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terça-feira, 31 de janeiro de 2023
Educação e Educar Etimologia de Educação e Educar
É visto no latim como educatio, observando a associação e uso do verbo educar como educāre, para transmitir a premissa de orientar ou liderar, vinculado a educĕre, entendido como revelar ou expor, composto pelo prefixo ex-, configurando o sentido de tirar ou externalizar, e ducĕre, para compreendendo a ação de conduzir (no latim conducĕre, regido pelo prefixo com-, em função de união ou totalidade), sobre a referência do indo-europeu *deuk-, por liderar ou levar, cuja influência manifesta-se nas palavras duque (no francês duc, em relação às formas latinas dux, ducis), produzir (no latim como producĕre), ou até na construção de seduzir (determinado no latim seducĕre). Expressa uma ideia concreta: promover o desenvolvimento intelectual e cultural do indivíduo e, ao mesmo tempo, incentivar a aprendizagem de conhecimentos e habilidades.
Como critério geral, todo processo educativo é realizado através de determinados profissionais, como os professores. Estes são responsáveis por inculcar conhecimentos e destrezas no ambiente escolar. A outra modalidade essencial de aprendizagem se baseia na figura do autodidata, um termo que se localiza no francês autodidacte sobre a origem grega autodídaktos.
A educação pública é o resultado de um longo processo histórico
No mundo antigo não havia centros de ensino como conhecemos na atualidade. Mas, no caso de Atenas havia espaços para reflexão e debate (por exemplo, a Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles).
Na polis de Esparta, os menores recebiam instrução com um forte espírito militar, pois havia dura disciplina e o comportamento era moldado através do exercício físico.
Na civilização romana havia um modelo educacional baseado no trivium (incluía conhecimentos de retórica, gramática e dialética) e no quadrivium (música, astronomia, aritmética e geometria). Neste período histórico se consolida o binômio professor-aluno, mas apenas para o setor privilegiado da sociedade (o povo comum não fazia parte da formação e as elites sociais eram instruídas em um equilíbrio entre saber, arte e exercício físico).
O escravo que acompanhava as crianças na escola era o paedagogus, daí a origem da palavra pedagogia
Durante a Idade Média, os únicos centros culturais estavam ligados à igreja (nos mosteiros havia bibliotecas e nelas os escribas copiavam os diferentes textos). Durante a Idade Média, surgiram as primeiras universidades nas cidades de Bolonha, Paris, Oxford e Salamanca, assim como as primeiras escolas municipais para atender as crianças órfãs (por exemplo, na cidade de Valência, em 1410, foi fundado o Colégio Imperial de Crianças Órfãs, de San Vicente Ferrer).
Foi a partir do período do Iluminismo no século XVIII que surgiram os primeiros centros de educação pública, sendo gratuitos e de caráter obrigatório para o conjunto da população infantil. Os monarcas absolutistas europeus impulsionaram as primeiras escolas públicas para educar o povo (por exemplo, a escola prussiana seguia o modelo espartano e promovia a disciplina e o regime autoritário com o propósito de que a população fosse dócil e facilmente manipulável).
A Lei de instrução pública de 1857, promovida por Cláudio Moyano Samaniego, estabeleceu a modernização do sistema educativo espanhol.
A escola como instituição educativa regulamentada pelo estado foi desenvolvida ao longo do século XIX, junto com a expansão do sistema capitalista.
Se tomarmos como referência a Espanha, a lei da educação pública, também conhecida como Lei Moyano, significou o impulso definitivo do modelo educativo do ensino público.
- Benjamin Veschi. Ano: 2019. Em: https://etimologia.com.br/educacao/
Cerca de 22 mil candidatos realizam últimas provas do concurso da Prefeitura. Classificação fianl do concurso sai dia 28/02/2023.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
Hoje é dia do sagrado desaparecimento de Sri Ramanuja Acarya, dia 30/01/2023 segunda-feira.
Sri Ramanuja é o santo filósofo mais importante do Sri Vaishnavismo. Ele revitalizou a filosofia indiana e a religião popular. Sua vida e obras mostram uma personalidade verdadeiramente única, combinando visão contemplativa, perspicácia lógica, energia carismática e dedicação altruísta a Deus. Diz-se que ele é a encarnação de Laxman, o irmão mais novo do Senhor Rama, daí o nome Ramanujacharya.
Um dos principais discípulos sannyasi de Yamunacarya foi Sri Sailapurna. Ele tinha duas irmãs, a mais velha chamada Kantimati e a mais nova chamada Diptimati. Kantimati era casado com um brahmana muito piedoso conhecido como Asuri Kesavacarya. Em Sriperumpudur Kantimati deu à luz um menino no ano de 1017 DC, que trazia todas as marcas auspiciosas em seu corpo. Foi essa criança que cresceu e se tornou conhecida em todo o mundo como Sri Ramanujacarya, o grande devoto do Senhor Narayana.
Com o desaparecimento de Yamunacarya, Ramanujacarya fez os seguintes três votos:
(i) que ele escreveria um comentário sobre o Brahma Sutra de Veda Vyasa (ii) Para homenagear o sábio Parasara, pai de Vyasadeva, ele nomearia um discípulo como Parashara e (iii) que ele se esforçaria para propagar a filosofia Visishtha-advaita. Ele refutou a explicação de Shankaracarya, que disse que o jivatma e a natureza material são todos ilusões. A filosofia visishtha-advaita explica essencialmente que a Suprema Personalidade de Deus Narayana tem uma forma eterna, uma morada eterna e está sempre imerso em passatempos amorosos com seus devotos.
Um de seus gurus, Mahapurna instruiu Ramanuja a receber um mantra especial de Ghostipurna. Ramanujacarya foi 17 vezes, mas Ghostipurna ainda não deu o mantra. Até mesmo a divindade de Ranganath disse a ele por meio do sacerdote para iniciar Ramanuja, mas Ghostipurna ainda não estava pronto. Finalmente, ele deu o mantra “Om namo Narayanaya” com a condição de que Ramanuja nunca conte a ninguém, a menos que seja testado como ele, pois apenas aquele que é totalmente puro, sem nenhum ego, pode alcançar esse mantra. Ainda assim, por grande compaixão pelas pessoas comuns, logo após receber o mantra, Ramanuja subiu no topo de um templo e gritou o mantra para milhares de pessoas.
Gosthipurna ficou muito zangado com Ramanuja e disse que por esta ofensa Ramanuja sofreria no inferno. Ramanujacarya com profunda humildade respondeu: “Meu querido mestre, eu sabia disso antes de revelar o mantra. Mas você disse que qualquer um que cantar este mantra irá para Vaikuntha. Se todos eles voltarem à divindade, é insignificante que uma pessoa como eu sofra no inferno.” Tal compaixão e bondade invisíveis derreteram o coração de Ghostipurna, que começou a implorar por misericórdia para si mesmo. Ramanuja pegou seus pés de lótus e deu todo o crédito a seu guru.
Ramanujacarya pregou fortemente e teve muitos discípulos ilustres como Kuresh, Dasrathi, Anantaacarya etc. Ele encontrou muita oposição e até mesmo ameaças de morte, mas sua determinação de espalhar bhakti nunca diminuiu.
Ele escreveu um comentário sobre o Vedanta-sutra chamado Sri - bhashya . A essência de seus ensinamentos é a rendição ao guru e o serviço aos vaisanavas.
Pode-se orar a ele por atitude de serviço e humildade.
Sripad Ramanujacharya ki ….. Jai!
--- por GA Das
domingo, 29 de janeiro de 2023
Hoje é o dia do Sagrado desaparecimento de Sri Madhawa Acharya dia 29/01/2023 Domingo
sábado, 28 de janeiro de 2023
Bhishma Ashtaami.dia 28/01/2023 sábado.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 15 DE MAIO DE 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Comentandoos art.9 10 11 12 13 14 15
Presidência da República |
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
Texto compilado (Vide Decreto nº 3.860, de 2001) | Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. |
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018)
XIV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas, surdo-cegas e com deficiência auditiva. (Incluído pela Lei nº 14.191, de
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;
III - piso salarial profissional;
IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho;
V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho;
VI - condições adequadas de trabalho.
§ 1º A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino. (Renumerado pela Lei nº 11.301, de 2006)
§ 2º Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8o do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.301, de 2006)
§ 3º A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na elaboração de concursos públicos para provimento de cargos dos profissionais da educação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
As origens sombrias do comunismo: parte 2 de 3 - Epoch Times Brasil
O Reinado de Terror da Revolução Francesa lançou as bases a partir das quais o comunismo cresceu. Impulsionou uma ideia de “libertação” que gradualmente destruiu o livre arbítrio e se baseou em um sistema de cima para baixo que buscava estabelecer o bem social regulando as crenças e opiniões do indivíduo.
O comunismo sustenta-se reprimindo violentamente todas as outras ideias. Seus ditadores afirmam que suas ideias são utópicas – o fim do progresso humano – e que todas as ideias contrárias às suas devem ser esmagadas pela força.
Antes de François-Noël “Gracchus” Babeuf tentar sua Conspiração dos Iguais e antes de suas ideias gerarem a Liga dos Comunistas, ele era apenas outro nome dentro do clube de Maximilien Robespierre. Robespierre estava por trás do segmento mais sangrento da Revolução Francesa, o Reinado de Terror.
A Revolução Francesa de 1789 a 1799 seguiu de perto a Revolução Americana, que durou de 1775 a 1783. No entanto, ao contrário da Revolução Americana, baseada em indivíduos que adotaram um conjunto comum de ideias e unidade para um objetivo comum, muitos clubes e sociedades da Revolução Francesa tinham ideologias e objetivos muito diferentes.
Líderes da Revolução Americana estavam lutando pela independência contra o domínio imperial, mas os líderes da Revolução Francesa tinham um inimigo muito diferente. Eles não estavam apenas lutando contra o seu próprio rei. Eles estavam lutando contra todos os sistemas atuais incluindo a religião e a moral tradicional.
Os erros que eles cometeram seriam repetidos sob os regimes comunistas que surgiram em outras partes do mundo.
Os líderes da Revolução Francesa se voltaram para leis radicais em busca de sua obsessão pela libertação. E a cada nova lei eles identificavam novas faixas da sociedade como inimigas da “revolução”. Da mesma forma, sob o comunismo, a doutrina do “pessoal é político” tornou-se um motivo para a criação de novas leis e, da mesma forma, cada nova lei identificou um novo conjunto de “inimigos”.
Logo após Vladimir Lênin tomar o poder na Rússia através de sua Revolução de Outubro de 1917, ele ergueu uma estátua de Robespierre, de acordo com “O Bolchevismo e o Jacobinismo”, escrito em Paris em 1920 por Albert Mathiez e traduzido pelo site comunista Arquivo Marxista da Internet.
Isso era simbólico, escreveu Mathiez, já que “Lenin, como todos os socialistas russos, é nutrido pela história de nossa grande Revolução [Francesa], é inspirado por seu exemplo e o coloca em prática enquanto os adapta a seu país e às circunstâncias”.
Ele escreveu que tanto o jacobinismo de Robespierre quanto o bolchevismo de Lênin eram “ditaduras de classe operando pelos mesmos métodos: terror, requisição e impostos e propondo como resultado final o mesmo objetivo: a transformação da sociedade. E não apenas da sociedade russa ou francesa, mas a transformação da sociedade universal”.
A festa de Robespierre ocorreu dentro do Clube Jacobino, uma sociedade revolucionária radical, que por sua vez estava dividida entre os Girondinos liberais e os Montanheses radicais, dos quais Robespierre era um membro de liderança.
Desentendimentos entre seus membros moderados e seus membros extremistas causariam grande parte do caos que fico conhecido na Revolução Francesa. Quando Robespierre assumiu o poder em julho de 1793, o Comitê de Salvação Pública havia apenas recentemente, em 2 de junho, lançado o Reinado de Terror, pondo fim à democracia parlamentar dentro da Revolução Francesa.
“Muitos deputados jacobinos já haviam concluído que salvar a Revolução exigia medidas implacáveis”, escreveu William S. Cormack no livro “Revolution and Political Conflict in the French Navy 1789-1794”. Cormack acrescenta que Robespierre acreditava que “a França precisava de um único testamento ‘une volonté une’ ”.
O movimento do terrorismo de Estado pode ser resumido em um discurso de um de seus principais participantes, Louis Antoine de Saint-Just:
“Você não pode esperar por prosperidade enquanto o último inimigo da liberdade respirar. Você tem que punir não apenas os traidores, mas também aqueles que são neutros; … Desde que o povo francês declarou sua vontade, todos que se opõem a ela estão fora do órgão soberano; e todo aquele que está fora do corpo soberano é um inimigo”.
O uso em massa da violência no Reinado de Terror começaria no início de setembro de 1793, depois que multidões invadiram a assembléia e exigiram que ela aceitasse o programa de seu movimento coletivista. Os Sans-culottes, os plebeus da classe baixa da França do século 18, culparam a falta de comida aos agricultores, que eles acreditavam estar guardando para si mesmos. Eles pediram aos jacobinos para que eles aumentassem o Terror contra os fazendeiros e retirassem a comida de seus armazéns com baionetas.
Esse movimento espelhou o que seria visto em muitos líderes comunistas, de Lenin a Mao Zedong, que lançaram movimentos para aproveitar sementes, colheitas e até mesmo ferramentas de fazendeiros provocando fomes devastadoras.
Em 17 de setembro de 1793, o Comitê de Segurança Pública introduziu sua Lei dos Suspeitos. Declarou como culpado qualquer pessoa suspeita de ser contra as políticas do regime. As violações poderiam incluir agir de forma suspeita, se associar com pessoas “erradas”, ou dizer ou escrever qualquer coisa considerada fora da linha. Aqueles que violaram esta nova lei foram decapitados pela guilhotina.
Robespierre explicou este conceito: “Aqueles que nos acusam são acusados”.
Políticas semelhantes foram vistas sob as ditaduras comunistas, quando qualquer um que se opunha às várias revoluções violentas era rotulado como “contra-revolucionários” e era igualmente denunciado ou morto. Este foi um dos pilares das políticas de Mao durante a Revolução Cultural de 1966 a 1976.
Em 24 de outubro, sob a Lei dos Suspeitos, entre os decapitados primeiro estavam 22 líderes dos Girondinos liberais. Isso acabou com a influência dos Girondinos na Revolução Francesa e galvanizou o controle dos Montanheses radicais.
Durante um expurgo da cidade francesa de Leon, Saint-Just disse: “Entre o povo e seus inimigos, não há nada em comum além da espada”.
Lenin mais tarde iria impor um conceito similar sob sua ideia de “partidarismo”. Havia aqueles que apoiavam a revolução e aqueles que não apoiavam, sendo que aqueles que não a apoiavam estavam marcados para a destruição. A ideia de que a sociedade deve ser dividida em apenas duas facções, sem meio termo, ainda pode ser encontrada nos conflitos políticos de hoje.
Os líderes da Revolução Francesa pregaram o bem coletivo para justificar o uso da violência generalizada. Havia uma “certa consistência no apelo da Revolução à autoridade do ‘povo’ para justificar a violência contra a população”, afirmaram Ralph C. Hancock e L. Gary Lambert no livro “The Legacy of the French Revolution”.
A ideia do “povo” invocada por esses ditadores revolucionários não se referia ao povo do país, mas sim ao povo do sistema que eles pretendiam criar. Para o bem dessas pessoas serem criadas pela revolução, nenhum crime era grande demais e nenhuma atrocidade era horrível demais.
Enquanto a Revolução Francesa pedia princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, o conceito de “liberdade total” que eles propuseram é melhor descrito como “anarquia total”, disse padre William Jenkins, em uma exibição do programa de TV “What Catholics Believe, em 1980”.
Ele disse que durante o Terror Robespierre e seus companheiros revolucionários massacraram muitos camponeses franceses. Ele disse que, baseado na lógica extremista, “as pessoas daqui nunca tinham visto [violência como essa] antes, e as pessoas daqui nunca haviam cometido um crime, mas elas tinham que morrer para que a França pudesse ser transformada em uma sociedade socialista”.
Um grupo menor e mais extremista dentro dos Montanheses, conhecido como o Clube dos Cordeliers, seria a peça-chave desse novo movimento.
O Clube dos Cordeliers fundou a primeira Comuna de Paris, que governou Paris durante a Revolução Francesa, de 1789 a 1795. Por meio de movimentos que incluíram os Massacres de Setembro, que mataram mais de 1.200 padres e outros prisioneiros com o objetivo de eliminar o cristianismo entre as igrejas e as pessoas, a Comuna de Paris seria lembrada como uma das primeiras instituições do terror moderno do Estado.
Os fundadores do Cordeliers Club foram Georges Danton, que desempenhou um papel importante na tomada da Bastilha, e Camille Desmoulins, amiga de infância de Robespierre e protagonista da revolução.
Entre essa facção extrema estava o ainda mais radical Jacques Hébert, que gerou o movimento hebertista e promulgou o Culto da Razão, uma religião do Estado destinada a esmagar a religião.
O Culto da Razão foi formado por Antoine-François Momoro, mas foi iniciado por Hébert e Pierre Gaspard Chaumette. O novo sistema rejeitou a ideia de qualquer divindade e, em sua “religião explícita do homem”, construiu uma nova “Deusa da Razão” e se tornou a primeira religião conhecida do ateísmo.
“É uma grande zombaria para Robespierre ter liderado uma procissão em Notre Dame para honrar a ‘Deusa da Razão’ e depois, em meio a esse derramamento de sangue – em nome da liberdade, igualdade e fraternidade – destruir centenas de milhares de pessoas, vidas inocentes ”, disse Jenkins, referindo-se às estimativas de que a Revolução Francesa matou entre 300.000 e 400.000 pessoas através da fome, da guerra, das execuções e através de outras causas.
O Culto da Razão trouxe consigo a campanha de descristianização para eliminar o cristianismo e o catolicismo na França.
Em novembro de 1793, o Culto da Razão lançou seu Festival da Razão. Sacerdotes foram publicamente rechaçados e humilhados; homens vestidos com vestes clericais urinavam em altares e destruíam igrejas; símbolos religiosos foram removidos dos cemitérios; e os animais de fazenda foram vestidos como sacerdotes e colocados nas igrejas.
Foi um movimento muito semelhante à destruição da religião e das crenças tradicionais que surgiu mais tarde sob Lenin, Mao e outros ditadores comunistas que instalaram sistemas semelhantes de ateísmo estatal.
O Culto da Razão foi marcado por máscaras indulgentes, atos lascivos e cenas de destruição. Chegou a tal depravação que até mesmo Robespierre se voltou contra ele.
A resposta de Robespierre foi uma lei para reconhecer a liberdade de culto e a formação de sua própria religião, o Culto deísta do Ser Supremo, que adorava um poder vago e superior. Ele lançou o culto com seu Festival do Ser Supremo em junho de 1794.
Padre Donald Sanborn disse em um episódio do programa “What Catholics Believe” que a “Revolução Francesa reduziu uma nação a uma turba. O comunismo se alimenta disso”.
“O comunismo é a completa equalização e socialização de toda uma nação”, que funciona obliterando direitos individuais, direitos de propriedade, famílias e até mesmo as estruturas sociais mais básicas, disse ele, “e você e todos os aspectos de sua vida são controlados pelo Estado”.
Ele disse: “Isso só é possível se você acabar com todas as instituições dos homens dadas por Deus. … Se você acabar com isso e disser que tudo é igual ante o Estado, e o Estado não olha para as famílias, não olha para a igreja, não olha para Deus, ele apenas olha para os indivíduos, isto é a base do comunismo”.
Ele fez referência a uma citação do papa Pio XI, que declarou em 15 de maio de 1931: “Ninguém pode ser ao mesmo tempo um católico sincero e um verdadeiro socialista”.
As origens sombrias do comunismo: parte 1 de 3 - Epoch Times Brasil
Se você perguntasse à maioria das pessoas sobre as origens do comunismo elas provavelmente apontariam para Karl Marx e Friedrich Engels, autores do “Manifesto Comunista”. Se você perguntasse a um marxista, no entanto, ele provavelmente apontaria para François-Noël “Gracchus” Babeuf, que é considerado o primeiro comunista revolucionário.
E se Babeuf pudesse responder ainda hoje e sobre as origens de sua crença, ele provavelmente responderia que, na verdade, é complicado.
Em 28 de julho de 1794, o político francês Maximilien Robespierre foi decapitado em frente a uma multidão por guilhotina, pondo fim à ditadura do Clube Jacobino, uma sociedade política revolucionária durante a Revolução Francesa.
A decapitação de Robespierre também pôs fim ao seu Reinado de Terror – um sangrento segmento da Revolução Francesa em que mais de 16.000 pessoas foram decapitadas.
O papel de Babeuf na história veio logo após a morte de Robespierre, um evento que desarmou as numerosas figuras radicais abaixo dele. De acordo com o livro “A bandeira vermelha”, de David Priestland, “Babeuf condenou Robespierre por trair os artesãos e camponeses da França e se tornar o líder de um dos primeiros movimentos comunistas”.
Sob a nova visão de Babeuf, o dinheiro seria eliminado e as pessoas seriam forçadas a entregar todos os frutos de seu trabalho a um “armazém comum”.
O objetivo de Babeuf era derrubar o Diretório – o governo revolucionário que durou de 1795 a 1799 – e restaurar o poder aos jacobinos com um “comunismo igualitário” sob um novo sistema extraído das ideias então emergentes do socialismo.
Babeuf havia “desenvolvido uma condenação de propriedade mais radical do que a dos jacobinos”, segundo Priestland, e abandonou a idéia de que apenas a lei agrária poderia trazer sua nova visão de “igualdade absoluta”.
Sob sua nova visão, o dinheiro seria eliminado, e as pessoas seriam forçadas a entregar todos os frutos de seu trabalho a um “armazém comum”. A partir daí, um governo todo-poderoso estaria encarregado de redistribuir esses bens.
Babeuf aprendeu uma lição com o que ele considerava as deficiências do jacobinismo moderado e tomou nota do uso generalizado de violência por Robespierre no Reinado de Terror. Babeuf buscou um sistema ainda mais extremo que usasse a revolução violenta para tomar o controle e forçar sua vontade na sociedade.
Essa conspiração tomou forma na Conspiração dos Iguais de Babeuf, que ele formou enquanto estava preso em fevereiro de 1795 por “incitar rebelião, assassinato e dissolução do corpo representativo nacional”, segundo “Dicionário Crítico da Revolução Francesa“. O livro observa que os conspiradores incluíam “ex-terroristas” e “neo-terroristas” entre os prisioneiros: Germain, Bodson, Debon e Buonarroti. Eles logo se juntaram a outros radicais.
No entanto, antes que a rebelião armada de Babeuf pudesse se desdobrar em sua data marcada de 11 de maio de 1796, o Diretório percebeu isso. Em 10 de maio, um dia antes de a conspiração se desdobrar, Babeuf e muitos de seus conspiradores foram presos e, após um julgamento de dois meses, muitos foram condenados à morte.
Babeuf foi decapitado pela guilhotina em 27 de maio de 1797, mas suas teorias foram levadas adiante por um de seus conspiradores sobreviventes, Filippo Buonarroti, que documentou a história do movimento fracassado.
Baseadas nas ideias de Babeuf, uma nova sociedade secreta conhecida como a Liga dos Comunistas logo surgiu em Paris.
Um alfaiate alemão chamado Wilhelm Weitling se juntou à sociedade depois de chegar a Paris em 1835, de acordo com Priestland, e logo se tornou “uma das figuras comunistas mais conhecidas da década de 1840”.
Weitling adotou as ideias de Babeuf sobre revolução violenta, igualdade imposta pelo Estado e destruição da propriedade e, de acordo com Priestland, infundiu isso com suas próprias ideias de uma “visão apocalíptica cristã”. Sob ele, a Liga dos Comunistas também mudou seu nome para a Liga dos Justos.
Muitas sociedades secretas radicais existiam na Europa na época, e muitas figuras e jornais estavam espalhando as novas ideias do socialismo e do comunismo. Isso foi especialmente verdadeiro em Paris, que viu muitas tentativas de revoluções ao longo dos anos 1800.
A Liga dos Justos juntou-se à rebelião blanquista de maio de 1839, liderada por Louis Auguste Blanqui. Posteriormente, ele se tornaria o líder do que pode ser considerado o primeiro governo comunista, a Comuna de Paris de 1871, que realizou um programa de assassinato e destruição que em pouco mais de dois meses deixou dezenas de milhares de mortos e um quarto estimado de Paris e sua relíquia cultural em ruínas.
No entanto, o comunismo começara a enraizar-se diante da Comuna de Paris e, desde aqueles primórdios, o comunismo moderno, baseado no ateísmo imposto pelo Estado e na luta interminável, cresceria.
A Liga dos Justos se mudou para Londres depois da fracassada rebelião de 1839 e formou a Sociedade Educacional para os Trabalhadores Alemães em 1840. Então, em um congresso em junho de 1847, a Liga dos Justos se uniu ao Comitê Comunista de Correspondência formado um ano antes e por Karl Marx e Friedrich Engels.
Eles então formaram a Liga Comunista, com Marx e Engels no comando. De dentro da liga, Marx e Engels escreveram “O Manifesto Comunista”, que publicaram um ano depois, em 1848.
O manifesto tornou-se desde então um texto central dos regimes comunistas modernos. No entanto, de acordo com “Marx e a Revolução Permanente na França”, de Bernard H. Moss, era na época apenas “um panfleto esboçado escrito para uma pequena seita” e não ganhou imediatamente muita atenção.
O manifesto teve pouco impacto imediato, porque em 1848 “a maioria das ideias que ele continha eram comuns entre os democratas da classe trabalhadora, certamente na França”, segundo Moss.
Em vez disso, ganhou popularidade à medida que Marx e Engels aumentaram seus perfis ao longo do tempo, uma vez que fornecia um panfleto curto e consolidado que transmitia seus ensinamentos a pessoas que dificilmente passariam por outros escritos de Marx e Engels.
Outro papel importante desempenhado por Marx e Engels, no entanto, foi em suas tentativas de unificar os vários movimentos socialistas e comunistas de seu tempo – trabalho primeiramente tentado no Clube dos Trabalhadores Alemães, depois com sucesso através de seus papéis na Associação Internacional de Trabalhadores, também conhecida como a primeira internacional.
Marx e Engels procuraram unir os numerosos movimentos socialistas e comunistas sob uma ideologia comum, e estabeleceram uma forma de comunismo que saía profundamente das suas raízes nas ideias por trás da Revolução Francesa. Marx e Engels fizeram um apelo fervoroso à destruição de toda a hierarquia que pudesse desafiar sua própria hierarquia totalitária e, como a Revolução Francesa, objetivou destruir a família, a propriedade, a nobreza e a religião.
Embora “O Manifesto Comunista” pareça exigir conceitos que pareçam elevados como igualdade e compartilhamento, ele na verdade promove idéias desastrosas para a humanidade. O manifesto afirma que “o comunismo abole as verdades eternas, abole todas as religiões e toda moralidade”.
Em lugar das virtudes tradicionais e da responsabilidade pessoal, o manifesto queria um governo todo-poderoso que destruísse vigorosamente todas as estruturas sociais e se colocasse como o único poder imposto aos seus cidadãos com um novo sistema de ateísmo e luta de classes.
Marx e Engels escreveram em 1845, em “A Sagrada Família”, que “o movimento revolucionário que começou em 1789 no Cercle Social… e que finalmente com a conspiração de Babeuf foi temporariamente derrotado, deu origem à idéia comunista que Buonarroti, amigo de Babeuf, reintroduziu na França após a Revolução de 1830. Essa idéia, consistentemente desenvolvida, é a idéia da nova ordem mundial”.
Em pouco mais de um século, esse novo sistema seria, segundo o “Livro Negro do Comunismo”, responsável pela morte de mais de 100 milhões de pessoas.
Estima-se que o comunismo tenha matado pelo menos 100 milhões de pessoas, mas embora seus crimes ainda tenham sido totalmente compilados, sua ideologia ainda persiste. O Epoch Times procura expor a história e as crenças deste movimento, que tem sido uma fonte de tirania e destruição desde que surgiu.
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