Fundamentos e metodologias do ensino das artes fundamentos e metodologias do ensino da educação física título do trabalho
trabalho 1 – módulo vi
Trabalho apresentado ao Curso (Pedagogia módulo 6 noturno) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina [Fundamentos e Metodologias das Artes e Educação Física].
Orientadores: Professores Laura Cava e Orlando Fogaça.
2008
*joão carlos maria
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao módulo 6 noturno, vamos fazer uma análise sobre as artes e a educação física, como propostas pelos professores Laura Cava e Orlando Fogaça. Desta forma vamos análisar as pinturas, nossas lembranças através delas, suas formas, texturas, linhas cores, dentre outros. Logo após faremos uma dissertação sobre a importância da escola trabalhar a interdisciplinaridade, fazendo com que a criança desenvolva sua organização e estruturação espaço-temporal. E complementaremos com a confecção de um plano de aula interdisciplinar entre estes dois saberes no primeiro ciclo, com crianças de 6/7 anos.
OBSERVAÇÃO DAS OBRAS DE ALFREDO VOLPI
Vamos observar estas pinturas e fazer um comentário.
Alfredo Volpi-Mané Gostoso-1950.
Estas duas obras nos causam um encantamento e ao mesmo tempo nos trazem lembranças de nossa época de criança, quando não tínhamos preocupações, brincávamos nas ruas de amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, stop, queimada, mão na mula, pipa, pião, bolinha de gude, bola, pular corda, escolinha e médico.
É interessante como uma pintura ou um quadro nos faz lembrar destas coisas. Uma pintura sinuosa, com detalhes de figuras geométricas, tracejadas, um desenho até certo modo descompromissado, bem ao espírito de uma criança - talvez por este motivo nos vêm à memória estas lembranças.
A IMPORTÂNCIA DA ARTE E EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA
No processo de desenvolvimento psicoemocional da criança ocorrem algumas mudanças, onde ela passa a ter movimentos que vão do simples a padrões motores mais eficientes. E ela passa de um estado para outro de uma maneira muito natural, que é o ensaio-erro. Desta forma a lateralidade, o esquema corporal, e a estruturação espaço-tempo vão sendo desenvolvidos. Mas, como foi dito no começo deste trabalho, as brincadeiras que nós adultos fazíamos em nossa infância hoje já são raras – e estas atividades favoreciam o desenvolvimento da criança como um todo. Hoje a oportunidade de usufruir de um espaço que possa servir de base para o desenvolvimento destas habilidades está se resumindo à Escola.
E é na escola que estas potencialidades estão sendo trabalhadas e desenvolvidas, principalmente através das artes e da educação física, principais vias que possibilitam esta apropriação.
A ação humana sempre vai envolver a atividade corporal, e para tanto pode se valer do teatro, da música, da dança, das artes plásticas. Já em termos de Escola, a educação física, em conjunto com a educação artística e através da interdisciplinaridade são ferramentas que devem ter um olhar muito cuidadoso por parte do futuro educador/a.
Muitos de nós confundimos artes com pintar qualquer coisa, e educação física com jogar bola etc. Estas disciplinas são muito mais que isso, e se o educador/a não tiver uma bagagem de conhecimento metodológico contextual, com certeza perde-se muito. A criança é prejudicada e em conseqüência a sociedade como um todo.
Muitos casos de dificuldades de aprendizagem constatados em sala de aula poderiam ser diminuídos com a aplicação deste recurso. A propósito, verificamos um fato que ocorreu a um jovem de 11 anos que tinha dificuldade de memorizar e interiorizar a tabuada da multiplicação. Ele sabia o processo e o porquê, mas tinha esta dificuldade. Conseguimos uma gravação da tabuada musical, e com este método a memorização finalmente aconteceu. Podemos então observar a musica e o ritmo trazendo aceleração e prazer ao processo de ensino aprendizagem. E hoje, com os estímulos que nossas crianças recebem todos os dias, cabe ao professor/a uma postura diferente, no sentido de contextualizar esta criança.
Dentro de uma sala de aula podemos identificar basicamente três grupos de aprendizes: os sinestésicos, os visuais e os auditivos (não sendo impossível ainda uma eventual combinação de todos). Desta forma uma aula tem que contemplar estes estilos de aprendizagem, e as artes em conjunto com a educação física podem colaborar, e muito. E combiná-los com a pedagogia lúdica seria muito interessante.
[...] a brincadeira é uma atividade espiritual mais pura do homem este estágio e, ao mesmo tempo, típico da vida humana enquanto todo – da vida natural/interna do homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, e paz com o mundo [...] a criança brinca sempre, com determinação auto-ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de auto-sacrificio para a promoção de seu bem e os outros [...] O brincar, em qualquer tempo, não é trivial, é altamente sério e de profunda significação (FROEBEL apud KISHIMOTO, 1999, p. 23).
Segundo esse autor, vemos que, como a criança brinca com os conhecimentos de arrastar, andar, pegar, entre outros, quando aprende a representá-los mentalmente passa a jogar com eles, pois no jogo (no qual a brincadeira está inserida), as representações mentais, que são construídas pelo sujeito, vão se desenvolvendo e construindo a realidade do mesmo.
Não podemos nos esquecer da inclusão e da aprendizagem colaborativa em detrimento da competitiva, pois se as crianças de hoje serão os adultos de amanhã, temos que pensar: que mundo queremos? O modelo que estamos criando é o ideal?
Todas estas facetas têm que ser avaliadas pelos educadores/as, para que estes não caiam num erro muito comum: uma má avaliação da arte, da educação física e da pedagogia lúdica como vias de apropriação da cultura e do desenvolvimento integral das crianças. E não confundir inclusão com integração que tem contextos diferentes.
Sobre isso, concordamos com Vygotsky, quando diz que:
A cultura e o meio ambiente refazem uma pessoa não apenas por lhe oferecer determinado conhecimento, mas pela transformação da própria estrutura de seus processos psicológicos, pelo desenvolvimento nela de determinadas técnicas para usar suas próprias capacidades. .(VYGOTSKY, 1996, p. 237).
Vamos agora, elaborarmos um plano de aula com artes e educação física. Que contemple a interdisciplinaridade
Plano De Aula
Escola.
Professor/a.
Coordenador.
Diretor.
Ano.
Dia.
Horário.
Série: primeiro ciclo alunos entre 6/7 anos deidade.
Matérias: Educação Artística e Física.
Introdução: A educação artística e física são muito importantes, e dentro desta perspectiva podemos elaborar um plano de aula que promova esta ligação entre estes dois saberes.
Objetivos: Fazer com que, as crianças interiorizem certos conceitos através do lúdico. Onde elas têm a oportunidade de se desenvolverem sem aquela rigorosidade comuns nos dia de hoje, em sala de aula. E no final que elas percebam que fazem parte de um mundo, no qual todos podem conviver em harmonia.
Conteúdos: Seqüência, lateralidade, espaço temporal, coordenação visio – motora. Direita esquerda frente atrás, pular. A importância da socialização e da convivência com as diferenças.
Tempo: 8 aulas, sendo que 2 a cada semana. Totalizando 1 mês.
Materiais: Um aparelho que toque CDs de músicas, um cd com cantigas infantis, uma espaço para realização da atividade (ex. o pátio ou a quadra de educação física), cordas de pular, giz, lápis canetas para anotações.
Metodologia: Primeiramente vamos passar para as crianças, o roteiro de procedimentos.
O professor escolhe junto com os alunos uma música, depois eles vão trabalhar esta musica com o pular de cordas. Sendo que cada criança vai segurar numa extremidade da corda. E uma irá pular . Isto não esquecendo de dividir cada grupo.
O música é só de fundo. O professor fala em bater a corda e quem está segurando começa a bater. Os outros aguardam o momento de entrarem. O professor entra. E eles entram a começam a pular. Quando professor diz sair, todas que estão pulando saem, para qualquer lado.
Mas vai chegar um momento e que o professor vai pedir para sair para direita ou para esquerda. E quem errar bate a corda. Cada aula vai se trabalhando certos conceitos e variando a música etc. As crianças vão escrever com giz o lado direito e esquerdo da corda no chão. E discutirem qual e o lado certo.
Depois de algum tempo a professor pede para parar, e pergunta?
O que é direita o que é esquerda e outras perguntas e abre um espaço para o dialogo e a conversa.Perguntar se a brincadeira é melhor com musica ou sem música.
Avaliação: deve ser feita de maneira sem correção verbal ou com tensão pois é um momento de descontração, mas que na verdade as crianças estão levando muito a sério. O professor deve fazer algumas anotações para ver se os conceitos de tempo espaço, coordenação, a visão a audição estão se desenvolvido. Pois isto depois vai refletir na alfabetização.
REFEREÊNCIAS
*o autor: João C. Maria, estudante de pedagogia modalidade ead
aluno Unopar Virtual Campinas 2.
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