domingo, 4 de maio de 2008

Violência Na Escola: Um Guia Para Pais E Professores


Violência Na Escola: Um Guia Para Pais E Professores

Autor : Renato Alves; Viviane de Oliveira Cubas; Caren Ruotti

Resumo de : Maravilhinda

Publicado em: fevereiro 04, 2008

ALVES, Renato, CUBAS, Viviane de Oliveira, RUOTTI, Caren. Violência na escola: uma guia para pais e professores. São Paulo: Andhep: Imprensa Oficial do Estado de são Paulo, 2006.


O livro em questão reúne resultados de pesquisas e levantamentos realizados pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV) de São Paulo, dentro do programa Cepid, da Fundação de amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp, que abordam escolas em áreas com altos índices de violência criminal.

No primeiro capítulo, Viviane Cubas aborda alguns questionamentos de pesquisas realizadas nos Estado Unidos, na França e no Brasil, baseando-se em autores como Debarbieux, Charlot, Flannery, Sposito, Cardia, Camacho, Aquino e Santos. A definição de violência na escola por ser um termo amplo que abrange desde agressões graves até as pequenas incivilidades é aceito por poucos pesquisadores. O surgimento de formas de violências mais graves, a idade cada vez menor dos alunos envolvidos nos casos de violência, a ação de agentes externos que ocupam o espaço escolar e a repetição e o acúmulo de pequenos casos que não são necessariamente violentos, mas que criam a sensação de ameaça permanente, são as novas formas como a violência está se manifestando nos dias atuais nas nossas escolas.

O segundo capítulo, conflito e insegurança escolar nas zonas leste e sul do município de São Paulo, escrito por Caren Ruotti tem como base estudos realizados pelo NEV/USP em escolas públicas localizadas em áreas periféricas deste município, nos anos de 2002 e 2003. Os escritos versam a cerca da exposição do tema dado pela mídia e suas implicações, dos métodos de segurança adotados nas escolas, da participação na escola da família dos jovens e da comunidade, dos riscos do entrono escolar e também da freqüência dos professores e dos alunos.

Renato Alves no capítulo “As escolas em bairros com altas taxas de violência: a visão dos professores, traz alguns aspectos relacionados a violência na escola levantados pelos professores, como também temas sobre problemas existentes na região, condições de trabalho, políticas públicas, desemprego e formação de professores. Os professores e professoras pesquisados levantaram, também, a questão da violência no entorno escolar destacando a ação do tráfico de drogas como um dos principais problemas que levam à violência na escola.
Caren Ruotti volta a escrever sobre violência na escola no 4° capítulo, “Exposição à violência escolar e percepção sobre suas causas”. A análise dela tem base nas pesquisas de opinião popular, realizadas pelo NEV/USP desde 1999, sobre a violência nas escolas, mas especificamente os dados correspondentes aos anos de 2001 e 2003, em três municípios de são Paulo, Jd. Ângela, Capão Redondo e Jd. São Luiz. A autora faz uma análise dos dados em relação às causas da violência em geral, os quais são demonstrados através de tabelas que expõem claramente tais opiniões dos entrevistados.

Bullying: Assédio moral na escola é o outro capítulo abordado por Viviane Cubas que tomou como base levantamento bibliográfico sobre bullying, entendido aqui como casos de comportamentos agressivos e repetitivos.

No último capítulo Caren Ruotti finaliza a discussão do tema fazendo uma reflexão com os outros capítulos, os quais apresentaram as diferentes formas como a violência se manifesta na escola identificando que a mesma refere-se a delitos graves e principalmente a agressões leves (físicas ou verbais) e ameaças.

Os anexos vêm como um exemplo de se trabalhar as questões do tema na escola. O anexo um discute a mediação e apresenta um plano para começar um programa de mediação na escola. Já o anexo dois traz uma experiência de intervenção que tinha como proposta a implantação de um projeto experimental de mediação de conflitos em meio escolar, no qual os próprios alunos eram treinados para se tornarem mediadores.

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