sábado, 11 de outubro de 2008

A Depressão na visão Espírita.


A Depressão na visão Espírita

Dr. Wilson Ayub Lopes

A depressão pode ser conceituada como uma alteração do estado de humor, uma tristeza intensa, um abatimento profundo, com desinteresse pelas coisas. Tudo perde a graça, o mundo fica cinza, viver torna-se tarefa difícil, pesada, com idéias fixas e pessimistas.

Poderíamos considerá-la como uma emoção estragada. As emoções naturais devem ser passageiras, circularem normalmente, sem desequilibrar o ser. A tristeza por exemplo, é uma emoção natural, que nos leva a entrar em contato conosco, à introspecção e à reflexão sobre nossas atitudes. Agora, uma vez estagnada, prolongada, acompanhada de sentimento de culpa, nos leva a depressão.

Podemos dividir a "depressão" em três formas, de acordo com o fator causal:

Depressão Reativa ou Neurose Depressiva: - esta depende de um fator externo desencadeante, geralmente perdas ou frustrações, tais como separação, perda de um ente querido, etc.

Depressão Secundária a Doenças Orgânicas: acidente vascular cerebral ("Derrame"), tumor cerebral, doenças da tireóide, etc.

Depressão Endógena: por deficiência de neurotransmissores. Exs.: depressão do velho, depressão familiar e psicose maníaco-depressiva.

Estima-se que a depressão incida em cerca de 14% da população, ou seja, temos no Brasil cerca de 21 milhões de deprimidos.

Ela afeta todo o ser, acarretando uma série de desequilíbrios orgânicos, sobretudo, comprometendo a qualidade de vida, tornando a criatura infeliz e com queda do seu rendimento pessoal.

André Luiz cita nas suas obras que os estados da mente são projetados sobre o corpo através dos bióforos que são unidades de força psicossomáticas, que se localizam nas mitocôndrias. A mente transmite seus estados felizes ou infelizes a todas as células do nosso organismo, através dos bióforos. Ela funciona ora como um sol irradiando calor e luz, equilibrando e harmonizando todas as células do nosso organismo, e ora como tempestades, gerando raios e faíscas destruidoras que desequilibram o ser.

Segundo Emmanuel, a depressão interfere na mitose (divisão) celular, contribuindo para o aparecimento do câncer e de outras doenças imunológicas, sobretudo a deficiência imunitária facilitando às infecções.

Na depressão existe uma perda de energia vital no organismo, num processo de desvitalização.

O indivíduo perde energia por dois mecanismos principais:

1º) Perde sintonia com a Fonte Divina de Energia Vital: o indivíduo não se armando como deve, com sentimento de auto-estima em baixa, afasta de si mesmo, da sua natureza divina, elo de ligação com a fonte inesgotável do Amor Divino. Além do mais, o indivíduo ao se fechar em seus problemas e suas mágoas, cria um ambiente vibracional negativo, que dificulta o acesso da espiritualidade Maior em seu benefício.

2º) Gasto Energético Improdutivo: o indivíduo ao invés de utilizar o seu potencial energético para desenvolver potencialidades evolutivas, vivendo intensamente as experiências e os desafios que a vida lhe apresenta, desperdiça energia nos sentimentos de auto-compaixão, tristeza e lamentações. Sofre e não evolui.

CAUSAS PRINCIPAIS

A depressão está freqüentemente associada a dois sentimentos básicos: a tristeza e culpa degenerada em remorso.

Quando por algum motivo infringimos a lei natural, ao tomarmos consciência do erro cometido, temos dois caminhos a seguir:

1 - Erro>Consciência>Arrependimento>Tristeza>Reparação

2 - Erro>Consciência>Culpa-remorso (idéia fixa)>Depressão

O primeiro caminho é meio natural de nosso aperfeiçoamento. Uma vez tomando consciência de nossas imperfeições e erros cometidos, empreendemos o processo de regeneração através de lições reparadoras.

De outra maneira, se ao invés nos motivarmos a nos recuperarmos, nós nos abatermos, com sentimento de desvalia, de auto-punição, e permanecermos atrelados ao passado de erros, com idéias fixas e auto-obsessivas, nós estaremos caminhando para o estado de depressão, que é improdutivo no sentido de nossa evolução.

Outra condição que nos leva à depressão é citada pelo espírito de François de Geneve no Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V item 5 (A Melancolia), onde relata que uma das causas da tristeza que se apodera de nossos corações fazendo com que achemos a vida amarga é quando o Espírito aspira a liberdade e a felicidade da vida espiritual, mas, vendo-se preso ao corpo, se frustra, cai no desencorajamento e transmite para o corpo apatia e abatimento, se sentindo infeliz. Para François Geneve então, a causa inicial é esta ânsia frustrada de felicidade, liberdade almejada pelo espírito encarnado, acrescido das atribulações da vida com suas dificuldades de relacionamento interpessoal, intensificada pelas influências negativas de espíritos encarnados e desencarnados.

Outro fator que está determinando esta incidência alarmante de depressão nos nossos dias é o isolamento, a insegurança e o medo que estão acometendo as pessoas na sociedade contemporânea.

Absorvido pelos valores imperantes como o consumismo, a busca do prazer imediato, a competitividade, a necessidade de não perder, de ser o melhor, de não falhar, o homem está de afastando de si e de sua natureza. Adota então uma máscara(persona), que utiliza para representar um "papel" na sociedade. E, nesta vivência neurotizante, ele deixa de desenvolver sua potencialidades, não se abre, nem expõe suas emoções, pois estas demonstram que de fato ele é. Enclausurado, fechado nesta carapaça de orgulho e egoísmo, ele se isola e se sente sozinho. Solidão, não no sentido de estar só, mas de se sentir só. Mais do que se sentir só é a insatisfação da pessoa com a vida e consigo mesma.

O indivíduo nessa situação precisa se cercar de pessoas e de coisas para ficar bem, pois, desconhece que ele se basta pelo potencial divino que tem.

A solidão é conseqüência de sua insegurança, de sua imaturidade psicológica. Nos primeiros anos de vida, a criança enquanto frágil e insegura, é natural que tenha necessidade de que as pessoas vivam em função delas, dando-lhes atenção e proteção. É a fase do egocentrismo, predominantemente receptiva. Com o seu amadurecimento, começa a criar uma boa imagem de si, tornando-se mais seguro, e a partir de então, passa a se doar, a se envolver e a participar mais do a mundo. O que acontece é que certas pessoas, por algum motivo, têm dificuldades neste processo de amadurecimento afetivo, mantendo-se essencialmente receptivas e não participativas, exigindo carinho, respeito e atenção, sem se preocuparem da mesma forma com os outros. Fazem-se de vítimas, pobre coitados, sem as responsabilizarem por si.

Conseguem o seu equilíbrio às custas das conquistas exteriores. A primeira frustração que se deparam, não toleram, pois expõe suas fraquezas e isto motiva um quadro de depressão.

Em alguns idiomas, doença e vazio têm a mesma tradução. A doença seria decorrente de um vazio de sentimentos que gera depressão e adoece o ser.

Um indivíduo quando perde a capacidade de se amar, quando a auto-estima está debilitada, passa a ter dificuldade de amar o semelhante, pois o sentimento de amor, de generosidade para com o próximo, é um sentir de dentro para fora. Este sentimento de amor ao próximo, nada mais é do que uma extensão do nosso amor, da nossa sintonia com o Deus interior que nós temos em nós. A pessoa que tem dificuldade nesta composição de amar a si e, por conseqüência, amar o próximo, deixa de receber o amor e a simpatia do outro, e não consegue entra em sintonia com a fonte sublime inesgotável do Amor Divino. Nós limitamos aquilo que recebemos de Deus, na medida do quanto doamos ao próximo. Quem ama muito, muito recebe. Quem pouco ama, pouco recebe. Esse afastamento de si, e por conseguinte de Deus, gera a tristeza, o vazio, a depressão e a doença.

TRATAMENTO

A depressão é um sintoma que nos diz que não estamos nos amando como deveríamos.

O caminho para sairmos dela é preencher este vazio com a recuperação da auto-estima e do amor em todos os sentidos. Primeiro, procurando nos conhecer e nos analisar, com o intuito de nos descobrirmos, sem nos julgarmos, sem nos punirmos ou nos culparmos. E depois, nos aceitarmos como somos, com todas as nossas limitações, mas sabendo que temos toda potencialidade divina dentro de nós, esperando para desabrochar como sementes de luz. Isto nada mais é do que desenvolver a fé em si e no criador, sentimento este que transforma e que nos liga diretamente a Deus.

Uma pessoa consciente de sua riqueza interior passa a ter segurança e fé nas suas potencialidades infinitas, começando a gostar e acreditar em si, amando-se e a partir de então, sentindo necessidade de expandir este sentimento a tudo e todos. Começa assim a se despertar para os verdadeiros valores da vida espiritual, se transformando numa pessoa feliz e sorridente, pois onde existe seriedade, há algo de errado; a seriedade está ligada ao ser doente. Sorria e seja feliz amando e servindo sempre.

A terapia contra a depressão se baseia no amar e no servir, se envolvendo em trabalhos úteis e no serviço do bem. Seja no trabalho profissional, no trabalho do lazer, ou no trabalho de servir ao próximo, o indivíduo se ocupa, exercita o amor, e deixa de se envolver com as lamentações, pois a infelicidade faz seu ninho no escuro dos sentimentos de cada um. Dificilmente conheceremos um deprimido, entre aqueles que trabalham a serviço do bem.

Para doarmos este amor, não basta somente fazermos obras de caridade, temos que nos tornarmos caridosos; antes de fazermos o bem temos que ser bons. Darmos um pão, um agasalho, mais junto colocarmos uma boa dose de afeto e carinho. Ser acima de tudo generosos, que é a caridade com afeto. As pessoas estão com fome de amor, de calor humano, um ombro amigo, um abraço, um aconchego e uma palavra de carinho.

Às vezes, com um simples sorriso, um bom dia, um olhar afetuoso, nós estamos doando energia e transmitindo vida.

O homem alcançou um enorme progresso intelectual, satisfazendo suas necessidades materiais com os avanços tecnológicos. Porém, ainda se depara com enormes dificuldades na convivência fraterna com o seu semelhante. Estamos cada vez mais próximos um dos outros através dos meios de comunicação e, no entanto, mais afastados emocionalmente. Agora, o homem está sentindo a necessidade premente de desenvolver a afetividade, de se envolver, amar e sentir o seu semelhante.

Temos que ressuscitar e liberar a criança que está esquecida dentro de nós. Para resgatarmos esta criança que adormece em nós, é necessário que vejamos o mundo de forma positiva e otimista. A nossa criança interior, geralmente se encontra retraída e oprimida, porque a vida nos apresenta de forma desagradável; ainda não vivemos de forma natural, espontânea e isto gera ansiedade e sofrimento. Como a criança é movida pelo prazer, ela se recolhe e não se manifesta.

A criança não se julga, não se pune. Ela apenas vive o hoje, o agora, integrada perfeitamente a Deus e à natureza. "Deixai vir a mim as criancinhas porque o reino dos céus é de quem vos assemelham" - com estas palavras quis Jesus dizer que teremos que ser puros, autênticos, integrados com a nossa natureza divina, sem fugas ou máscaras, para alcançarmos a nossa evolução espiritual. Ter atitudes simples, como lidar com animais, brincar com crianças, atividades criativas como a pintura, tocar um instrumento, fazer pequenas tarefas domésticas, cozinhar, manter uma conversa amena, contar um caso, ver um bom filme, escutar uma música, cantar, sorrir, ouvir com atenção, olhar com ternura, tocar as pessoas, abraçar, fazer um elogio sincero, curtir a natureza, admirar o por do sol, etc. Estas são tarefas que muito lhe ajudará a reencontrar o equilíbrio e a harmonia interior.

Manter sempre o bom humor. Aquele que tem no ideal de servir uma meta de vida, será sempre uma pessoa feliz. Na vida o que mais importa é o amor e o bem querer das pessoas, viver suas emoções; não se deixar afetar por coisas pequenas. Muitas vezes nos deixamos abater por problemas, que se olharmos com olhos de Espíritos Eternos em passagem pela Terra, não valorizaríamos.

Substituir sentimentos de auto-piedade por vibrações em favor dos que sofrem. Se olharmos com atenção e interesse ao nosso redor, veremos que existem pessoas com problemas muito piores, que o nosso a pedir socorro.

Procurar praticar atividades físicas regulares, como a caminhada, um esporte, um lazer. A mente parada começa a criar pensamentos negativos, que se assemelham a lixos amontoados dentro de casa. Com estas atividades, você estará desviando sua mente destes pensamentos deletérios.

Tornar-se empreendedor, dinâmico, criando idéias novas e construtivas em benefício do semelhante, com motivação para implementá-las, junto ao grupo ou a comunidade que pertence. Não fique estagnado esperando que a coisas aconteçam em seu favor. Aja em favor do próximo e não se surpreenda se você for o mais beneficiado.

Leituras edificantes, uma conversa com um amigo, um terapeuta ou um orientador espiritual, ajuda você a ver o problema por um outro ângulo.

A oração é um recurso indispensável no processo de recuperação. Através dela estabelecemos sintonia com a Espiritualidade Maior, facilitando o caminho para que nos inspirem e revigorem nossas energias.

Não nascemos para sofrer. A vontade de Deus é a nossa alegria e a nossa felicidade. Se sofrermos é por nossa causa. Os nossos problemas e nossas dificuldades devem ser interpretadas como instrumentos para nossa evolução.

Nunca devemos nos deprimir ou nos revoltar contra eles. O melhor aprendizado, é aquele que tiramos de nossa própria vida.

Vocábulo "crise" em algumas línguas podem ter dois significados: a oportunidade ou perigo. Oportunidade de crescimento ou perigo de queda.

O que importa é sabermos que os problemas , que deparamos na vida só surgem quando já temos condições de solucioná-los. Como disse o Mestre Jesus: " O Pai não coloca fardos pesados em ombros fracos". Deste modo, ficamos mais fortes ao saber que temos todas as condições interiores, para enfrentar as dificuldades que a vida nos apresenta.

Ter consciência, que acima de tudo, tem um Deus maior a zelar por nós e que nunca nos abandona. Confiar em Jesus e seguir seu exemplo de vida: "Eu sou o Bom Pastor; tende bom ânimo; não se turbe o vosso coração; vinde a mim vós que andais afatigados, cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei".

SUICÍDIO

Uma das causas de suicídio é o indivíduo se achar impotente e fraco para enfrentar suas dificuldades. Ele se julga inferior, incapaz, vítima da sociedade, desprezando a força que tem. Aí os problemas passam uma dimensão muito maior, e ele se vê impossibilitado para resolvê-los.

Segundo esta linha de raciocínio, não existe pessoa "fraca" a ponto de não suportar um problema, que ele julga, de certa forma, demasiado para si. O que de fato ocorre é que esta criatura não teve força de mobilizar a sua vontade própria para enfrentar aquele desafio. Preferiu fugir, acreditando poder se libertar daquela situação. Só que não irá conseguir, pois a morte é apenas uma mudança de estado. A pessoa continua sendo a mesma, com os mesmos sentimentos e os mesmos problemas.

O mais grave é que o suicida acarreta danos ao seu perispírito. Quando voltar a reencarnar, além de enfrentar os velhos problemas ainda não solucionados, terá acrescido a necessidade de reajustar a sua lesão perispiritual.

Devemos ter a vontade firme de eliminar o mal invasivo da depressão, e vários caminhos podem ser percorridos: tratamento medicamentoso (às vezes necessário), trabalho espiritual incluindo a desobsessão, água fluidificada, passes magnéticos, trabalho beneficente, mudança de atitude mental, etc.

Após iniciado o processo de recuperação é necessário que nos tornemos vigilantes, pois é muito comum a melhora cíclica, com altos e baixos. "Vigiai e orai". É importante aproveitar os períodos de melhora para empreender trabalhos edificantes no bem, consolidando as conquistas efetuadas.

Uma coisa fundamental que devemos ter consciência é que ninguém e nada tem a capacidade de nos fazer infelizes se não quisermos. O centro de gravidade do nosso equilíbrio psico-emocional tem que estar localizado dentro de nós e não nas coisas exteriores.

Não se deve condicionar a sua felicidade a algo que aconteça ou esperar que alguém o faça feliz. Estando com o seu centro de equilíbrio estável, se amando e se aceitando como é, você passa a viver o agora e aceitar as pessoas e as circunstâncias como elas são. Além disto, passamos a ver as qualidades do outro e não os seus defeitos, pois, geralmente vemos o outro como um reflexo do nosso estado íntimo.

Não aceite o convite para sofrer, que venha de outra pessoa ou de você para você mesmo. Proteja-se. Emita pensamentos bons.

Nada pode abalar aquele que alcançou o amor, a paz, a harmonia interior e sobretudo a Fé em Deus.

BIBLIOGRAFIA:

_Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - 2ª edição - FEB - cap. V, item 25

_Franco, Divaldo Pereira - O Homem Integral - 3ª edição - Livraria Espírita Alvorada

_Xavier, Francisco Cândido - Missionários da Luz - FEB - 21ª edição

_Revista Espírita Allan Kardec - Ano X - n. 37

_Xavier, Francisco Cândido - O Consolador - FEB - 13ª edição

_Silva, Marco Aurélio (Dr) - Editora Best


Fonte: http://paginas.terra.com.br/religiao/confrariaconsolador/depressao.htm

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A Depressão na visão Espírita.


A Depressão na visão Espírita

Dr. Wilson Ayub Lopes

A depressão pode ser conceituada como uma alteração do estado de humor, uma tristeza intensa, um abatimento profundo, com desinteresse pelas coisas. Tudo perde a graça, o mundo fica cinza, viver torna-se tarefa difícil, pesada, com idéias fixas e pessimistas.

Poderíamos considerá-la como uma emoção estragada. As emoções naturais devem ser passageiras, circularem normalmente, sem desequilibrar o ser. A tristeza por exemplo, é uma emoção natural, que nos leva a entrar em contato conosco, à introspecção e à reflexão sobre nossas atitudes. Agora, uma vez estagnada, prolongada, acompanhada de sentimento de culpa, nos leva a depressão.

Podemos dividir a "depressão" em três formas, de acordo com o fator causal:

Depressão Reativa ou Neurose Depressiva: - esta depende de um fator externo desencadeante, geralmente perdas ou frustrações, tais como separação, perda de um ente querido, etc.

Depressão Secundária a Doenças Orgânicas: acidente vascular cerebral ("Derrame"), tumor cerebral, doenças da tireóide, etc.

Depressão Endógena: por deficiência de neurotransmissores. Exs.: depressão do velho, depressão familiar e psicose maníaco-depressiva.

Estima-se que a depressão incida em cerca de 14% da população, ou seja, temos no Brasil cerca de 21 milhões de deprimidos.

Ela afeta todo o ser, acarretando uma série de desequilíbrios orgânicos, sobretudo, comprometendo a qualidade de vida, tornando a criatura infeliz e com queda do seu rendimento pessoal.

André Luiz cita nas suas obras que os estados da mente são projetados sobre o corpo através dos bióforos que são unidades de força psicossomáticas, que se localizam nas mitocôndrias. A mente transmite seus estados felizes ou infelizes a todas as células do nosso organismo, através dos bióforos. Ela funciona ora como um sol irradiando calor e luz, equilibrando e harmonizando todas as células do nosso organismo, e ora como tempestades, gerando raios e faíscas destruidoras que desequilibram o ser.

Segundo Emmanuel, a depressão interfere na mitose (divisão) celular, contribuindo para o aparecimento do câncer e de outras doenças imunológicas, sobretudo a deficiência imunitária facilitando às infecções.

Na depressão existe uma perda de energia vital no organismo, num processo de desvitalização.

O indivíduo perde energia por dois mecanismos principais:

1º) Perde sintonia com a Fonte Divina de Energia Vital: o indivíduo não se armando como deve, com sentimento de auto-estima em baixa, afasta de si mesmo, da sua natureza divina, elo de ligação com a fonte inesgotável do Amor Divino. Além do mais, o indivíduo ao se fechar em seus problemas e suas mágoas, cria um ambiente vibracional negativo, que dificulta o acesso da espiritualidade Maior em seu benefício.

2º) Gasto Energético Improdutivo: o indivíduo ao invés de utilizar o seu potencial energético para desenvolver potencialidades evolutivas, vivendo intensamente as experiências e os desafios que a vida lhe apresenta, desperdiça energia nos sentimentos de auto-compaixão, tristeza e lamentações. Sofre e não evolui.

CAUSAS PRINCIPAIS

A depressão está freqüentemente associada a dois sentimentos básicos: a tristeza e culpa degenerada em remorso.

Quando por algum motivo infringimos a lei natural, ao tomarmos consciência do erro cometido, temos dois caminhos a seguir:

1 - Erro>Consciência>Arrependimento>Tristeza>Reparação

2 - Erro>Consciência>Culpa-remorso (idéia fixa)>Depressão

O primeiro caminho é meio natural de nosso aperfeiçoamento. Uma vez tomando consciência de nossas imperfeições e erros cometidos, empreendemos o processo de regeneração através de lições reparadoras.

De outra maneira, se ao invés nos motivarmos a nos recuperarmos, nós nos abatermos, com sentimento de desvalia, de auto-punição, e permanecermos atrelados ao passado de erros, com idéias fixas e auto-obsessivas, nós estaremos caminhando para o estado de depressão, que é improdutivo no sentido de nossa evolução.

Outra condição que nos leva à depressão é citada pelo espírito de François de Geneve no Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V item 5 (A Melancolia), onde relata que uma das causas da tristeza que se apodera de nossos corações fazendo com que achemos a vida amarga é quando o Espírito aspira a liberdade e a felicidade da vida espiritual, mas, vendo-se preso ao corpo, se frustra, cai no desencorajamento e transmite para o corpo apatia e abatimento, se sentindo infeliz. Para François Geneve então, a causa inicial é esta ânsia frustrada de felicidade, liberdade almejada pelo espírito encarnado, acrescido das atribulações da vida com suas dificuldades de relacionamento interpessoal, intensificada pelas influências negativas de espíritos encarnados e desencarnados.

Outro fator que está determinando esta incidência alarmante de depressão nos nossos dias é o isolamento, a insegurança e o medo que estão acometendo as pessoas na sociedade contemporânea.

Absorvido pelos valores imperantes como o consumismo, a busca do prazer imediato, a competitividade, a necessidade de não perder, de ser o melhor, de não falhar, o homem está de afastando de si e de sua natureza. Adota então uma máscara(persona), que utiliza para representar um "papel" na sociedade. E, nesta vivência neurotizante, ele deixa de desenvolver sua potencialidades, não se abre, nem expõe suas emoções, pois estas demonstram que de fato ele é. Enclausurado, fechado nesta carapaça de orgulho e egoísmo, ele se isola e se sente sozinho. Solidão, não no sentido de estar só, mas de se sentir só. Mais do que se sentir só é a insatisfação da pessoa com a vida e consigo mesma.

O indivíduo nessa situação precisa se cercar de pessoas e de coisas para ficar bem, pois, desconhece que ele se basta pelo potencial divino que tem.

A solidão é conseqüência de sua insegurança, de sua imaturidade psicológica. Nos primeiros anos de vida, a criança enquanto frágil e insegura, é natural que tenha necessidade de que as pessoas vivam em função delas, dando-lhes atenção e proteção. É a fase do egocentrismo, predominantemente receptiva. Com o seu amadurecimento, começa a criar uma boa imagem de si, tornando-se mais seguro, e a partir de então, passa a se doar, a se envolver e a participar mais do a mundo. O que acontece é que certas pessoas, por algum motivo, têm dificuldades neste processo de amadurecimento afetivo, mantendo-se essencialmente receptivas e não participativas, exigindo carinho, respeito e atenção, sem se preocuparem da mesma forma com os outros. Fazem-se de vítimas, pobre coitados, sem as responsabilizarem por si.

Conseguem o seu equilíbrio às custas das conquistas exteriores. A primeira frustração que se deparam, não toleram, pois expõe suas fraquezas e isto motiva um quadro de depressão.

Em alguns idiomas, doença e vazio têm a mesma tradução. A doença seria decorrente de um vazio de sentimentos que gera depressão e adoece o ser.

Um indivíduo quando perde a capacidade de se amar, quando a auto-estima está debilitada, passa a ter dificuldade de amar o semelhante, pois o sentimento de amor, de generosidade para com o próximo, é um sentir de dentro para fora. Este sentimento de amor ao próximo, nada mais é do que uma extensão do nosso amor, da nossa sintonia com o Deus interior que nós temos em nós. A pessoa que tem dificuldade nesta composição de amar a si e, por conseqüência, amar o próximo, deixa de receber o amor e a simpatia do outro, e não consegue entra em sintonia com a fonte sublime inesgotável do Amor Divino. Nós limitamos aquilo que recebemos de Deus, na medida do quanto doamos ao próximo. Quem ama muito, muito recebe. Quem pouco ama, pouco recebe. Esse afastamento de si, e por conseguinte de Deus, gera a tristeza, o vazio, a depressão e a doença.

TRATAMENTO

A depressão é um sintoma que nos diz que não estamos nos amando como deveríamos.

O caminho para sairmos dela é preencher este vazio com a recuperação da auto-estima e do amor em todos os sentidos. Primeiro, procurando nos conhecer e nos analisar, com o intuito de nos descobrirmos, sem nos julgarmos, sem nos punirmos ou nos culparmos. E depois, nos aceitarmos como somos, com todas as nossas limitações, mas sabendo que temos toda potencialidade divina dentro de nós, esperando para desabrochar como sementes de luz. Isto nada mais é do que desenvolver a fé em si e no criador, sentimento este que transforma e que nos liga diretamente a Deus.

Uma pessoa consciente de sua riqueza interior passa a ter segurança e fé nas suas potencialidades infinitas, começando a gostar e acreditar em si, amando-se e a partir de então, sentindo necessidade de expandir este sentimento a tudo e todos. Começa assim a se despertar para os verdadeiros valores da vida espiritual, se transformando numa pessoa feliz e sorridente, pois onde existe seriedade, há algo de errado; a seriedade está ligada ao ser doente. Sorria e seja feliz amando e servindo sempre.

A terapia contra a depressão se baseia no amar e no servir, se envolvendo em trabalhos úteis e no serviço do bem. Seja no trabalho profissional, no trabalho do lazer, ou no trabalho de servir ao próximo, o indivíduo se ocupa, exercita o amor, e deixa de se envolver com as lamentações, pois a infelicidade faz seu ninho no escuro dos sentimentos de cada um. Dificilmente conheceremos um deprimido, entre aqueles que trabalham a serviço do bem.

Para doarmos este amor, não basta somente fazermos obras de caridade, temos que nos tornarmos caridosos; antes de fazermos o bem temos que ser bons. Darmos um pão, um agasalho, mais junto colocarmos uma boa dose de afeto e carinho. Ser acima de tudo generosos, que é a caridade com afeto. As pessoas estão com fome de amor, de calor humano, um ombro amigo, um abraço, um aconchego e uma palavra de carinho.

Às vezes, com um simples sorriso, um bom dia, um olhar afetuoso, nós estamos doando energia e transmitindo vida.

O homem alcançou um enorme progresso intelectual, satisfazendo suas necessidades materiais com os avanços tecnológicos. Porém, ainda se depara com enormes dificuldades na convivência fraterna com o seu semelhante. Estamos cada vez mais próximos um dos outros através dos meios de comunicação e, no entanto, mais afastados emocionalmente. Agora, o homem está sentindo a necessidade premente de desenvolver a afetividade, de se envolver, amar e sentir o seu semelhante.

Temos que ressuscitar e liberar a criança que está esquecida dentro de nós. Para resgatarmos esta criança que adormece em nós, é necessário que vejamos o mundo de forma positiva e otimista. A nossa criança interior, geralmente se encontra retraída e oprimida, porque a vida nos apresenta de forma desagradável; ainda não vivemos de forma natural, espontânea e isto gera ansiedade e sofrimento. Como a criança é movida pelo prazer, ela se recolhe e não se manifesta.

A criança não se julga, não se pune. Ela apenas vive o hoje, o agora, integrada perfeitamente a Deus e à natureza. "Deixai vir a mim as criancinhas porque o reino dos céus é de quem vos assemelham" - com estas palavras quis Jesus dizer que teremos que ser puros, autênticos, integrados com a nossa natureza divina, sem fugas ou máscaras, para alcançarmos a nossa evolução espiritual. Ter atitudes simples, como lidar com animais, brincar com crianças, atividades criativas como a pintura, tocar um instrumento, fazer pequenas tarefas domésticas, cozinhar, manter uma conversa amena, contar um caso, ver um bom filme, escutar uma música, cantar, sorrir, ouvir com atenção, olhar com ternura, tocar as pessoas, abraçar, fazer um elogio sincero, curtir a natureza, admirar o por do sol, etc. Estas são tarefas que muito lhe ajudará a reencontrar o equilíbrio e a harmonia interior.

Manter sempre o bom humor. Aquele que tem no ideal de servir uma meta de vida, será sempre uma pessoa feliz. Na vida o que mais importa é o amor e o bem querer das pessoas, viver suas emoções; não se deixar afetar por coisas pequenas. Muitas vezes nos deixamos abater por problemas, que se olharmos com olhos de Espíritos Eternos em passagem pela Terra, não valorizaríamos.

Substituir sentimentos de auto-piedade por vibrações em favor dos que sofrem. Se olharmos com atenção e interesse ao nosso redor, veremos que existem pessoas com problemas muito piores, que o nosso a pedir socorro.

Procurar praticar atividades físicas regulares, como a caminhada, um esporte, um lazer. A mente parada começa a criar pensamentos negativos, que se assemelham a lixos amontoados dentro de casa. Com estas atividades, você estará desviando sua mente destes pensamentos deletérios.

Tornar-se empreendedor, dinâmico, criando idéias novas e construtivas em benefício do semelhante, com motivação para implementá-las, junto ao grupo ou a comunidade que pertence. Não fique estagnado esperando que a coisas aconteçam em seu favor. Aja em favor do próximo e não se surpreenda se você for o mais beneficiado.

Leituras edificantes, uma conversa com um amigo, um terapeuta ou um orientador espiritual, ajuda você a ver o problema por um outro ângulo.

A oração é um recurso indispensável no processo de recuperação. Através dela estabelecemos sintonia com a Espiritualidade Maior, facilitando o caminho para que nos inspirem e revigorem nossas energias.

Não nascemos para sofrer. A vontade de Deus é a nossa alegria e a nossa felicidade. Se sofrermos é por nossa causa. Os nossos problemas e nossas dificuldades devem ser interpretadas como instrumentos para nossa evolução.

Nunca devemos nos deprimir ou nos revoltar contra eles. O melhor aprendizado, é aquele que tiramos de nossa própria vida.

Vocábulo "crise" em algumas línguas podem ter dois significados: a oportunidade ou perigo. Oportunidade de crescimento ou perigo de queda.

O que importa é sabermos que os problemas , que deparamos na vida só surgem quando já temos condições de solucioná-los. Como disse o Mestre Jesus: " O Pai não coloca fardos pesados em ombros fracos". Deste modo, ficamos mais fortes ao saber que temos todas as condições interiores, para enfrentar as dificuldades que a vida nos apresenta.

Ter consciência, que acima de tudo, tem um Deus maior a zelar por nós e que nunca nos abandona. Confiar em Jesus e seguir seu exemplo de vida: "Eu sou o Bom Pastor; tende bom ânimo; não se turbe o vosso coração; vinde a mim vós que andais afatigados, cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei".

SUICÍDIO

Uma das causas de suicídio é o indivíduo se achar impotente e fraco para enfrentar suas dificuldades. Ele se julga inferior, incapaz, vítima da sociedade, desprezando a força que tem. Aí os problemas passam uma dimensão muito maior, e ele se vê impossibilitado para resolvê-los.

Segundo esta linha de raciocínio, não existe pessoa "fraca" a ponto de não suportar um problema, que ele julga, de certa forma, demasiado para si. O que de fato ocorre é que esta criatura não teve força de mobilizar a sua vontade própria para enfrentar aquele desafio. Preferiu fugir, acreditando poder se libertar daquela situação. Só que não irá conseguir, pois a morte é apenas uma mudança de estado. A pessoa continua sendo a mesma, com os mesmos sentimentos e os mesmos problemas.

O mais grave é que o suicida acarreta danos ao seu perispírito. Quando voltar a reencarnar, além de enfrentar os velhos problemas ainda não solucionados, terá acrescido a necessidade de reajustar a sua lesão perispiritual.

Devemos ter a vontade firme de eliminar o mal invasivo da depressão, e vários caminhos podem ser percorridos: tratamento medicamentoso (às vezes necessário), trabalho espiritual incluindo a desobsessão, água fluidificada, passes magnéticos, trabalho beneficente, mudança de atitude mental, etc.

Após iniciado o processo de recuperação é necessário que nos tornemos vigilantes, pois é muito comum a melhora cíclica, com altos e baixos. "Vigiai e orai". É importante aproveitar os períodos de melhora para empreender trabalhos edificantes no bem, consolidando as conquistas efetuadas.

Uma coisa fundamental que devemos ter consciência é que ninguém e nada tem a capacidade de nos fazer infelizes se não quisermos. O centro de gravidade do nosso equilíbrio psico-emocional tem que estar localizado dentro de nós e não nas coisas exteriores.

Não se deve condicionar a sua felicidade a algo que aconteça ou esperar que alguém o faça feliz. Estando com o seu centro de equilíbrio estável, se amando e se aceitando como é, você passa a viver o agora e aceitar as pessoas e as circunstâncias como elas são. Além disto, passamos a ver as qualidades do outro e não os seus defeitos, pois, geralmente vemos o outro como um reflexo do nosso estado íntimo.

Não aceite o convite para sofrer, que venha de outra pessoa ou de você para você mesmo. Proteja-se. Emita pensamentos bons.

Nada pode abalar aquele que alcançou o amor, a paz, a harmonia interior e sobretudo a Fé em Deus.

BIBLIOGRAFIA:

_Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - 2ª edição - FEB - cap. V, item 25

_Franco, Divaldo Pereira - O Homem Integral - 3ª edição - Livraria Espírita Alvorada

_Xavier, Francisco Cândido - Missionários da Luz - FEB - 21ª edição

_Revista Espírita Allan Kardec - Ano X - n. 37

_Xavier, Francisco Cândido - O Consolador - FEB - 13ª edição

_Silva, Marco Aurélio (Dr) - Editora Best


Fonte: http://paginas.terra.com.br/religiao/confrariaconsolador/depressao.htm

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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

SHELTER - HERE WE GO

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O DESAFIO DA AVALIAÇÃO NO COTIDIANO DO EDUCADOR.


O DESAFIO DA AVALIAÇÃO NO COTIDIANO DO EDUCADOR

Patrícia Valéria Bielert do Nascimento [1]



Resumo

O processo avaliativo tem sido mais um dos desafios enfrentados pelo professor no seu cotidiano escolar. O saber avaliar, como avaliar, para quê avaliar e quais as contribuições que esses instrumentos avaliativos vão favorecer a qualidade de educação que pretendemos averiguar no decorrer de nosso trabalho. O professor precisa conhecer o processo avaliativo de forma que saiba identificar as diversidades culturais dos alunos. Entender que estamos buscando uma avaliação qualitativa, visando à formação integral do aluno cidadão, para que ele saiba atuar na sociedade de forma digna, solidária e competente. Mas, para que isso ocorra é importante que o professor se conscientize de que avaliar é mais um desafio que pretendemos vencer de forma processual e dinâmica, tendo a capacidade de mudar nossos instrumentos avaliativos, proporcionando aos alunos prazer em aprender e a construir novos conhecimentos. A arte de ensinar e de aprender estão nas mãos do educador que busca inovar e acredita que o conhecimento universal possa ser compartilhado, incluindo os cidadãos na sociedade.No entanto, as mudanças somente ocorrerão quando nós professores buscarmos, por meio da pesquisa, investigar novas formas de viabilizar o processo avaliativo, visando à formação do aluno cidadão e trazendo para a sala de aula prazer em ser avaliado com qualidade e profissionalismo.

Palavras-Chave: avaliação qualitativa; quantitativa e formativa; desafio.

Avaliar é um processo difícil de executar na prática educativa. O professor, muitas vezes, não tem condições de mensurar e nem de qualificar o conhecimento de seus alunos. Procura, através dos instrumentos avaliativos, formas diferenciadas para averiguar se de fato o aluno aprendeu ou não o novo conhecimento. Mas, há momentos que essas averiguações dão certo e há momentos que ficam a desejar, do ponto de vista dos objetivos esperados pelo professor na sala de aula.
De acordo com Haydt (2002, p. 10-11):

Durante um certo tempo, o termo avaliar foi usado como sinônimo de medir... Mas essa abordagem, que identificava avaliação com medida, logo deixou transparecer sua limitação: é que nem todos os aspectos da avaliação podem ser medidos. (...) Testar significa submeter a um teste ou experiências, isto é, consiste em verificar o desempenho de alguém ou alguma coisa... (...) Medir significa determinar quantidade, a extensão ou o grau de alguma coisa, tendo como base um sistema de unidades convencionais. (...) Avaliar é julgar ou fazer apreciação de alguém ou alguma coisa tendo como base uma escala de valores.

Entender a distinção entre testar, medir e avaliar é de fundamental importância para o professor. Verificar o desempenho dos alunos, descrever os fenômenos das descobertas e interpretar os resultados, ora de forma qualitativa, ora quantitativamente é necessário para que o processo ensino-aprendizagem ocorra de forma significativa na vida acadêmica do aluno.

Mas, nos preocupamos com a formação do professor que ainda se detém em valores quantitativos e se esquece, que está averiguando aprendizagens significativas de seres humanos complexos e multiculturais. Estaria o professor da graduação, da Pós-Graduação preocupado com o que os seus alunos estão aprendendo? Como estão aprendendo? Hoje com as exigências curriculares, percebe-se que o professor tem tentado ser um professor inovador em se tratando da questão avaliativa, mas ainda tem muito que aprender.

Aprender que o universo do conhecimento é amplo e complexo. Compreender que somos seres humanos inacabados e estamos buscando a melhoria da qualidade de ensino, constantemente. O tentar modificar o processo avaliativo nas instituições não é tão simples quanto parece. Requer dos profissionais da educação uma conduta, uma ética profissional, um diagnóstico da realidade na qual está inserido, e mais que isso, compreender o seu aluno em suas dificuldades e possibilidades.

A avaliação é um processo contínuo e permanente na vida de todos os atores envolvidos na arte de educar. Somos avaliados no decorrer de todo o processo. Precisamos de apoio, ajuda, orientação, e até mesmo de um pouco de solidariedade ao avaliarmos e sermos avaliados. O olhar de si e do outro tem que ser interpretado, conforme os objetivos que se pretende alcançar, no decorrer da construção dos conhecimentos.

É interessante analisar outros autores como Bloom, Hastings e Madaus (1983) que conceituam o processo avaliativo como sendo: «[...] a avaliação é um método, um instrumento; portanto ela não tem um fim em si mesma, mas é sempre um meio, um recurso e como tal deve ser usada». Fica parecendo que a avaliação, enquanto instrumento de averiguação de aprendizagens, só se torna fidedigna à medida que o aluno consegue expor seus pensamentos fundamentados numa escrita convencional, facilitando ao professor quantificar os resultados. Mas, na realidade as coisas não funcionam de forma tão precisa, quanto aparentam.

Durante muitos anos, o tema avaliação de aprendizagem foi trabalhado em diferentes perspectivas. E se pensarmos um pouco mais...Como estaria sendo trabalhado hoje? A avaliação tradicional vem ainda deixando seus «ranços» na educação. São poucos profissionais da educação que procuram, pesquisam e tentam modificar suas práticas avaliativas, objetivando a aprendizagem do aluno, procurando mediar seus conhecimentos em prol de sua formação.

A avaliação enquanto processo de diagnose e formação torna-se um desafio para os professores que tentam inovar seus instrumentos e estratégias avaliativas. Quando abordamos a avaliação diagnóstica, estamos nos referindo àquela realizada no inicio do ano letivo, que tem a intenção de verificar o domínio dos conteúdos dos alunos e o domínio ou não dos pré-requisitos, que são necessários para dar continuidade ao processo ensino-aprendizagem. No entanto, são poucos os professores que se preocupam com essa avaliação. No início do ano letivo, já iniciam suas atividades com «disciplina nova e vamos adiante»... «se não viram, já foi. Esse é um novo ano». Isso é o que mais escutamos dos alunos com relação aos professores, no cotidiano escolar. Ou então por parte dos alunos: «aquele professor não deu isso...»; «nós vimos, mas não aprendemos nada de nada...». Respostas evasivas, que não são compreendidas pelo professor, que está iniciando suas atividades naquele contexto.

A problemática continua. A avaliação não é compreendida pelos professores como um processo dinâmico e construtivo. Avaliar para quê? Por quê? É mais um serviço burocrático que temos que fazer. A reclamação é tamanha no preenchimento de fichas e de dados. Mas, por que tanta reclamação se o próprio professor não sabe nem quem é o nº 34 da chamada? Ele considera o seu aluno como mais um número que tem que ser quantificado, no decorrer de sua história. Não há uma consciência de que estamos trabalhando com seres humanos que possuem sentimentos, que pensam, que sabem de seus direitos e deveres, pois, são cidadãos universais.

E ainda nos preocupamos com a formação integral do aluno cidadão, comprometido com a cidadania. Que cidadania é essa que se faz acontecer dentro das instituições escolares, sendo que os alunos ainda não possuem o direito de sugerir alternativas para mudança do processo avaliativo? Há momentos que temos que rever nossos paradigmas com relação às nossas ações no pensar e no fazer pedagógico da sala de aula. Somos mediadores do conhecimento e precisamos rever o processo avaliativo que utilizamos no cotidiano.

Não estamos nos referindo a dizer não às Diretrizes Curriculares Nacionais, mas estamos dizendo que a própria lei dá ao professor e à instituição uma flexibilidade para que se desenvolva a pluralidade cultural em nossas escolas e incentiva a formação integral do homem cidadão. Isso quer dizer que podemos fazer a diferença na aplicabilidade de nossas avaliações no decorrer da história educacional. Podemos ser agentes transformadores e pesquisadores de saberes da prática docente, que irão proporcionar prazer e alegria ao educando que busca o conhecimento, incansavelmente.
De acordo com Freire (1981 p. 52):

O desenvolvimento de uma consciência crítica, que permite ao homem transformar a realidade, é cada vez mais urgente. Na medida em que os homens, dentro de sua sociedade, vão respondendo aos desafios do mundo, vão também fazendo história, por sua própria atividade criadora.

Mudar é preciso e necessário para saber conviver em pleno século XXI. Mudar nossos paradigmas com relação ao que fomos e ao que somos; ao que aprendemos no passado e ao que estamos aprendendo no agora; sendo assim, torna-se um desafio "aprender a aprender", "aprender a ser" e "aprender a fazer" (Delours, 2000, p. 89-99) o processo ensino-aprendizagem ocorrer na sala de aula. Reavaliar nossos conceitos, concepções e valores traz para o nosso mundo real uma visão multidimensional do nosso ser. É preciso ter sabedoria, coragem, determinação, prudência, serenidade para atuar na escola de hoje que é dinâmica, transformadora.

As mudanças não ocorrem por um acaso. Elas obedecem à evolução da humanidade e ao desejo de transformação, levando o homem a atuar no universo de forma progressista. O conhecimento tem chegado de forma assustadora no universo escolar. Com o processo de globalização as informações estão conectadas em rede, e nós não conseguimos acompanhar esse universo informativo que está chegando a todo o momento. E como avaliaríamos tais informações, sendo professores?

É muito complexo entender e compreender essas questões que não deixam de ser avaliativas em nossa vida. Quantas vezes, na sala de aula, o aluno traz informações das quais, nós não estamos preparados para responder? O aprender a ouvir o aluno e estar participando com ele do processo ensino-aprendizagem é outro desafio que teremos que enfrentar no cotidiano escolar.

Entender o humano, como diz Morin (2000), é complexo. A complexidade do pensamento humano liga-se a incertezas e, ao mesmo tempo, busca uma certeza no conhecimento. E o que é o conhecimento? É um aprender a ser avaliado para saber se aprendeu? Por que tantas exigências, sem nem ao menos sabemos para que servem?

O refletir, o pesquisar, o se informar sobre nós, enquanto sujeitos e objetos do conhecimento se torna necessário para compreender o humano. O professor de hoje tem consciência do que é o processo avaliativo, mas tem medo da avaliação. Tem medo de ser avaliado, criticado e de não poder argumentar sobre o processo. Tem medo do olhar do outro sobre «faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço». Ainda existem pessoas que agem dessa forma. Freire (1997) deixa claro em seu livro A Pedagogia da Autonomia, que o professor deve ensinar a corporeificação. Mas como? Se ele nem sabe o que é isso?

Corporificar é buscar ser exemplo ou mesmo referência para os alunos, hoje é importante, pois, muitos se encontram no «olhar que têm de um determinado professor que julga ser o melhor» (Freire, 1997, p.38). Mesmo essa premissa podendo ser falsa, há aqueles que nela acreditam e se fundamentam para conseguir lutar pelos seus sonhos. O professor tem que procurar levar seus alunos a pesquisarem, a se comprometerem, a se auto-avaliarem e serem avaliados pelo grupo, pois a avaliação é um processo natural no desenvolvimento humano. Buscar melhorar seus hábitos e atitudes são essenciais, para que as mudanças ocorram. Somos seres mutáveis e necessitamos de nos inter relacionarmos para transformamos nossas vidas.
Para Freire (1997, p. 44):

Não é apenas preciso mudar, o que, porém exige paciência, uma paciência que eu chamo de impaciente, que exige também conhecimento, humildade e uma pressa não demasiada apressada, quer dizer, você tem que viver um tempo em que você corre e anda também, anda quando pode, corre quando pode.

O tempo é o senhor da sabedoria. Temos que confiar em nossa capacidade de aprender a conhecer o universo cultural em que vivemos. Compreender o ser humano e suas relações no espaço em que vive. Aprender que as mudanças existem e que podemos ser pacientes em diagnosticá-las como processo de transformação ou processo de destruição de nossa própria natureza. Vivemos em um mundo dicotômico, e a partir de suas irreverências, podemos discernir o que seria melhor para a formação de um homem cidadão, político e consciente de sua formação.

Para Esteban (2003), o processo avaliativo não tem que reprovar, mas dar continuidade aos estudos assimilados pelos alunos no decorrer de formação.Para ela, a avaliação é uma prática de investigação. E cabe, a nós professores, levar os nossos alunos a buscar essa investigação, levando em consideração o erro/acerto, o fazer/refazer para aprendermos a construir nossos conhecimentos fundamentados em dados concretos.

Portanto, cabe aos professores pesquisadores, buscarem, em sua prática educacional, instrumentos avaliativos inovadores; alternativas metodológicas de desenvolver habilidades e competências de estar proporcionando aos seus alunos novos desafios, para incentivá-los a buscarem novas descobertas na arte de avaliar. O desafio de descobrir novos caminhos para se avaliar com prazer, pesquisa e descoberta de novos conhecimentos está em nossas mãos, professores/educadores. Somente eles poderão orientar os alunos na construção de novas aprendizagens, proporcionando um ensino de qualidade, visando sua formação.

Referências

ACÚRCIO, Maria Rodrigues Borges (cood.). Questões urgentes na educação. Porto Alegre/Belo Horizonte: Artmed/Rede Pitágoras, 2002. (Coleção Escola em Ação).

BLOOM, Benjamin S.; HASTINGS, Thomas; e MADAUS, George. Manual de avaliação formativa e somativa do aprendizado escolar. São Paulo, Pioneira, 1983.

DELORS; Jacques (org). Educação; um tesouro a descobrir. 4 ed. São Paulo; Cortez; Brasília, DF: MEC: unesco, 2000.

ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Escola, currículo e Avaliação. São Paulo. Cortez, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 3ªed. São Paulo: Editora Paz e Terra S.A., 1997. – (Série cultura, memória e currículo, v. 5)

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem. 6ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2002.

HAYDT, Regina Cazaux . Entrevista com Paulo Freire, Prospectiva. Rio Grande do Sul, nº 22, set. 1994.

MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. Trad. De Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.

Mestre em geografia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU [1]
Professora naUniversidade de Uberaba, Instituto de Formação de Educadores, Graduação.
Bielert@uol.com.br

Fonte: http://www.uniube.br/propep/mestrado/revista/vol04/11/art02.htm

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Pecado capital (cristianismo)



Pecado capital (cristianismo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

(Redirecionado de Sete Pecados Capitais)
Nota: Esta página é sobre os sete pecados capitais instituídos. Se procura outros significados da mesma expressão, consulte Pecado Capital.



Representação dos Sete Pecados Capitais por Bosch.
Representação dos Sete Pecados Capitais por Bosch.
Contemporânea escultura de papel representando os Sete Pecados Capitais.
Contemporânea escultura de papel representando os Sete Pecados Capitais.

Os sete pecados capitais são uma classificação de vícios usada nos primeiros ensinamentos do catolicismo para educar e proteger os seguidores crentes, de forma a compreender e controlar os instintos básicos. Não há registro dos sete pecados capitais na Bíblia Sagrada.

Assim, a Igreja Católica classificou e seleccionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação. A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.

  • Origens Sagradas de Coisas Profundas

De acordo com o livro "Sacred Origins of Profound Things" ("Origens Sagradas de Coisas Profundas"), de Charles Panati, o teólogo e monge grego Evágrio do Ponto (345399) teria escrito uma lista de oito crimes e "paixões" humanas, em ordem crescente de importância (ou gravidade):

  1. Gula
  2. Avareza
  3. Luxúria
  4. Ira
  5. Melancolia
  6. Acedia (ou Preguiça Espiritual)
  7. Vaidade
  8. Orgulho
  • Segundo Evagrius

Para Evagrius, os pecados tornavam-se piores à medida em que tornassem a pessoa mais egocêntrica, com o orgulho ou soberba sendo o supra-sumo dessa fixação do ser humano em relação a si mesmo. No final do século VI, o Papa Gregório reduziu a lista a sete itens, juntando "vaidade" e "soberba" ao "orgulho" e trocando "acedia" por "melancolia" e adicionando "inveja". Para fazer seu própria hierarquia, o pontífice colocou em ordem decrescente os pecados que mais ofendiam ao amor:

  1. Orgulho;
  2. Inveja;
  3. Ira;
  4. Melancolia;
  5. Avareza;
  6. Gula;
  7. Luxúria;
  • Segundo São Tomás de Aquino

Mais tarde, outros teólogos, entre eles, Tomás de Aquino analisaram novamente a gravidade dos pecados e fizeram mais uma lista. No século XVII, a igreja substituiu "melancolia" – considerado um pecado demasiado vago – por "preguiça".

Assim, atualmente aceita-se a seguinte lista dos sete pecados capitais:

Os pecados capitais são praticados rotineiramente e muitas vezes sem que o pecador perceba, passando despercebido. Todos nós cometemos vários pecados que são originados a partir dos pecados capitais, mas somos fracos e movidos constantemente por apenas um.

Os pecados são diretamente opostos às Sete Virtudes, que pregam o exato oposto dos Sete Pecados capitais inclusive servindo como salvação aos pecadores.

Comparação com os demônios

Em 1589, Peter Binsfeld comparou cada um dos pecados capitais com seus respectivos demônios,[1] seguindo os significados mais usados. De acordo com Binsfeld's Classification of Demons, esta comparação segue o esquema:

Referências Biblicas

Provébios 6:16–19

  • (16)Seis são as coisas que o Senhor aborrece
  • e sete as que a sua alma abomina:
  • (17)Olhos ativos, lingua mentirosa,
  • mãos que derramam sangue inocente,
  • (18) um coração que maquina projetos iniquos,
  • pés apressados para o mal,
  • (19) testemunha falsa que profere mentiras,
  • e o que semeia discódias entre irmãos.



Ver também

Referências

BrasiLuso.com Ouve-se uma mensagem sobre cada Pecado Mortal. Comeca com o Mensagem de Orgulho.



Este artigo é um esboço sobre Religião. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.


De: niafabo





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Os sete pecados capitais são uma classificação de vícios usada nos primeiros ensinamentos do catolicismo para educar e proteger os seguidores crentes, de forma a compreender e controlar os instintos básicos. Não há registro dos sete pecados capitais na Bíblia Sagrada.

Assim, a Igreja Católica classificou e seleccionou os pecados em dois tipos: os pecados que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão, e os pecados capitais, merecedores de condenação. A partir de inícios do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.

  • Origens Sagradas de Coisas Profundas

De acordo com o livro "Sacred Origins of Profound Things" ("Origens Sagradas de Coisas Profundas"), de Charles Panati, o teólogo e monge grego Evágrio do Ponto (345399) teria escrito uma lista de oito crimes e "paixões" humanas, em ordem crescente de importância (ou gravidade):

  1. Gula
  2. Avareza
  3. Luxúria
  4. Ira
  5. Melancolia
  6. Acedia (ou Preguiça Espiritual)
  7. Vaidade
  8. Orgulho
  • Segundo Evagrius

Para Evagrius, os pecados tornavam-se piores à medida em que tornassem a pessoa mais egocêntrica, com o orgulho ou soberba sendo o supra-sumo dessa fixação do ser humano em relação a si mesmo. No final do século VI, o Papa Gregório reduziu a lista a sete itens, juntando "vaidade" e "soberba" ao "orgulho" e trocando "acedia" por "melancolia" e adicionando "inveja". Para fazer seu própria hierarquia, o pontífice colocou em ordem decrescente os pecados que mais ofendiam ao amor:

  1. Orgulho;
  2. Inveja;
  3. Ira;
  4. Melancolia;
  5. Avareza;
  6. Gula;
  7. Luxúria;
  • Segundo São Tomás de Aquino

Mais tarde, outros teólogos, entre eles, Tomás de Aquino analisaram novamente a gravidade dos pecados e fizeram mais uma lista. No século XVII, a igreja substituiu "melancolia" – considerado um pecado demasiado vago – por "preguiça".

Assim, atualmente aceita-se a seguinte lista dos sete pecados capitais:

Os pecados capitais são praticados rotineiramente e muitas vezes sem que o pecador perceba, passando despercebido. Todos nós cometemos vários pecados que são originados a partir dos pecados capitais, mas somos fracos e movidos constantemente por apenas um.

Os pecados são diretamente opostos às Sete Virtudes, que pregam o exato oposto dos Sete Pecados capitais inclusive servindo como salvação aos pecadores.

Comparação com os demônios

Em 1589, Peter Binsfeld comparou cada um dos pecados capitais com seus respectivos demônios,[1] seguindo os significados mais usados. De acordo com Binsfeld's Classification of Demons, esta comparação segue o esquema:

Referências Biblicas

Provébios 6:16–19

  • (16)Seis são as coisas que o Senhor aborrece
  • e sete as que a sua alma abomina:
  • (17)Olhos ativos, lingua mentirosa,
  • mãos que derramam sangue inocente,
  • (18) um coração que maquina projetos iniquos,
  • pés apressados para o mal,
  • (19) testemunha falsa que profere mentiras,
  • e o que semeia discódias entre irmãos.



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Hoje é dia do desaparecimento sagrado de Shri Narahari Sarkar Thakura dia 26/11/2024 terça-feira.

Shri Narahari Sarkar Thakura nasceu em Shri Khanda. Shri Krishnadasa Kaviraja Gosvami descreve que os moradores de Shri Khanda f...