O que fazer para recuperar anos de atraso promovidos pela filosofia educacional de Paulo Freire?
O povo brasileiro foi alvo do maior experimento de engenharia social que se tem notícia. Nossa educação foi instrumento de alcance de interesses de um grupo mundialmente organizado com o fim de verem realizado o objetivo maior da revolução: transformar uma nação conservadora num vasto gueto socialista.
O diretor geral da Unesco Federico Mayor declara no livro Paulo Freire, Biobibliografia, de Moacir Gadotti, na página 17:
“Paulo Freire, em homenagem a ti, vamos desarmar os livros de história,
repletos de inimizades e de sangue. Vamos contar às crianças e jovens as
veredas traçadas pelos escritores, poetas, artistas, cientistas e intelectuais.
Em homenagem a ti, vamos revisar os sistemas educacionais a partir da
perspectiva da aprendizagem e não do ensino.” (MAYOR apud GADOTTI-1996, P.17)
repletos de inimizades e de sangue. Vamos contar às crianças e jovens as
veredas traçadas pelos escritores, poetas, artistas, cientistas e intelectuais.
Em homenagem a ti, vamos revisar os sistemas educacionais a partir da
perspectiva da aprendizagem e não do ensino.” (MAYOR apud GADOTTI-1996, P.17)
Isso é só uma amostra da canalhice e da desonestidade intelectual que cometem os seguidores de Paulo Freire. Sim! Eles foram capazes e fizeram com competência tudo o que foi possível para mudar aquilo que deveria ser ensinado.
O estrago está feito. Então, o que fazer para começar a reparação da tragédia? Sugerimos que todo o mal seja cortado pela raiz. Sabemos que num Estado Democrático de Direito as normas constitucionais e as leis estão no topo da pirâmide de Kelsen. Portanto, existe uma ordem de força que as hierarquizam. Todas as leis abaixo da Constituição devem ser regidas por ela. No caso da Constituição Federal do Brasil de 1988, a educação figura, no Artigo 5º como direito fundamental de todos os brasileiros, portanto é uma cláusula pétrea, que não pode ser extinta da lei maior. Assim, fica assegurado esse direito enquanto a Carta Magna existir.
O dispositivo que regulamenta a oferta e a organização da educação é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e se encontra em pleno vigor. Foi sancionada sob a lei de nº 9.394 de 20 de dezembro 1996. Ela não só regulamenta como garante que aquele direito constitucional seja ofertado dentro dos princípios que a regem. Ela é a raiz dos problemas! Por ela, o socioconstrutivismo foi autorizado e por meio dela aqueles que são contrários aos projetos de descontaminação das instituições de ensino encontram força legal.
Por isso, podemos concluir que uma reforma na LDB (eu diria até descontaminação) faz-se necessária, em caráter de urgência, para consolidar os novos rumos que o Brasil deseja tomar. E mesmo com isso, ainda demoraríamos décadas, talvez mais de um século, para descontaminar a educação brasileira e passá-la por uma blindagem para que a doença não retorne no futuro.
Outro fato que deve ser levado em consideração é que pensar em reforma é algo que não tem resultados a curto e médio prazos. Como passo importante, deve-se priorizar escolhas técnicas para o Ministério da Educação, e isso não significa procurar nomes de liberais renomados ou defensores de ideais de direita. A verdadeira democratização do ensino passa pela abertura real dos currículos, que atualmente são extremamente fechados nas ideologias político-partidárias da esquerda. Uma liderança ministerial deve assumir o compromisso de transformar o ensino brasileiro numa ferramenta de crescimento do cidadão, individualmente. Isso não significa que o indivíduo terá um pensamento antagônico à coletividade. Na verdade, o trabalho de formação do cidadão engloba o conhecimento da construção social coletiva, descarregada de socialismo, onde, por exemplo, o empreendedorismo é pensado como uma forma de gerar benefícios a todos por meio do emprego e da renda através do trabalho e da produção.
Ainda mais urgente seria a desinfecção do ensino superior, onde estão os maiores disseminadores do pensamento de esquerda. Isso só pode acontecer por meio da reforma do ensino superior e reestruturação teórica dos currículos. Olavo de Carvalho lembra bem que é quase impossível conhecer um escritor de pensamento liberal, pois a maior fonte do acervo literário permanece em poder de bibliotecas públicas, dominadas pela esquerda em universidades e em setores estaduais e municipais de educação. Por isso, é preciso rever e reformular o corpo teórico que se tem. Isso não significa que os livros de autores de esquerda devam sair de circulação ou sumir das bibliotecas. O que é preciso é que sejam apresentados os dois lados da moeda. Dificilmente a ditadura comunista tem preferência da maioria frente a um sistema que prioriza o desenvolvimento humano.
Mais um erro que não se pode cometer é promover qualquer tipo de perseguição a autores e pensadores de esquerda, pois estes são especialistas em se fazer de vítimas. Assim, qualquer ação rumo à repressão ou à censura ao pensamento socialista seria combustível para um ressurgimento, considerando que ele desaparecesse do cenário, o que não apoio de forma alguma. Os erros do passado devem servir de aprendizado para as ações do presente e do futuro. Será árduo o trabalho de reconstruir a educação brasileira. Devemos começar essa reconstrução a partir daquilo que sobrou de um tempo em que a escola brasileira ainda objetivava construção técnica do saber. Isso, porém, ficou num passado muito distante. Considero que o modelo pedagógico, didaticamente falando, nunca foi uma unanimidade. Carecemos de uma reforma teórica total no que diz respeito aos currículos vigentes, para que pessoas aprendam a ensinar. Se o professor é o principal agente do processo ensino-aprendizagem, então devemos entendê-lo como a peça fundamental, diferentemente de Paulo Freire, que destruiu a profissão docente, com sua proposta de animador cultural de seus famigerados círculos de cultura.
Os cursos de formação devem ser desinfectados de ideologias políticas, de militantes disfarçados de professores, e devem ser teoricamente reformados, começando com a inserção de matérias que priorizem o desenvolvimento da didática como instrumento técnico do ensino de conhecimentos. Assim, com novas dinâmicas de ensino nas licenciaturas, poderíamos iniciar uma reforma, que pode ser realizada paralelamente com as reformas legislativas tão necessárias. Só depois disso é que deveriam ser repensadas as políticas voltadas para reforma, reestruturação e construção das redes físicas.
Sem dúvidas, é muito difícil direcionar uma reforma numa área tão ampla em um país tão grande como o Brasil. Aliás, quando se trata de reformar um sistema de educação, é muito complexo sugerir por onde começar. Países como Japão, Coreia do Sul, Cingapura e alguns outros bons exemplos, mudaram os rumos de seus sistemas educacionais depois de devastações causadas por guerras ou catástrofes naturais. No caso do Brasil, a catástrofe foi causada por uma ideologia política falida. Sim! O comunismo foi o responsável! Somos o primeiro país a ter um sistema educacional corroído, de dentro para fora, pelo marxismo cultural de Gramsci. A cartilha deste autor foi seguida à risca. As ideias prevaleceram sobre as armas. Eles conseguiram o que queriam. Não se pode negar isso.
Paulo Freire não viveu para ver a esquerda vermelha chegar ao poder, mas viveu o suficiente para ver sua teoria ser aclamada em todos os cursos de formação de professores, aqui.
Agora restam os escombros. Mas existe ainda um fio de esperança. O processo eleitoral de 2018 mostrou uma inclinação do povo brasileiro para o lado do conservadorismo. Isso não ocorreu por opção ideológica. Na verdade, foi um fenômeno atribuído, em sua maior parte, ao descontentamento com os governos de esquerda anteriores, ao sentimento surgido de libertação do marxismo, impulsionado pelo alcance das mídias sociais da internet e, sobretudo, ao sentimento de revolta com os escândalos de corrupção dos seguidos governos dos últimos trinta anos.
Ao que parece, as redes sociais serviram para abrir os olhos da população para as intenções dos grupos comunistas e do aparelhamento do Estado e das instituições dentro e fora dele. Hoje já é possível ver as tendências políticas do legislativo, do executivo e do judiciário, bem como do sistema eleitoral e das organizações político-religiosas que se dizem igrejas. Ninguém mais tem a justificativa da desinformação! Já sabemos do aparelhamento das escolas e universidades; já temos conhecimento da militância infiltrada nas instituições de ensino superior. Já entendemos a estratégia marxista de infecção da cultura nos meios sociais. A mídia já foi desmascarada. Não existe mais somente a televisão como meio de comunicação das massas. A doutrinação nas escolas já é fato comprovado, não só por meio de vídeos gravados por alunos ou transeuntes, flagrando professores em tarefas doutrinadoras, mas os livros, os currículos, as políticas educacionais, tudo aponta para o que Gramsci registrou nos seus Cadernos do Cárcere.
Paulo Freire morreu em 1997 sem pedir desculpas pela sua admiração aos maiores genocidas da história. Ele não demonstrou maturidade alguma, mesmo depois dos desastres na União Soviética, em Cuba, na Coreia do Norte e, principalmente, na China. Não voltou atrás quando disse que Che Guevara era “sinônimo de amor”, mesmo quando seus crimes já estavam escancarados ao mundo. Não se consternou ao assistir a comprovação do genocídio da revolução chinesa levado a fio por Mao Tsé Tung, a quem se derretia de admiração, elogiando sua revolução. Temos um homem frio e perverso, disfarçado numa silhueta singela e paternal. Nada mais é do que um monstro que quer justificar todos os meios para que a revolução seja concretizada. Quantas vidas privou do desenvolvimento social? Quantos sonhos sepultou por uma causa doentia? Quantos milhões em investimentos fez serem desperdiçados numa utopia nefasta? Quando será culpado? Quem terá coragem de dizer aquilo que concluímos?
Os “oprimidos” descobriram o mercado e se tornaram classe média. O desenvolvimento do comércio e das relações internacionais os levara a conhecer o poder da produção e das relações comerciais. A possibilidade de comprar, vender e negociar os fizeram conhecer um lado da realidade que não lhes foi apresentado, ou pior, lhes foi ocultado. O pobre descobriu que não precisa viver somente para ser massa de manobra ideológica. O humilde descobriu, simplesmente, que pode deixar de ser humilde, dependendo exclusivamente de suas forças. O “oprimido” deixou de dar ouvidos a quem realmente os oprimia. O brasileiro simples percebeu, depois da chegada dos amigos de Paulo Freire ao poder, que a intenção de todos eles era entregar nosso país aos interesses de uma causa global doentia e cruel. O homem simples desconfiou e reagiu ao latrocínio causado pela esquerda no poder, onde matar para roubar foi realizado com sucesso.
Não existe mais campo para a disseminação do capricho pessoal de Paulo Freire, hoje. Ninguém mais vai xingar opositores de golpistas ou incitar a desobediência civil quanto aos resultados de eleições democráticas, onde a vontade do povo é, cabalmente, demonstrada. A reação começou e será implacável. Ninguém mais terá o direito de sair impune da tentativa de sexualizar nossas crianças, politizar ao invés de ensinar a ler, escrever e calcular. Serão ferrenhamente punidos pelo povo e pela história todos aqueles que tentarem transformar escolas em sindicatos e associações de militantes de esquerda. Serão destruídos os destruidores de sonhos. Combater-se-á a substituição da sala de aula pelos doentios círculos de cultura. Seremos a linha de frente na luta contra os que querem submeter o Brasil ao sistema de fome e miséria que caiu de podre em todos os lugares onde foi implantado.
A reorganização aparece como a necessidade maior do momento. Refazer, replanejar, repensar a escola brasileira. Descarregá-la de ideologias políticas e recriar o sistema de ensino. O Brasil anseia por crescimento. O gigante adormecido está a caminho do despertar.
Chegou a hora! A hora é agora!
Davidson Oliveira, para Vida Destra, 16/7/2020.
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Fonte :https://vidadestra.org/brasil-o-maior-laboratorio-de-engenharia-social-da-historia/Obrigado pela visita, volte sempre.