quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Indicação de leitura. O Ópio dos Intelectuais. Ryamond Aron.

Hoje é dia de Pasankusa jejum de Ekadasi 22- 09/10/2019

Pasankusa jejum de Ekadasi 22


                Yudhisthira Maharaja disse:

                   -Ó Madhusudana, qual é o nome do Ekadasique ocorre durante o quarto-crescente do mês Asvina(setembro/outubro)?  Por favor seja misericordioso e fale-me sobre isto.
                   O Senhor Supremo Sri Krishna respondeu:

                   -Ó rei, ouça por favor enquanto Eu explico as glórias do Pasankusa Ekadasi, o qual remove todos os pecados. Neste dia a pessoa deve adorar, de acordo com as regras e regulações, a Deidade de Padmanabha, o Senhor de umbigo de lótus. Assim fazendo, adquire-se qualquer prazer celestial desejado neste mundo e por fim, se alcança a liberação. Simplesmente por se oferecer humildes reverências ao Senhor Vishnu, aquele que é transportado por Garuda, somente uma única vez, pode-se alcançar o mesmo mérito que é obtido pela execução de grandes penitências com os sentidos completamente controlados por um longo período de tempo. Embora a pessoa possa ter cometido pecados ilimitados, ela pode ainda assim escapar do inferno, simplesmente por prestar suas reverências ao Senhor Hari, o qual remove todos os pecados.

                   Os méritos obtidos por se peregrinar nos tirthas(lugares sagrados) deste planeta terrestre, podem também ser alcançados meramente pelo canto dos santos nomes do Senhor Vishnu(nota 1). Quem quer que cante estes nomes sagrados, tais como Rama, Vishnu, Janardana ou Krishna, especialmente no Ekadasi, nunca irá amorada de Yamaraja. Bem como aquele que jejua no Papankusa Ekadasi, o qual é muito querido por Mim, verá aquela morada.

                   Tanto o vaishnava que critica o senhor Shivaquanto o saivite que Me critica, ambos certamente vão ao inferno. O mérito obtido pela execução de mil Asvamedhayagna e cem Rajasuya, não é igual sequer a um sexagéssimo do mérito alcançado pela pessoa que jejua no Ekadasi. Não há mérito mais elevado que alguém possa obter, do que aquele alcançado pelo jejum no Ekadasi. De fato, nada nos três mundos é tão eficaz ou tão capaz de purificar alguém do pecado, quanto o Ekadasi, o dia do Senhor de umbigo de lótus, Padmanabha.

                   Ó rei, até que a pessoa observe o jejum no dia do Senhor Padmanabha, chamado de Papankusa Ekadasi, ela permanecerá pecaminosa, e as reações dos seus malfeitos passados nunca a abadonarão. Não há mérito em todos os três mundos que possa competir com o mérito alcançado por se observar o jejum neste Ekadasi. Ó rei, nem mesmo o Ganges, Gaya, Kasi, nem Puskara, ou até mesmo o lugar sagrado de Kuruksetra, pode outorgar tanto mérito quanto o Papankusa Ekadasi.

                   Ó Yudhisthira, protetor da terra, após observar o Ekadasi durante o período do dia, o devoto deve permanecer acordado durante a noite, pois assim fazendo, ele alcança facilmente a morada do Supremo Senhor Sri Vishnu. Dez gerações de ancestrais do lado materno, dez gerações do lado paterno e dez gerações do seu conjuge são todos liberados pela simples observação do jejum neste Ekadasi. Todos estes ancestrais alcançam as suas formas transcendentais originais de quatro braços. Usando roupas amarelas e belas guirlandas, eles sobem ao mundo espiritual nas costas de Garuda, o inimigo das serpentes. Esta é a benção que meu devoto alcança simplesmente por seguir um Papankusa Ekadasi corretamente.

                   Ó melhor dos reis, quer a pessoa seja uma criança, um jovem ou um velho, o jejum no Papankusa Ekadasi livra-lo-á dos pecados e fará com que esta pessoa fique imune ao renascimento no sofrimento infernal. Quem quer que observe o jejum neste Ekadasilivra-se de todos os seus pecados e retorna à morada do Senhor Hari. Aquele que doa ouro, sementes de gergelim, terra fértil, vacas, grãos, água potavel, um guarda-chuva, ou um par de sapatos neste dia muito sagrado, nunca terá de visitar a morada de Yamaraja, aquele que sempre pune os pecadores. No entanto se um residente da terra falha em executar atos espirituais, especialmente a celebração do jejum em dias santos tais como o Ekadasi, está dito que a sua respiração não é melhor do que a baforada do fole de um ferreiro.

                   Ó melhor dos reis, especialmente no Papankusa Ekadasi, até mesmo os pobres devem antes de tudo se banhar e então dar alguma caridade e executar outras ativiades auspiciosas de acordo com suas habilidades.

                   Quem quer que execute sacrifícios ou construa poços públicos, locais de descanço, jardins ou casas, não sofrerá as punições de Yamaraja. Realmente, deve-se compreender que uma pessoa certamente executou tais atividades piedosas em sua vida passada, se ela possui longa vida, riqueza, ou nascimento elevado ou então se está livre de todas as doenças. Mas a pessoa que observa o Papankusa Ekadasi, vai para a morada do Senhor Supremo.

                   O Senhor Krishna concluiu:

                   -Então, ó santo Yudhisthira, Eu narrei para você as glórias do Papankusa Ekadasi. Por favor pergunte-Me mais se deseja continuar ouvindo sobre o Ekadasi.
                   Assim acaba a narração das glórias do Papankusa Ekadasiou Asvina-sukla Ekadasi
                                                            do Brahma-vaivarta Purana.

-NOTA-

01-De acordo com o Srimad Bhagavatam, Vishnu é uma encarnação Purusha da expansão quaduplado Sr. Sri Krishna.
                                                                                                 
-FIM-


Para fazer jejum na pratica procure um endereço perto de você na nossa Agenda

Para saber tudo sobre Jejum ou ekadasi clique nos links abaixo:
E
E
E


fonte:  http://radioharekrishna.com/Pasankusa_Ekadasi_jejum_de_Ekadasi_22.html


Obrigado pela visita, volte sempre.

Olavo de Carvalho aula Cristianismo e gnosticismo.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

CLARICE LISPECTOR PARA CRIANÇAS

Resultado de imagem para CLARICE LISPECTOR PARA CRIANÇAS

Objetivos
– Realizar a leitura integral de duas obras de Clarice Lispector.
– Valorizar a leitura literária como experiência estética.
– Compartilhar impressões sobre as obras lidas e identificar semelhanças e diferenças entre elas (tema, enredo e recursos linguísticos utilizados pela autora).
– Utilizar o conhecimento sobre a autora e sobre o mundo para interpretação mais ajustada do texto.
Conteúdo(s)
– Leitura.
Para 3º e 4º Anos
Tempo estimado – Dez aulas.
Material necessário – Exemplares de duas obras escritas por Clarice Lispector: O Mistério do Coelho Pensante (32 págs., Ed. Rocco) e A Mulher Que Matou os Peixes (32 págs., Ed. Rocco) ou cópia dos livros para todos os alunos.
Desenvolvimento
1ª etapa
Antes de iniciar as leituras, apresente a sequência de trabalho. Explicite os motivos que a justificam, a escolha da autora e dos livros que serão compartilhados, as estratégias que serão utilizadas e seus conhecimentos sobre Clarice Lispector, se os possuir. Informe como serão organizadas as atividades, em quantos e em quais dias as leituras serão feitas e os encaminhamentos após cada uma delas.
2ª etapa
A primeira leitura em voz alta a ser realizada é de O Mistério do Coelho Pensante, publicado em 1967 e escrito a pedido de um filho de Clarice, que adorava falar sobre coelhos. O tom coloquial utilizado pela autora faz da obra uma deliciosa conversa com o leitor, convidando-o a pensar sobre os mistérios da vida. No caso desse livro, assim como em A Vida Íntima de Laura (32 págs., Ed. Rocco, 26,50 reais) e Quase de Verdade (32 págs., Ed. Rocco, 29 reais), o personagem principal é um animal e o tema a relação dele com os seres humanos, especialmente, com a própria autora. O coelho pensante, de alguma forma, aprende a escapar da sua gaiola e a voltar para ela, segundo a sua vontade. Essa fuga é revelada nas primeiras páginas do livro. No entanto, o mistério proposto ao leitor é pensar sobre como o animal conseguiu sair da gaiola e mais: quais pensamentos o ajudaram a realizar esse feito incomum?
Para além de encontrar uma resposta a essas perguntas, o livro de Clarice Lispector pode ser encarado como um convite à convivência com o extraordinário, com os mistérios com os quais é preciso compartilhar nossa existência. É fundamental ler a obra anteriormente, para conhecer o seu conteúdo e preparar a melhor forma de apresentá-la aos alunos, planejar e ensaiar a leitura, escolhendo a entonação adequada, o ritmo e os aspectos que deseja ressaltar. Um bom começo de conversa com a classe sobre o livro lido pode ser o título. Que mistério seria esse a que ele faz referência? O que significa dizer que o coelho é pensante? Pelo que as crianças conhecem sobre esse animal, é possível imaginar no que ele pensaria? A ideia dessa conversa não é fazer com que as crianças cheguem a respostas certas, e sim despertar a curiosidade delas sobre o conteúdo da obra e oferecer algumas chaves com as quais elas poderão ler melhor o texto.
3ª etapa
Faça a primeira leitura em voz alta do texto todo ou em partes, conforme o planejado, sem interrupções. Em seguida, proponha uma primeira conversa para garantir a compreensão inicial da obra, procurando não seguir os chamados modelos dos “questionários de interpretação de textos” (isto é, perguntas diretas que requerem respostas únicas).
Comece retomando algum aspecto que chamou sua atenção, destacando um trecho relevante ou engraçado. Releia-o para o grupo e comente suas impressões. Faça como qualquer leitor real faria: dê início a um diálogo inicial sobre o texto que foi compartilhado pelo grupo. Lembre de atuar como modelo de leitor e ajudar as crianças na construção de sentidos para a obra nos momentos em que realiza a leitura em voz alta. A leitura pode ser feita em um ou dois dias, conforme o ritmo da turma. O ideal é que todas as crianças tenham a obra em mãos para que possam acompanhar a leitura e voltar aos trechos ressaltados por você, localizando palavras e expressões que validem suas impressões sobre o livro.
A autora inicia a narrativa fazendo algumas considerações sobre a natureza do coelho, ou seja, sobre aqueles comportamentos que fazem parte do instinto desse animal para, em seguida, informar ao leitor a grande ideia “cheirada” por Joãozinho e o problema apresentado por ela: “Como sair da gaiola sem abrir o tampo ou passar por suas frestas?” O desafio de tentar desvendar esse mistério já pode render uma boa conversa, não apenas sobre o conteúdo mas também sobre o modo como a autora nos apresenta a ele. Faz diferença sabermos qual é o plano de Joãozinho logo nas primeiras páginas do livro? Isso diminui o mistério do enredo?
4ª etapa
Após a conversa inicial, em outra aula, ajude as crianças a analisar a linguagem empregada pela autora. A opção em narrar em primeira pessoa, o tom que aproxima o texto de uma conversa com o leitor, a presença do humor e da ironia são exemplos de recursos que podem ser ressaltados. O livro foi escrito por Clarice a pedido de seu filho – Paulo – a quem a autora/narradora se dirige durante todo o texto, conversando, por meio dele, com todos os leitores da obra.
Verifique se a classe notou o uso da linguagem coloquial e peça que aponte em que trechos isso pode ser observado. Ajude os estudantes, chamando a atenção deles para os recursos utilizados a fim de provocar a sensação de uma conversa com o leitor: uso do pronome “você”, perguntas dirigidas ao leitor, o uso de termos utilizados na linguagem oral (“veja bem”, “pois olhe”, “pois bem” etc.). Conduza a conversa sobre o texto de modo que os alunos possam justificar suas impressões sempre se apoiando no que está escrito.
Durante a leitura compartilhada, procure garantir a participação de todos e esteja atento para que o maior número possível de impressões sobre a obra possa circular entre o grupo. É preciso criar um ambiente no qual as crianças possam comunicar suas impressões, justificando-se no que foi escrito pela autora e compartilhando os procedimentos que utilizaram para construir suas interpretações. Dessa forma, elas estarão ampliando não apenas a sua compreensão sobre o texto mas também o seu repertório de procedimentos leitores.
5ª etapa
Agora é a vez de ler A Mulher Que Matou os Peixes. Laura Sandroni, especialista em literatura infantil, explica no artigo A Obra de Clarice para Crianças que nesse livro “não há propriamente um enredo. A narrativa se constrói sobre momentos da vida da escritora, sempre relacionados aos bichos que possui, aí incluídos aqueles que simplesmente passaram por sua casa – como ratos e baratas.
A forma adotada é a da confissão. Logo de início a narradora/autora diz: ‘Essa mulher que matou os peixes, infelizmente, sou eu. Mas juro que foi sem querer’. A intimidade entre a escritora e o leitor se cria a partir daí e aumenta ao longo do texto, pois Clarice sabe, como poucos, dialogar com seu público, a exemplo de Machado de Assis”.
Antes de ler em voz alta para a meninada, faça uma leitura prévia do texto, marcando trechos que deseja destacar e comentar com o grupo. Planeje como fará a leitura em voz alta, o ritmo e a entonação a serem empregados. No caso desse livro, talvez seja necessário dividir a leitura em vários trechos, já que o texto é mais extenso e nem sempre pode ser produtivo lê-lo todo em um único dia.
Como a obra é composta de pequenas narrativas, planeje interrupções em momentos que não prejudiquem a compreensão do enredo e que criem expectativa sobre os acontecimentos seguintes. Informe à turma que vocês darão continuidade à sequência de trabalho fazendo a leitura de outra obra de Clarice. Como as crianças já conhecem um livro escrito por ela, comece perguntando sobre as expectativas que elas têm a respeito da nova leitura, que antecipações podem fazer sobre o enredo com base no título da obra etc.
Deixe que comentem suas impressões e, em seguida, faça a leitura da quarta capa do livro. O que é possível saber sobre o enredo levando em conta as informações ali apresentadas? Informe que os textos apresentados nessa parte do livro costumam servir de referência para o leitor no momento da escolha da leitura e tem o efeito de uma recomendação literária. Após a leitura integral da obra, novamente deixe espaço para que os alunos comentem suas impressões gerais sobre o texto. Você pode iniciar a conversa fazendo alguma observação sobre uma das histórias dos animais que passaram pela vida da mulher e sua relação com eles.
Nesse primeiro momento, é importante deixar que as crianças também comentem livremente suas impressões sobre esse tema ajudando-as sempre a justificá-las citando trechos do próprio texto ou outros conhecimentos que validem os comentários.
6ª etapa
Retome o livro e converse com a criançada sobre a forma como a autora escolheu narrar o texto. Chame a atenção para o tom confessional utilizado por Clarice que, na primeira frase, já informa ao leitor ser ela a mulher que matou os peixes e, em seguida, apresenta quais serão os seus argumentos de defesa: mostrar seu bom relacionamento anterior com os animais, de modo que possa ser perdoada ao longo da trama por ter esquecido de dar comida aos peixes, matando-os. Para nos convencer de sua inocência, Clarice faz juramentos e ressalta a todo o momento a veracidade de suas histórias. Mostre algumas passagens nas quais esses elementos aparecem e incentive os estudantes a localizar outras.
Ajude-os a refletir sobre os efeitos de sentido provocados pelo uso desses recursos no texto. Questione: se a autora confessasse o seu crime, dizendo ser um acidente, e logo em seguida relatasse várias experiências ruins com os animais o texto teria o mesmo efeito sobre o leitor?
7ª etapa
Pergunte se os alunos observaram alguma relação entre a linguagem utilizada pela autora em A Mulher Que Matou os Peixes e a empregada na obra lida anteriormente (O Mistério do Coelho Pensante). Que semelhanças conseguem observar?
E diferenças? As crianças podem notar que Clarice também adota um tom coloquial para relatar suas experiências com os diferentes animais que passaram por sua vida. Em vários trechos do livro sobre os peixes, ela utiliza os mesmos recursos empregados na obra lida anteriormente: faz perguntas aos leitores, os convida a se apresentar para que ela também os conheça, dirige-se a eles utilizando o pronome você(s) etc. Desafie-os a localizar passagens com esses recursos. É possível ainda que notem a referência feita pela autora ao livro O Mistério do Coelho Pensante.
Em algumas edições da obra que conta a história dos peixes, há até uma ilustração do livro sendo lido por uma menina. Será que há referências também a outros textos da autora? Essa pode ser uma boa oportunidade para apresentar os outros três livros de Clarice dirigidos ao público infantil – A Vida Íntima de Laura, Quase de Verdade e Como Nasceram as Estrelas: Doze Lendas Brasileiras (80 págs., Ed. Rocco, 28 reais) – e convidar o grupo a conhecer um pouco mais de sua obra.
Avaliação
Acompanhe as aprendizagens obtidas pelas crianças observando se elas:
– Prestam atenção ao ouvir a leitura realizada em voz alta e acompanham usando o livro que cada uma tem em mãos;
– Retomam trechos lidos anteriormente, fazendo antecipações coerentes;
– Leem novamente (ou pedem que você releia) trechos, se esforçando para compreender o que não compreenderam inicialmente;
– Pedem ajuda (para você e os colegas) para compreender melhor as leituras;
– Recorrem ao contexto para compreender palavras e/ou expressões desconhecidas;
– Participam das conversas apreciativas, validando suas impressões com base em trechos do texto e considerando as demais ideias apresentadas pelo grupo;
– Estabelecem relações entre as leituras propostas nesse trabalho e outros textos conhecidos e experiências vividas;
– Identificam elementos característicos do estilo da autora ao escrever para crianças, com base na relação que estabelecem entre os livros lidos.
Créditos: Denise Guilherme – Formadora de professores e idealizadora do site Leitura em Rede

fonte: https://www.soescola.com/2015/12/clarice-lispector-para-criancas-2.html

Obrigado pela visita, volte sempre.

Conversas sobre Didática,