sábado, 9 de janeiro de 2021

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Hoje 09/01/2021 é dia sagrado de jejum de sri saphala ekadasi. Lendo a história e os benefícios ma Podcast conservador






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Hoje é dia do sagrado jejum de Sri Saphala Ekadasi. dia 09/01/2021. Sábado. História abaixo das bênçãos. matérias e espirituais do jejum.

   
Yudhishthira Maharaja disse:  "ó Sri Krishna, qual o nome do Ekadashi que ocorre durante a quinzena obscura do mês de Pausha (dez/jan)?  Como é observado, e qual Deidade é adorada nesse dia?  Por favor narra-me isso plenamente, ó Janardana."
 
   A Suprema Personalidade de Deus respondeu:  "ó melhor dos reis, porque desejas ouvir, descreverei plenamente para ti as glórias do Pausha-krishna Ekadashi.
 
   Não fico tão satisfeito pelo sacrifício ou caridade, como fico quando Meus devotos observam um jejum total no Ekadashi.  Conforme sua melhor possibilidade, portanto, a pessoa deve jejuar no Ekadashi, o dia do Senhor Hari.
 
   ó Yudhishthira, urge que ouças com atenção indesviável as glórias do Pausha-krishna Ekadashi, que cai no Dvadasi.  Conforme expliquei anteriormente, não se deve diferenciar entre os muitos Ekadashis.  ó rei, para beneficiar a humanidade em geral agora descrever-te-ei o processo de observar Pausha-krishna Ekadashi.
 
   Pausha-krishna Ekadashi também é conhecido como Saphala Ekadashi.  Neste dia sagrado se deve adorar o Senhor Narayana, pois Ele é sua Deidade governante.  Deve-se seguir o método anteriormente descrito de jejuar.  Assim como entre as serpentes Shesha-naga é a melhor, entre as aves Garuda é o melhor, entre os sacrifícios Ashvamedha-yajna é o melhor, entre os rios a Mãe Ganga é a melhor, entre os deuses o Senhor Vishnu é o melhor, e entre os seres  bípedes os brahmanas são os melhores, assim também entre todos dias de jejum, Ekadashi é o melhor.  ó principal dos reis nascidos na dinastia Bharata, quem quer que observe estritamente Ekadashi se torna muito querido por Mim e verdadeiramente adorável para Mim de qualquer maneira.  Agora ouça enquanto descrevo o processo para observar Saphala Ekadashi.
 
   No Saphala Ekadashi Meu devoto deve adorar-Me oferecendo-Me frutas frescas segundo o tempo, lugar e circunstância, e por meditar em Mim como a completamente auspiciosa Personalidade Suprema.  Ele deve oferecer-Me frutas jambira, romãs, betel, côco, goiaba, nozes, cravos, mangas, e diferentes tipos de especiarias aromáticas.  Também deve oferecer-Me incenso e luminosas lamparinas de ghee, pois tal oferenda de lamparinas no Saphala Ekadashi é especialmente gloriosa.  O devoto deve tentar ficar acordado a noite toda. Agora por favor ouça com a atenção indesviável enquanto te conto quanto mérito se obtém se jejuar e permanecer acordado durante a noite inteira.  ó melhor dos reis, não existe sacrifício ou peregrinação que confira mérito equivalente ou maior que o mérito que se obtém por jejuar no Saphala Ekadashi.  Tal jejum - particularmente se a pessoa puder permanecer acordada a noite toda - confere o mesmo mérito ao fiel devoto como se realizasse austeridade durante cinco mil anos.  ó leão entre os reis, por favor ouça a gloriosa história deste Ekadashi.
 
   Uma vez havia uma cidade chamada Campavati, que era governada pelo santo Rei Mahishmata.  Tinha ele quatro filhos, o mais velho dos quais, Lumpaka, sempre estava ocupado em atividades muito pecaminosas - sexo ilícito com as esposas de outros, jogatina, e contínua associação com conhecidas prostitutas.  Seus maus atos gradualmente reduziram a fortuna de seu pai, o Rei Mahishmata.  Lumpaka também se tornou muito crítico para com os semideuses e brahmanas, e a cada dia blasfemava Vaisnavas.  Afinal o Rei Mahishmata, vendo a condição de seu filho, exilou-o na floresta.  Por medo do rei, até mesmo parentes compadecidos não acorreram em defesa de Lumpaka, tão zangado estava o rei e tão pecaminoso era Lumpaka.
 
   Desnorteado em seu exílio, Lumpaka pensava consigo mesmo:  "Meu pai me mandou embora, e até meus familiares não levantaram nenhuma objeção.  Que devo fazer agora?"  Ele tramava pecaminosamente e pensava:  "Vou voltar furtivamente para a cidade, oculto nas trevas e roubar todas riquezas.  Durante o dia ficarei de longe na floresta, e à noite retornarei para a cidade."  Pensando assim, Lumpaka entrou na escura floresta.  Matava muitos animais durante o dia, e de noite roubava artigos valiosos da cidade.  Os habitantes da cidade pegaram-no diversas vezes, porém por temor ao rei deixaram-no sozinho.  Pensavam que devia ser devido aos pecados de seus nascimentos pretéritos que perdera suas facilidades reais e que agia tão pecaminosamente.
 
   Embora um carnívoro, Lumpaka também comia frutas todo dia.  Residia sob uma velha árvore banyan que por acaso era muito querida pelo Senhor Vasudeva.  De fato, muitos adoravam-na como o deus de todas árvores da floresta.  No devido decorrer do tempo, enquanto Lumpaka estava realizando tantas atividades pecaminosas e condenáveis, chegou Saphala Ekadashi.  Na véspera de Ekadashi, Lumpaka teve que passar a noite inteira sem dormir devido ao frio severo e sua pouca roupa de cama.  O frio não só roubou-lhe toda tranquilidade mas também quase o matou.  Quando o sol se levantou, seus dentes batiam e ele estava em coma, e durante toda manhã daquele dia, Ekadashi, ele não conseguia acordar de seu estupor.
 
Árvore Sagrada Banyan Figueira da Bengala. É a árvore nacional da Índia
   Quando o meio-dia do Saphala Ekadashi chegou, o pecaminoso Lumpaka finalmente voltou a si e conseguiu levantar de seu lugar sob a árvore banyan.  Mas a cada passo tropeçava e caía no chão.  Como um coxo, andava lenta e hesitantemente, sofrendo grandemente pela fome e sede em meio à selva.  Tão fraco estava Lumpaka que nem sequer conseguiu matar um só animal naquele dia.  Em vez disso, viu-se reduzido a coletar quaisquer frutas que tivessem caído ao solo.  Na hora em que retornou para a árvore banyan, o sol se pusera.
 
   Colocando as frutas no chão perto dele, Lumpaka começou a berrar:  "Oh, que infelicidade!  Que devo fazer?  Querido pai, a que ponto cheguei?  ó Sri Hari, por favor seja misericordioso para comigo e aceite estas frutas!"  Novamente foi forçado a ficar acordado a noite toda sem dormir, mas nesse meio tempo a Suprema Personalidade de Deus, Madhusudana, ficara satisfeito com a oferenda de Lumpaka das frutas silvestres, e Ele as aceitou.  Lumpaka sem querer observara um jejum completo de Ekadashi, e assim pelo mérito que angariou naquele dia, recuperou seu reino sem maiores obstáculos.
 
   Ouça, ó Yudhishthira, o que aconteceu com o filho do Rei Mahishmata quando apenas um fragmento de mérito brotou dentro de seu coração.
 
   Enquanto o sol nascia belamente na manhã seguinte ao Ekadashi, um lindo cavalo aproximou-se de Lumpaka e postou-se perto dele.  Ao mesmo tempo, uma voz repentinamente falou do céu claro e azul:  "Este cavalo é para ti, Lumpaka!  Monta nele e rapidamente cavalga para saudar tua família!  ó filho do Rei Mahishmata, pela misericórdia do Senhor Vasudeva e a força de mérito que adquiriste por observar Saphala Ekadashi, teu reino lhe foi devolvido sem quaisquer empecilhos maiores.  Tal é o benefício que adquiriste por jejuar neste dia auspicioso. Agora vai até teu pai e desfruta de teu devido lugar nesta dinastia."
 
   Ao ouvir estas palavras celestiais, Lumpaka montou no cavalo e cavalgou de volta para a cidade de Campavati.  Pelo mérito que acumulara por jejuar no Saphala Ekadashi, ele se tornara um belo príncipe novamente e pode absorver sua mente nos pés de lótus da Suprema Personalidade de Deus, Hari.  Em outras palavras, ele se tornara Meu devoto puro.
 
   Lumpaka ofereceu a seu pai, o Rei Mahishmata, suas humildes reverências e uma vez mais aceitou suas responsabilidades de príncipe.  Vendo seu filho decorado com ornamentos Vaisnavas e tilaka, o Rei Mahishmata deu-lhe o reino, e Lumpaka governou sem oposição por muitos e muitos anos.  Sempre que ocorria Ekadashi, ele adorava o Senhor Supremo com grande devoção.  E pela misericórdia de Sri Krishna ele obteve uma bela esposa e bom filho.  Na velhice Lumpaka entregou seu reino a seu filho - assim como seu pai, o Rei Mahishmata, havia feito com ele - e então foi para a floresta servir o Senhor Supremo com a mente e sentidos controlados.  Purificado de todo desejo material, abandonou seu corpo e retornou ao lar, de volta para Deus, obtendo um local próximo aos pés de lótus do Senhor Sri Krishna. ó Yudhishthira, quem se aproxima de Mim como Lumpaka fez será completamente liberto da lamentação e ansiedade.  Na verdade, qualquer pessoa que observe corretamente este glorioso Saphala Ekadashi - mesmo que seja sem saber, tal como Lumpaka - se tornará famosa neste mundo.  Tornar-se-á perfeitamente liberada na morte e retornará para Vaikuntha.  Quanto a isso não há dúvida.  Além do mais, quem quer que simplesmente ouça as glórias do Saphala Ekadashi, obtém o mesmo mérito derivado por quem realiza um Rajasuya-yajna, e no mínimo vai para o céu em seu próximo nascimento."
 
   Assim termina a narrativa das glórias do Pausha-krishna Ekadashi ou Saphala Ekadashi, do Bhavishya-uttara Purana.


domingo, 27 de dezembro de 2020

Olavo de Carvalho: Os componentes essenciais da técnica...

Os componentes essenciais da técnica filosófica são:

1. A anamnese pela qual o filósofo rastreia a origem das suas idéias e assume a responsabilidade por elas.

2. A meditação pela qual ele busca transcender o círculo das suas idéias e permitir que a própria realidade lhe fale numa experiência cognitiva originária.

3. O exame dialético pelo qual ele integra a sua experiência cognitiva na tradição filosófica, e esta naquela.

4. A pesquisa erudita pela qual ele se apossa da tradição.

5. A hermenêutica pela qual ele torna transparentes para o exame dialético as sentenças dos filósofos do passado e todos os demais elementos da herança cultural que sejam necessários para a sua atividade filosófica.

6. O exame de consciência pelo qual ele integra na sua personalidade total as aquisições da sua investigação filosófica.

7. A técnica expressiva pela qual ele torna a sua experiência cognitiva reprodutível por outras pessoas.
Todos os grandes filósofos do passado praticaram esse conjunto de técnicas e muitos se referiram a elas em suas obras, mas nenhum se ocupou em fazer delas uma exposição abrangente e sistemática. [...]



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