra bem que é quase impossível conhecer um escritor de pensamento liberal, pois a maior fonte do acervo literário permanece em poder de bibliotecas públicas, dominadas pela esquerda em universidades e em setores estaduais e municipais de educação. Por isso, é preciso rever e reformular o corpo teórico que se tem. Isso não significa que os livros de autores de esquerda devam sair de circulação ou sumir das bibliotecas. O que é preciso é que sejam apresentados os dois lados da moeda. Dificilmente a ditadura comunista tem preferência da maioria frente a um sistema que prioriza o desenvolvimento humano.
Mais um erro que não se pode cometer é promover qualquer tipo de perseguição a autores e pensadores de esquerda, pois estes são especialistas em se fazer de vítimas. Assim, qualquer ação rumo à repressão ou à censura ao pensamento socialista seria combustível para um ressurgimento, considerando que ele desaparecesse do cenário, o que não apoio de forma alguma. Os erros do passado devem servir de aprendizado para as ações do presente e do futuro. Será árduo o trabalho de reconstruir a educação brasileira. Devemos começar essa reconstrução a partir daquilo que sobrou de um tempo em que a escola brasileira ainda objetivava construção técnica do saber. Isso, porém, ficou num passado muito distante. Considero que o modelo pedagógico, didaticamente falando, nunca foi uma unanimidade. Carecemos de uma reforma teórica total no que diz respeito aos currículos vigentes, para que pessoas aprendam a ensinar. Se o professor é o principal agente do processo ensino-aprendizagem, então devemos entendê-lo como a peça fundamental, diferentemente de Paulo Freire, que destruiu a profissão docente, com sua proposta de animador cultural de seus famigerados círculos de cultura.
Os cursos de formação devem ser desinfectados de ideologias políticas, de militantes disfarçados de professores, e devem ser teoricamente reformados, começando com a inserção de matérias que priorizem o desenvolvimento da didática como instrumento técnico do ensino de conhecimentos. Assim, com novas dinâmicas de ensino nas licenciaturas, poderíamos iniciar uma reforma, que pode ser realizada paralelamente com as reformas legislativas tão necessárias. Só depois disso é que deveriam ser repensadas as políticas voltadas para reforma, reestruturação e construção das redes físicas.
Sem dúvidas, é muito difícil direcionar uma reforma numa área tão ampla em um país tão grande como o Brasil.  Aliás, quando se trata de reformar um sistema de educação, é muito complexo sugerir por onde começar. Países como Japão, Coreia do Sul, Cingapura e alguns outros bons exemplos, mudaram os rumos de seus sistemas educacionais depois de devastações causadas por guerras ou catástrofes naturais. No caso do Brasil, a catástrofe foi causada por uma ideologia política falida. Sim! O comunismo foi o responsável! Somos o primeiro país a ter um sistema educacional corroído, de dentro para fora, pelo marxismo cultural de Gramsci. A cartilha deste autor foi seguida à risca. As ideias prevaleceram sobre as armas. Eles conseguiram o que queriam. Não se pode negar isso.
Paulo Freire não viveu para ver a esquerda vermelha chegar ao poder, mas viveu o suficiente para ver sua teoria ser aclamada em todos os cursos de formação de professores, aqui.
Agora restam os escombros. Mas existe ainda um fio de esperança. O processo eleitoral de 2018 mostrou uma inclinação do povo brasileiro para o lado do conservadorismo. Isso não ocorreu por opção ideológica. Na verdade, foi um fenômeno atribuído, em sua maior parte, ao descontentamento com os governos de esquerda anteriores, ao sentimento surgido de libertação do marxismo, impulsionado pelo alcance das mídias sociais da internet e, sobretudo, ao sentimento de revolta com os escândalos de corrupção dos seguidos governos dos últimos trinta anos.
Ao que parece, as redes sociais serviram para abrir os olhos da população para as intenções dos grupos comunistas e do aparelhamento do Estado e das instituições dentro e fora dele. Hoje já é possível ver as tendências políticas do legislativo, do executivo e do judiciário, bem como do sistema eleitoral e das organizações político-religiosas que se dizem igrejas. Ninguém mais tem a justificativa da desinformação! Já sabemos do aparelhamento das escolas e universidades; já temos conhecimento da militância infiltrada nas instituições de ensino superior. Já entendemos a estratégia marxista de infecção da cultura nos meios sociais. A mídia já foi desmascarada. Não existe mais somente a televisão como meio de comunicação das massas. A doutrinação nas escolas já é fato comprovado, não só por meio de vídeos gravados por alunos ou transeuntes, flagrando professores em tarefas doutrinadoras, mas os livros, os currículos, as políticas educacionais, tudo aponta para o que Gramsci registrou nos seus Cadernos do Cárcere.
Paulo Freire morreu em 1997 sem pedir desculpas pela sua admiração aos maiores genocidas da história. Ele não demonstrou maturidade alguma, mesmo depois dos desastres na União Soviética, em Cuba, na Coreia do Norte e, principalmente, na China. Não voltou atrás quando disse que Che Guevara era “sinônimo de amor”, mesmo quando seus crimes já estavam escancarados ao mundo. Não se consternou ao assistir a comprovação do genocídio da revolução chinesa levado a fio por Mao Tsé Tung, a quem se derretia de admiração, elogiando sua revolução. Temos um homem frio e perverso, disfarçado numa silhueta singela e paternal. Nada mais é do que um monstro que quer justificar todos os meios para que a revolução seja concretizada. Quantas vidas privou do desenvolvimento social? Quantos sonhos sepultou por uma causa doentia? Quantos milhões em investimentos fez serem desperdiçados numa utopia nefasta? Quando será culpado? Quem terá coragem de dizer aquilo que concluímos?
Os “oprimidos” descobriram o mercado e se tornaram classe média. O desenvolvimento do comércio e das relações internacionais os levara a conhecer o poder da produção e das relações comerciais. A possibilidade de comprar, vender e negociar os fizeram conhecer um lado da realidade que não lhes foi apresentado, ou pior, lhes foi ocultado. O pobre descobriu que não precisa viver somente para ser massa de manobra ideológica. O humilde descobriu, simplesmente, que pode deixar de ser humilde, dependendo exclusivamente de suas forças. O “oprimido” deixou de dar ouvidos a quem realmente os oprimia. O brasileiro simples percebeu, depois da chegada dos amigos de Paulo Freire ao poder, que a intenção de todos eles era entregar nosso país aos interesses de uma causa global doentia e cruel. O homem simples desconfiou e reagiu ao latrocínio causado pela esquerda no poder, onde matar para roubar foi realizado com sucesso.
Não existe mais campo para a disseminação do capricho pessoal de Paulo Freire, hoje. Ninguém mais vai xingar opositores de golpistas ou incitar a desobediência civil quanto aos resultados de eleições democráticas, onde a vontade do povo é, cabalmente, demonstrada. A reação começou e será implacável. Ninguém mais terá o direito de sair impune da tentativa de sexualizar nossas crianças, politizar ao invés de ensinar a ler, escrever e calcular. Serão ferrenhamente punidos pelo povo e pela história todos aqueles que tentarem transformar escolas em sindicatos e associações de militantes de esquerda. Serão destruídos os destruidores de sonhos. Combater-se-á a substituição da sala de aula pelos doentios círculos de cultura. Seremos a linha de frente na luta contra os que querem submeter o Brasil ao sistema de fome e miséria que caiu de podre em todos os lugares onde foi implantado.
A reorganização aparece como a necessidade maior do momento. Refazer, replanejar, repensar a escola brasileira. Descarregá-la de ideologias políticas e recriar o sistema de ensino. O Brasil anseia por crescimento. O gigante adormecido está a caminho do despertar.
Chegou a hora! A hora é agora!
Davidson Oliveira, para Vida Destra, 16/7/2020.
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Fonte :https://vidadestra.org/brasil-o-maior-laboratorio-de-engenharia-social-da-historia/
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terça-feira, 21 de julho de 2020

Matemática pq alguns de nossos clientes alunos/as tem dificuldade, Indi...



Livros citados Matemática para o Magistério: Ernesto Rosa Neto e Eliana Riscalla de Mendonça. Editora: Atica. Estratégias de ensino-aprendizagem. Autor: Adair Martins Pereira/Juan Díaz Bordenave Editora: Editora Vozes. SumarioIntroducao 9 I Principais problemas do Ensino Superior 15 II O que e aprender 23 III O que e ensinar 41 IV O aluno e o professor como pessoas 63 V Planejamento sistemico do ensino-aprendizagem 77 VI Como escolher e organizar as atividades de ensino 133 VII Como incentivar a participacao ativa dos alunos 147 VIII Como melhorar a comunicacao professor-aluno 203 IX O papel dos meios multissensoriais no ensino-aprendizagem 225 X O desenvolvimento da atitude cientifica nos alunos 245 XI A biblioteca como instrumento de ensino-aprendizagem 283 XII Como avaliar a aprendizagem 297 XIII A estrategia da inovacao 339 Bibliografia 353]













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A vida na sarjeta (Theodore Dalrymple)







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Pizzas do Mundo no Dia a Dia da Band




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domingo, 19 de julho de 2020

Problematização de sua monografia de T.C.C. dicas Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião



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Dicionário de Filosofia da Educação. Bem comum #15 Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião


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Segunda licenciatura em Pedagogia. Qual A carga horária do curso? Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião

Dicionário de Filosofia da Educação. Behaviorismo ou Comportamentalismo #14 Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião

Virologista chinesa foge para os EUA e relata os ‘podres’ da China




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sábado, 18 de julho de 2020

A faculdade deve ter a licenciatura na área pretendida, Para ofertar R2 (formação pedagógica). Fichamento importantíssimo na organização de sua Monografia.



Legislações Citadas:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO PLENO RESOLUÇÃO Nº 2, DE 1º DE JULHO DE 2015
(*) (**) (***)
 Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada.

Art. 14. Os cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados, de caráter emergencial e provisório, ofertados a portadores de diplomas de curso superior formados em cursos relacionados à habilitação pretendida com sólida base de conhecimentos na área estudada, devem ter carga horária mínima variável de 1.000 (mil) a 1.400 (mil e quatrocentas) horas de efetivo trabalho acadêmico, dependendo da equivalência entre o curso de origem e a formação pedagógica pretendida. § 1º A definição da carga horária deve respeitar os seguintes princípios: I - quando o curso de formação pedagógica pertencer à mesma área do curso de origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 1.000 (mil) horas; II - quando o curso de formação pedagógica pertencer a uma área diferente da do curso de origem, a carga horária deverá ter, no mínimo, 1.400 (mil e quatrocentas) horas; III - a carga horária do estágio curricular supervisionado é de 300 (trezentas) horas

§ 3º Cabe à instituição de educação superior ofertante do curso verificar a compatibilidade entre a formação do candidato e a habilitação pretendida

§ 5º A oferta dos cursos de formação pedagógica para graduados poderá ser realizada por instituições de educação superior, preferencialmente universidades, que ofertem curso de licenciatura reconhecido e com avaliação satisfatória realizada pelo Ministério da Educação e seus órgãos na habilitação pretendida, sendo dispensada a emissão de novos atos autorizativos.

fonte: http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne-cp-002-03072015-pdf/file

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO PLENO RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019

(*) (1) Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação).

 CAPÍTULO VI DA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA GRADUADOS

Art. 21. No caso de graduados não licenciados, a habilitação para o magistério se dará no curso destinado à Formação Pedagógica, que deve ser realizado com carga horária básica de 760 (setecentas e sessenta) horas com a forma e a seguinte distribuição: I - Grupo I: 360 (trezentas e sessenta) horas para o desenvolvimento das competências profissionais integradas às três dimensões constantes da BNC-Formação, instituída por esta Resolução. II - Grupo II: 400 (quatrocentas) horas para a prática pedagógica na área ou no componente curricular. Parágrafo único. O curso de formação pedagógica para graduados não licenciados poderá ser ofertado por instituição de Educação Superior desde que ministre curso de licenciatura reconhecido e com avaliação satisfatória pelo MEC na habilitação pretendida, sendo dispensada a emissão de novos atos autorizativos.

fonte; http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2019-pdf/135951-rcp002-19/file

Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
Texto compilado(Vide Decreto nº 3.860, de 2001)
(Vide Lei nº 10.870, de 2004)
(Vide Adin 3324-7, de 2005)
(Vide Lei nº 12.061, de 2009)
Regulamento








Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO VI

Dos Profissionais da Educação


Art. 61.  Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:            (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)

I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;            (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;           (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim.         (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino, para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência profissional, atestados por titulação específica ou prática de ensino em unidades educacionais da rede pública ou privada ou das corporações privadas em que tenham atuado, exclusivamente para atender ao inciso V do caput do art. 36;        (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017)
V - profissionais graduados que tenham feito complementação pedagógica, conforme disposto pelo Conselho Nacional de Educação.        (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017)

Parágrafo único.  A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos:         (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho;            (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço;          (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades.         (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

Art. 62.  A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.                  (Redação dada pela lei nº 13.415, de 2017)
§ 1º  A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério.           (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).
§ 2º  A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância.         (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).
§ 3º  A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educação a distância.          (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).
§ 4º  A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação de docentes em nível superior para atuar na educação básica pública.          (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 5º  A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de educação superior.           (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 6º  O Ministério da Educação poderá estabelecer nota mínima em exame nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para o ingresso em cursos de graduação para formação de docentes, ouvido o Conselho Nacional de Educação - CNE.             (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência a Base Nacional Comum Curricular.            (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017)           (Vide Lei nº 13.415, de 2017)
Art. 62-A.  A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61 far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou superior, incluindo habilitações tecnológicas.             (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
Parágrafo único.  Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação.          (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 62-B. O acesso de professores das redes públicas de educação básica a cursos superiores de pedagogia e licenciatura será efetivado por meio de processo seletivo diferenciado.               (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017)
§ 1º  Terão direito de pleitear o acesso previsto no caput deste artigo os professores das redes públicas municipais, estaduais e federal que ingressaram por concurso público, tenham pelo menos três anos de exercício da profissão e não sejam portadores de diploma de graduação.                (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017)
§ 2º As instituições de ensino responsáveis pela oferta de cursos de pedagogia e outras licenciaturas definirão critérios adicionais de seleção sempre que acorrerem aos certames interessados em número superior ao de vagas disponíveis para os respectivos cursos.                (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017)
§ 3º Sem prejuízo dos concursos seletivos a serem definidos em regulamento pelas universidades, terão prioridade de ingresso os professores que optarem por cursos de licenciatura em matemática, física, química, biologia e língua portuguesa.               (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017)
Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão:            (Regulamento)
I - cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso normal superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental;
II - programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de educação superior que queiram se dedicar à educação básica;
III - programas de educação continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis.

Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.

Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, trezentas horas.

Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.
Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por universidade com curso de doutorado em área afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico.

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;
III - piso salarial profissional;
IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho;
V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho;
VI - condições adequadas de trabalho.
§ 1º A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino.         (Renumerado pela Lei nº 11.301, de 2006)
§ 2º  Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8o do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico.         (Incluído pela Lei nº 11.301, de 2006)
§ 3º  A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na elaboração de concursos públicos para provimento de cargos dos profissionais da educação.         (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

Palavra abstrato

Tão necessária “abstração”

Palavras: abstrair , abstrato
Olá professor, como está? Há muito deparo-me, em meus estudos, com essa palavra tão popular que se não me engano gerou em português os substantivos “abstratos”. Mas como às vezes ela é tão difícil de conceber em outros contextos, recorro à etimologia da palavra “abstração”.
Grato.

Resposta:

Vamos ver se a Etimologia ajuda: ela vem do Latim ABSTRACTIO, de  ABSTRAHERE, “destacar, afastar de, puxar fora”, formada por AB-, com a noção de “afastamento”, mais TRAHERE, “puxar”.
“Abstrair” naturalmente tem a mesma origem.


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Behaviorismo Metodológico x Behaviorismo Radical: 3 Diferenças







O Behaviorismo Metodológico de Watson (Behaviorismo clássico) fundou a "Psicologia comportamental" (behaviorismo), e tem importância indiscutível na história da psicologia moderna. John Watson tinha uma proposta revolucionária: em vez de estudar a mente, a psicologia deveria estudar o comportamento observável. Segundo o antigo behaviorismo metodológico a ciência deve lidar apenas com o mundo objetivo, aquele “fora” do sujeito. A Psicologia deve ocupar-se apenas do comportamento que pode ser objeto de observação pública e mensuração (em vez de buscar causas ou influências dos comportamentos em estados mentais) Para o Behaviorismo Clássico: - A mente existe, mas é ignorada nas suas explicações sobre o comportamento. - Os estados mentais não se classificam como objetos de estudo empírico. O interesse de John B. Watson concentra-se na busca de uma psicologia livre de conceitos mentalistas e de métodos subjetivos, e que possa reunir condições de prever e de controlar. O comportamento deve ser estudado como função de certas variáveis do meio (certos estímulos levam o organismo a dar determinadas respostas) O fundamento do behaviorismo metodológico de Watson é o reflexo incondicionado de Ivan Pavlov: “respostas que são eliciadas (produzidas) por estímulos antecedentes do ambiente”. Exemplo: Salivar ao ver ou sentir cheiro de um alimento John B. Watson chega ao “reflexo condicionado”: interações estímulo-resposta (relação entre ambiente e sujeito) em que o organismo passa a responder a estímulos aos quais antes não respondia. Exemplo: som de campainha + água gelada = mão gelada ↓ som de campainha = mão gelada Muitas críticas ao behaviorismo consideram apenas o behaviorismo metodológico de Watson “O behaviorismo é muito superficial” “O behaviorismo não considera sentimentos e pensamentos” “Isso aí só funciona com ratos, não funciona como humanos” Entretanto, a "Psicologia comportamental" não se limita às propostas de John B. Watson. Há consideráveis diferenças entre o Behaviorismo Metodológico (Watson) e o Behaviorismo Radical (Skinner)



Diferenças entre Behaviorismo Metodológico e Behaviorismo Radical:
Universo da Psicologia TV
O Behaviorismo metodológico (também chamado de behaviorismo clássico) foi criado por John B. Watson em 1913, e tem como marco fundamental o artigo "A psicologia como o behaviorista a vê" (tradução livre). - É uma Psicologia estímulo-resposta (S-R) - Watson rejeitava a introspecção como meio para se obter informações e conhecimento. - Adotou como critério o observável consensual, e o que estivesse fora desse critério não poderia ser estudado. - Watson não negava a existência da mente ou de processos cognitivos, mas afastava-se deles, pois não havia como estudá-los, uma vez que são eventos inacessíveis à observação. - Esse paradigma é dualista, pois a mente e os processos mentais estão em uma dimensão e os comportamentos em outra Com esse paradigma S→R, a teoria de Watson apresentava grandes problemas para explicar uma série de comportamentos. O Behaviorismo Radical foi criado por BF Skinner. Como Skinner explica comportamentos que não cabem no paradigma estímulo-resposta (S→R)? A partir da noção de comportamento operante. O comportamento é selecionado por suas consequências. Passa-se para o paradigma S → R → C Estímulo → Comportamento → Consequência (Reforço ou Punição) Skinner aceitou a introspecção, não como método, mas como: - um tipo de comportamento verbal - forma de observação e obtenção de conhecimento sobre o próprio indivíduo Afinal de contas, quem melhor do que eu mesmo para saber o que está acontecendo comigo? O behaviorismo radical nega pensamentos e sentimentos? Não. No behaviorismo radical esses processos são considerados comportamentos encobertos ou comportamentos sob a pele. Sugestão de leitura: “Deixando o Preconceito de Lado e Entendendo o Behaviorismo Radical”– Rodrigo Pinto Guimarães 💎 Site: https://psicoativo.com ⭐ Site exclusivo p/ assinantes: https://premium.psicoativo.com 📕 Ebook grátis: 7 coisas que você precisa saber para entender a #Psicanálise de #Freud https://freudexplicado.com/ebook 🎧 Podcast de #Psicologia: http://bit.ly/podcast_psicologia ✅ Recebas todas as novidades do Universo da Psicologia Por Email: https://psicoativo.com/newsletter 📳 Redes sociais: https://www.facebook.com/psicoativo.site https://www.instagram.com/psico.ativo https://twitter.com/udpsicologia 👥 Grupo de Psicologia no Facebook https://www.facebook.com/groups/psico...



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sexta-feira, 17 de julho de 2020

Dicionário de Filisofia da Educação. Avaliação #13 Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião



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O que é Ética. resumo.

O que é Ética

O que é Ética

            O conceito de “ética” remonta aos gregos; provém de êthos (com a letra grega eta inicial), e éthos (com a letra grega épsilon). Em seu primeiro significado, êthos designa a residência, morada, lugar onde se habita. Nesse seu uso, ethos é a transposição metafórica da significação original com que o vocábulo é empregado na língua grega usual e que denota morada, covil ou abrigo dos animais, donde o termo moderno Etologia, ou o estudo do comportamento animal. A transposição metafórica de ethos para o mundo humano dos costumes é extremamente significativa e é fruto de uma intuição profunda sobre a natureza e sobre as condições de nosso agir (práxis), ao qual ficam confiados à edificação e preservação de nossa verdadeira residência no mundo como seres inteligentes e livres: a morada do ethos cuja destruição significaria o fim de todo sentido para a vida propriamente humana.
            Em sua segunda acepção éthos designa o conjunto de costumes normativos da vida de um grupo social, o modo de ser, o caráter. Este último significado será vulgarizado a partir de Aristóteles que o integra definitivamente na filosofia usando ainda o adjetivo ethiké (ethiké procede do substantivo ethos conforme nos ensina Carlos Ferraz, 2014) que qualifica um determinado tipo de saber surgindo a expressão ethiké pragmateia, que se pode traduzir tanto como o exercício constante das virtudes morais, quanto como o exercício da investigação e da reflexão metódica sobre os costumes.
            É interessante reservar algumas palavras sobre o vocábulo moral, uma vez que ética e moral muitas vezes são tidas como sinônimos. Moral traduz o latim moralia (substantivo) ou moralis (adjetivo), apresentando evolução semântica análoga a do termo ética. Os romanos não conseguiam fazer distinção, no latim, entre êthos e éthos, traduzindo por mos e mores. “Tal conceito foi posteriormente traduzido, por Cícero, para o termo latino mos, do qual advém a palavra “moral”, de tal forma que “moral” seria uma mera tradução de “ética” (significando, pois, a mesma coisa)” (FERRAZ, 2014, p. 09). Etimologicamente a raiz de moralis é o substantivo mos (mores) que corresponde ao grego ethos. Desde a época clássica, moralis passa a ser a tradução usual do grego ethiké e esse uso é transmitido ao latim tardio e, finalmente, ao latim escolástico, prevalecendo seu emprego tanto como adjetivo, para designar uma das partes da Filosofia, ou qualificar essa disciplina filosófica com a expressão Philosophia moralis, hoje vulgarizada nas diversas línguas ocidentais, quanto simplesmente como substantivo, como moral em nossa linguagem corrente.
            Embora os conceitos de ética e moral possam ser considerados como sinônimos do ponto de vista da etimologia da palavra, no campo filosófico costuma-se fazer uma distinção, entendendo a ética como um estudo sobre a moral e, nesse caso, a ética pode ser entendida também como uma filosofia moral. Nesse sentido a ética é entendida como a ciência da conduta que, segundo Abbagnano (2007), há duas concepções fundamentais dessa ciência que foram pensadas de várias maneiras tanto na antiguidade e idade média (como PlatãoAristóteles, os filósofo estóicos ou São Tomás de Aquino) quanto na modernidade e contemporaneidade (Leibniz, Spinoza, Kant, Hegel):
1- a que a considera como ciência do fim para o qual a conduta dos homens deve ser orientada e dos meios para atingir tal fim, deduzindo tanto o fim quanto os meios da natureza do homem; 2- a que a considera como a ciência do móvel da conduta humana e procura determinar tal móvel com vistas a dirigir ou disciplinar essa conduta (id., ibidem, p. 380).
            Como filosofia moral, a ética é o estudo da moral, do comportamento moral dos seres humanos, do que é considerado bom ou mau, certo ou errado, enquanto que a moral seria o conjunto de valores pertencentes a um determinado grupo ou indivíduo, em outras palavras, a moral seria a maneira como os indivíduos se comportam, por isso, Assmann (2009, p. 87) afirma que a moral “tem a ver com todo comportamento humano – e só com este comportamento – no qual estão envolvidos bem ou mal, o que nos leva a perceber que nem tudo o que fazemos tem a ver com moral”.
            É neste mesmo sentido que Bunge (2002, p. 130) conceitua a ética, como o estudo da moral: a ética seria o “ramo da filosofia que analisa conceitos morais (tais como os da bondade e da verdade moral) e preceitos morais (tais como os da reciprocidade)”. Na mesma linha de raciocínio, Japiassú e Marcondes (2001, p. 69) falam do vocábulo ética, definindo como:
Parte da filosofia prática que tem por objetivo elaborar uma reflexão sobre os problemas fundamentais da moral (finalidade e sentido da vida humana, os fundamentos da obrigação e do dever. natureza do bem e do mal, o valor da consciência moral etc.) [...] Diferentemente da moral, a ética está mais preocupada em detectar os princípios de uma vida conforme à sabedoria filosófica, em elaborar uma reflexão sobre as razões de se desejar a justiça e a harmonia e sobre os meios de alcançá-las.
            Sobre o vocábulo moral, e comparando-o com o conceito de ética, Japiassú e Marcondes (2001, p. 134) destacam que “diferentemente da moral, a ética está mais preocupada em detectar os princípios de uma vida conforme à sabedoria filosófica, em elaborar uma reflexão sobre as razões de se desejar a justiça e a harmonia e sobre os meios de alcançá-las”.
            Quando nós falamos em ética, nós não falamos apenas de teorias, prática, filosofia, teologia, mas também falamos da própria vida. A ética é sempre aplicada no nosso dia a dia, no trabalho, na escola, na família, etc. Ela está ligada diretamente ao caráter, à liberdade humana. Teoricamente, é o estudo das ações ou dos costumes, sendo também a própria realização de um tipo de comportamento, como afirma Valls (1994, p. 7):
Tradicionalmente ela [a ética] é entendida como um estudo ou uma reflexão científica ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Mas chamamos de ética a própria vida [...] A ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento.
            A ética é, portanto, um estudo (teoria) no que se refere à boa conduta humana, do bem e mal, do certo ou errado de acordo com cada costume, comportamento e cultura de cada região.  Outra questão importante no que norteia a ética, seria o fato de que os costumes mudam com o passar do tempo e o que hoje é aceito pela sociedade, futuramente poderá ser considerado errado. Assim como o que aqui a sociedade considera como errado, outra cultura considera certo. Um exemplo: a maconha, que em outros países a mesma não é proibida, ao contrário do Brasil.

ÉTICA GREGA ANTIGA
            “A reflexão grega neste campo surgiu como uma pesquisa sobre a natureza do bem moral, na busca de um princípio absoluto da conduta” (VALLS, 1994, p.24).
            Mas em que consiste este bem moral? Qual é o maior dos bens? Seria a felicidade, o dinheiro, honras, o prazer? E o que é este Bem Supremo de que tanto falam os filósofos gregos? São questões que estão diretamente relacionadas com a ética grega pois, para a maioria destes pensadores, como SócratesPlatão e Aristóteles, este Bem Supremo só pode ser alcançado mediante a prática de uma vida virtuosa, tendo a razão como guia de nossas ações.
            Para Sócrates, uma vida virtuosa depende do “conhecimento de si mesmo”. O filósofo acreditava que através da razão era possível alcançar um ideal de vida ético. Mas como a nossa vida é um constante conflito entre as paixões, os desejos, as emoções e a razão, nem sempre a razão consegue manter o domínio e o controle sobre nossas ações. Isso se deve ao fato, segundo Sócrates, de que nós não nos conhecemos a nós mesmos. O lema “conhece-te a ti mesmo” expressa toda a preocupação moral de Sócrates e não era um lema meramente teórico, “mas prático, pois não buscava um conhecimento puro e sim uma sabedoria de vida” (p. 35). Sócrates afirma que o mais importante está dentro de cada um de nós, que quanto melhor nos conhecemos maiores serão nossas virtudes e que em nosso interior está a pureza de viver pelas nossas próprias escolhas.
            Além de Sócrates, Aristóteles também trouxe grandes contribuições para o campo da Ética cujo pensamento também pode ser pensando a partir de uma “ética racionalista”. Uma das contribuições deste filósofo é a ideia de que as virtudes não são algo que se adquirem de uma hora para outra, mas são adquiridas através do uso da razão, do hábito e de ações virtuosas. “O homem precisa converter suas melhores disposições naturais em hábitos, de acordo com a razão” (VALLS, 1994, p.33).
            Neste ponto Vall nos mostra o esforço de Aristóteles em produzir uma ética pautada na virtude. Ele nos diz que devemos exercitar a virtude para podermos então sermos mais críticos, mais éticos, agirmos de acordo com as nossas reflexões diárias. Agir eticamente é algo que para os gregos era voltado para uma atividade da razão: a razão como guia de nossas ações na busca do ideal de Bem. 

ÉTICA E RELIGIÃO
            A religião está de tal forma presente na vida das pessoas que uma boa parte da sociedade pauta suas ações (ou pelo menos orienta suas ações) em torno de mandamentos divinos que são, em sua essência, regras de conduta moral.
            Baseando-se na época medieval o comportamento religioso era a grande base da ética e da moral, pois o cristianismo pregava valores religiosos, perante a sociedade. A ética medieval “tem uma conseqüência profunda: quando o homem se pergunta como deve agir, não pode mais satisfazer-se com a resposta que manda agir de acordo com a natureza, mas deve adotar uma nova posição que manda agir de acordo com a vontade do Deus pessoal” (VALLS, 1994, p.36).
            De alguma forma, acredita o autor que “A religião trouxe, sem dúvida alguma, um grande progresso moral à humanidade” (VALLS, 1994, p.37). O autor compreende nesta frase que mesmo com seus diversos problemas morais que as religiões carregam em si, elas também manifestam no homem um autocontrole capaz de segurar seus anseios negativistas por meio de punições divinas como o pecado. Entretanto, ao permitir que as maiores atrocidades fossem admitidas sem nenhum pudor como a Inquisição, a religião predominante no ocidente na Idade Média não teve pulso firme para impor uma ética mais saudável à sociedade. Fato que não foi muito bem explorado pelo o autor.

OS IDEAIS ÉTICOS
[...] A reflexão ético-social do século XX trouxe, além disso, uma outra observação importante: na massificação atual, a maioria hoje talvez já não se comporte eticamente, pois não vive imoral, mas amoralmente. Os meios de comunicação de massa, as ideologias, os aparatos econômicos e do Estado, já não permitem mais a existência de sujeitos livres, de cidadãos conscientes e participantes, da consciência com capacidade julgadora. Seria o fim do indivíduo? (VALLS, 1994, p.47).
            O autor introduz uma importante observação acerca do comportamento ético da sociedade após o século XX, onde a maior parte age sem a noção da moral e influenciado por ideias externas, tornando a ética, de certo modo, impraticável em todos os aspectos. E essa reflexão significa, de certa forma, a razão para a banalização da consciência humana, onde não existe mais espaço para a dúvida, para a busca por respostas e pelo livre desenvolvimento da consciência individual.

A LIBERDADE
            “Falar de ética significa falar de liberdade [...] não tem sentido falar de norma ou de responsabilidade se a gente não parte da suposição que o homem é realmente livre” (VALLS, 1994, p. 48).
            Através da ética, o homem tem capacidade de decidir entre o bem e o mal. No entanto este é o problema da liberdade, o que pode ser bom para uns, pode não ser favorável a outros, dessa forma, as relações da ética ligam-se ao comportamento humano, pois o homem busca deveres que garanta o seu bem individual. A filosofia oferece à ética uma reflexão sobre o que é a pessoa humana, cuja autenticidade se expressa no projeto de humanização, ou seja, o homem traça os seus próprios valores. Como o filósofo Sócrates dizia, “conhece-te a ti mesmo”. Valls destaca em sua obra:
Falar de ética significa falar da liberdade. Num primeiro momento, a ética nos lembra as normas e a responsabilidade. Mas não tem sentido falar de norma ou de responsabilidade se a gente não parte da suposição de que o homem é realmente livre, ou pode sê-lo. Pois a norma nos diz como devemos agir. E se devemos agir de tal modo, é porque (ao menos teoricamente) também podemos não agir deste modo. Isto é: se devemos obedecer, é porque podemos desobedecer, somos capazes de desobedecer à norma ou ao preceito. (VALLS, 1994, p. 48).
            Quando nós nos referimos à ética e ao comportamento humano, automaticamente nos referimos à liberdade, ela é a base para o pensamento de muitos filósofos, como por exemplo: Hegel e Schelling. Esses filósofos desencadeiam muitas discussões em relação a liberdade. A questão da liberdade, em Hegel, é muito discutida, e com razão, devido à profundidade com que este filósofo trata o tema, realmente central para o seu pensamento (VALLS, 1994, p. 52).

A ÉTICA HOJE
Um mérito definitivo do pensamento de Kant é ter colocado a consciência moral do individuo como centro de toda a preocupação moral. Afinal de contas, o dever ético apela sempre para o indivíduo, ainda que este nunca possa ser considerado uma espécie de Robinson Crusoé, como se vivesse sozinho no mundo (VALLS, 1994, p. 70- 71).
            Deve-se este mérito a Kant sobre seu método de pensar a ética como algo que surge da consciência humana como centro, como uma formadora determinante de princípios pessoais de acordo com a consciência de cada um. Como diz a citação, ainda que nunca possamos ser como um Robinson Crusoé, nos isolarmos da sociedade de forma que possamos viver de acordo com nossas regras e próprios conceitos, temos que concordar porém, que cada um pensa a sua maneira, a consciência de cada um se comporta a seu modo e define o que é certo ou errado individualmente.
Procurando superar o ponto de vista Kantiano, que chama de moralista, Hegel insistiu em outra esfera, que chamou de esfera da eticidade ou da vida ética. Nesta esfera, a liberdade se realiza dentro das instituições históricas e sociais, tais como a família, a sociedade civil e o Estado. Hegel não teme afirmar que ‘o Estado é a realidade efetiva da idéia ética’. Não ha dúvidas que a exposição de Hegel tem pelo menos o mérito de localizar onde se encontram os problemas éticos (VALLS, 1994, p.71).
            Hegel se contrapôs ao pensamento individual de Kant e pensa os problemas éticos atuais de uma forma mais coletiva. Ele destaca a problemática da ética hoje em dia dividindo-a em três pontos no que ele chama de Eticidade ou vida ética: A Família, Sociedade civil e Estado. Hegel enfatiza o Estado como um exemplo do que seria a personificação do sentido da ética, e mesmo que não concordemos temos que valorizar que ele realmente soube localizar bem onde se encontra os problemas éticos da atualidade. Esses três fatores são determinantes na construção dos princípios educativos e morais de cada um, através dos primeiros laços familiares, da vida na sociedade civil e da submissão ao Estado, suas leis e sistemas políticos, o conceito de vida moral, e o pensamento ético atualmente é gerado e influenciado.
            São muitas as questões que evolvem a ética, poderíamos citar muitas delas, porém é um processo complexo, pois na corrida para a descoberta do conhecimento científico, a ética ficou para trás tornando-se difícil de definir. São muitos os filósofos que abordam sobre a mesma, Hegel, Platão, Aristóteles, etc. A partir daí podemos entender a riqueza que está no material exposto por Álvaro M. L. Valls em seu livro: O que é ética. Por fim, fica claramente subentendido, que agir eticamente, é agir de acordo com o bem.
Por mais que variem os enfoques filosóficos ou mesmo as condições históricas, algumas noções, ainda que bastante abstratas, permanecem firmes e consistentes na ética. Uma delas é a questão da distinção entre o bem e o mal. Agir eticamente é agir de acordo com o bem. A maneira como se definirá o que seja este bem, é um segundo problema, mas a opção entre o bem e a mal, distinção levantada já há alguns milênios, parece continuar válida (VALLS, 1994, p. 67).


Referências Bibliográficas
ABBAGNANO, Nicola Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
ASSMANN, Selvino José. Filosofia e Ética. Florianópolis, Brasília: UFSC, CAPES, UAB, 2009.
BUNGE, Mario. Dicionário de Filosofia. Tradução de Gita K. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2002. (Coleção Big Bang)
FERRAZ, Carlos Adriano. Elementos de ética. Pelotas: NEPFil online, 2014. Acessado em 18/03/2016.
JAPIASSU, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994. (Coleção Primeiros Passos, 177)


Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/o-que-e-etica-resenha-/




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