segunda-feira, 7 de outubro de 2019

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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

O que é desinformação Olavo de Carvalho

KIT - A Ameaça Russa (4 Livros)

O que é desinformação

Olavo de Carvalho

O Globo, 17 de Março de 2001

Se o público brasileiro não adquirir rapidamente os conhecimentos básicos que o habilitem a reconhecer operações de desinformação pelo menos elementares, toda a nossa imprensa, toda a nossa classe política e até oficiais das Forças Armadas podem se transformar, a curtíssimo prazo, em inermes e tolos agentes desinformadores a serviço da revolução comunista na América Latina .

A maior parte das nossas classes letradas não sabe sequer o que é desinformação. Imagina que é apenas informação falsa para fins gerais de propaganda. Ignora por completo que se trata de ações perfeitamente calculadas em vista de um fim, e que em noventa por cento dos casos esse fim não é influenciar as multidões, mas atingir alvos muito determinados – governantes, grandes empresários, comandos militares – para induzi-los a decisões estratégicas prejudiciais a seus próprios interesses e aos de seu país. A desinformação-propaganda lida apenas com dados políticos ao alcance do povo. A desinformação de alto nível falseia informações especializadas e técnicas de relevância incomparavelmente maior.

O uso de informações falseadas é conhecido nas artes militares desde que o mundo é mundo. “A arte da guerra consiste substancialmente de engodo”, dizia Sun-Tzu no século V a. C. Exemplos de informação falsa usada fora do campo militar estrito aparecem, aqui e ali, na história mundial. Calúnias contra judeus e protestantes nos países católicos, contra os católicos e judeus nos países protestantes foram muitas vezes premeditadas para justificar perseguições. Os revolucionários de 1789 montaram uma verdadeira indústria de informações falsas para jogar a opinião pública contra o rei e, depois, para induzi-la a apoiar as medidas tirânicas do governo revolucionário. O exemplo mais célebre foi a “Grande Peur”, o “Grande Medo”: informações alarmistas espalhadas pelo governo, que, anunciando o iminente retorno das tropas reais – impossível, àquela altura – desencadeavam explosões de violência popular contra os suspeitos de monarquismo; explosões que em seguida o próprio governo mandava a polícia controlar, brilhando no fim com a auréola de pacificador. A história das revoluções é a história da mentira.

Mas tudo isso ainda não era desinformação. Invenção pessoal de Lenin, a desinformação (desinformátsya) consiste em estender sistematicamente o uso da técnica militar de informação falseada para o campo mais geral da estratégia política, cultural, educacional etc., ou seja, em fazer do engodo, que era a base da arte guerreira apenas, o fundamento de toda ação governamental e, portanto, um instrumento de engenharia social e política. Isso transformava a convivência humana inteira numa guerra – numa guerra integral e permanente. Quando Hitler usou pela primeira vez, em 1939, a expressão “guerra total” para designar um tipo moderno de guerra que não envolvia apenas os políticos e militares, mas toda a sociedade, a realidade da coisa já existia desde 1917 na Rússia, mesmo sem combates contra um inimigo externo: o socialismo é a guerra civil total e permanente.

No governo de Lenin, a desinformação era também a regra geral da política externa. A famosa abertura econômica, planejada como etapa dialética de uma iminente estatização total, foi anunciada como sinal de um promissor abrandamento do rigor revolucionário, não só para atrair os capitalistas, mas para dissuadir os governos ocidentais de apoiar qualquer esforço contra-revolucionário. Assim, muitos líderes exilados, desamparados pelos países que os abrigavam e iludidos pela falsa promessa de democratização na Rússia, voltaram à pátria conforme calculado e, obviamente, foram fuzilados no ato. Dos que não voltaram, muitos foram mortos no próprio local de exílio por agentes da Tcheka, a futura KGB.

O uso da informação traiçoeira nessa escala era uma novidade absoluta na política mundial. Para fazer idéia de quanto as potências ocidentais estavam despreparadas para isso, basta saber que os EUA não tiveram um serviço secreto regular para operar no exterior em tempo de paz senão às vésperas da II Guerra Mundial. Outro ponto de comparação: a “ofensiva cultural” soviética – sedução e compra de consciências nas altas esferas intelectuais e no show business – começou já nos anos 20. A CIA não reagiu com iniciativa semelhante senão na década de 50 – e foi logo barrada pela gritaria geral da mídia contra a “histeria anticomunista”.

Não obstante a abjeta inermidade das potências ocidentais ante a Revolução Russa, o governo leninista mantinha o povo em sobressalto, alardeando que milhares de agentes secretos estrangeiros estavam em solo russo armando a contra-revolução. Um dos raros agentes que comprovadamente estavam lá era o inglês Sidney Reilly, um informante mitômano que o Foreign Office considerava pouquíssimo confiável, e do qual a propaganda soviética fez o mentor supremo da iminente invasão estrangeira que, evidentemente, nunca aconteceu. Para avaliar o alcance dos efeitos da desinformação soviética, basta notar que até a década de 70 o livro de Michael Sayers e Albert E. Kahn, “A grande conspiração”, inspirado no alarmismo leninista de 1917, ainda circulava em tradução brasileira como obra séria, com a chancela de uma grande editora. Diante de casos como esse, de autodesinformação residual espontânea, não espanta que os soviéticos tivessem em baixíssima conta a inteligência dos brasileiros, principalmente comunistas.

Operações de desinformação em larga escala só são possíveis para um regime totalitário, com o controle estatal dos meios de difusão, ou para um partido clandestino com poder de vida e morte sobre seus militantes. Qualquer tentativa similar em ambiente democrático esbarra na fiscalização da imprensa e do Legislativo. Não há, pois, equivalente ocidental da desinformação soviética. Um governo pode, é claro, fazer propaganda enganosa, mas não pode fazer desinformação porque lhe faltam os meios para o domínio calculado dos efeitos, que é precisamente o que distingue a técnica leninista. Inversa e complementarmente, a liberdade de informação nos países democráticos sempre foi de uma utilidade formidável para a desinformação soviética, não só pelo contínuo vazamento de informações secretas do governo para a imprensa, mas também pela facilidade de divulgar informações falsas pela mídia ávida de denúncias e escândalos. O célebre general armênio Ivan I. Agayants, por muitas décadas chefe do departamento de desinformação da KGB, chegava a ficar espantado ante a facilidade de plantar mentiras na imprensa norte-americana. Espantado e grato. Ele dizia: “Se os americanos não tivessem a liberdade de imprensa, eu a inventaria para eles.”

NB: Este assunto continua no artigo da semana que vem. Por enquanto, vão apenas tratando de conjeturar, se quiserem, o seguinte: quantos técnicos em desinformação, que aprenderam em Cuba sob a orientação da KGB, são hoje “formadores de opinião” no Brasil?






fonte:ffonter http://olavodecarvalho.org/o-que-e-desinformacao/

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Niilismo político


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Niilismo político

Antes mesmo das eleições presidenciais ocorrerem no ano passado, a crise econômica já estava desenhada, ou melhor, ela já existia, porém o governo camuflava (“pedalava”), com o claro propósito da reeleição. Quando me refiro ao governo, não é só o PT, é também o PMDB que há décadas nos governa. A crise econômica foi represada e veio como um enxurrada. Inflação, restrição de crédito, disparada do dólar, desaceleração, desemprego e perda do grau de investimento, que é o mesmo que ser reconhecido como caloteiro, são aspectos de economia sem uma gestão responsável e competente. É de chorar, como se chora quando nosso time cai para a segunda divisão e tem que ficar no mínimo um ano sofrendo para subir novamente . Como se não bastasse, e um mal nunca vem sozinho, como diz o ditado, junto da crise econômica, temos uma grave crise política. O governo perdeu toda a credibilidade. Os petistas mais conceituados e menos doentes, reconhecem a fragilidade. Isso poderia significar uma oportunidade de mudança, que não deve ocorrer pelo simples fato da oposição ser dotada da mesma fragilidade. Resta saber em quem confiar? Neste momento, o niilismo político impera. Um nada que governa e um nada que tenta fazer oposição. Neste vazio do niilismo poderia se reestabelecer novos princípios que serviriam de base para criar um novo projeto de nação. Projeto de um novo modelo político e de um novo modelo econômico. Modelo político em que a discussão sobre a forma de governo, presidencialismo ou parlamentarismo, é menos importante do que discutir mudanças na Constituição. Primeiro é preciso redefinir as novas regras do jogo. Rever a quantidade de representantes, rever o papel e até a necessidade do Senado, rever os financiamentos das campanhas eleitorais, rever as garantias de imunidade, enfim, todos os elementos necessários para que tenhamos uma política eficiente e decente, que não seja facilmente dominada pela tentação da corrupção. Não precisa ser especialista, nem tão pouco pessimista, para prever que a situação pode ainda piorar. É bem provável que virão mais duas avalições de rebaixamento do nosso grau de investimento, o que determinará menos dinheiro investido no Brasil. A solução dizem que é cortar gastos e aumentar impostos. De que jeito cortar gastos se grande parte dos gastos do governo estão carimbados, ou seja, são obrigações determinadas na Constituição? De que jeito aumentar impostos se já temos uma tributação maior que os países do primeiro mundo, comprometendo a competitividade do setor produtivo? Mudar as leis parece simples, quando se tem legisladores com conhecimento em gestão e desprendimento pelo interesse particular da reeleição. A grande maioria não tem. Quem sabe pensar uma nova constituinte apartidária, com duração por prazo indeterminado, constituída por representantes da sociedade civil? Sem remuneração, é claro, só para medir quantos ainda tem amor pelo Brasil. Algo fora do comum, precisa ser feito pelos brasileiros, caso contrário, só mesmo com a ajuda de uma interferência divina. Quem sabe, afinal, dizem que Deus é brasileiro!


Marcos Kayser
fonte: https://www.tca.com.br/blogdomarcos/2015/09/16/niilismo-politico/

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COMO ESTÃO TE ENGANANDO COM GINÁSTICA MENTAL




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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

As Etapas do Pensamento Sociológico, Raymond Aron. Indicação de leitura.




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Cursos de extensão Universitária que acontecem na UNICAMP: Faculdade de Educação Mês de outubro 2019

PENSAMENTO NUMÉRICO E CONHECIMENTO INTERPRETATIVO DO PROFESSOR
FE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
15/10/2019 até 31/07/2020
08/08/2020 até 10/10/2020
EDU-0271
SENTIDOS, SIGNIFICADOS E REPRESENTAÇÕES DE FRAÇÕES NOS ANOS INICIAIS E NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
15/10/2019 até 09/10/2020
17/10/2020 até 12/12/2020
EDU-0272
DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO ALGÉBRICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS
FE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
15/10/2019 até 19/02/2021
27/02/2021 até 17/04/2021
EDU-0273
LITERACIA E PENSAMENTO ESTATÍSTICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS
FE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
15/10/2019 até 18/04/2021
24/04/2021 até 26/06/2021
EDU-0274
DA CLASSIFICAÇÃO À CONCEITUALIZAÇÃO EM GEOMETRIA
FE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
15/10/2019 até 08/08/2021
14/08/2021 até 09/10/2021
EDU-0275
FORMAS DE VER E ATRIBUIR SENTIDOS E SIGNIFICADOS EM GEOMETRIA
FE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
15/10/2019 até 17/10/2021
23/10/2021 até 11/12/2021
EDU-0276
CONCEITO DE MEDIDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL
FE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
16/02/2018 até 13/10/2019
19/10/2019 até 14/12/2019
EDU-0276
CONCEITO DE MEDIDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL
FE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
15/10/2019 até 20/03/2020
28/03/2020 até 30/05/2020
EDU-0294
PARA UMA EDUCAÇÃO INOVADORA COM TECNOLOGIA DIGITAL
FE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
01/10/2019 até 01/11/2019
18/11/2019 até 05/05/2020
FCH-0025
IMAGENS E MÚSICA POPULAR BRASILEIRA NO ENSINO DE HISTÓRIA
IFCH - INSTITUTO DE FILOSOFIA E 
CIÊNCIAS HUMANAS
01/12/2019 até 10/02/2020
02/03/2020 até 02/06/2020

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Justiça de Rondônia impede mutreta entre indígenas e grupo irlandês




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Conversas sobre Didática,