domingo, 3 de outubro de 2021

O Paraguai vai ter eleição com voto eletrônico mais o impresso!


ETIMOLOGIA DE ESCRUTÍNIO

Responde ao latim como scrutinium, em alusão a uma pesquisa ou exame, associado ao verbo scrutari, pela ação de pesquisar ou examinar, com base no indo-europeu *skreu-, para cortar. Da mesma forma, existe um vínculo direto com a palavra scruta, que originalmente indica objetos rasgados ou fragmentados, referindo-se explicitamente á lixo, proporcionando o significado de procurar entre o lixo. As raízes do termo podem ser observadas em cortar (na forma latina curtāre) e, sim, em escroto (no latim scrotum).

O escrutínio é um processo realizado para a verificação de informações, especialmente a contabilização e confirmação de votos em uma eleição pública.

Hoje é dia do sagrado jejum de Sri Ekadasi Indira. Dia 02/09/2021. Lendo à história Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião

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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Derrubada dos grandes impérios modernos Olavo de Carvalho

Como Criar um Imbecil - Olavo de Carvalho

R2 é igual licenciatura. Posso fazer segunda licenciatura com a R2? Parecer do CNE/CEB n°6/2019.



LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 (Vide Decreto nº 3.860, de 2001) (Vide Lei nº 10.870, de 2004) (Vide Adin 3324-7, de 2005) (Vide Lei nº 12.061, de 2009) Regulamento Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver. § 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino. fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/... MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CONSELHO PLENO RESOLUÇÃO Nº 1, DE 11 DE FEVEREIRO DE 2009 (*) (**) (***) Estabelece Diretrizes Operacionais para a implantação do Programa Emergencial de Segunda Licenciatura para Professores em exercício na Educação Básica Pública a ser coordenado pelo MEC em regime de colaboração com os sistemas de ensino e realizado por instituições públicas de Educação Superior. http://portal.mec.gov.br/index.php?op... ASSUNTO: Consulta sobre os direitos associados ao certificado obtido em programas especiais da Formação Pedagógica de Docentes, regulamentados pela Resolução CNE/CP nº 2/1997. RELATOR: José Francisco Soares PROCESSO Nº: 23001.000090/2019-42 PARECER CNE/CEB Nº: 6/2019 COLEGIADO: CEB APROVADO EM :6/6/2019 – RELATÓRIO Histórico Em 31 de janeiro de 2019, através de mensagem eletrônica, a interessada Leticia D’Elia deu entrada na secretaria da Câmara de Educação Básica (CEB) um pedido de esclarecimento sobre a “validade do certificado e direito adquirido através do programa de complementação pedagógica. ” Para isso apresentou os seguintes documentos:  Diploma de graduação em Ciências Biológicas (bacharelado) pela Unesp;  Certificado de licenciatura plena em Biologia adquirido através do Programa Especial de Formação Pedagógica em 2016, com carga horária de 960 horas, cursado na UNICID, do grupo Cruzeiro do Sul (reconhecida pela Portaria Ministerial nº 757, D.O.U. 20 de julho de 2017). O Certificado está registrado na Secretaria de Controle e Registros Acadêmicos da referida IES, sob nº 005, em 30 de junho de 2017, livro “PEFP” nº 1, página 05. No entanto sua inscrição foi rejeitada, tendo as instituições alegado que o certificado apresentado não comprova uma licenciatura plena, que é a exigência legal para acesso ao programa de segunda licenciatura. Na reunião da CEB realizada no mês de fevereiro de 2019, esta consulta foi distribuída ao Conselheiro José Francisco Soares. Mérito O programa especial destinado à formação pedagógica de docentes para as disciplinas que integram as quatro séries finais do ensino fundamental, o ensino médio e a educação profissional em nível médio foi criado pela Resolução CNE/CP nº 2, de 26 de junho de 1997, cujo artigo 10, dispunha: Art. 10 O concluinte do programa especial receberá certificado e registro profissional equivalentes à licenciatura plena. (Grifos nossos) http://portal.mec.gov.br/index.php?op...


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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Você estudante universitário e graduado. Leia revistas especializadas . A Scielo tem muitos links de revistas. Leia e publique artigos.


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Revistas

  • Acta Limnologica Brasiliensia

    Missão: A Acta Limnologica Brasiliensia é a revista científica da Associação Brasileira de Limnologia (ABLimno) que publica artigos originais, notas científicas, artigos de revisão e artigos de opinião que contribuem para o desenvolvimento científico da Limnologia, compreendendo os aspectos físicos, químicos e biológicos da ciência aquática. Seu escopo inclui ecossistemas de água doce como rios, lagos, planícies de inundação, áreas alagadas, reservatórios e zonas estuarinas.

  • Alea: Estudos Neolatinos

    Revista do Programa de Pos-Graduação em Letras Neolatinas, Faculdade de Letras -UFRJ

  • Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica

    Publicação de Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
    versão impressa ISSN 1516-1498

    Missão
    Publicar trabalhos inéditos em Psicanálise e áreas afins bem como conferências, traduções, artigos de valor histórico e resenhas de interesse para o campo da psicanálise.

  • Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior

    Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior tem como escopo contribuir para o desenvolvimento dos estudos e pesquisas sobre a educação superior, em especial sobre avaliação institucional da educação superior e temas relacionados com as tendências e as políticas da educação superior e ciência e tecnologia. Tem como política catalisar e difundir os trabalhos acadêmicos que são produzidos sobretudo nos meios universitários e que contribuem para o desenvolvimento das teorias e práticas de avaliação institucional e os debates gerais sobre educação superior no Brasil e nos demais países ibero-americanos. Os artigos são publicados na língua original dos seus respectivos autores, de preferência em português, espanhol e inglês. Destina-se especialmente ao público universitário: professores e estudantes, principalmente de pós-graduação em educação e de áreas vizinhas; interessa também aos responsáveis por políticas públicas de educação superior. Além de artigos acadêmicos, publica também resenhas e documentos, quando isso for interessante à área de atuação. Os artigos são submetidos a pareceres de membros da Comissão Editorial ou de pareceristas ad hoc.


    e-ISSN - 1982-5765 | ISSN Impresso - 1414-4077

  • Brazilian Journal of Biology

    Publicar artigos que contenham resultados de pesquisa original em qualquer ramo das ciências biológicas. JCR (2019) 1,266

  • Cadernos Cedes

    Publicação de caráter temático dirigida a profissionais e pesquisadores da área educacional com o propósito de abordar questões que se colocam como atuais e significativas nesse campo de atuação.

  • Coluna/Columna

    Publicação de Sociedade Brasileira de Coluna
    versão impressa ISSN 1808-1851versão On-line ISSN 2177-014X

    Missão


    Divulgar pesquisas que contribuam para o aperfeiçoamento e o desenvolvimento da prática, da pesquisa e do ensino dos temas relacionados à Coluna Vertebral no Brasil e na América Latina.

  • Cadernos Pagu

    Missão

    Contribuir para a ampliação e consolidação do campo de estudos de gênero no Brasil, através da veiculação de resultados de pesquisas inéditas e de textos ainda não traduzidos no país, viabilizando, assim, a difusão de conhecimentos na área e a leitura crítica da produção internacional.
  • Estudos Avançados

    A revista Estudos Avançados é uma publicação quadrimestral do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo. Criada em dezembro de 1987, conta com 66 edições publicadas. Sua sobrevivência reflete, naturalmente, a vitalidade conquistada pelo IEA, responsável por sua edição. Com perfil editorial bastante singular entre as publicações acadêmicas brasileiras, Estudos Avançados publica trabalhos sobre temas de cultura humanística, científica e tecnológica. Seu maior diferencial com relação às publicações congêneres são os seus dossiês. Cada edição traz um dossiê com abordagens holísticas, diferenciadas e complementares. Para o levantamento científico dos tópicos dos dossiês, a editoria conta com a competência e a generosidade dos maiores e melhores estudiosos das matérias enfocadas. O espectro dos dossiês é amplo tanto do ponto de vista da informação idônea, lastreada de dados estatísticos precisos, como da interpretação e análise de cada núcleo temático. Congrega estudiosos de diferentes tendências e correntes de pensamento, do Brasil e do exterior. O leitor é o maior beneficiário desse trabalho, pois normalmente recebe um conjunto de informações de qualidade.
  • Economia e Sociedade

    Contribuir para o desenvolvimento da reflexão crítica nos campos da Economia e da História Econômica.

  • Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea

    Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea é um periódico científico quadrimestral do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasí­lia. A revista tem o compromisso de fomentar o debate crí­tico sobre a literatura contemporânea produzida no Brasil, em suas diferentes manifestações, a partir dos mais diversos enfoques teóricos e metodológicos, com abertura para o diálogo com outras literaturas e outras expressões artí­sticas. Seu conteúdo destina-se, em especial, a pesquisadores, professores e estudantes interessados em literatura brasileira contemporânea.

  • EDUCAÇÃO & SOCIEDADE

    Educação & Sociedade é uma publicação do Centro de Estudos Educação e Sociedade(CEDES) indexada internacionalmente e disponível, desde 1997, na Scientific Eletronic Library (Scielo: www.scielo.br/es)
    Criada em 1978, como instrumento de incentivo e difusão da pesquisa acadêmica, tem como escopo o debate amplo sobre Educação nos diversos prismas de sua relação com a Sociedade. A Revista acumula dentro dessa perspectiva e após anos de publicação ininterrupta, um grande acervo de análises, informações, debates, fontes teóricas, entre outros, de grande interesse para cientistas e educadores que atuam nos mais diversos campos das Ciências da Educação.  


     

     
  • JMOe

    Journal of Microwaves, Optoelectronics and Electromagnetic Applications

    The Journal of Microwaves, Optoelectronics and Electromagnetic Applications (JMOe), published by the Brazilian Microwave and Optoelectronics Society (SBMO) and Brazilian Society of Electromagnetism (SBMag), is a professional, refereed publication devoted to disseminating technical information in the areas of Microwaves, Optoelectronics, Photonics, and Electromagnetic Applications.


    Papers should be submitted as editable (Word or LibreOffice) and PDF files or Latex  and PDF files since the PDF files will be used in the peer-review process. All correspondence, including notification of the Editor's decision and requests for revision, is sent by e-mail.


    After acceptance, articles are available worldwide for previewing and downloading through the Internet free of charge. For more information about the Journal, please click in the appropriate icon.

  • Iheringia Série Zoologia

    O periódico Iheringia, Série Zoologia, editado pelo Museu de Ciências Naturais da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura - RS, destina-se a publicar trabalhos completos originais em Zoologia, com ênfase em taxonomia e sistemática, morfologia, história natural e ecologia de comunidades ou populações de espécies da fauna Neotropical recente.

  • Lua Nova: Revista de Cultura e Política

    Missão: Dedica a fomentar uma reflexão que ofereça fundamentos para o debate em profundidade de questões substantivas da atualidade. Na análise de políticas públicas, se enfatiza seu caráter público, e na análise do panorama internacional, se enfatiza a posição do Brasil.

  • Machado de Assis em Linha

    Sua principal missão é a disseminação do conhecimento sobre a obra do autor, em seus múltiplos aspectos. Seu principal compromisso é com a excelência acadêmica.
  • Mana. Estudos de Antropologia Social

    Publicar pesquisas e trabalhos que contribuam para a compreensão da realidade sociocultural e para o desenvolvimento da Antropologia, procurando colocar o leitor em contato com os mais importantes temas e questões contemporâneos da disciplina.
  • Psicologia: Ciência e Profissão

    A revista Psicologia: Ciência e Profissão é uma publicação trimestral dos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia.

    Publica trabalhos originais, em língua portuguesa ou inglesa, nas categorias de relatos de pesquisa, artigos teóricos ou de revisão sistemática e relatos de experiência. Os trabalhos submetidos serão avaliados com base em critérios específicos que salientem a sua relevância científica e social no âmbito da produção de conhecimento em Psicologia.

    O título abreviado do peiódico é Psicol., Ciênc. Prof. que deve ser usado em bibliografias, notas de rodapé, referências e legendas bibliográficas.

     

  • Psicologia Escolar e Educacional

    A revista é um veículo de divulgação e debate da produção científica na área de Psicologia Escolar e Educacional e está vinculada à Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE).

  • Psico-USF

    O propósito da revista é servir de fórum para a apresentação de pesquisas atuais no campo da Psicologia e como um veículo de disseminação de informação aos profissionais do campo e interessados.

  • Revista Árvore

    A Revista Árvore é um veículo de divulgação científica publicada pela Sociedade de Investigações Florestais – SIF (CNPJ 18.134.689/0001-80). A revista publica, bimestralmente, artigos originais de contribuição científica, no campo da Ciência Florestal, nas áreas de Meio Ambiente e Conservação da Natureza, Silvicultura, Utilização de Produtos Florestais e Manejo Florestal. Seu compromisso é manter elevada conduta ética em relação à publicação e aos seus colaboradores, bem como o rigor com a qualidade dos artigos científicos a serem publicados; selecionar, com ética e respeito profissional aos autores, revisores capacitados; e ser imparcial nos processos decisórios, procurando fazer críticas sempre construtivas e profissionais.


  • Revista Brasileira de Ciência Política

    A Revista Brasileira de Ciência Política, publicada pelo Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, busca publicar estudos sobre o fenômeno da política­ que partam de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas e que tenham em comum o compromisso com o rigor metodológico e a capacidade de estimular a pesquisa na área.

  • Revista Brasileira de Ciências Sociais

    Missão


    Revista Brasileira de Ciências Sociais (Rev. Bras. Ci. Soc.) é uma das principais revistas interdisciplinares no âmbito das ciências sociais no Brasil e responde à missão de veicular a produção acadêmica de ponta nas três grandes áreas que conformam tanto o corpo da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS) quanto a própria tradição das ciências sociais: Antropologia, Ciência Política e Sociologia.  A Revista abarca a diversidade temática caracteristicamente ampla dessas áreas, bem como sua correspondente pluralidade metodológica e de desenvolvimento teórico e conceitual.

  • Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental

    Missão: Publicar artigos científicos originais e inéditos na área de Engenharia Agrícola e Ambiental.
  • Revista Brasileira de Educação

    Revista Brasileira de Educação, publicada pela ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, dedica-se à publicação de artigos acadêmico-científicos, fomentando e facilitando o intercâmbio acadêmico no âmbito nacional e internacional.


    É dirigida a professores e pesquisadores, assim como a estudantes de graduação e pós-graduação das áreas das ciências sociais e humanas.


    Áreas de interesse - educação; educação básica; educação superior e política educacional; movimentos sociais e educação.


    Revista Brasileira de Educação é uma publicação em fluxo contínuo.


    Em 2017, a partir do número 70, a publicação passou a ser co-editada pela Zeppelini Editorial.


    Seu título abreviado é Rev. Bras. Educ. que deve ser usado em bibliografias, notas de rodapé, legendas e referências bibliográficas.

  • Revista Brasileira de História

    A Revista Brasileira de História publica artigos originais e afinados com o avanço da produção historiográfica contemporânea. Visa atuar como um veículo de divulgação das práticas de pesquisa, escrita e ensino da história.

  • Revista de Economia Contemporânea


    Revista de Economia Contemporânea é um periódico eletrônico com periodicidade quadrimestral editado pelo Instituto de Economia da UFRJ. Dada a tradição de debate e pliralidade da casa, a missão da REC é promover o debate e o diálogo entre as distintas correntes teórico-metodológicas hoje ativas na expansão da fronteira do conhecimento no campo da Economia, por meio da publicação de artigos acadêmicos originais e inéditos, que abordem temas relevantes de abrangência nacional e internacional, preferencialmente, nas seguintes áreas: Pensamento Econômico, História Econômica, Metodologia e Economia Política; Teoria Macroeconômica, Sistema Financeiro e Modelos de Crescimento e suas Aplicações; Teoria Microeconômica, Indústria, Inovação, Comércio Internacional e suas Aplicações; Teorias do Desenvolvimento, Mercado de Trabalho e Políticas de Emprego e Renda, Políticas Públicas e Bem Estar.


  • Revista de Economia Política

    Missão: Publicar trabalhos sobre teoria econômica e ciência política, teóricos e aplicados, que envolvam Estado e mercado.

  • Revista de Economia e Sociologia Rural

    Sobre a revista: A Revista de Economia e Sociologia Rural (RESR) é uma publicação mantida pela Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural (Sober) há mais de trinta anos. Nossa missão é divulgar e difundir os resultados de pesquisas nas áreas de economia, administração, extensão e sociologia rural, e, em consequência, promover e estimular o debate de temas e fatos de importância econômica e social, bem como colaborar no desenvolvimento científico e tecnológico, do Brasil e em outras partes do mundo. Os artigos publicados pela RESR são trabalhos originais, escritos em português, inglês, ou em espanhol, de natureza científica sobre assuntos relacionados à agricultura, à agroindústria e a questões rurais. A Revista de Economia e Sociologia Rural (RESR) tem a classificação Qualis A3 no quadriênio CAPES de 2017 a 2020.


    ISSN 0103-2003 versão impressa
    ISSN 1806-9479 versão online

  • Epidemiologia e Serviços de Saúde

    Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do Sistema Único de Saúde do Brasil

    A RESS tem como missão a difusão do conhecimento epidemiológico aplicável às ações de vigilância, de prevenção e de controle de doenças e agravos de interesse da Saúde Pública, visando ao aprimoramento dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

  • Revista do Instituto de Estudos Brasileiros

    A Revista do Instituto de Estudos Brasileiros (Revista IEB) tem por missão refletir sobre a sociedade brasileira articulando múltiplas áreas do saber. Nesse sentido, empenha-se na publicação de artigos originais e inéditos, resenhas e documentos relacionados aos estudos brasileiros.
  • Religião & Sociedade

    Religião e Sociedade é uma revista dedicada ao tema da religião em todas as suas possibilidades de relações com a sociedade. Está aberta a todos e quaisquer enfoques, tendências, perspectivas e propostas de interpretação, inclusive a diálogos ou confrontos inter-religiosos, partindo do complexo de disciplinas das humanidade, sobretudo das Ciência Sociais.

  • Serviço Social & Sociedade

    Missão: Dar visibilidade à produção acadêmica e profissional de assistentes sociais e de pesquisadores de áreas afins, bem como contribuir com o debate e o aprofundamento crítico e analítico da teoria social, enfocando, preferencialmente, temas que dizem respeito à realidade brasileira e latino-americana.
  • Summa Phytopathologica

    Missão: Publicar trabalhos de pesquisa, originais na área de fitopatologia.
  • Tempo

    Missão: Constituir-se em canal relevante de publicação de pesquisas científicas inovadoras geradas no ambiente de historiadores do país e do exterior.

  • Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology

    A missão principal da Vibrant -n revista eletrônica da Associação Brasileira de Antropologia - consiste em divulgar a antropologia brasileira através da publicação de artigos a materiais audiovisuais em inglês, francês e espanhol, da autoria de antropólogos que se encontram trabalhando ou estudando em instituições brasileiras.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

M.T.S.T. Invade a Bolsa De Valores. O Que penso? (feito com Spreaker)




AUTOR:
 
Santos, Mário Ferreira dos

Invasão Vertical dos Bárbaros


Ponerologia, de Andrew Lobaczewski (Parte I)

“O mal é similar a uma doença em sua natureza, embora possivelmente mais complexo e fugidio ao nosso entendimento.”
— Andrew M. Lobaczewski

“La Liberté guidant le peuple” por Eugène Delacroix • Wikimedia Commons

Lançado no Brasil em 2014 pela Vide Editorial, Ponerologia: Psicopatas no Poder é o conjunto de estudos do psicólogo polonês Andrew Lobaczewski (1921–2008) e de seus colegas quando fizeram parte de um grupo de cientistas que se dedicou a examinar as personalidades de líderes políticos dos regimes totalitários. Suspeito de possuir conhecimento sobre a natureza patológica do sistema sob o qual vivia, Lobaczewski foi forçado pelas autoridades soviéticas que dominavam parte da Polônia a deixar o país. Só pôde, por fim, escrever o livro em 1984 nos Estados Unidos.

I. Pessoas não normais

Ainda no período em que realizava suas pesquisas sobre as anomalias e deficiências psicológicas dos líderes políticos de sua era, Andrew Lobaczewski percebeu que alguns parceiros de trabalho começaram a mudar sua visão de mundo: passaram por um processo degenerativo da personalidade — a “transpersonificação”, como foi nomeado — por efeito do qual seus sentimentos, outrora amigáveis, tornaram-se frios. Eles davam a impressão de possuir algum conhecimento secreto, diz Lobaczewski. A partir daquele momento, os colegas que não haviam cedido a essa transformação tinham de ter todo o cuidado do mundo com o que diziam. Aqueles, então, logo entraram para o Partido. Outros viraram fanáticos, e uns se aproveitaram das condições para restabelecer vínculos perdidos com as pessoas normais.

Lobaczewski explica que todas as sociedades contêm certo percentual, um número relativamente baixo, de indivíduos que não podem ser considerados normais. Essa anormalidade é, portanto, qualitativa, não estatística. Ou seja, as pessoas não normais constituem minoria da população, porém são peculiarmente ativas.

O psicólogo está interessado na etiologia, nas causas primeiras do aparecimento do mal. Que faz acontecer isso? Carregam todos tal semente dentro de si? A descrição literária dos fatos, mediante linguagem coloquial, por mais realista, fiel e psicologicamente verossímil que seja, não pode responder a essas perguntas, nem consegue explicar inteiramente suas origens, afirma ele.

Nosso sistema natural de conceitos e imaginações, segundo Lobaczewski, não é equipado com conteúdos suficientes para compreender racionalmente a qualidade dos fatores presentes na concepção e durante os períodos de crueldade desumana.

O surgimento de um novo ramo da ciência, pois, faz-se necessário: a Ponerologia (do grego poneros, que significa maldade, malícia). Ela estuda os componentes causais, o processo de gênese — de origem — do mal e suas leis gerais, independentemente de âmbito social. Constitui objeto mais importante do livro o processo de ponerogênese do fenômeno macrossocial, isto é, o mal em larga. Ele aparece sujeito às mesmas leis que operam sobre as questões humanas no patamar individual ou em pequenos grupos, e o papel das pessoas com vários defeitos psicológicos e anomalias de nível baixo parece ser característica constante do fenômeno. Compreendamos agora pontos indispensáveis para a continuação.

Primeiramente, Lobaczewski diz que, ao desenvolver a personalidade, o indivíduo tem a propensão para abafar do campo de sua consciência quaisquer associações que indiquem causa externa para sua visão de mundo e seu comportamento. As pessoas mais jovens, em especial, querem acreditar que escolhem livremente suas decisões. Contudo, continua, muito desse condicionamento está relacionado a nossas infâncias: as memórias estão distantes, mas carregamos os resultados das primeiras experiências conosco por toda a vida. Quer isso dizer que causa e efeito estão frequentemente bem separadas no tempo. No decorrer da vida, e principalmente durante a infância e juventude, assimilamos materiais psicológicos das demais pessoas por meio de identificação, imitação etc. e as usamos para formar nossa personalidade. Conclui-se que a construção da personalidade pode ser deformada caso os materiais colhidos estiverem contaminados por fatores patológicos. O produto seria um cidadão incapaz de entender corretamente tanto ele mesmo como os outros, não só as relações humanas normais senão também as morais.

A visão de mundo natural — cotidiana, habitual, psicológica, social e moral — é fruto do processo de desenvolvimento do homem dentro da sociedade, sob a influência constante de traços inatos. O psicólogo explana que entre esses traços estão a fundação instintiva, filogeneticamente — isto é, ligada à evolução — determinada da espécie humana, e a educação dada pela família e pelo ambiente. Autêntico e natural é esse curso. Nenhuma pessoa pode se desenvolver sem ser influenciada pelas pessoas e suas personalidades ou pelos valores morais e religiosos contidos na sua civilização.

De acordo com Lobaczewski, a visão de mundo natural possui um erro permanente que favorece a eclosão do mal, a saber, a tendência emocional de carregar em nossas opiniões um julgamento moral. Essa pré-disposição de julgamento moral, que está profundamente enraizada na natureza e nos costumes da comunidade humana, vira-se contra nós quando a extrapolamos nas reações às manifestações de comportamentos impróprios. Em outras palavras: quando deparamo-nos com sujeitos cujo comportamento consideramos mau, tendemos, num instante, a julgá-los em vez de procurar entender as condições psicológicas que os convenceram de que estão se comportando de forma apropriada. Essa conduta nos empurra para longe do mal, impedindo-nos de olhá-lo como doença e impossibilitando, assim, seu estudo e combate.

Em segundo lugar, ele diz que a personalidade humana é instável por natureza, e sua evolução é o estado normal das coisas. Todavia, nossas personalidades passam por períodos destrutivos temporários, como consequência dos eventos da vida, especialmente se experimentamos sofrimento ou lidamos com situações contrárias às nossas experiências e expectativas. O transtorno desintegrativo faz com que nos esforcemos mentalmente a fim de superá-lo. Superar tais estados, corrigindo os erros e enriquecendo a personalidade, é o modo adequado de reintegração, que nos eleva a um entendimento e aceitação da vida, de nós mesmos e dos outros. A sensibilidade desenvolve-se altamente nas relações interpessoais. As condições desagradáveis às quais sobrevivemos são agora dotadas de sentido, pois, “se a vida tem sentido”, como declarava o psiquiatra austríaco Viktor Frankl, “o sofrimento necessariamente também o tem”. Sofrimento passado é glória, já dizia Riobaldo em Grande sertão: veredas.

O sofrimento e o esforço mental durante tempos de amargura levam à regeneração progressiva, e mais nobre, dos valores perdidos.

Quanto à capacidade intelectual humana, Andrew Lobaczewski examina que, dentro de todas as sociedades, sua distribuição é completamente diferente: as pessoas altamente talentosas constituem pequena percentagem populacional. É uma lei universal da natureza. O psicólogo canadense Jordan Peterson, em 12 Regras Para a Vida, elabora ideia similar no que ele nomeou princípio de distribuição desnivelada. Poucas pessoas têm muito; muitas pessoas têm pouco. Fato que ocorre em todos os contextos de produção criativa. Quanto mais alta a organização psicológica de dada espécie, diz Lobaczewski, maiores são as diferenças psicológicas entre suas unidades. O homem é a que possui a mais alta organização; logo, maiores variações. A aparente injustiça mencionada é, na verdade, o grande dom da humanidade, que viabiliza melhores estruturas e criatividade nos níveis individual e coletivo. Em virtude da variedade psicológica, o potencial das sociedades é muito maior do que seria possível se elas fossem psicologicamente homogêneas. Os indivíduos diferenciados desempenham função tão significativa na vida coletiva que qualquer sociedade que tente impedi-los de cumprir sua responsabilidade o faz por conta e risco próprios.

II. Sociedade

Relembra Lobaczewski, porém, que sempre existirão “pedagogos da sociedade”: pessoas menos talentosas, mas muito mais numerosas, que ficam fascinadas pelas suas ideias “grandiosas”, as quais, embora possuam algum grau de verdade, são limitadas ou contêm defeitos derivados de algum pensamento patológico.

Diversas circunstâncias misturadas dentro duma sociedade, incluindo a visão patológica, podem forçar o cidadão a exercer funções em que não fazem uso real de seus talentos. Conseguintemente, sua produtividade não é boa: às vezes é até pior que a de um trabalhador razoável. Tal indivíduo sente-se traído e coberto de dúvidas que o impedem de atingir a autorrealização. Seus pensamentos esquivam-se dessas dúvidas para um mundo de fantasia onde ele é o que acredita merecer ser. Se falha em propor a si críticas saudáveis em relação a seus limites, seus devaneios podem “entender” que o mundo é injusto e que o que ele precisa é de poder. As ideias radicais encontram lugar propício para proliferação entre essas pessoas em fases descendentes. (Muito relacionei as conclusões do dr. Lobaczewski com o filme Coringa. Você pode acessar o artigo “Mentes doentias” aqui no Medium.)

Numa imagem mais abrangente, Lobaczewski analisa países com população heterogênea: eles manifestam diferenças raciais, étnicas e culturais existentes em quase todas as nações formadas por conquistas. Nelas, as memórias de sofrimentos passados e de desprezo pelos conquistadores continuam a dividir a população; é possível, entretanto, superá-las se entendimento e boa vontade prevalecerem em muitas gerações. Todas as dificuldades só podem se tornar destrutivas caso um grupo social exigir cargos acima de suas capacidades, a fim de manter sua hegemonia. Thomas Sowell, economista e crítico social norte-americano, relata brilhantemente as sequelas dessas reivindicações em Ação Afirmativa ao Redor do Mundo.

Lobaczewski argumenta que os sonhos de uma vida feliz e pacífica deram origem ao uso da força sobre o outro, força que insensibiliza a mente de quem a utiliza. Por isso é que sonhos de felicidade não passaram do papel ao longo da história. A visão hedonista contém as sementes da miséria e alimenta um ciclo que pode ser assim resumido: épocas boas dão origem a épocas ruins, que motivam esforço mental para retomar o bom senso, a moderação e as virtudes que servirão para resgatar a época boa.

Que acontece nas épocas boas para que delas surjam as ruins? Durante as eras “felizes” ou “boas”, as pessoas perdem progressivamente de vista a obrigação da reflexão sobre as leis complicadas da vida. Qualquer excesso nesse sentido parece tempo perdido que poderia ser usado para curtir as alegrias do momento. Uma pessoa alegre é divertida; a que prevê os nocivos resultados futuros são estraga-prazeres. Então, a percepção da verdade sobre o meio, especialmente a compreensão mais aguçada da personalidade humana, deixa de ser investigada. As implicações são o empobrecimento do conhecimento, dos valores mentais essenciais à manutenção da lei e da ordem e o consequente culto ao poder.

Nesses tempos a busca pela verdade é inconveniente porque revela fatos desagradáveis; ocupar-se de assuntos fáceis e irrelevantes é melhor. Torna-se hábito a substituição inconsciente de informações “não recomendáveis” por outras mais cômodas, beirando os limites da psicopatologia. O desgaste passa a esmagar a capacidade de consciência individual e coletiva: forma-se o ciclo de histeria. Histeria, aqui, refere-se ao medo da verdade ou medo de pensar sobre coisas impertinentes, para não arruinar o contentamento presente. O subconsciente toma a dianteira na vida. Esse primeiro estado patológico é necessariamente coletivo.

Dependendo das desigualdades sociais, os jovens de classes privilegiadas aprendem a reprimir pensamentos que sugerem que eles e seu pais estão beneficiando-se da injustiça cometida aos outros. Menosprezam, então, as tradições de pessoas que usam seu trabalho para se dar bem. Eles passam a histeria para a próxima geração, que a desenvolve com maior intensidade. Os modelos histéricos aumentam e logo chegam às classes baixas: a diminuição das faculdades críticas atinge o ápice. Qualquer um que “soe o alarme” do sensor hipersensível é hostilizado. A sociedade divide-se em grupos ainda mais polarizados. Imunidade a esse processo adquirem apenas os grupos que “ganham o pão de cada dia pelo esforço diário”, como, por exemplo, os camponeses, que veem os costumes histéricos dos mais prósperos por meio de sua realidade psicológica simples e de seu senso de humor.

Interessante é que a hiperatividade social torna-se raison d’être — a razão de ser — de muita gente cujas vidas são irregulares. Elas agarram-se a ídolos e ideologias como métodos de sobrecompensação. A mania própria de ficar ofendido por trivialidades provoca retaliações constantes, aproveitando-se da hiperirritabilidade, da falta de crítica saudável, da apatia intelectual e do autoengano contidos no ambiente. O ciclo de “tempos felizes” favorece, pois, o estreitamento da visão de mundo, que produz, finalmente, tempos de desânimo e confusão.

III. Ponerologia

De 5000 pacientes psicóticos, neuróticos e saudáveis, Lobaczewski e outros selecionaram 385 adultos que se comportaram de forma seriamente danosa em relação a outras pessoas. Delas somente 14 a 16% não apresentaram nenhum fator psicopatológico que teria influenciado sua atitude. Concluíram, então, que o fator patológico ou determina a ocorrência do feito ou é, pelo menos, componente indispensável para sua origem. Os fatores psicopatológicos sozinhos não decidem sobre a propagação do mal. As condições socioeconômicas e deficiências morais e intelectuais têm importância paralela.

Os indivíduos e as nações que estão capacitados para suportar a injustiça em nome de valores morais podem encontrar mais facilmente uma saída para tais dificuldades, sem o uso de métodos violentos. Enfatizar o papel dos fatores patológicos na gênese do mal não minimiza a parcela de contribuição das falhas sociais, morais e das deficiências intelectuais.

O mal é uma espécie de sequência contínua de condicionamentos, estímulos mútuos: um tipo de mal alimenta o outro. As características dos fatores patológicos não são intensas ou óbvias; pelo contrário, são subestimadas pela opinião pública devido a sua intensidade clinicamente detectável.

No processo da origem do mal, duas são as formas de ação dos fatores patológicos. A primeira é a partir do interior, do querer intencional intimo, do individuo que cometeu o ato. Essa é facilmente reconhecida pela sociedade. A segunda é a partir de influências emitidas por portadores de tais fatores deficientes. Bem menos perceptível é essa. Sua ação sobre os indivíduos e grupos normais, de preferência aqueles em situação desfavorável, tem peso crucial: os fatores patológicos lesionam a mente e o temperamento sãs, principalmente se as vítimas se identificam com a autoridade do anormal. Para que ela seja ativa, a característica patológica deve ser interpretada de forma moralista. Deduz-se disso que a visão natural supramencionada, responsável pela disposição moralista, é uma das causas ponerogênicas, isto é, que dão origem ao mal.

As anormalidades que compõe os fatores patológicos podem ser ou adquiridas, por contaminação, ou herdadas.

O primeiro tipo de anormalidade adquirida citada por Lobaczewski são os transtornos de caráter, as caracteropatias. As lesões no período perinatal ou na primeira infância têm resultados mais ativos do que danos ocorridos posteriormente. A deformação negativa tende a crescer conforme o tempo.

A experiência de pessoas com essas anomalias floresce no dia a dia, no cotidiano. Seu modo de pensar distorcido, sua violência emocional e seu egotismo — apreço exagerado pela própria personalidade — encontram entradas fáceis na mente das pessoas normais, diminuindo a habilidade destas de usar o senso comum.

Guilherme II (1859–1918), último imperador alemão e rei da Prússia, é exemplo de personalidade caracteropática em escala macrossocial. Ele sofreu trauma cerebral no nascimento. Durante seu reinado, suas deficiências foram escondidas. Suas características infantis o faziam deixar de lado assuntos importantes, no intuito de se desviar de problemas. Posses militares compensaram seus sentimentos de inferioridade e suas desvantagens. Politicamente, possuía rancor pessoal e descontrole emocional. Já que as pessoas comuns estavam inclinadas a se identificar com o imperador e, por conseguinte, com o sistema de governo, o material caracteropático transmitido pelo Kaiser foi ingerido por boa parte do povo alemão. Após as tensões internacionais, a Primeira Guerra Mundial (1914–1918) e o Tratado de Versalhes, ficaram mais nítidos os motivos pelos quais a nação alemã escolheu Adolf Hitler como Füeher.

Anormalidade singular é a caracteropatia paranoica, causada por agressão ao diencéfalo (estrutura da porção mais inferior do cérebro). Nessas pessoas, pensamentos efêmeros dão origem a uma visão paranoica da realidade, donde ideias ingênuas e revolucionárias podem surgir. Pessoas que não possuem lesões do tecido cerebral geralmente contraem material patológico da educação recebida de pessoas com caracteropatia. Lênin é o exemplo mais conhecido dessa personalidade.

Caracteropatia frontal manifesta-se quando as áreas frontais do córtex cerebral, responsáveis pela aceleração e coordenação do pensamento, são prejudicadas sem afetar sentimentos baseados no instinto. Estes são superdesenvolvidas para compensar as demais, ou seja, as reações instintivas e afetivas de seus portadores sobressaem (diferente das pessoas normais, que levam mais tempo para analisar as hipóteses):

Tais indivíduos interpretam seu talento para intuir situações e tomar decisões simplificadas rapidamente como sinal de superioridade em relação às pessoas normais.

Esses caracteres traumatizam e encantam ativamente os outros. Stálin — bruto, carismático, tomador de decisões irrevogáveis e crente na genialidade de sua mente, que, na realidade, não passava de mediana — deveria ser incluído na lista dessa caracteropatia.

Duas são as anomalias que podem ser herdadas: a esquizoidia e a psicopatia essencial.

Esquizoidia: seus portadores são hipersensíveis e desconfiados, enquanto, simultaneamente, pouco ligam para os sentimentos dos outros. Tendem a assumir posições extremas e são aflitos por rebater ofensas menores. Sua análise psicológica fraca do que acontece ao redor leva a interpretações equivocadas e pejorativas sobre as intenções das outras pessoas. São tipicamente pessimistas quanto à natureza do ser. Sua tendência a ver o mundo de forma maniqueísta transforma suas intenções, frequentemente boas, em resultados ruins. O papel ponerogênico dessa anomalia pode ter implicações macrossociais se as doutrinas inventadas pelos portadores forem colocadas no papel e disseminadas em larga escala, envenenado a mente das sociedades por longos períodos.

Eles acreditam ter encontrado uma solução simples para consertar o estado de coisas vigente. Karl Marx é o melhor exemplo de um portador de esquizoidia. (Peter Jacob Frostig, psiquiatra polonês, incluiu também Engels e outros em uma categoria que chamou “Fanáticos esquizoidais barbudos”.)

Tipos como Marx procuram causas de fenômenos óbvios. Mas suas teses não constituem a verdade inteira, porquanto desconhecem ou ignoram outros pontos que compõem a formação do fenômeno estudado.

Mesmo que os escritos de autores esquizoidais contenham deficiências, ou sempre uma declaração esquizoidal explícita, o leitor mediano os aceita, não como ponto de vista alterado por essa anomalia, mas como uma ideia que deveria considerar seriamente — esse é o primeiro erro, segundo Lobaczewski. O teor simplista de suas ideias tende a atrair intensamente indivíduos que são insuficientemente críticos, frustrados por causa de sua situação atual, culturalmente marginalizados ou caracterizados por alguma deficiência psicológica própria. Tais escritos são particularmente atraentes para uma sociedade histerizada.

Psicopatia essencial: o papel dessa anomalia no processo de geração do mal é excepcionalmente grande em qualquer escala social. Ela representa um déficit no estímulo instintivo, isto é, uma substância instintiva deficiente. Os psiquiatras, conta Lobaczewski, costumavam chamar tais indivíduos de “Daltônicos de sentimentos humanos e valores sociomorais”. Nosso mundo natural de conceito atinge os psicopatas como convenção incompreensível e inexplicável. Eles acreditam que os costumes e princípios decentes são criações externas impostas por alguém.

A estrutura social dominada pelas pessoas normais e seus conceitos são para os psicopatas um “sistema de força e opressão”. Eles chegam a essa conclusão como regra. Se, ao mesmo tempo, um pouco de injustiça realmente existir em dada sociedade, os sentimentos patológicos de falsidade e as declarações sugestivas ecoam entre os que de fato estão sendo tratados injustamente. Deste modo, as doutrinas revolucionárias podem ser propagadas entre ambos os grupos, embora tenham razões diferentes.

Três qualidades são as principais nos psicopatas: ausência de senso de culpa pelo sofrimento infligido a outrem, incapacidade de amar verdadeiramente e a inclinação para ser tagarela, desviando-se da realidade.

Acesse a Parte II aqui.

Fonte deste artigo acima. https://arthureustachio.medium.com/ponerologia-de-andrew-lobaczewski-parte-i-b12bae9ba119


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