segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Indicação de leitura de leitura #48 Curso de Pedagogia no Brasil – história e formação com pedagogos Autora: Giseli Barreto da Cruz

Curso de pedagogia no Brasil: história e formação com pedagogos primordiais

Viviane Lovatti Ferreira


RESENHAS

Curso de pedagogia no Brasil: história e formação com pedagogos primordiais

Viviane Lovatti Ferreira

Pós-Doutoranda do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. vlovatti@usp.br

GISELI BARRETO DA CRUZ. RIO DE JANEIRO: WAK EDITORA, 2011, 218 p

O livro é fruto da pesquisa de doutorado da autora, que aborda a história do curso de Pedagogia no Brasil, basicamente por meio da análise dos depoimentos de Pedagogos brasileiros e da legislação oficial que regulamentou o curso durante sua trajetória. A questão central foi saber como se posicionavam aqueles pedagogos que foram testemunhas dos tempos iniciais de implantação do curso no país. A pesquisa esteve voltada para os depoimentos dos que obtiveram formação em Pedagogia desde 1939 - ano de criação e implantação do curso - até 1969 - quando foi homologado o parecer 252/69, que imprimiu mudanças significativas na composição curricular do curso. A autora trabalhou com os depoimentos de 17 pedagogos formados nas décadas de 1940, 1950 e 1960, sendo 9 formados em instituições públicas e 8, em instituições privadas do país.

A escolha dos sujeitos foi fundamental para definir a composição de um grupo representativo que vivenciou a fase inicial do curso. Tais pedagogos foram definidos pela autora como "primordiais", pela dupla condição apresentada: por terem vivenciado a fase de implantação do curso como alunos de graduação em Pedagogia, e por terem se consolidado na área de educação como formadores e pesquisadores, mantendo-se atuantes e influentes desde então1. Apenas um dos entrevistados não possui graduação em Pedagogia, mas seu depoimento não poderia deixar de compor o quadro pretendido para a pesquisa pelo fato de ter vivido de perto os anos iniciais de formação do curso como integrante do corpo docente da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo - FFCL/USP.

A autora destaca que a maioria dos entrevistados exerceu, em algum momento de sua trajetória profissional, funções referentes ao ofício de pedagogo, tais como: inspetor de ensino na esfera federal; técnico de planejamento; curriculista no contexto dos sistemas estadual e federal; diretor, coordenador pedagógico ou orientador educacional.

Com base na questão central da pesquisa, o roteiro para a realização das entrevistas semiestruturadas seguiu alguns eixos de análise: trajetória de formação e atuação; trajetória de estudante no curso de Pedagogia; trajetória de pedagogo, de formador e de pesquisador; e posições defendidas sobre a Pedagogia, a fim de discutir a natureza dos conhecimentos e sua materialização no curso. O referencial teórico adotado foi diverso e plural, "tal como é diversa e plural a Pedagogia" (p. 26).

O livro é apresentado em quatro capítulos. No capítulo 1, "O curso de Pedagogia no Brasil: uma revisão histórica", a autora apresentou alguns traços da trajetória do curso de Pedagogia no país a fim de situar historicamente a discussão, porém a autora esclarece que não se propõe a fazer uma pesquisa histórica acerca da formação docente. Para isso, ela faz uma discussão sobre quatro marcos legais que regulamentaram a trajetória do curso de Pedagogia.

O primeiro marco data de 1939, quando o governo federal promulgou o decreto-lei n. 1.190/39, criando o curso de Pedagogia ao organizar a Faculdade Nacional de Filosofia - FNFi. Os anos de 1930 foram marcados por importantes iniciativas no campo educacional, dentre elas o trabalho desenvolvido pelos institutos de educação, tendo como base as experiências escolanovistas. A autora aborda o papel dos institutos de educação para justificar que a Pedagogia já fazia parte do contexto universitário antes mesmo de constituir um curso. Ao ser criado, o curso visava à formação de bacharéis em Pedagogia para ocuparem os cargos técnicos em educação, fato que representou, conforme sua opinião, uma distorção da própria concepção da FFCL, uma vez que sua função seria a de formar "um núcleo de pesquisas não profissionais, voltado especificamente para a formação cultural e específica, por meio dos estudos históricos, filosóficos e sociológicos, principalmente" (p. 36). Quando licenciado, o pedagogo poderia lecionar nas escolas normais, instituições responsáveis pela formação de professores primários. Dessa forma, os cursos de Pedagogia passaram a ser objeto de disputa - para a formação do professor primário - e de crítica - devido à sua natureza e função.

O segundo marco data de 1962, com a aprovação do parecer CFE 251/62, estabelecendo novo currículo mínimo e nova duração para o curso. Apesar da reformulação, o curso manteve a dualidade bacharelado versus licenciatura.

O terceiro marco data de 1969, com a aprovação do parecer CFE 252/69, que veio acompanhado da resolução CFE n. 2/1969, novamente instituindo um currículo mínimo e outra duração para o curso. A partir de então, o curso de Pedagogia foi fracionado em habilitações técnicas, formando especialistas voltados aos trabalhos de planejamento, supervisão, administração e orientação educacional. Tais habilitações passaram a definir o perfil profissional do pedagogo. A Didática tornou-se disciplina obrigatória, sendo, antes, um curso realizado à parte para se obter a licença para o magistério. A Reforma Universitária de 1968 (lei n. 5.540/68) trouxe mudança significativa para o curso de Pedagogia, que deixou de fazer parte da Faculdade de Filosofia para integrar a Faculdade de Educação, instituída pela reforma. Essa fragmentação do trabalho pedagógico gerou inúmeras críticas desde os anos de 1970, desencadeando um movimento de reformulação dos cursos de Pedagogia nos anos de 1980, com o amparo da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação - Anfope. Esta obteve o aval do Conselho Federal de Educação - CFE -, que passou a aceitar propostas alternativas ao disposto no terceiro marco legal. Com isso, "muitas instituições, progressivamente, foram incorporando novas habilitações ao Curso de Pedagogia, voltadas essencialmente para a docência" (p. 50).

No quarto marco, é abordada a resolução CNE n. 1, de 10/4/2006, que fixou diretrizes curriculares, inaugurando nova fase para o curso no que diz respeito à formação dos profissionais da educação. O pedagogo passa a assumir o perfil de um profissional capacitado para atuar no ensino, na organização e na gestão do trabalho pedagógico em diferentes contextos educacionais.

A partir do segundo capítulo, a autora se dedica essencialmente à analise dos depoimentos. No capítulo 2, "Trajetórias e memórias de pedagogos primordiais: os primordios do curso de Pedagogia no Brasil", enfatiza a forte relação parental entre o curso normal e o curso de Pedagogia. Em todos os depoimentos, há fortes indícios de que o curso de Pedagogia se firmou como uma continuidade natural do curso normal, uma vez que o trabalho desenvolvido na escola normal foi nele se consolidando, pois os professores que lecionavam nas escolas normais - não pedagogos, com formações diversas -vieram a compor os quadros docentes dos cursos de Pedagogia. Para a grande maioria dos entrevistados, o curso normal era o meio para se obter a formação docente, enquanto o curso de Pedagogia - além de formar professor para o curso ginasial e para a escola normal - não explorava suficientemente esse ofício. Isto é, o curso de Pedagogia, por fornecer uma sólida formação teórica, foi fundamental para o processo de formar o "pensador" da educação. Os depoimentos também apresentam: um curso de Pedagogia desvinculado da realidade escolar; uma ênfase na abrangência da Pedagogia, amparada por diferentes áreas disciplinares; a multiplicidade teórica do curso; a centralida- de nos estudos clássicos de educação; uma bibliografia predominantemente estrangeira, exigindo um domínio de diferentes línguas por parte dos alunos; a criação do hábito de estudos em grupo; curso tradicional, marcado exclusivamente pelo predomínio de aulas expositivas, trabalhos de interpretação de texto e provas de arguição oral; a forte presença da pesquisa no curso, tanto no sentido de impulsionar investigações científicas no país quanto a formação de pesquisadores.

No capítulo 3, "Trajetórias e memórias de pedagogos primordiais: relatos sobre o curso de Pedagogia no Brasil", a autora se refere ao ambiente altamente politizado que os estudantes do curso de Pedagogia frequentaram nos anos de 1960. Em muitos casos, esse clima teria sido mais determinante do que a cultura específica da sala de aula. Para grande parte dos entrevistados, o ambiente acadêmico, a cultura universitária e, principalmente, o movimento estudantil foram meios diferenciais na sua formação, sendo que grande parte deles frequentou o curso entre os anos de 1958 e 1968, década de forte efervescência política no país.

São posteriormente apresentados os diferenciais entre o curso de que esses sujeitos fizeram parte como estudantes e o curso em que atuaram como formadores. Segundo a autora, a perda da densidade teórica constituiu característica básica na visão desses pedagogos ao atuarem como formadores. Além disso, destacam-se também o papel secundarizado dos estudos clássicos em educação, a dificuldade de construção de sínteses e o baixo capital cultural dos alunos. Apenas uma entrevistada vê os anos de 1980 como um período frutífero devido, principalmente, ao surgimento de uma literatura predominantemente brasileira e de caráter progressista.

Em um terceiro momento, são discutidas as significativas mudanças que a Reforma Universitária de 1968 imprimiu ao sistema de ensino superior, principalmente com as implicações do terceiro marco (parecer CFE n. 252/69), que introduziu as habilitações técnicas no curso de Pedagogia, fracionando a formação do pedagogo em especializações. No tocante às habilitações, os entrevistados questionam o seu papel no currículo, embora admitam que tais habilitações buscaram imprimir no curso os possíveis papéis que um pedagogo deveria assumir. Ao mesmo tempo em que possibilitou outras frentes de atuação, o curso tornou-se disperso diante das diversas possibilidades formativas, demandando a produção de um corpus teórico que fundamentasse as habilitações.

Finalmente, a autora se dispõe a desvelar a visão dos entrevistados sobre as diretrizes curriculares de 2006 do curso de Pedagogia. Se ao longo de sua trajetória, o curso esteve afastado da escola primária, agora as relações com esta se estreitam. Ele passa a ser a instância responsável pela formação de professores, tendendo a assumir o perfil de um curso normal superior. A análise das entrevistas aponta três aspectos relevantes: o afastamento da teoria - diante da diversidade de temas propostos - gerando fragmentação do curso devido ao excesso de disciplinas; o não-lugar das habilitações, uma vez que a formação do pedagogo se volta para a docência, embora permaneça o ofício designado pelas habilitações; e a docência como base da formação do pedagogo. Os entrevistados consideram que a docência é necessária ao trabalho do pedagogo, mas não somente ela, expressando o receio de se secundarizar a própria Pedagogia. Nesse sentido, os pedagogos primordiais percebem nas diretrizes curriculares de 2006 um esvaziamento do que é próprio da Pedagogia.

No capítulo 4, "Concepções de pedagogos primordiais: a posição do curso de Pedagogia no contexto do campo acadêmico", a intenção é analisar como esse grupo de pedagogos situa o curso de Pedagogia no contexto do campo acadêmico e como entende a Pedagogia como área de conhecimento. Segundo a autora, situá-la como ciência da Educação ainda é um ponto muito questionável, uma vez que os entrevistados possuem posicionamentos diversos: para alguns, a Pedagogia é uma ciência; para outros, é algo insuficientemente definido; para outros ela precisa ser ciência para se tornar legítima.

Quanto ao contexto acadêmico, a autora entende que, apesar de a Pedagogia teorizar sobre a educação, as diferentes áreas das ciências humanas também contribuem para isso. Ela apresenta porém um diferencial em relação às demais áreas, que é o objetivo de formulação de diretrizes para a prática educativa.

O desenvolvimento da pós-graduação no Brasil também é fator de destaque nos depoimentos. Para os entrevistados, a pós-graduação contribuiu substancialmente para a construção da pesquisa em educação no Brasil, fazendo crescer o corpo teórico sobre a área educacional, porém tal fato não representou um avanço para o curso de Pedagogia. Boa parte dos entrevistados cursou pós-graduação no exterior, impulsionando a criação e o desenvolvimento dos programas de pós-graduação em educação por todo o país. As ideias pedagógicas alcançaram maior circularidade a partir dos anos de 1980, aumentando a produção acadêmico-científica por meio da pós-graduação. Se, por um lado, a pós-graduação favoreceu a formação qualificada de docentes para o curso de Pedagogia, por outro, os problemas da prática pedagógica não têm sido suficientemente explorados nas pesquisas, e a falta de continuidade nas investigações é apontada como um problema.

Ao concluir, a autora afirma que, apesar de a Pedagogia se apresentar fragilizada diante de outras áreas de conhecimento, ela é uma área que comunga dos saberes interdisciplinares, possuindo uma dimensão plural e assimétrica na relação entre a Filosofia e a ciência, e na relação teoria e prática.

Recomendo a leitura desta publicação, pois ela apresenta importante contribuição para a área educacional e, especialmente, para o campo da história da educação brasileira por contemplar a história do curso de Pedagogia no Brasil por meio dos depoimentos de pedagogos que vivenciaram os primórdios desse curso, seja pela vivência como alunos, seja pela fecunda contribuição de seus trabalhos, mantendo-se influentes e atuantes como formadores e pesquisadores na área educacional.

  • 1
    O grupo de pedagogos entrevistados é formado por 14 mulheres e 3 homens, sendo eles: Alda Junqueira Marin, Amélia Americano Domingues de Castro, Bernardete Angelina Gatti, Carmem Silvia Bissoli da Silva, Celestino Alves da Silva Júnior, Célia Frazão Soares Linhares, Eulina Fontoura de Carvalho, Ilma Passos Alencastro Veiga, Jorge Nagle, José Cerch Fusari, Leonor Maria Tanuri, Maria Amélia Santoro Franco, Maria Aparecida Forest Ferreira da Costa, Marlene Alves de Oliveira Carvalho, Selma Garrido Pimenta, Vera Maria Candau e Vera Maria Nigro de Souza Placco.

Curso de Pedagogia no Brasil – história e formação com pedagogos

R$60,00

ISBN 978-85-7854-150-7

Autora: Giseli Barreto da Cruz

Formato: 16x23cm

220 páginas

Ano de publicação: 1º edição – 2011

Resumo:

A partir do estudo de 17 entrevistas realizadas com pedagogos brasileiros, o leitor poderá encontrar no texto subsídios para revisitar a história do curso com base nos seus marcos legais; reconhecer aspectos característicos do início do curso e os diferenciais notados ao longo da sua trajetória, em função das mudanças históricas, políticas e sociais; e discutir a posição da Pedagogia no contexto do campo acadêmico. O livro se destina aos estudantes de Pedagogia, aos professores que atuam como formadores desse curso, aos pedagogos que trabalham em contextos escolares e não escolares, aos pesquisadores da área e a todos aqueles que se interessam pelo que a Pedagogia é e pelo papel do seu curso na formação do educador.



Descrição

Giseli Barreto da Cruz possui graduação em Pedagogia pela Universidade Santa Úrsula (1992), especialização em Supervisão, Orientação e Administração Escolar pela Universidade Federal Fluminense (1996), mestrado (2002) e doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2008). Realizou estágio pós doutoral (CNPq PDJ) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2011), sob a supervisão da professora Marli André. Atualmente é professora adjunta da Faculdade de Educação da UFRj, membro do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e coordenadora do GEPED – Grupo de Estudos e Pesquisas em Didática e Formação de Professores. Anteriormente, atuou na educação básica exercendo as funções de docente e de pedagoga em redes públicas de ensino. Reúne significativa experiência na área de Educação, como professora e pedagoga, atuando com organização do trabalho pedagógico, currículo, avaliação, pesquisa, formação e prática docente. Tem se dedicado a pesquisas sobre Pedagogia, Didática e Formação de Professores.

fonte https://www.scielo.br/j/cp/a/p3BzbbfqjHJF5gpyJbSmLMy/?lang=pt


 

Curso de Pedagogia no Brasil – história e formação com pedagogos



Sumário:

PREFÁCIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1

O CURSO DE PEDAGOGIA NO BRASIL: UMA REVISÃO HISTÓRICA

1.1 O primeiro marco legal do curso (1939)

1.2 O segundo marco legal do curso (1962)

1.3 O terceiro marco legal do curso (1969)

1.4 O quarto marco legal do curso (2006)

1.5 Embates no (per) curso do curso

CAPÍTULO 2

TRAJETÓRIAS E MEMÓRIAS DE PEDAGOGOS PRIMORDIAIS:

OS PRIMÓRDIOS DO CURSO DE PEDAGOGIA NO BRASIL

2.1 Curso Normal e Curso de Pedagogia: uma relação parental

2.1.1 A normalização impressa pela Escola Normal

2.1.2 A força do Curso Normal no processo de se fazer professor e a força do Curso de Pedagogia no processo de se fazer pensador da educação

2.2 Diferentes filiações disciplinares: a força/fraqueza da Pedagogia?

2.2.1 A multiplicidade teórica

2.2.2 O afastamento da prática

2.2.3 A presença da pesquisa

2.2.4 O perfil dos professores

CAPÍTULO 3

TRAJETÓRIAS E MEMÓRIAS DE PEDAGOGOS PRIMORDIAIS:

RELATOS SOBRE O CURSO DE PEDAGOGIA NO BRASIL

3.1 Diferenciais entre as décadas de 1940/1950 e 1960

3.2 Diferenciais entre o curso de formação e o curso de atuação como formador

3.3 Diferenciais impressos pelas alterações advindas dos marcos legais – as marcas de um marco…

3.4 Diferenciais impressos pelas diretrizes curriculares de 2006

CAPÍTULO 4

CONCEPÇÕES DE PEDAGOGOS PRIMORDIAIS: A POSIÇÃO DO

CURSO DE PEDAGOGIA NO CONTEXTO DO CAMPO ACADÊMICO

4.1 Pedagogia e Educação: uma relação indissociável

4.2 Pedagogia e cientificidade: uma conexão necessária?

4.1.1 Sobre a natureza do saber pedagógico

4.1.2 Sobre a cientificidade da Pedagogia

4.3 Curso de Pedagogia e Faculdade de Educação

4.4 O Curso de Pedagogia e a construção da pesquisa em educação no Brasil

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS



Psicanalise - O Que Ela Pode Fazer Por Voce 

por Lenilson Ferreira (Autor)
Neste livro, o psicanalista Lenilson Ferreira nos convida a desvendar um pouco mais o vasto mundo da Psicanálise.
Para que ela serve? Como é uma sessão de análise? Quando procurar um psicanalista? Deitar ou não no divã? Essas são algumas das questões respondidas neste livro numa linguagem leve e didática.
Utilizando exemplos de alguns pacientes, o autor nos explica como o tratamento psicanalítico pode nos ajudar - e muito - a vencer obstáculos e a tornar nossa vida mais gratificante e feliz.

Obrigado pela visita, volte sempre.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Indicação de leitura 48: A Corporação: A História Secreta do Século XX e o Início do Governo Mundial do Futuro, Nicolas Hagger. E outros livros.

História Secreta do Ocidente: História Secreta do Ocidente,  Nicolas Hagger.

Ao mapear as atividades das organizações secretas, esse livro apresenta uma narrativa cronológica de todas as revoluções, da Renascença (que começou em 1453) até a Revolução Russa. Cobre as realizações mais importantes de todos os revolucionários lendários, como Robespierre e Lênin. Mostra como as visões utópicas de sociedades ideais acabam em massacres e decapitações, contendo assim uma advertência. Cada revolução é apresentada em termos de uma dinâmica em quatro partes, nova e original. Um idealista tem uma visão oculta, que outros enunciam em termos intelectuais. Ela é corrompida por um regime político e tem como resultado a supressão física (como nos expurgos de Stálin). O sumário, no final de cada capítulo, inclui tabelas que resumem essa dinâmica, de acordo com cada revolução. Por reunir uma grande quantidade de informações inéditas, esse estudo é inovador.







A Corporação: A História Secreta do Século XX e o Início do Governo Mundial do Futuro, Nicolas Hagger.


Existe uma ameaça que seja comum à globalização, à Comunidade Econômica Europeia (CEE) e à guerra no Oriente Médio? Por que os Estados Unidos invadiram o Iraque se as razões relacionadas com a existência de armas de destruição em massa naquele país e os vínculos entre Saddam e a Al-Qaeda eram equivocadas? É com a guerra contra o terror que devemos nos preocupar acima de tudo ou estamos olhando na direção errada? Nicholas Hagger, filósofo, historiador e intérprete da história mundial contemporânea, insere esses eventos num contexto que abrange os últimos 100 anos e, desse modo, proporciona uma releitura histórica controversa e desafiadora. Desde a Revolução Russa de 1917 até os dias atuais, muito mais do que conflitos isolados e a busca por liberdade e democracia, por outro, o autor prova que são o dinheiro e o petróleo que têm provocado os acontecimentos mais catastróficos do nosso tempo. E por trás desses eventos existe um padrão identificável, uma força motriz inexorável, que pode nos conduzir a um governo mundial. E por trás desse padrão, há interesses subliminares e organizações secretas que prejudicam a integridade das nações e ameaçam levar o mundo a uma assustadora Nova Era Mundial.


  • The Syndicate: The Story of the Coming World Government (2004)
  • A História Secreta do Ocidente: A Influência das Organizações Secretas na História Ocidental da Renascença ao Século 20 (2005)





Nasceu em 22 de maio de 1939, em Londres, Inglaterra; filho de Cyril Francis Osborne (um oficial do governo local) e Norah Harrison (Broadley) Hagger; casou-se com Caroline Virginia Mary Nixon, em 16 de setembro de 1961 (casamento encerrado em 16 de setembro de 1971); casou-se com Madeline Ann Johnson, em 22 de fevereiro de 1974; filhos: (primeiro casamento) Nadia Alethea Hagger Gibbons; (segundo casamento) Matthew Osborne, Anthony Osborne. 
 
CARREIRA:

Gregory, Rowcliffe & Co. (solicitors), London, England, articled clerk, 1957-58; British Council, Londres, conferencista em inglês na University of Baghdad, 1961-62, professor na Tokyo University of Education, Keio University, e conferencista na Tokyo University, all 1963-67, conferencista na University of Libya, 1968-70; professora primária em Londres, Inglaterra, 1971-73, professora sênior de inglês e chefe de departamento, 1973-85; fundador do Oak-Tree Group of Schools: Oaklands School, Loughton, England, diretor, 1982--. Coopersale Hall School, diretor, 1989--; Normanhurst School, diretor, 1996--; Braeside School, diretor, 2015--. Oak-Tree Books Ltd., diretor editorial, 1984-86. Otley Hall, Suffolk, Inglaterra, proprietário da casa histórica, 1997-2004.

 
TRABALHO:

ESCRITOS:

  • Scargill, o stalinista? Oak-Tree Books, 1984.
  • The Fire and the Stones: A Grand Unified Theory of World History and Religion; The Vision of God in Twenty-five Civilizations, Element Books (Rockport, MA), 1991.
  • Selected Poems: A Metaphysical's Way of Life, Element Books (Rockport, MA), 1991.
  • O Universo e a Luz: Uma Nova Visão do Universo e da Realidade, Element Books (Rockport, MA), 1993.
  • A White Radiance: The Collected Poems, 1958-1993, Element Books (Rockport, MA), 1994.
  • A Mystic Way: A Spiritual Autobiography, Element Books (Rockport, MA), 1994.
  • Awakening to the Light: Diaries, Volume I: 1958-1967, Element Books (Rockport, MA), 1994.
  • A Spade Fresh with Mud: Collected Stories, Volume 1, Element Books (Rockport, MA), 1995.
  • A Smell of Leaves and Summer: Collected Stories, Volume 2, Element Books (Rockport, MA), 1995.
  • Os Warlords: do Dia D a Berlim; A Verse Drama, Element Books (Rockport, MA), 1995.
  • Overlord: The Triumph of Light, 1944-1945; An Epic Poem, quatro volumes, Element Books (Rockport, MA), 1995-97.
  • The Tragedy of Prince Tudor (drama em verso), Element Books (Rockport, MA), 1999.
  • The One and the Many, Element Books (Rockport, MA), 1999.
  • Wheeling Bats and a Harvest Moon: Collected Stories, Volume 3 , Element Books (Rockport, MA), 1999.
  • The Warm Glow of the Monastery Courtyard: Collected Stories, Volume 4 , Element Books (Rockport, MA), 1999.
  • The Syndicate: The Story of the Coming World Government , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2004.
  • Wheeling Bats and a Harvest Moon: Collected Stories, Volume 3 , Element Books (Rockport, MA), 1999.
  • The Warm Glow of the Monastery Courtyard: Collected Stories, Volume 4 , Element Books (Rockport, MA), 1999.
  • The Syndicate: The Story of the Coming World Government , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2004.
  • A História Secreta do Oeste: A Influência das Organizações Secretas na História Ocidental da Renascença ao Século 20 , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2005.
  • The Light of Civilization: How the Vision of God has Inspired All the Great Civilizations , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2006.
  • Classical Odes: Poems on England, Europe and a Global Theme, and of Everyday Life in the One, 1994-2005 , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2006.
  • Overlord, The Triumph of Light, 1944-1945, edição de um volume , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2006.
  • Collected Poems 1958-2005 , O-Books (Hampshire, UK), 2006.
  • Collected Verse Plays, que inclui Ovid Banished (1999) e The Rise of Oliver Cromwell (2000) O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2007.
  • Collected Stories, A Thousand One Mini-Stories ou Verbal Paintings , que inclui In the Brilliant Autumn Sunshine: Collected Stories, Volume 5, (2007), O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2007.
  • The Secret Founding of America: The Real Story of Freemasons, Puritans and the Battle for the New World , 2007, Watkins Publishing, reeditado por Watkins (Londres) 2016.
  • The Last Tourist in Iran: From Persepolis to Nuclear Natanz , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2008.
  • The Rise and Fall of Civilizations: Why Civilizations Rise and Fall and What Happens When they End , O-Books (Hampshire, UK), 2008.
  • The New Philosophy of Universalism: The Infinite and the Law of Order , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2009.
  • The Libyan Revolution: Its Origins and Legacy, A Memoir and Assessment , O-Books (Hampshire, UK), 2009.
  • Armageddon: The Triumph of Universal Order, um poema épico sobre a guerra contra o terrorismo e os cruzados da Guerra Santa , O-Books (Hapmshire, Reino Unido), 2010.
  • The World Government: A Blueprint for a Universal State State , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2010.
  • The Secret American Dream: The Real Story of Liberty's Empire and the Rise of a World State , Watkins Publishing, 2011.
  • A New Philosophy of Literature: The Fundamental Theme and Unity of World Literature, The Vision of the Infinite and the Universalist Literary Tradition , O-Books (Hampshire, UK), 2012.
  • A View of Epping Forest , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2012.
  • My Double Life 1: This Dark Wood, O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2015.
  • My Double Life 2: A Rainbow over the Hills , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2015.
  • Selected Stories: Follies and Vices of the Modern Elizabethan Age , O-Books (Hampshire, UK), 2015.
  • Poemas selecionados: Quest for the One, O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2015.
  • The Dream of Europa: The Triumph of Peace , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2015.
  • Life Cycle and Other New Poems, O-Books (Hampshire, UK), 2016.
  • The First Dazzling Chill of Winter: Collected Stories, Volume 6 , O-Books (Hampshire, UK), 2016.
  • The Secret American Destiny: The Hidden Order of the Universe and the Seven Disciplines of World Culture , Watkins (Londres), 2016.
  • Peace for our Time: A Reflection on War and Peace and a Third World War , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2018.
  • Estado Mundial: Introdução à Federação Unida do Mundo, Como um governo mundial eleito democraticamente pode substituir a ONU e trazer a paz , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2018.
  • Constituição Mundial: Constituição da Federação Unida do Mundo , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2018.
  • King Charles the Wise: The Triumph of Universal Peace , O-Books (Hampshire, Reino Unido), 2018.
  • Visions of England: Poems selected by The Earl of Burford , O-Books (Hampshire, UK), 2019.

Redator, The Times (Londres), 1970-72. Homem de letras / autor de 50 livros, incluindo livros de literatura, história, filosofia e quatro outras disciplinas. Na literatura, é autor de mais de 1.200 contos, 2.000 poemas, 2 poemas épicos, 5 peças em verso, 2 máscaras, 2 travelogues e 3 autobiografias. Colaborador de revistas. Aparições no rádio e na TV, incluindo 25 transmissões ao vivo para os Estados Unidos em 2007 a respeito da fundação da América. Em 2016 recebeu o Prêmio Gusi da Paz de Literatura. Arquivo de artigos e manuscritos como uma coleção especial mantida na Biblioteca Albert Sloman da Universidade de Essex (o catálogo pode ser visto online).

 
TRABALHOS EM ANDAMENTO:

Cartas selecionadas : cartas de Nicholas Hagger durante os últimos 50 anos.

 

Luzes laterais

Nicholas Hagger disse à CA: "O fio que percorre minha vida e meus escritos é minha busca bem-sucedida por uma realidade metafísica que costumava ser encontrada no cristianismo no século XVII, mas agora é mais provável de ser encontrada nas religiões orientais e nos novos abordagem que este conhecimento pode dar à cultura ocidental.

"Eu logo percebi que minha busca exigia uma abordagem interdisciplinar. Com minha jovem esposa (e mais tarde, minha filha), comecei a experimentar outras religiões e culturas. Ao aceitar empregos em universidades no exterior por meio da agência do British Council, Vivi primeiro no Iraque sob o Islã e depois no Japão, onde tantos poetas ensinaram, onde fui professor. Visitei muitos países do Extremo Oriente, incluindo a China, onde fui o primeiro ocidental a descobrir a Revolução Cultural durante uma visita em 1966. Então me mudei para a Líbia para visitar as ruínas romanas de Sabratha e Leptis Magna e me descobri uma testemunha ocular da Revolução de Gaddafi. Trabalhei para a inteligência britânica, lidando com nacionalistas, e vi as limitações do nacionalismo em primeira mão.

"De volta a Londres no início dos anos 1970, abandonei o ensino universitário e renovei minha vida mística. Para estender minha experiência e mergulhar na vida - e para arranjar tempo para meu trabalho de inteligência, conforme descrevo em My Double Life 1: This Dark Wood- Eu me ofereci para ensinar em uma escola para meninos carentes e subnormais, alguns dos quais aparecem em minhas histórias. Descobri que podia escrever mais ensinando nas escolas do que nas universidades. Com uma nova esposa e família, deixei o mundo da inteligência e me tornei chefe de inglês em Londres por 11 anos. Na década de 1980, voltei à minha infância em Essex, onde comprei e assumi o comando de Oaklands, uma pequena escola de Epping Forest que eu havia frequentado. Eu fundei o Coopersale Hall em 1989 fora da lista de espera para Oaklands, e agora é a maior e mais próspera escola de seu tipo em West Essex. Adquiri a Normanhurst em 1997 e a Braeside em 2015. Comecei com estudantes universitários no início da década de 1960 e acompanhei os problemas de alfabetização desde o ensino médio até a escola primária na década de 1980.Então, enfrentei os problemas em sua origem e descobri que minha abordagem era extremamente popular entre os pais.

"Em 1997, adquiri Otley Hall, Suffolk, uma casa histórica, onde Bartholomew Gosnold teria planejado sua viagem ao Novo Mundo em 1602, quando nomeou Martha's Vineyard, e em 1606/7, quando fundou o Jamestown Settlement. Abri Otley Hall ao público e tinha 40.000 visitantes, incluindo muitos americanos.Eu o vendi em 2004 para lidar com compromissos de redação cada vez mais pesados.

“Agora, emprego cerca de 330 funcionários em quatro instituições. Livre do ensino, posso escrever todos os dias, seja em Essex ou na Cornualha, e agora estou trabalhando no meu 51º livro.

Em meus 1.200 contos, tento ser visual e buscar uma imagem em linguagem nova. Muitas das minhas histórias são epifanias ou revelações do ser. Como Blake sabia, tudo tem seu contrário, e eu uno opostos heterogêneos em imagens, então tento reconciliá-los dentro de uma harmonia ou padrão subjacente. Tento capturar momentos de grande alegria e sofrimento e sugiro que eles têm uma unidade subjacente. Em meus 2.000 poemas (incluindo mais de 300 odes clássicas), tentei uma visão completa da cultura ocidental. Os conteúdos / títulos de todas as minhas histórias e poemas podem ser vistos no meu site.

Escrevi dois longos poemas épicos: Overlord: O Triunfo da Luz, Um poema épico baseado nos eventos de 1944-1945 (41.000 versos em branco), que tem um herói americano, Eisenhower, e segue sua perseguição a Hitler após D -Dia 1944-1945 - Pude, assim, retrabalhar o tema jamesiano do americano na Europa, dando-lhe uma dimensão histórica; e Armagedom: o triunfo da ordem universal, um poema épico sobre a guerra ao terrorismo e os cruzados da guerra santa (25.000 versos em branco), que tem George W. Bush como seu herói de 11 de setembro até as guerras no Afeganistão e O Iraque e seu conflito com Bin Laden, que tinha bombas nucleares. Voltei à tradição épica de Homero (que também escreveu dois poemas épicos), Virgil, Dante, Milton e Pound, que visitei em 1970.

“Meu objetivo em toda a minha escrita é mostrar uma tela panorâmica e refletir esta Idade e seus conflitos intelectuais em termos da visão mística harmoniosa do Fogo ou Luz de Santo Agostinho, Dante e Eliot. Espero tornar as pessoas mais conscientes de uma forma literária do Fogo ou Luz universal, que é conhecido por todas as gerações e culturas ao longo da história registrada, e que todos podem potencialmente conhecer. Minha sensibilidade é mais européia do que exclusivamente inglesa. Meu ser humano ideal teve uma visão unitiva de o universo, instintivamente entende a Teoria de Tudo e está repleto de beleza espiritual e um profundo senso de propósito cósmico. Abordei os maiores temas da Era: descobertas desconcertantes no universo, avanços científicos, progresso do estado-nação para o universal estado, a divisão entre Leste e Oeste,o desafio da Nova Era ao Cristianismo, a propagação do misticismo e da religião oriental, o desafio ao racionalismo e uma visão puramente social do homem. Todo o desenvolvimento da Era pode ser encontrado em meu trabalho.

"Como mostra meu site (http://www.nicholashagger.co.uk/writings), meus 50 livros estão em 7 disciplinas: literatura; misticismo; história; religião comparada; filosofia; política internacional e política internacional; e cultura. como 7 faixas em um arco-íris, todas unidas dentro da minha filosofia de Universalismo. Universalismo considera o universo como uma unidade com uma fonte, o Um, e vê a humanidade como um todo unificado e, portanto, cada disciplina como um todo unificado que está interconectado com todas as outras disciplinas dentro do Um:

• Meu universalismo literário reflete essa visão do universo em 2.000 poemas, incluindo mais de 300 odes clássicas sobre a tradição cultural europeia, 2 épicos poéticos (sobre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra ao Terror), 5 peças em verso, 2 máscaras, mais de 1.200 contos, 2 travelogues e 3 autobiografias; e identifiquei o tema fundamental da literatura mundial em A New Philosophy of Literature .

• Em meu Universalismo místico, registrei todas as experiências conhecidas do Fogo ou Luz em todas as culturas do mundo em The Light of Civilization , e descrevi minhas próprias 93 experiências da Luz (e as listei nos apêndices) em minhas duas mais recentes autobiografias My Double Life 1: This Dark Wood e My Double Life 2: A Rainbow over the Hills .

• Em meu Universalismo histórico, vejo a história como um todo e mostrei 25 civilizações, cada uma passando por 61 estágios em O Fogo e as Pedras e A Ascensão e Queda das Civilizações . Todas as civilizações começam com uma visão mística e terminam no secularismo. A civilização norte-americana é a mais jovem dos 25 e atingiu o estágio 15, o mesmo estágio que a civilização romana alcançou quando o Império Romano começou. Escrevi uma trilogia americana: A Fundação Secreta da América , O Sonho Americano Secreto e O Destino Americano Secreto .

• Meu Universalismo religioso considera todas as religiões do mundo como um todo com uma essência comum, a Luz, e essa perspectiva pode ser encontrada em O Fogo e as Pedras e A Luz da Civilização .

• Meu universalismo filosófico é apresentado em O Universo e a Luz , O Um e os Muitos e, mais recentemente, em A Nova Filosofia do Universalismo , que relaciona uma visão atualizada de todas as ciências à realidade metafísica. Minha filosofia vê a humanidade em relação ao universo como os antigos gregos, e se afasta da lógica estreita e da análise lingüística da filosofia do início do século XX. Sigo os passos do filósofo americano Whitehead.

• Meu universalismo político pode ser encontrado em minhas obras de política internacional e política internacional, como The World Government e, mais recentemente, em World State e seu volume complementar World Constitution . Nessas obras, continuei a tradição de clamar por um estado mundial democrático que foi iniciado depois de 1945 por Truman, Einstein, Churchill, Eisenhower, Gandhi, Russell, JF Kennedy e Gorbachev. Um estado mundial resolveria todos os nossos problemas internacionais atuais declarando a guerra ilegal, abolindo as armas nucleares, combatendo a fome, as doenças e a pobreza e abordando os problemas financeiros e ambientais mundiais - com relação à humanidade como um todo.

• Em meu Universalism cultural in The One and the Many e The Secret American Destiny, eu restauro a perspectiva metafísica da cultura mundial e a vejo como um todo. Convoquei uma revolução metafísica no lançamento de meus dois primeiros livros em 1991 e repeti meu apelo em muitas ocasiões desde então.

"Estou muito ciente de que tenho um papel mundial. Atuei como uma ponte entre o Reino Unido e os EUA, focando na fundação da América a partir de Otley Hall. Atuei como uma ponte entre o Reino Unido e a Europa em minhas Odes Clássicas e minha primeira mascarada O Sonho da Europa , que celebra os 70 anos de paz na Europa. Meus dois épicos poéticos e obras como Paz para o nosso tempo mostram os horrores e a miséria da guerra na Europa e no Oriente Médio desde o ano em que nasci em 1939. (Quando menino, vivi sob as bombas voadoras de Hitler no distrito eleitoral de Churchill.) Em 2016, recebi o Prêmio Gusi da Paz de Literatura em Manila e apresentei uma solução para os problemas do mundo no Estado Mundial e defendi a paz mundial. descrever em Paz para o nosso tempoFui convidado a visitar o presidente Assad em uma missão de paz para a Síria, mas ele adoeceu pouco antes de eu entrar. Vejo além do nacionalismo a convivência de toda a humanidade em paz e prosperidade sem as 72 guerras travadas atualmente pela ONU foi incapaz de prevenir, e as 14.900 armas nucleares. Toda a humanidade é espiritualmente igual e estou ciente de tentar criar, por meio de meus livros, um mundo melhor que possa ser desfrutado por nossos alunos e netos. "





Os Donos do Poder por Raymundo Faoro.

Ensaio fundamental, acadêmico, para a compreensão da formação social e política brasileira. Partindo das origens portuguesas de nosso patronato político, o autor demonstra como o Brasil foi governado, desde a colônia, por uma comunidade burocrática que acabou por frustrar o desenvolvimento de uma nação independente. Sua análise abarca o longo período que vai da Revolução Portuguesa do século XIV até a Revolução de 1930 no Brasil. Esta edição foi revista e acrescida de um índice remissivo.

 


Raymundo Faoro foi um jurista, cientista social, historiador e escritor brasileiro. Autor de um importante livro sobre a formação política e social do Brasil, Os donos do poder, Faoro explicou como o Brasil consolidou-se como uma república burocrática que concentra os poderes nos mesmos grupos desde o período colonial.

As interpretações weberianas de Faoro colocam-no como um liberal, no entanto, durante a ditadura civil-militar brasileira, houve uma intensa aproximação entre o intelectual e partidos e personalidades políticas da esquerda brasileira.

Em sua extensa carreira, o intelectual atuou como Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, advogado, cronista e colunista, presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ocupou uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

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Biografia Raymundo Faoro

Raymundo Faoro nasceu no município de Vacaria, no interior do Rio Grande do Sul, em 27 de abril de 1925. Faoro era filho de agricultores gaúchos que se mudaram para a cidade de Caçador, no interior de Santa Catarina. No local, o menino teve a oportunidade de continuar seus estudos no curso secundário (atual Ensino Médio). De volta ao Rio Grande do Sul, Faoro cursou Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, obtendo seu diploma de bacharelado em 1948.

O intelectual começou a escrever para a imprensa ainda enquanto estudante universitário, e, no ano de 1947, ele contribuiu para a fundação de uma revista de crítica artística e literária importante para o cenário jovem na cidade de Porto Alegre na época: a revista Quixote. Ao longo de sua vida, contribuiu para vários periódicos, alguns de bastante renome no cenário político e econômico nacional.

Na década de 1950, Raymundo Faoro advogava até ser selecionado, por meio de concurso público, para assumir o cargo de Procurador do Estado do Rio Grande do Sul. Em 1958, o sociólogo brasileiro lançava a sua primeira e mais influente obra, o livro Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. Esse livro, no entanto, demorou a ser percebido, estudado e vendido.

Um importante livro de análise da história política do Brasil. [1]
Um importante livro de análise da história política do Brasil. [1]

De inspiração sociológica pela obra do sociólogo alemão clássico Max Weber, Faoro era um liberal convicto, principalmente no sentido político da palavra. A ditadura civil-militar brasileira, que aconteceu entre 1964 e 1985, despertou o empenho de Raymundo Faoro em lutar pelos direitos e contra a opressão do governo sanguinário que deixou seu mais pesado fardo aos brasileiros entre 1968 e 1977, durante os chamados “anos de chumbo” da ditadura.

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O pensador brasileiro teve a sua primeira obra (Os donos do poder) reeditada e ampliada no ano de 1974, o que fez com que uma grande quantidade de intelectuais e lideranças políticas que resistiam à ditadura, tanto democratas quanto marxistas, passasse a ler o sociólogo. Nessa época, enquanto advogado, Faoro representou uma importante figura da resistência pacífica contra o governo ditatorial, lutando contra os chamados Atos Institucionais e pela anistia dos presos e exilados políticos.

Entre 1977 e 1979, Faoro foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mostrando-se como um forte aliado na luta pela redemocratização brasileira. A sua biografia, exposta em página dedicada à sua memória no site da Academia Brasileira de Letras, afirma que partiu da sede da OAB, no Rio de Janeiro, “a primeira grande denúncia circunstanciada contra a tortura de presos políticos”.

A página também afirma que a casa do intelectual no Rio tornou-se, após a anistia e a redemocratização, um ponto de políticos, como Tancredo Neves e Luís Inácio Lula da Silva (o ex-presidente Lula)|1|. Lula, inclusive, convidou Faoro para concorrer em sua chapa como vice-presidente em 1989, convite que foi recusado.

Em 23 de novembro de 2000, Raymundo Faoro foi eleito para ocupar a cadeira número seis da Academia Brasileira de Letras. Ele faleceu em 15 de maio de 2003, na cidade do Rio de Janeiro, aos 77 anos de idade.

Ideias de Raymundo Faoro

Raymundo Faoro assentou as suas teorias na grande estrutura sociológica do pensador alemão Max Weber. Entre as décadas de 1940 e 1980, a maior parte dos sociólogos brasileiros estava alinhada ao método materialista histórico dialético de Karl Marx. Raymundo Faoro, na contramão dessa maior parte (vale lembrar que os sociólogos marxistas eram formados em Sociologia, enquanto Faoro formou-se em Direito e estudou e produziu sociologia fora do ambiente acadêmico), alinhou-se ao método de análise sociológica weberiana, ou seja, ao método compreensivo. Em relação aos princípios políticos, ele era liberal.

Dois conceitos são muito importantes para a compreensão da obra de Raymundo Faoro:

  • Estamento burocrático

A palavra estamento designa uma forma de sociedade em que não há (ou quase não há) mobilidade social. Um exemplo de sociedade estamental é a que foi estabelecida dentro do feudalismo e estendeu-se para os Estados nacionais monarcas europeus, marcados pelas linhagens nobres.

Para Faoro, o Brasil foi formado como um estamento burocrático, pois criou-se aqui uma burocracia estatal, desde os tempos coloniais, que privilegiou certas classes, como uma burguesia poderosa, que se mantiveram desde então no poder. Algumas famílias advindas da elite colonial dominam (ou deram origem a outras famílias que dominam) a economia política até hoje.

Segundo Faoro, o poder no Brasil concentra-se nas mesmas famílias desde o período colonial.
Segundo Faoro, o poder no Brasil concentra-se nas mesmas famílias desde o período colonial.

A burocracia estatal era algo estudado e defendido por Weber, inclusive como meio de legitimar o poder e o monopólio da violência dado ao Estado. No entanto, Faoro enxerga que a burocracia no Brasil foi criada e mantida de outra forma, por meio do patrimonialismo.

  • Patrimonialismo

O patrimonialismo é a forma de governar brasileira que leva o governo do âmbito público como se fosse privado. Em vez de criar-se um esquema de composição do Estado e de governança baseado na impessoalidade e na imparcialidade, o brasileiro tende a levar as coisas de modo pessoal, sem grandes preocupações constitucionais e jurídicas.

Veja também: Gilberto Freyre – grande estudioso da formação social brasileira

Raymundo Faoro comunista ou liberal?

Um intelectual de esquerda ou de direita? Intelectuais e personalidades dos dois grandes lados políticos quiseram tomar para si a obra e o intelecto de Faoro. Com a reedição de Os donos do poder em 1974, tanto marxistas quanto democratas brasileiros que se opunham ao governo militar juntaram-se na análise e na interpretação dessa obra. A luta contra a ditadura militar e a redemocratização do Brasil colocaram o sociólogo em contato com lideranças de esquerda no país na década de 1980, como o ex-presidente Lula.

Raymundo Faoro foi presidente da OAB entre 1977 e 1979.
Raymundo Faoro foi presidente da OAB entre 1977 e 1979.

O autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, um conservador e admirador da obra de Faoro, fala da incorporação das teorias do sociólogo na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), que se formou no Brasil na década de 1980 como nova alternativa política de esquerda após a redemocratização. Enquanto grande parte da direita e da esquerda tenta trazer a obra faoriana para si, algumas pessoas com certa influência de formação de opinião, para além de Olavo de Carvalho e estendendo-se a personalidades ligadas a sérios movimentos liberais, empurram a obra de Faoro para o lado esquerdo.

Faoro, no entanto, nunca adotou uma postura de afastamento das ideias liberais. Também nunca adotou uma postura marxista em sua teoria, distanciando-o, ao menos sociologicamente, de um pensamento de esquerda.

Notas

|1| Para acessar a página da Academia Brasileira de Letras, clique aqui.

Crédito da imagem

[1] Biblioteca Azul (Reprodução)

 

Por Francisco Porfírio
Professor de Sociologia





A Nova Era e a Revolução Cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci: Fritjof Capra e Antonio Gramsci. poOlavo de Carvalho




Quais são os fatores e os atores históricos, políticos, ideológicos e econômicos que podem definir a dinâmica e a configuração do poder no mundo e qual a posição dos Estados Unidos da América no que é conhecido como Nova Ordem Mundial? Essa é a pergunta que o cientista político russo Alexandre Dugin e o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho procuram responder nesse debate. Cada autor busca esclarecer como vê o conflito de interesses no plano internacional, elucidando quem são seus principais atores e quais as forças e objetivos envolvidos.

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