Extrato do livro – A Glorificação
Pelas nossas descobertas, percebemos que o ser humano só pode ser assim, integral, se desenvolver seus três aspectos básicos: sentimento, pensamento e ação, ou seja, a religiosidade, a filosofia e a ciência. Frequentemente observa-se um acentuado desequilíbrio em pessoas (e países), que querem viver só um desses fatores. Não é sem motivo que existe uma ânsia geral para se chegar a uma síntese universal que, em minha opinião, não é bem uma síntese, mas uma integração de aspectos básicos da personalidade, que um dia abandonamos (caindo na patologia) e agora temos urgência de retornar.
Quando digo da necessidade de um retorno ao próprio interior, estou falando da urgência de uma atitude essencial para o ser humano, de se aceitar realmente como é, nos seus três aspectos fundamentais (à semelhança da Santíssima Trindade) – e não tentando viver uma ideia sobre si mesmo.
Não somos deuses; nós o refletimos, através da aceitação da própria realidade, quando a acatamos – porque não podemos ser seres humanos, desligados do divino; tal união é inteiramente idêntica ao fato de termos a vida.
Assim como há uma percepção de Deus, formado por três Pessoas, mas sendo um só Ser – somos também assim: formados por três dimensões, não sendo apenas a soma das três, mas algo mais; somos formados por um grande e magnífico sentimento (Amor), ou religião; também temos o pensamento (mais a intuição), ou a filosofia; somos finalmente a ação, ou seja, a ciência; mas que não são religião, filosofia ou ciência no sentido tradicional e, sim, algo mais do que isso.
Por isso, um cientista, no sentido positivista, é tão falso como cada indivíduo dos outros setores agindo isoladamente.
Uma verdadeira religião, filosofia e ciência só poderão ser assim cosmicamente, através da integração entre as três, o que é uma nova coisa – desde que não é mais nenhuma delas, por si – sendo as três, uma só (a verdade, o belo e o bem), o novo homem cósmico, que está começando a haver. Conscientizar significa agir, fazer, ou seja, aumentar de tamanho, desenvolver-se, crescer, tornar-se ato, semelhante a Deus (não um outro Deus), mas assemelhar-se cada vez mais a Ele.
O ser humano vive na eterna procura de algo que o faça feliz; engana-se continuamente em suas escolhas, mas não consegue estancar tal ensejo, que é o mais forte que existe – e tal aspiração é a de encontrar o seu Criador, o único que lhe pode fornecer toda a satisfação de que precisa. Parece que nossa psique guarda a intuição de toda a grandeza de quem a criou e conserva uma ligação única e indefectível com Ele.
Não sentimos depressão diante da “visão” de uma patologia, mas frente à vida mesmo, devido a toda a luz e beleza que possui, pois a única psicopatologia que temos é essa atitude de negar, omitir ou deturpar a realidade.
O próprio “sentimento de solidão” surge devido a essa conduta de negar as outras pessoas e, principalmente, a si mesmo; portanto, a própria realidade.
Jamais poderíamos adoecer se não estivéssemos montados sobre uma grande sanidade – e, quanto mais grave for a doença, maior se comprovará o equilíbrio formidável que sustenta tudo o que existe, inclusive nossa natureza básica. Podemos dizer que a volta para o próprio interior é o encontro com a verdade, beleza e bondade do Criador, que nos fez à sua semelhança, e seremos sempre assim enquanto não nos lesarmos pelo uso errôneo da vontade, invertendo tudo.
*Norberto R. Keppe: Psicanalista, filósofo, cientista social, pedagogo e físico independente, autor de 44 livros, fundador e presidente da SITA – Sociedade Internacional de Trilogia Analítica, que unificou a ciência à filosofia e teologia.
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