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quinta-feira, 21 de março de 2019
quarta-feira, 20 de março de 2019
Gaura Purnima, O Advento do Avatar Dourado
Leia também em: www.voltaaosupremo.com
Vrindavana Dasa Thakura(Da obra Sri Chaitanya-bhagavata)
Sob um misterioso eclipse lunar e rodeado de exclamações do santo nome de Hari, nasce o revolucionário e amoroso Chaitanya Mahaprabhu.
A vinda do Senhor Krishnachandra a este mundo material é muito difícil de compreender. Sem primeiramente receber a misericórdia do Senhor, quem tem poder para entender tal nascimento? Seus passatempos supramundanos são inconcebíveis e inacessíveis. O senhor Brahma declara no Srimad-Bhagavatam (10.14.21): “Ó Senhor do Universo, ó Pessoa Suprema, ó Alma Suprema, ó Senhor dos místicos, como és maravilhoso! Quem dentro dos três mundos pode saber quando, onde, por qual motivo e como expandes Tua potência espiritual interna, yogamaya, e executas Teus passatempos transcendentais?”. Quem pode apontar a razão ontológica para o advento do Senhor neste mundo? Somente posso ter por fonte o Bhagavad-gita e o Srimad-Bhagavatam para encontrar a razão de Seu aparecimento. “Sempre e onde quer que haja declínio na prática religiosa, ó descendente de Bharata, e uma ascensão predominante de irreligião – aí, então, Eu próprio descendo. Para libertar os piedosos e aniquilar os malfeitores, bem como para restabelecer os princípios da religião, Eu mesmo venho, milênio após milênio”. (Bhagavad-gita 4.7-8) À proporção que as práticas religiosas enfraquecem, a irreligião ganha espaço. Quando isso ocorre, o senhor Brahma e os demais semideuses se aproximam do Senhor e oram pela proteção dos devotos e pela aniquilação dos demônios.
A fim de restabelecer o processo religioso da era (yuga-dharma), o Senhor Supremo, acompanhado de Suas expansões e associados, descendeu à Terra. A religião de Kali-yuga é o canto congregacional do santo nome do Senhor (hari-sankirtana) e para estabelecer de forma definitiva esse processo, o Senhor apareceu como o filho de mãe Shachi.
Confirma-se no Srimad-Bhagavatam (11.5.31-32) que a Suprema Verdade Absoluta, Sri Chaitanya Mahaprabhu, nasce unicamente com o propósito de propagar o canto congregacional do santo nome de Krishna. Ali se diz: “Os devotos sempre oferecem orações à Suprema Personalidade de Deus através de vários mantras e observam os princípios reguladores das obras védicas suplementares. Na era de Kali, contudo, aqueles que forem inteligentes executarão especificamente o canto congregacional do maha-mantra Hare Krishna, adorando a Suprema Personalidade de Deus, que aparece nesta era como um devoto sempre a cantar as glórias de Krishna”.
A célebre escritura Srimad-Bhagavatam anunciou com milênios de antecedência o advento do Senhor Chaitanya.
O Senhor Chaitanya-Narayana revelou que o hari-sankirtana, o canto congregacional do santo nome do Senhor Hari, é a essência de toda a religião em Kali-yuga. Para o estabelecimento desse Movimento de Sankirtana, acompanhado de Seus associados, Ele aparece em Kali-yuga.
Cumprindo o desejo do Senhor, Seus eternos associados aparecem antes dEle, aceitando nascimento no mundo dos seres humanos. Ananta, Shiva, Brahma e outros grandes sábios nasceram como associados pessoais do Senhor Supremo. Todos eles nasceram como grandes devotos bhagavatas do Senhor. O Senhor Chaitanya, sendo o próprio Krishna, era plenamente ciente de suas identidades. A maior parte deles nasceu em Navadvipa, mas alguns nasceram em Chati-grama, alguns em Radha-desha e ainda outros na Orissa.
As localidades à beira do Ganges são todas puras e sagradas. Por que, então, esses vaishnavas nasceram em terras ímpias? Se o próprio Senhor Chaitanya fez Seu advento a este mundo à beira do Ganges, por que, então, Seus associados nasceram em outros locais distantes? Em suas viagens, os Pandavas nunca iam a locais onde o Ganges ou os santos nomes do Senhor Hari não estivessem presentes.
Por que associados do Senhor Chaitanya nasceram em terras não banhadas pelo Ganges?
A resposta para isso é que, porque o Senhor Krishna Chaitanya ama todas as entidades vivas assim como um pai ama todos os seus filhos, Ele ordenou que tais grandes devotos aparecessem nesses locais diversificados. O aparecimento do Senhor teve o único propósito de remir o mundo material. A fim de cumprir esse propósito, o Senhor arranjou que Seus devotos puros nascessem em terras ímpias e em famílias igualmente impiedosas. Onde quer que os vaishnavasmanifestem suas glórias se torna um local puro e sagrado, um local de peregrinação. Assim, criando novos locais de peregrinação, o Senhor Chaitanya-Narayana providenciou que Seus devotos descessem ao mundo material nesses diferentes locais.
Embora tenham nascido em localidades variadas, os devotos se encontraram, como que por acaso, em Navadvipa. A terra natal do Senhor Chaitanya foi Navadvipa, daí ser Navadvipa o local de encontro de todos eles. As glórias de Navadvipa não podem ser comparadas às de nenhuma outra parte do mundo. Ciente de que o Senhor apareceria ali, o demiurgo Brahma dotou Navadvipa com tudo o que há de auspicioso.
Quem é capaz de descrever as opulências de Navadvipa? Em um único de seus balneários, centenas e milhares iam se banhar no Ganges. Pela graça da deusa Sarasvati, os residentes de Navadvipa, de todas as diferentes idades, eram eruditos expoentes das escrituras. Toda a população era muito orgulhosa de seu conhecimento material; mesmo jovens garotos debatiam apaixonadamente com os anciãos eruditos. Pessoas vinham de diferentes províncias para estudar em Navadvipa, porque ali poderiam desenvolver gosto pelo estudo sistemático. O número de estudantes de Navadvipa era incalculável, e o número exato de professores também era desconhecido. Agraciados pelo olhar favorável de Lakshmi-devi, os residentes de Navadvipa estavam contentes, mas, estando interessados em degustar apenas sabores materiais, desperdiçavam a duração de suas vidas.
Os residentes de Navadvipa tinham sobre si o olhar favorável de Lakshmi-devi.
À medida que o orgulho e a mentalidade materialista cresciam entre eles, o gosto pelo serviço devocional ao Senhor Supremo diminuía, e, com a entrada de Kali-yuga, isso se agravou consideravelmente. A única prática religiosa conhecida era a observação de vigílias invocando semideuses e semideusas – especialmente Mangala Chandi Durga – para a obtenção de efêmeros benefícios materiais. Alguns arrogantemente adoravam Manasa, a deusa das cobras, e outros desperdiçavam grandes riquezas oferecendo-as a deidades que não passavam de bonecos de deuses e deusas. Eles esbanjavam grandes somas de riquezas no casamento de seus filhos e filhas e, dessa maneira, desperdiçavam a duração de vida de que dispunham neste mundo.
Mesmo os supostos sacerdotes de elite – Bhattacharyas, Chakravartis e Misras – desconheciam a razão das escrituras. Embora ensinassem as escrituras, suas atividades não eram condizentes com as injunções das mesmas. Mesmo enquanto vivos, a forca de Yamaraja já repousava no pescoço tanto dos professores quanto de seus alunos.
Ninguém discutia krishna-kirtana, a verdadeira religião de Kali-yuga do cantar dos nomes e glórias do Senhor Hari. Não podendo apontar falhas em outros, todos preferiam ficar em silêncio. Sequer um único nome de Deus escaparia das bocas daqueles pretensos renunciantes e eremitas. Aqueles considerados os mais piedosos da sociedade podiam ser ouvidos repetindo o nome de “Govinda” ou “Pundarikaksha” uma vez ao dia enquanto se banhavam. Perspectivas devocionais estavam invariavelmente ausentes nas explicações de obras transcendentais como o Bhagavad-gita e oSrimad-Bhagavatam.
Testemunhando o mundo inteiro confuso pela energia ilusória do Senhor Vishnu, os devotos sentiam profunda tristeza. Eles se perguntavam: “Como todas essas almas serão libertas? Elas estão hipnotizadas pelo mito da gratificação dos sentidos. Embora sejam solicitados a cantar os santos nomes do Senhor Krishna, elas se recusam e seguem com suas intermináveis discussões acerca de conhecimentos ordinários. Como todas essas almas serão libertas?”.
O pequeno número de devotos vaishnavas continuava com suas atividades devocionais. Eles adoravam o Senhor Krishna, banhavam-se no Ganges e discutiam tópicos conscientes de Krishna. Apiedados da condição em que a humanidade se encontrava, os vaishnavas oravam: “Ó Senhor Krishnachandra, por favor, derrama sem demora Tua misericórdia sobre todos”.
O líder dos vaishnavas de Navadvipa se chamava Advaitacharya. Ele era a personalidade mais gloriosa de todo o mundo. Ele era o melhor exponente de jnana (conhecimento), bhakti (serviço devocional) e vairagya (renúncia). Suas explicações sobre krishna-bhakti (devoção a Krishna) eram como aquelas dadas por Shiva em pessoa. Quando discutia qualquer passagem de qualquer escritura, Sua interpretação conclusiva para todos os versos era: “Devoção aos pés de lótus do Senhor Krishna é o melhor de todos os caminhos espirituais”. Ele constantemente adorava o Senhor Krishna com grande felicidade e devoção oferecendo-Lhe tulasi-manjaris e água do Ganges.
O líder do pequeno grupo de vaishnavas existente antes do advento do Senhor Chaitanya era Srila Advaitacharya.
Dessa maneira, Advaitacharya passava Seus dias em Navadvipa. Ele Se entristecia profundamente ao contemplar uma pessoa destituída de devoção ao Senhor. Advaitacharya Prabhu era por natureza muito compassivo. No íntimo de seu coração, Ele tentava elaborar um plano para libertar as almas condicionadas. Ele pensou: “Se meu Senhor fizer Seu advento neste mundo, todos serão libertos”. Ele adorava constantemente os pés de lótus de Krishna com determinação indivisa. O Senhor Chaitanya fez Seu advento neste mundo devido aos apelos sinceros de Advaitacharya Prabhu. O próprio Senhor repetia esse fato com grande frequência.
Com a liderança de Sri Advaitacharya, os devotos empreenderam uma iniciativa para tentar fazer com que as pessoas se tornassem conscientes de Deus, mas nem mesmo uma só alma entendeu a mensagem deles. Acometido por uma grande aflição ante o sofrimento de tantos, Advaita passou a jejuar. Os vaishnavas respiravam com dificuldade vendo o estado de seu líder.
“Por que cantar e dançar para Krishna? Qual o significado do canto congregacional dos santos nomes do Senhor? O que é ser um vaishnava?”. Os materialistas grosseiros não podiam compreender nada disso, pois tudo o que queriam na vida era dinheiro e filhos. Quando se reuniam, tais ateístas zombavam e riam dos vaishnavas.
Enquanto os devotos andavam pela cidade de Navadvipa cumprindo seus deveres, não ouviam em parte alguma discussões sobre o Senhor Supremo ou sobre devoção. Perturbados com tudo aquilo, os devotos desejavam morrer. Eles suspiravam o nome de Krishna enquanto respiravam pesadamente. A dor deles ante os frívolos empreendimentos de uma sociedade materialista era tão grande que não tinham apetite. Em consequência à rejeição de toda a felicidade material por parte dos devotos, o Senhor Supremo começou a preparar Sua vinda ao mundo material.
Em Navadvipa vivia uma grande personalidade transcendental chamada Sri Jagannatha Misra. Ele era tal qual Vasudeva Maharaja: sempre ocupado em atividades transcendentais. Ele era magnânimo e possuía no mais alto grau todas as qualidades bramânicas. Suas virtudes eram sem paralelo. Sua dedicada e casta esposa, de nome Srimati Shachidevi, era a personificação da devoção ao Senhor Supremo. Ela é a mãe de todo o universo.
A irreligiosidade manifesta no começo de Kali-yuga era um indicativo do que o futuro reservava; não haveria serviço devocional ao Senhor Supremo, vishnu-bhakti, em nenhum lugar do mundo material. Em consequência do desaparecimento da religião verdadeira e do sofrimento de Seus devotos, o Senhor Supremo advém a este mundo.
A Suprema Personalidade de Deus, o Senhor Chaitanya Mahaprabhu, entrou, então, nos corpos de Shachidevi e Jagannatha Misra. Nesse momento, as interjeições “Jaya! Jaya!” se manifestaram das bocas do Senhor Ananta. Sri Jagannatha Misra e mãe Shachi ouviram o clamor de Anantadeva como se estivessem em um sonho. Os corpos de ambos exibiam grande resplandecência, embora olhos ordinários não pudessem ver. Shiva, Brahma e os demais semideuses, entendendo que a Suprema Personalidade de Deus estava prestes a aparecer, vieram até a Terra para oferecer orações.
Os semideuses oraram: “Repetidas glórias ao Senhor Mahaprabhu, o mantenedor de todos! Repetidas glórias ao Senhor que faz Seu advento neste mundo material para inaugurar o Movimento de Sankirtana! Repetidas glórias ao Senhor Chaitanya, o protetor dos Vedas, da religião, dos devotos santos e dos brahmanas piedosos! Repetidas glórias ao Senhor Chaitanya, cuja forma transcendental é absoluta, eterna e plena de bem-aventurança. Repetidas glórias ao Senhor dos senhores, cujos desejos não conhecem obstrução. O Senhor permanece imanifesto em milhões e milhões de universos, mas Se manifesta pessoalmente no ventre de Shachidevi. Quem é capaz de compreender os desejos do Senhor? A criação, a manutenção e a aniquilação dos universos não passam de um aspecto de Seus maravilhosos passatempos. Se assim desejasses, todos os universos seriam imediatamente destruídos. Assim, não serias capaz de matar Ravana e Kamsa simplesmente pronunciando uma única palavra? Apesar de tal habilidade, apareceste nas casas do rei Dasharatha e de Sri Vasudeva para matar esses dois demônios. Ó Senhor, quem seria capaz de desvendar o mistério por detrás de Tuas atividades? Apenas Tu conheces o Teu coração. Se este fosse Teu desejo, um único de Teus servos poderia libertar as almas de todos os inumeráveis universos. Mesmo assim, vens pessoalmente a este mundo, ensinas os princípios religiosos e tornas a todos venturosos”.
Continuaram: “Em Satya-yuga, apareceste em uma compleição clara e ensinou o caminho da austeridade e da meditação executando Tu mesmo austeridades. Portando uma danda e um kamandalu, com Teus cabelos descuidados e trajando pele de antílope, descendeste a este mundo como um brahmachari com o intuito de estabelecer os princípios da religião. Em Treta-yuga, manifestando Tua bela forma como o avermelhado Yajna-purusha, ensinaste a prática religiosa dos sacrifícios. Com a sruk e a srava em mãos, pessoalmente conduziste os rituais sacrificatórios”.
Oraram ainda: “Em Dvapara-yuga, apareceste com a bela compleição enegrecida de uma nuvem de monção e estabeleceu a adoração à Deidade em toda residência. Descendendo a este mundo, Tu Te tornaste um grande rei. Trajando veste amarelas e carregando em Teu corpo transcendental a marca da Srivatsa e outros sinais exclusivos, executaste opulenta adoração à Deidade. Agora, neste presente nascimento, Tu Te apresentarás na forma de um devoto puro e incondicional do Senhor. Com todo o Teu poder, pregarás o Movimento de Sankirtana, o movimento do cantar do santo nome do Senhor Krishna. O néctar do canto congregacional do santo nome irá imergir todo o universo”.
Em conclusão, disseram os semideuses: “Ó Senhor, concede-nos Tua benevolência de forma que sejamos afortunados o suficiente para ver os maravilhosos passatempos que desfrutarás em Navadvipa. Ó Senhor, daqui a alguns dias, satisfarás o acalentado desejo da deusa Ganga ao desfrutar de muitos passatempos em suas águas. Tua primorosa forma transcendental, que os místicos e yogis veem mentalmente em suas meditações, tornou-se manifesta em Navadvipa. Oferecemos nossas respeitosas reverências a Navadvipa-dhama e à casa de Shachidevi e Jagannatha Misra, onde escolheste realizar Teu aparecimento divino”.
Desse modo, Brahma e outros semideuses, mantendo-se invisíveis, ofereciam diariamente orações seletas ao Senhor Supremo.
O Proprietário Supremo de toda a criação permaneceu no ventre de Shachidevi. Com a ascensão da Lua cheia do mês de Phalguna, Ele tornou-Se manifesto. Toda a auspiciosidade residente em diferentes partes da manifestação cósmica se apresentou em plenitude naquela noite de Lua cheia. A Suprema Personalidade de Deus fez Seu advento em companhia do processo do canto congregacional do santo nome. Ele propagaria esse processo de sankirtanapraticando-o Ele mesmo.
Com a ascensão da Lua cheia do mês de Phalguna, Chaitanya Mahaprabhu tornou-Se manifesto.
Quem é capaz de compreender as estonteantes atividades do Senhor Supremo? Por Seu desejo, Rahu cobriu a Lua naquela noite. Como arranjado pelo Senhor, todos de Navadvipa, vendo o eclipse lunar, começaram a cantar bem alto os auspiciosos nomes do Senhor Hari. Muitos milhões de pessoas correram para o Ganges, onde se banhavam e clamavam: “Haribole! Haribole!”.
O som tumultuoso do cantar do nome do Senhor Hari tomou primeiramente toda Nadiya e, então, penetrou em todas as camadas do universo material até Brahmaloka. O santo nome do Senhor, não obstante, jamais se contaminou com a atmosfera material. Vendo aquele acontecimento miraculoso, os devotos pediram em prece: “Que este eclipse dure para sempre!”.
Os devotos experimentaram profunda felicidade e falaram entre si: “Todos estão tomados de bem-aventurança. Deve ter sido este o sentimento experimentado pelos habitantes da Terra quando o Senhor Krishna apareceu neste mundo”.
Enquanto os devotos se dirigiam ao Ganges para se banharem, as quatro direções eram tomadas pelo sankirtana dos santos nomes do Senhor Hari. Mulheres, crianças e idosos, e piedosos e ímpios – todos cantavam o santo nome do Senhor Hari durante o eclipsar da Lua. O único som dentro do universo era o onipresente cantar de “Hari! Hari!”. Os semideuses derramavam flores por toda parte e proclamavam vitória enquanto tocavam seus tambores dundubhi. Em meio a essa primorosa exaltação, o Senhor, a alma do universo, apareceu na Terra como o filho de Shachidevi.
A Lua fora jantada por Rahu e o oceano do santo nome inundara Navadvipa. Bandeiras de vitória tremulavam ao vento indicando que Kali encontrara-se com a derrota personificada. O Senhor Supremo havia nascido! Todos os quatorze mundos conversavam sobre o grande evento.
Meramente pela contemplação do Senhor Gaurachandra, todos os moradores de Nadiya se tornaram satisfeitos em plenitude. Agora, toda a lamentação se dissipara. Sua refulgência incandescente ofusca os raios solares. Quanto a Seus olhos ligeiramente caídos, não ousarei tentar nenhuma metáfora. A atmosfera está tomada de boa-venturança: hoje, as glórias do Senhor Chaitanya estão manifestas! Cada vibração rugiente do nome do Senhor Hari é ouvida em todos os mundos até o planeta de Brahma, carregando a excelsa notícia do nascimento do Senhor. Sua esplêndida compleição se assemelha à cor da pasta de sândalo. Seu peito é amplo, e nele se dispõe uma dançante guirlanda de flores silvestres. Seu rosto iridescente é prazeroso, consolador e refrescante como a Lua. Seus longos braços se estendem até Seus joelhos.
Clamores de vitória e glorificações ao Senhor permeavam todas as direções, e a Terra se sentia especialmente favorecida pelo advento do Senhor Chaitanya. Alguns cantavam com profunda satisfação, enquanto outros dançavam em êxtase. Para Kali, entretanto, estar em meio àquela celebração espiritual era algo desesperador. A Lua dourada, o Senhor Chaitanya Mahaprabhu, nasceu. Não há nenhum lugar nas dez direções que não esteja tomado de bem-aventurança.
Sua beleza humildava milhões de cupidos. Ele sorria ao ouvir o cantar de Seu santo nome. Sua face amável e olhos encantadores, somados aos sinais auspiciosos trazidos em Seus pés, como a bandeira e o raio, bem como toda a Sua forma graciosa belamente decorada, estavam ali para roubar a mente e os sentidos de todos.
Toda forma de medo e desânimo foi imediatamente dissipada pelas Suas glórias e opulências. Os semideuses cantavam estupefatos ante o aparecimento do Senhor Chaitanya. Contemplando o rosto do Senhor, refrescante como a Lua, refrescante o bastante para curar o sofrimento ígneo da vida material, os semideuses ficavam imensamente satisfeitos. Era uma ocasião festiva e gloriosa. Ananta, Brahma, Shiva e outros semideuses haviam agora assumido formas humanas. Tendo o eclipse por pretexto, eles também cantavam o nome do Senhor Hari. É-me impossível descrever a exultação deles todos.
Mãe Shachi, com o pequeno Nimai no colo, recebe visitas.
As quatro direções de Nadiya estão definitivamente tomadas pelo cantar de “Hari! Hari!”. Navadvipa jamais provara fortuna como esta. Juntos, humanos e semideuses desfrutariam de inúmeros passatempos. Todos os semideuses, aproveitando não poderem ser vistos na escuridão do eclipse, foram até o quintal da casa de mãe Shachi e ofereceram suas reverências ao Senhor Chaitanya. Quem seria capaz de descrever esses insondáveis e confidenciais passatempos do Senhor, tão difíceis de se compreender? Alguns ofereciam preces, alguns seguravam uma sombrinha e outros O abanavam com abanos chamara, enquanto outros derramavam flores, cantavam e dançavam.
O retumbar dos tambores dundubhi se misturava aos hinos, preces e música dos semideuses, fazendo o ar dançar. “Hoje, sem mais espera, conheceremos a Suprema Personalidade de Deus, que é um mistério mesmo para os Vedas”. Os semideuses de Indrapura estavam euforicamente felizes; tumultuosamente se decorando, eles mal podiam acreditar terem recebido a benção de nascer em Navadvipa, onde o Senhor lhes daria Sua venturosa companhia. Devido à excessiva felicidade que sentiam pelo nascimento do príncipe de Navadvipa, o Senhor Chaitanya Mahaprabhu, eles se abraçavam e se beijavam sem nenhum constrangimento. Não havia mais distinção no critério de amigos ou inimigos.
Muito curiosos, os semideuses chegaram a Navadvipa em meio ao sonoro cantar do nome de Deus. Provando o gosto nectáreo daquele cantar, o êxtase deles foi tamanho que quase perderam a consciência. Parecendo um tanto intoxicados, cantaram: “Chaitanya! Jaya! Jaya!”. Na casa de Shachidevi, eles contemplavam a belíssima forma do Senhor Chaitanya, que era gloriosa como o encontro de dez milhões de luas. Usando o eclipse como justificativa, Ele adveio em Sua forma semelhante à humana e fez com que todos cantassem bem alto o santo nome do Senhor Hari.
Leia também: Predições Escriturais Referentes ao Senhor Chaitanya, O Senhor Caitanya e o Renascimento da Devoção.
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AS OITO CARACTERÍSTICAS DOS CULTOS QUE ATUAM NO CONTROLE MENTAL
AS OITO CARACTERÍSTICAS DOS CULTOS QUE ATUAM NO CONTROLE
MENTAL.
Por Randall Watters
MENTAL.
Por Randall Watters
Nos últimos 20 anos, “Lavagem Cerebral” tornou-se uma palavra muito
conhecida. Em 1961 Robert J. Lifton, depois de ter estudado os efeitos do
controle mental nos presos de guerra americanos capturados pelos
comunistas chineses, publicou o livro fundamental sobre esta teorias :
Thought Reform and the Psychology of Totalism’ [Reforma do
Pensamento e a Psicologia do Totalitarismo].
No capítulo 22 desse seu livro, Lifton descreve os oitos instrumentos de
controle mental usados pelos cultos políticos, religiosos ou psíquicos:
1) Milieu Control [Controle Ambiental]
conhecida. Em 1961 Robert J. Lifton, depois de ter estudado os efeitos do
controle mental nos presos de guerra americanos capturados pelos
comunistas chineses, publicou o livro fundamental sobre esta teorias :
Thought Reform and the Psychology of Totalism’ [Reforma do
Pensamento e a Psicologia do Totalitarismo].
No capítulo 22 desse seu livro, Lifton descreve os oitos instrumentos de
controle mental usados pelos cultos políticos, religiosos ou psíquicos:
1) Milieu Control [Controle Ambiental]
‘Milieu’ é uma palavra francesa que significa “ambiente ao redor”. As
seitas e os cultos conseguem controlar o ambiente em que vivem seus
adeptos de diversas maneiras, mas quase sempre usam uma forma de
isolamento. Os adeptos são isolados fisicamente da sociedade, ou são
ameaçados de castigos se entrarem em contato com as informações das
mídias, sobretudo quando estas informações podem criar pensamentos
críticos. Qualquer livro, filme ou testemunha de ex-membros, assim como
qualquer informação que seja crítica contra o grupo, deve ser evitada.
A seita fornece atentamente as informações aos membros. Tudo vem
cuidadosamente avaliado por receio de que possa ser contrário, ou vá
além do pensamento da seita. Aos adeptos, o fato de que a organização
pareça ter um vasto conhecimento sobre tudo e todos garantem-lhes
uma capacidade de oniciência.
2) Manipulação Mística
Nas seitas religiosa Deus está sempre presente. Se para um motivo
qualquer uma pessoa afasta-se, cada doença ou infortúnio que lhe
aconteça será atribuído como um castigo de Deus, e circulam histórias de
como Deus realmente esteja fazendo acontecer coisas maravilhosas aos
fiéis, pois eles são “a verdade”. A organização se reveste de uma certa
“misticidade” que, para os novatos, é realmente sedutora.
3) Necessidade de Pureza
O mundo vem pintado em branco e preto, com pouco espaço para tomar
decisões pessoais baseadas na consciência individual. A conduta
individual vem modelada de acordo com a ideologia do grupo, como
ensinado na sua literatura. As pessoas e as organizações são divididas
entre boas ou malvadas, de acordo com o relacionamento delas com o
grupo.
Para controlar o adepto, todas as seitas usam o senso de culpa e de
vergonha, também depois que abandonaram o grupo. Tudo vem
polarizado e super exemplificado. Todas as coisas classificadas como
malvadas devem ser evitadas, e a pureza alcança-se com a absoluta
aceitação da ideologia da seita.
4) A Adoração da Confissão
As culpas graves (para a ideologia do grupo) devem ser confessadas logo.
Se a conduta dos membros é contraria às regras, deve-se fazer relato.
Com freqüência encontra-se a inclinação para ganhar prazer com a auto-degradação por meio da confissão. Isso acontece quando é um dever
confessar os próprios pecados frente aos outros regularmente, criando
um forte senso de identidade com o grupo. Isso permite aos líderes de
exercer também a autoridade diretamente sobre o interno do grupo nos
mais fracos, usando as “culpas” como chicote.
5) As “Ciências Sagradas”
A ideologia da seita torna-se o ponto de vista moral definitivo que regula
a existência humana. A ideologia é “sagrada” demais para ser discutida, e
é um dever o respeito aos líderes. A ideologia da seita faz afirmações
exageradas acerca da perfeição de sua lógica, apresentando-a como uma
verdade absoluta e perfeita. Um sistema assim atraente oferece
segurança.
6) Linguagem Carregada/Redefinida
Lifton explica o abundante uso de “clichê bloqueia-pensamento”, ou seja:
frases ou palavras desenhadas para bloquear uma conversa ou uma
discussão. Um exemplo são as palavras “capitalista” e “imperialista”
usados pelos pacifistas nas décadas 60. Estes clichê são fácil pra lembrar e
para usar. São chamados “linguagem do não-pensamento”, porque
terminam a conversa sem outras considerações.
7) É mais importante a Doutrina do que a Pessoa
Uma pessoa é valorizada na medida que ela se conformar às regras da
seita. As percepções da lógica, se estão em desacordo com a ideologia,
são desprezadas. A história da seita é alterada para adaptá-la a lógica
doutrinária.
8) Dispensa da Existência
A seita estabelece quem “merece” existir e quem não tem este direito.
Estabelece quem deve morrer na luta final entre o bem e o mal. A família
inteira [do adepto] e quem não pertence ao grupo pode ser enganado
pois não merece existir!
seitas e os cultos conseguem controlar o ambiente em que vivem seus
adeptos de diversas maneiras, mas quase sempre usam uma forma de
isolamento. Os adeptos são isolados fisicamente da sociedade, ou são
ameaçados de castigos se entrarem em contato com as informações das
mídias, sobretudo quando estas informações podem criar pensamentos
críticos. Qualquer livro, filme ou testemunha de ex-membros, assim como
qualquer informação que seja crítica contra o grupo, deve ser evitada.
A seita fornece atentamente as informações aos membros. Tudo vem
cuidadosamente avaliado por receio de que possa ser contrário, ou vá
além do pensamento da seita. Aos adeptos, o fato de que a organização
pareça ter um vasto conhecimento sobre tudo e todos garantem-lhes
uma capacidade de oniciência.
2) Manipulação Mística
Nas seitas religiosa Deus está sempre presente. Se para um motivo
qualquer uma pessoa afasta-se, cada doença ou infortúnio que lhe
aconteça será atribuído como um castigo de Deus, e circulam histórias de
como Deus realmente esteja fazendo acontecer coisas maravilhosas aos
fiéis, pois eles são “a verdade”. A organização se reveste de uma certa
“misticidade” que, para os novatos, é realmente sedutora.
3) Necessidade de Pureza
O mundo vem pintado em branco e preto, com pouco espaço para tomar
decisões pessoais baseadas na consciência individual. A conduta
individual vem modelada de acordo com a ideologia do grupo, como
ensinado na sua literatura. As pessoas e as organizações são divididas
entre boas ou malvadas, de acordo com o relacionamento delas com o
grupo.
Para controlar o adepto, todas as seitas usam o senso de culpa e de
vergonha, também depois que abandonaram o grupo. Tudo vem
polarizado e super exemplificado. Todas as coisas classificadas como
malvadas devem ser evitadas, e a pureza alcança-se com a absoluta
aceitação da ideologia da seita.
4) A Adoração da Confissão
As culpas graves (para a ideologia do grupo) devem ser confessadas logo.
Se a conduta dos membros é contraria às regras, deve-se fazer relato.
Com freqüência encontra-se a inclinação para ganhar prazer com a auto-degradação por meio da confissão. Isso acontece quando é um dever
confessar os próprios pecados frente aos outros regularmente, criando
um forte senso de identidade com o grupo. Isso permite aos líderes de
exercer também a autoridade diretamente sobre o interno do grupo nos
mais fracos, usando as “culpas” como chicote.
5) As “Ciências Sagradas”
A ideologia da seita torna-se o ponto de vista moral definitivo que regula
a existência humana. A ideologia é “sagrada” demais para ser discutida, e
é um dever o respeito aos líderes. A ideologia da seita faz afirmações
exageradas acerca da perfeição de sua lógica, apresentando-a como uma
verdade absoluta e perfeita. Um sistema assim atraente oferece
segurança.
6) Linguagem Carregada/Redefinida
Lifton explica o abundante uso de “clichê bloqueia-pensamento”, ou seja:
frases ou palavras desenhadas para bloquear uma conversa ou uma
discussão. Um exemplo são as palavras “capitalista” e “imperialista”
usados pelos pacifistas nas décadas 60. Estes clichê são fácil pra lembrar e
para usar. São chamados “linguagem do não-pensamento”, porque
terminam a conversa sem outras considerações.
7) É mais importante a Doutrina do que a Pessoa
Uma pessoa é valorizada na medida que ela se conformar às regras da
seita. As percepções da lógica, se estão em desacordo com a ideologia,
são desprezadas. A história da seita é alterada para adaptá-la a lógica
doutrinária.
8) Dispensa da Existência
A seita estabelece quem “merece” existir e quem não tem este direito.
Estabelece quem deve morrer na luta final entre o bem e o mal. A família
inteira [do adepto] e quem não pertence ao grupo pode ser enganado
pois não merece existir!
Tradução: A. Maria De Florim e M Martinelli ( martinelli@usa.com).
fonte; https://chaosdc.wordpress.com/2012/08/24/as-oito-caracteristicas-dos-cultos-que-atuam-no-controle-mental/Obrigado pela visita, e volte sempre.
terça-feira, 19 de março de 2019
segunda-feira, 18 de março de 2019
Dez livros que estragaram o mundo
Dez livros que estragaram o mundo
Foto: DivulgaçãoTuesday, 03 April 2018
E outros cinco que, segundo Benjamin Wiker, não ajudaram em nada
É frequentemente um desejo nosso fazer algo ser verdade só para vermos clara e distintamente o falso como verdadeiro, o imaginado como real.
O desejo de que algo seja verdadeiro, no lugar do desejo pelo que é verdadeiro em si, pode muito bem ser a raiz mesma de todo o mal.
Benjamin Wiker em “10 Livros Que Estragaram o Mundo – e Outros Cinco Que Não Ajudaram em Nada”
Qual é o limite dos estragos que uma idéia ruim pode causar quando embrulhada em argumentos aparentemente bons e lógica convincente? Como é impossível conhecer o efeito final de distorções influentes na corrente de pensamentos da humanidade, a melhor forma de fazer esta investigação é, partindo dum estado calamitoso definido, ir às suas origens. Foi buscando o nascimento de grandes desvios ideológicos que causaram estragos ao longo dos últimos tempos que Benjamin Wiker montou o excelente “10 Livros Que Estragaram o Mundo – e Outros Cinco Que Não Ajudaram Em Nada”, lançado no Brasil pela Vide Editorial em 20 de maio deste ano.
Como Wiker trata de livros, obviamente as idéias encadeadas são aquelas que vieram à luz após o avanço das técnicas de impressão. A evolução tecnológica no período do Renascimento – que para Paul Johnson teve como ponto de partida a publicação de “A Divina Comédia” – permitiu uma maior disseminação das idéias em forma de livros em paralelo ao aumento da parcela de pessoas letradas na Europa. É assim que esta lista tem como ponto de partida “O Príncipe”, de Maquiavel, publicado em 1513.
Quando vi o título do livro cheguei a pensar em como seria possível dar um contexto histórico aos títulos que fazem parte da lista em tão poucas páginas – 227. Porém, o argumento de Wiker é perfeito. Segundo ele “livros ruins apenas estragam o mundo quando são consumidos ferozmente por aqueles que têm fome de suas mensagens”. Isso não é jamais uma desculpa para que o mal ganhe uma defesa entusiasmada. É por isso que não “podemos desconsiderar suas palavras maliciosas e dizer: “Ele foi apenas fruto de seu tempo”. As idéias contidas nesses livros ajudaram a moldar de forma importante o tempo após sua publicação.
Outro ressalva prévia que se pode fazer ao título do livro seria imaginar que ele defende algum tipo de censura. Wiker deixa bem claro que não faria o menor sentido defender, hoje ou em qualquer época, a proibição desses livros. Suas idéias já vieram à luz e proliferaram. O certo é conhecê-los muito bem e notar tudo o que há de perverso para poder então combater as ideologias que dali partiram.
A investigação tem como ponto de partida o desejo de descobrir “o que nos permite conhecer as nascentes da correnteza na qual nos submergimos hoje?”. É assim que passamos na parte inicial (“Estragos Preliminares”) pelo já citado “O Príncipe”; o “Discurso sobre o método”, de René Descartes; Leviatã, de Thomas Hobbes; Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Jean-Jacques Rousseau. Em comum, essas e as obras a seguir demonstram um inegável “desejo em fazer algo ser verdade só para vermos clara e distintamente o falso como verdadeiro, o imaginado como real.”
Os principais estragos que dão título ao livro são apresentados a seguir na parte “Dez Grandes Estragos”:
- Manifesto do Partido Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels;
- Utilitarismo, de John Stuart Mill;
- A descendência do homem, de Charles Darwin;
- Além do bem e do mal, de Friedrich Nietzsche;
- O Estado e a Revolução, de Vladimir Lênin;
- O eixo da civilização, de Margaret Sanger;
- Minha luta, de Adolf Hitler;
- O futuro de uma ilusão, de Sigmund Freud;
- Adolescência, sexo e cultura em Samoa, de Margaret Mead;
- O relatório Kinsey, de Alfred Kinsey.
Por fim, o autor faz uma menção desonrosa a Betty Friedan e seu A mística feminina.
Cada capítulo tem como introdução um trecho da obra analisada, com exceção do grotesco “O relatório Kinsey” que não pôde ter nenhuma parte copiada no livro por proibição do Instituto Kinsey para Pesquisas em Sexo, Gênero e Reprodução. Por conta disso, diz Wiker, o capítulo teve de ser refeito às vésperas do lançamento para que nenhum trecho fosse impresso – e assim fomos poupados dos detalhes de experimentos sexuais com crianças, por exemplo.
O “10 Livros Que estragaram o Mundo – e Outros Cinco Que Não Ajudaram em Nada” cumpre com louvor o pretendido. Sua análise de obras tão singulares nos permite reconhecer o traço comum aos erros de seus autores. Há sim uma grande distância numérica no estrago causado pelas idéias de Hitler e Lênin e “detalhes” como a linha de raciocínio de Charles Darwin que mais tarde seria usada para práticas eugenistas que também levaram a um racismo científico. Tanto Hitler como Lênin defendiam muito mais a ação prática do que uma defesa entusiasmada de suas teses, eles verdadeiramente exortavam a uma marcha que acelerasse o paraíso na Terra sem pudores. No caso específico de Darwin, cabe questionar os motivos do autor não ter notado o caminho de suas idéias aplicadas a todos os seres vivos em “A origem das espécies” que foram depois adaptadas para “A descendência do homem”. Como pôde não alertar para a imoralidade que resultaria caso alguém tentasse acelerar o processo de seleção dos mais aptos?
O erro de tantos que nos trouxeram a este reino do relativismo e rebaixamento de valores fundamentais para a nossa civilização pode ser explicado, como faz o autor, na sentença: “o desejo de que algo seja verdadeiro, no lugar do desejo pelo que é verdadeiro em si, pode muito bem ser a raiz mesma de todo o mal”. Muitos dos autores analisados quiseram em suas obras afirmar como normais, corretas ou admiráveis certas atitudes que eles mesmos praticavam. Outros encontraram restrições do meio, como Maquiavel, que fez uma ode à mentira política e deixou nas entrelinhas um total desprezo à religião que não podia ser dito em voz alta – e ainda hoje ecoa na criação de personagens políticos totalmente falsos em suas fés e convicções.
O livro é rápido e agrada mesmo quando trata de obras ou autores que você não esteja familiarizado. Dos 15 livros da lista, li cerca de metade deles e alguns autores eu só conhecia das conversas de amigos mais versados em assuntos como aborto, eugenia e feminismo. Enumerar os argumentos usados para a escolha de cada um deles tornaria esta resenha gigantesca e tiraria a surpresa de quem vier a comprar o livro, razão pela qual não seguirei elencando o conjunto de maldades perpetradas por cada uma das obras analisadas.
Como disse Benjamin Wiker após a publicação, “talvez a melhor forma de descobrir a verdade seja estudando os maiores erros”. O “10 Livros” faz isso muito bem e por isso vale a leitura do início ao fim.
https://blumenews.com.br/n/colunas/0/1732/dez-livros-que-estragaram-o-mundo
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domingo, 17 de março de 2019
Livro crime e castigo - Dostoiévski
Benefícios do levedo de cerveja: como ele pode melhorar seu treino
Quem disse que cerveja não combina com musculação? O levedo de cerveja, mais conhecido como cevada é um importante aliado dos treinos. Mas nada de confundir com a popular bebida alcoólica, hein? Esse é apenas um dos componentes dela.
O levedo é, na verdade, um fungo, responsável pela fermentação do açúcar dos cereais como cevada, malte, arroz e trigo. Rico em nutrientes e proteínas, ele pode ajudar seu treino e ainda trazer diversos benefícios para a saúde.
Quais os benefícios do levedo de cerveja?
O levedo de cerveja é uma das maiores fontes naturais de vitaminas do complexo B e de proteínas. Ele se destaca na alimentação por oferecer uma maior quantidade de nutrientes de uma única vez. Como é rico em vitaminas como B1, B2, B3 e B6, e nutrientes como fibras, magnésio, ferro, fósforo, carboidratos e proteínas, seu consumo é indicado para quem mantém altos níveis de atividades físicas e mentais, contribuindo para um melhor desempenho e aumento da capacidade de concentração. Eis alguns de seus benefícios:
Controla diabetes
O cromo contido no levedo é eficaz no equilíbrio e na função da insulina sobre o organismo, ajudando a reduzir as chances de desenvolver diabetes ou ajudando quem já tem a controlar. O cromo ajuda ainda a metabolizar carboidratos e gorduras, transformando-os em energia.
Ajuda na digestão
Rico em probióticos, ele ajuda a reduzir problemas que impossibilitam o processo de digestão, como no caso de diarreias. Por ser rico em fibras, também normaliza o trato intestinal.
Fortalece o sistema respiratório
O levedo auxilia no desempenho do sistema imunológico e fortalecendo o combate a resfriados e gripes.
Melhora o coração
O levedo também age sobre o colesterol ruim (LDL) e, com exercícios físicos, ainda colabora com o crescimento do colesterol bom (HDL).
Melhora a pele
As vitaminas de complexo B ajudam no equilíbrio nutricional, reduzindo inflamações e preservando a pele.
Reduz sintomas da TPM
O zinco e as vitaminas de complexo B regulam os hormônios femininos e ajudam no alívio dos sintomas físicos e emocionais relacionados à TPM.
Fortalece o sistema imunológico
Rico em selênio, um mineral com poder antioxidante, o alimento ajuda a evitar danos causados por radicais livres, o que fortalece o sistema imune e evitar o desenvolvimento de diversas doenças.
Regula a flora intestinal
O alimento apoia o fortalecimento da membrana mucosa presente no intestino, prevenindo ações de bactérias infecciosas.
Levedo de cerveja antes ou depois do treino?
Quem pratica atividades físicas regularmente sabe que uma boa alimentação antes do treino ajuda a potencializar os resultados desejados, além de oferecer benefícios ao organismo. O cardápio antes do treino deve incluir a ingestão de carboidratos, fibras e, principalmente, de proteínas – algo que, complementos alimentares, como o levedo de cerveja, oferecem. Portanto, seu consumo é recomendado antes de ir para a academia.
Esse é considerado um alimento funcional porque auxilia no fornecimento de energia e contribui para manutenção dos níveis de glicose no sangue. O que mantém o fluxo de energia estável e influencia diretamente no metabolismo, além de auxiliar na prevenção de lesões durante e após o treino. Então basta consumir, treinar bem e aproveitar os resultados.
Como consumir
O sabor do levedo de cerveja é bastante acentuado e, por isso, o ideal é incluí-lo no preparo de vitaminas e shakes. Mas ele também pode ser consumido com frutas e misturado aos sucos naturais.
fonte: https://www.jasminealimentos.com/estilo-de-vida/levedo-de-cerveja-para-alimentacao-pre-treino/Obrigado pela visita, e volte sempre.
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