terça-feira, 30 de setembro de 2008

APRENDENDO O PODER DA ORAÇÃO


Associação Paulistana da IASD

APRENDENDO O PODER DA ORAÇÃO

Leia 1 Reis 17:17-24
Você já parou para refletir nas ocasiões em que você realmente orou? Quero dizer, orou de verdade! É claro que todos nós podemos lembrar das vezes que falamos com Deus de uma forma rotineira:
• "Senhor, obrigado por estes alimentos!"
• "Pai, por favor, nos proteja enquanto fazemos esta viagem com toda a família."
• "Querido Senhor, peço-lhe que abra nossos corações e men¬tes enquanto iniciamos este estudo bíblico".
• "Jesus amado, tome conta de nós enquanto dormimos".

ORANDO DURANTE AS CRISES
Você se lembra das vezes que clamou a Deus de maneira intensa, constante e com grande emoção? Se você for como eu, isso aconteceu nas vezes em que você se deparou com uma crise, um problema, um desafio - algo em sua vida que não conseguiu resolver sozinho, nem mesmo com a sabedoria que o Senhor lhe dera. É nessas ocasiões que entendemos que realmente precisamos da ajuda de Deus.

Infelizmente, não aprendemos a orar até passarmos por situa¬ções que parecem estar além do nosso controle. Não entenda mal! Meus conhece essa tendência que nós, humanos, possuímos. Além disso, ele entende que não somos capazes de viver nossas vidas em meio a uma crise que possa nos levar a loucura. Porém, o Senhor também sabe que haverá ocasiões em nossas vidas quando a oração precisa tornar-se uma prioridade para que possamos usá-la para al¬cançar os propósitos que ele tem neste mundo.

O MAIOR DESAFIO DE ORAÇÃO DE ELIAS
Deus estava ensinando uma importante lição a Elias, a qual estava relacionada à oração. Elias era um homem de oração, e ele já havia demonstrado isso. Como Tiago nos lembra, o profeta "orou, com ins¬tância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu" (Tg 5: 17). No entanto, sua maior oportunidade desconfiar em Deus em oração ainda estava por vir - no momento em que ele precisaria enfrentar os profetas de Baal no monte Carmelo. Visando preparar Elias para esse grande desafio de oração, Deus pro¬porcionou outra grande oportunidade para seu servo crescer em sua vida de oração -e também em sua fé, uma qualidade espiritual que está sempre associada com a oração efetiva.

O plano de Deus se desenrolava segundo o previsto. Até aquele momento, Elias havia passado em todos os testes - e o Senhor provera a todas as suas necessidades. Quando ele temeu por sua vida, Deus lhe disse onde deveria se esconder. Quando não havia comida, o Se¬nhor usou os corvos para alimentá-lo. Quando a torrente secou, Deus o enviou até a viúva em Sidom. Quando Elias descobriu que aquela mulher pobre não possuía comida para compartilhar com ele, o Se¬nhor os proveu de óleo e de farinha para todos os que estavam na casa. Enquanto aquele homem de Deus se deparava com o que pare¬cia um obstáculo intransponível após o outro, Elias passou por todos eles, e o seu Deus supriu todas as suas necessidades.

Em algum momento Elias duvidou? Tenho certeza que sim! Afi¬nal de contas, ele era um "homem semelhante a nós". Algumas vezes ele deve ter se questionado a respeito de sua própria sanidade quando enfrentou o rei de Israel em nome do seu Deus. Ele deve ter passa¬do por períodos de grandes dúvidas questionando se o Senhor continuava no controle. Mas, mesmo que Elias se preocupasse, Deus era fiel. Em cada uma das ocasiões ocorreu o mesmo: ele não sabia como e quando Deus iria cuidar dele, mas o Senhor nunca o abando¬nou - mesmo nos últimos momentos, quando tudo parecia estar desmoronando.

A DOENÇA SE MANIFESTA
Visando preparar Elias para seu encontro frente a frente com o rei Acabe e seus falsos profetas, Deus permitiu que outra crise ocorresse. Aquele era um dos maiores testes que o profeta passara até então (veja 1 Rs 17:17-18).

Muitos meses após Elias ter ido morar com a viúva, "adoeceu o filho da mulher". Mesmo que a botija de óleo e a panela de farinha dela nunca ficassem vazios, isso não impediu que a doença invadisse a sua casa.

Não foi um ataque repentino que deixou o seu filho à beira da morte. A saúde do menino durante algum tempo foi se deterioran¬do. A "sua doença se agravou tanto, que ele morreu" (v. 17). Elias presenciou o seu jovem amigo ficar cada vez pior de saúde. Tenho certeza de que ele deve ter pensado bastante e durante muito tempo sobre a torrente em Querite. Afinal, aquele riacho também teve uma "morte lenta.

Lendo nas entrelinhas
Ainda que esse trágico acontecimento seja descrito de maneira bas¬tante sucinta na Bíblia, podemos fazer um pouco de especulação realista. Quando o menino finalmente morreu, a viúva "colocou para fora" os seus sentimentos mais íntimos de ansiedade e nervosismo. Disse ela: "Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade e matares o meu filho?" (v.18).

Imagine o que estava acontecendo. Durante dias, ou talvez se¬manas, a doença do menino foi piorando. Nos primeiros dias aqui¬ o não a preocupou tanto. Afinal de contas, não estava faltando óleo nem farinha! Todos nós já passamos por períodos de doença, eles vêm e vão.

No entanto, à medida que os dias iam passando, eles foram per¬cebendo que aquela não era uma doença comum. O menino não apresentava sinais de melhora. A preocupação normal da mãe passou a ser um grande temor - resultando em profunda introspecção. Em meio a situações como aquela, é normal começarmos a nos pergun¬tar: "Por quê? A tragédia humana sempre nos desperta para a refle¬xão - especialmente quando envolve a morte.

Reações previsíveis
Assim como todos nós, a viúva procurava um motivo para aquilo que estava acontecendo e voltou seus pensamentos para dentro de si mes¬ma. Ela já conhecia bem a Elias. Aquele não era um homem normal. Ele era diferente dos outros homens que ela já conhecera. Seus ami¬gos pagãos eram pecadores e devassos. Provavelmente ela também tinha um estilo de vida pecaminoso.

Mas durante muitos meses ela viveu na mesma casa com um homem que era diferente. Em nenhuma ocasião ele tentou se apro¬veitar dela por motivos egoístas. E mesmo que a viúva tivesse se ofe¬recido a ele, o profeta teria discutido com ela as leis eternas de Deus que foram reveladas a Israel no Sinai.

Ela sabia que Elias era um "homem de Deus". Quanto mais ela o conhecia - no que ele acreditava, como vivia e qual era a sua missão nesta vida - mais a viúva se dava conta de seus próprios pecados. Foi por isso que ela perguntou a Elias: "Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade e matares o meu filho?"

Dúvidas, medos, confusão
Mesmo que seu conhecimento sobre Abraão, Isaque e Jacó fosse limi¬tado, a viúva estava tentada a fazer o mesmo que muitos de nós faze¬mos quando ocorrem as tragédias. Nossa visão de Deus muitas vezes nos leva a questionar se ele está nos punindo por algum pecado, seja do passado ou do presente. A culpa que permanece em nós sempre gera paranóia.
A viúva ainda não havia aprendido que Deus não guarda ressen¬timentos. Mesmo que em raras ocasiões o Senhor tenha punido o pecado com a morte - como fez ao permitir a morte do filho ilegítimo de Davi, esse não é o modo como Deus normalmente age. Isso é verdade especialmente quando se trata de nossos pecados do passa¬do. E mesmo quando estamos cometendo pecados no presente, o Senhor é muito magnânimo. Até mesmo no caso de Davi, quando a lei de Deus declarava especificamente que ele deveria morrer por ter tirado a vida de Urias, o Senhor deixou que ele vivesse, pois o rei Davi mostrou ter um coração arrependido. Realmente o nosso Deus é um Deus misericordioso.

Para aumentar a sua confusão, aquela viúva sabia que não pa¬recia lógico que Elias tivesse salvado a ela e a seu filho da fome, apenas para, depois, mudar de idéia a fim de tirar de sua casa o precioso dom da vida. Não importa qual tenha sido o pecado dela, aquilo não fazia sentido. A partir dessa perspectiva certa¬mente podemos entender as perguntas da viúva, bem como seus medos e sua confusão.

Elias também estava perplexo
Elias passou a conhecer bem aquela diminuta família. Após um ano de uma triste solidão na torrente de Querite, imagine como foi res¬taurador para ele voltar a passar os seus dias na companhia de outras pessoas. O profeta ficou profundamente perturbado quando viu aquele menino morrendo lentamente, pois ele também passou a amar aque¬la criança. Para ele, ouvir as perguntas agonizantes da viúva era algo que apenas aumentava a sua própria tristeza.

Eu insisto, devemos nos lembrar que Elias era um "homem semelhante a nós". Mesmo que ele fosse um profeta de Deus, isso não significa que estava livre do sentimento de dor que acompanha um evento como aquele. Ela estava diante do profeta - segurando o filho morto em seus braços -, a agonia estampada em seu rosto banhado de lágrimas, e então ele ouviu a pergunta mais difícil de todas: "Por quê?"

A MORTE SEMPRE CAUSA TRISTEZA
Quando um ente amado morre, isso sempre gera uma imensa dor. É algo bastante real! Diante de Elias estava uma mulher com o coração partido. Ela estava segurando seu filhinho em seus braços. A criança havia parado de respirar. Porém, o mais doloroso para Elias era a pergunta que ela estava fazendo! Diante de seu sofrimento, ela o es¬tava rejeitando. O profeta a havia salvado, mas agora ela o acusava de lembrá-la de seus pecados e ter tomado a vida de seu único filho para puni-la.

Elias foi até aquela família em nome de Deus. Ele havia compar¬tilhado a sua missão e como Deus se preocupara com ele durante sua estada junto à torrente de Querite. A mulher e seu filho responde¬ram àquela mensagem e ao Deus de Elias. Eles haviam depositado Sua fé primeiro no profeta e depois no Senhor. E agora seu filho estava morto. Naquele momento, o profeta pôde sentir a falta de confiança da viúva. Ele não tinha uma explicação humana para o que tinha acontecido. Elias também sentiu que o nome e reputação de Deus estavam em jogo. O que as pessoas diriam quando soubessem o que aconteceu? O profeta Elias também estava confuso, perturba¬do e temeroso!

UMA ORAÇÃO QUE NUNCA DEVEVERÍAMOS ESQUECER
Por que, Deus, por quê?
Em meio à sua própria dor, o profeta pediu à mulher o seu filho. Ele tomou o menino nos braços, subiu até o quarto no andar de cima, onde estava hospedado, deitou o menino sobre sua cama e começou a orar intensamente. Aquela não foi uma oração comum. Elias "cla¬mou ao SENHOR"! Com grande angústia e frustração, ele derramou seu coração diante de Deus: "6 SENHOR, meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?" (1 Rs 17:20).

Depois, Elias, "estendendo-se três vezes sobre o menino, clamou ao SENHOR e disse: 6 SENHOR, meu Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele" (v. 21). Do mesmo modo como fez Eliseu - o homem que acabaria sendo seu sucessor como profeta de Deus em Israel-, Elias provavelmente "deitou-se sobre o meni¬no... pondo a sua boca sobre a boca dele, os seus olhos sobre os olhos dele e as suas mãos sobre as mãos dele" (2 Rs 4:34).

"Vê, teu filho vive"!
Em sua misericórdia, o Senhor o ouviu e respondeu à oração de Elias. A vida voltou ao menino. Imagine a alegria que tomava conta da alma do profeta enquanto ele descia as escadas com o meni¬no em seus braços e o entregou à sua mãe e disse: "Vê, teu filho vive" (1 Rs 17:23).

Quando a viúva viu que aquilo era verdade, as palavras que saíram de sua boca tinham um grande significado: "Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade" (v. 24).

O dedo acusador da viúva

Agora já sabemos mais a respeito da conversa que provavelmente ocorreu entre aquela mulher e Elias durante o tempo em que o meni¬no estava morrendo. Quando a saúde de seu filho começou a piorar, a viúva passou a apontar o seu dedo de acusação na direção de Elias. Ela começara a duvidar que ele realmente era quem dizia ser: um representante de Deus. Enquanto as coisas estavam indo bem, ela deu uma resposta positiva a ele. Mas quando as coisas começaram a dar errado, ela começou a duvidar e passou a apontar seu dedo de acusação.
O sofrimento de Elias
Aqueles que estão envolvidos com o ministério provavelmente conse¬guem se identificar de maneira mais profunda com essa experiência de Elias. Quase todos os pastores já tiveram de ajudar alguém que, em algum momento de sua vida, quando as coisas não estavam indo muito bem, voltaram-se contra eles e começaram a fazer críticas. Quando você realmente tentou ajudar alguém e depois passou a ser acusado de ser insensível e não ser uma pessoa sincera realmente esta deve ter sido uma experiência bastante dolorosa. Foi exatamente isso o que aconteceu com Elias. Podemos ver a sua dor revelada na oração que fez pelo menino. Como líder espiritual daquela mulher, ele tam¬bém estava confuso. Será que foi ele a causa da morte do menino? a Senhor levara a tragédia para aquela família por causa dele? Elias tam¬bém passou a questionar a maneira de Deus agir.

DEUS HONRA A HONESTIDADE
Deus não apenas honrou a persistência de Elias em oração; ele tam¬bém honrou sua honestidade e sinceridade ao expressar suas próprias dúvidas, medos e desilusões - bem como a sua decepção. a Senhor deu novamente vida ao menino. Mas, mais do que isso, a viúva vol¬tou a crer e a alegria de Elias foi restaurada quando ele viu seus novos amigos reunidos novamente e dando uma resposta positiva à vontade de Deus.

O mais importante para Elias era que a viúva não mais rejeitava o Deus a quem ele servia. Aquilo tinha uma importância especial para Elias já que seu próprio povo tinha se voltado a falsos deuses.

Em essência, foi por isso que o profeta foi para lá desde o início ¬ele havia tomado uma posição em favor do único Deus verdadei¬ro. Não é surpresa que ele queria ver o nome de Deus vingado e honrado!

TORNANDO-SE UM HOMEM DE DEUS HOJE
Princípios de vida

A lição mais importante que podemos aprender com Elias e a viúva de Sarepta tem que ver com o que Deus estava fazendo para continuar a preparar seu profeta para lutas ainda maiores contra as forças do mal. Durante todo o tempo, Deus estava preparando Elias para um encon¬tro dramático e aterrorizante com o rei Acabe e os profetas de Baal. O que Elias acabara de pedir a Deus pelo filho da viúva era de menor importância quando comparado com o que ele estava prestes a pedir que Deus fizesse no monte Carmelo.

Princípio 1 Deus nos prepara para os grandes desafios da vida ao nos dar oportunidades de encarar e vencer os peque¬nos desafios.
Alguma vez você já pensou a respeito deste princípio? Já vi Deus fazer isso em minha própria vida em muitas ocasiões. Claro, você deve procurar entender o que está acontecendo ou então poderá não entender o que Deus está fazendo em sua vida.

Em alguns aspectos, essa é uma idéia assustadora - pelo me¬nos para mim. Olhando para trás hoje, consigo lembrar de algu¬mas crises dolorosas e bastante difíceis que considerei serem testes de fé para mim. Francamente, do ponto de vista humano, posso dizer que não quero nenhum desafio maior! Mas a boa notícia é que Deus está confiando sua obra a nós e ele não quer que falhe¬mos. O Senhor deseja aumentar a nossa fé para que, quando esti¬vermos preparados da maneira adequada, os grandes desafios pareçam menores ainda.

Princípio 2 É em meio a situações que estão além do nosso con¬trole que realmente aprendemos a orar.
Como isso é verdadeiro na experiência de Elias! E como é verdadeiro em nossas próprias vidas!

Em alguns aspectos, é lamentável que precisemos estar sempre em uma situação delicada para podermos usar o privilégio da oração de maneira séria. Parece que isso sempre foi verdade na história do povo de Deus. Felizmente, o Senhor entende as nossas tendências humanas. Seus ouvidos nunca estão surdos. Mesmo que o resultado nem sempre seja o que escolheríamos, Deus nos dá a melhor respos¬ta para o problema.

Nunca hesite em orar quando você estiver encarando um pro¬blema sério - ainda que talvez você negligencie esse importante exer¬cício espiritual quando as coisas parecem estar indo bem. É natural que oremos de maneira mais fervorosa durante situações difíceis.

Princípio 3 Deus entende nossas ansiedades, nossos medos, nossas decepções e nossas desilusões.
Algumas pessoas vêem Deus como um pai irado, que está pronto a bater nelas quando elas compartilham o que realmente estão sentin¬do. Isso não é verdade! Se fosse, Deus iria agir antes que já dissemos, pois ele já sabe o que pensamos e como nos sentimos antes que pos¬samos expressar esses pensamentos e sentimentos. Por isso, creio que é bem melhor para nós que os compartilhemos com o Senhor. Nunca deveríamos ter medo de expressar esses pensamentos e sentimentos a ele em oração.

Por outro lado, devemos sempre lembrar que estamos falando com Deus. Ele não pode ser manipulado! Em certas ocasiões, entre¬tanto, ele nos responde de modo especial- sobretudo quando seu nome e sua reputação estão em jogo.

Quando Deus muda de idéia
Pense sobre a ocasião em que Moisés estava no monte Sinai rece¬bendo as leis de Deus. Com uma audácia incomum, os filhos de Israel deram forma a um bezerro de ouro e se prostraram diante dele. Eles até mesmo deram crédito àquele ídolo por tê-los tirado do Egito.

Como era previsível, o Senhor estava muito irritado com seu povo. Ele disse a Moisés que se pusesse à parte para que ele pudesse destruí-los. No entanto, Moisés - que era um pastor fiel - lembrou ao Senhor que, se ele eliminasse Israel "da face da terra", os egípcios diriam que Deus, "com maus intentos os tirou, para matá-los nos montes e para consumi-los" (Êx 32:12). Moisés estava lembrando a Deus que sua reputação e nome estavam em jogo.

Nunca conseguiremos explicar de que maneira um homem como Moisés - ou qualquer um naquela situação - podia fazer Deus mu¬dar de idéia ao lembrá-lo de sua reputação. Mesmo assim, foi isso o que aconteceu! Lemos que "se arrependeu o SENHOR do mal que dis¬sera havia de fazer ao povo" (v. 14).
Princípio 4 Deus responde de maneira especial às nossas orações quando somos capazes de ir além de nossos interesses próprios e preocupações e nos concentramos nas ne¬cessidades dos outros - especialmente quando se trata de sua reputação.

Quando Elias passou por aquela crise com o filho da viúva, mais uma vez vemos um "homem semelhante a nós" apelando a Deus de acordo com sua preocupação pela reputação do Senhor. Ele certamente também se preocupava com a mulher. Contudo, ele havia sido chamado de "homem de Deus" - uma pessoa que re¬presentava o Senhor do universo. Segundo o ponto de vista de Elias, se ele não tivesse capacidade de trazer o menino de volta à vida, os infiéis iriam questionar a mensagem que o profeta estava proclamando.

A viúva identificou a preocupação de Elias com sua própria resposta quando ela declarou: "Nisto conheço agora que tu és ho¬mem de Deus e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade" (1 Rs 17:24).

Uma pergunta penetrante
Quando você ora pedindo ajuda a Deus, você está mais preocupado consigo mesmo do que com os outros? E o mais importante, sua maior preocupação é com a reputação do Senhor? Se nos concentrar¬mos mais nas necessidades dos outros e no nome do Senhor a quem servimos, é possível que iremos receber mais respostas de oração? Penso que sim!

Não me entenda mal! Deus deseja suprir nossas necessidades pessoais. Paulo deixou isso bem claro quando escreveu aos filipenses e disse: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela sú¬plica, com ações de graças" (Fp 4:6). O Senhor também esta preo¬cupado com nossas necessidades - sejam elas quais forem.

Mas, mesmo assim, a reputação de Deus deve vir em primeiro lugar, não a nossa! A vontade dele precisa vir em primeiro lugar, não a nossa! Coloque Deus e os outros em primeiro lugar e experimente um novo poder em sua vida de oração!

Lembre-se também de que Deus pode trazer honra para si em todas as situações - não importa qual seja o resultado delas. No caso de Elias, Deus respondeu às suas orações e curou o menino porque aquilo traria maior honra ao seu nome. Mesmo assim, devemos acei¬tar o fato de que existem certas ocasiões em que o Senhor pode trazer mais honra a seu nome, mesmo em meio a uma tragédia humana.

Oração e cura física
O Senhor nunca prometeu que curaria todas as enfermidades físicas - mesmo que oremos com fé. Ele prometeu, contudo, que daria gra¬ça e força em cada situação - mas nem sempre nos livraria da morte.

O apóstolo Paulo ilustra isso com sua própria vida. Apesar de ele muitas vezes ter curado pessoas com o poder de Deus, certa vez o Senhor não respondeu às orações por cura física em sua própria vida. Paulo disse aos coríntios que ele pedira ao Senhor três vezes que o curasse. Suas palavras foram: "pedi ao Senhor que o afastasse de mim". No entanto, Deus respondeu lembrando ao apóstolo que sua graça era suficiente para capacitá-lo a lidar com aquela enfermidade (veja 2 Co 12:8,9).
Falsa culpa
Uma visão equivocada da soberania de Deus no tocante à cura pode levar as pessoas a sentirem-se culpadas de uma maneira imprópria¬ muitas vezes responsabilizando a si mesmas por não ter fé o suficien¬te para serem curadas pela oração. Devemos nos lembrar de que a vontade de Deus é mais importante do que a nossa própria vontade nesses assuntos, e, quando se trata de cura física, o Senhor não reve¬lou sua vontade específica.

Deus escolhe responder às nossas orações por cura quando essa é a sua vontade. Além disso, nossa fé é fundamental quando ele decide não responder a tais orações. Lembre-se também de que, se nós não orarmos, ele pode não responder a oração faz diferença - seja quan¬do Deus responde com a cura ou com a sua graça para nos ajudar a carregar os nossos fardos.

TORNANDO-SE UM HOMEM DE ORAÇÃO
Enquanto revê os princípios a seguir, peça ao Espírito Santo que co¬loque em seu coração uma lição que você precisa aprender a respeito da oração. Depois, estabeleça um alvo específico, por escrito. Por exemplo, você pode estar temeroso em expressar para Deus suas ansi¬edades, seus medos, suas decepções e suas desilusões. Não devería¬mos ter medo de expressar esses pensamentos e sentimentos ao Senhor em oração.
• Deus nos prepara para os grandes desafios da vida ao nos dar oportunidades de encarar e vencer os pequenos desafios.
• É em meio a situações que estão além do nosso controle que realmente aprendemos a orar.
• Deus entende nossas ansiedades, nossos medos, nossas de¬ decepções e nossas desilusões.
• Deus responde de maneira especial às nossas orações quando somos capazes de ir além de nossos interesses próprios e pre¬ocupações e nos concentramos nas necessidades dos outros ¬especialmente quando se trata de sua reputação.

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