sexta-feira, 12 de abril de 2019


Os Signos Zodiacais e as Quatro Metas da Vida Humana

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Gunesvara Dasa(Excerto da obra Astrologia Comportamental Ayurvédica)
Os sábios astrólogos do passado reconheceram a presença dos elementos nas constelações zodiacais e, no decorrer dos séculos, constataram que com a passagem dos planetas por estas constelações, as características destes elementos se tornavam visíveis nas funções fisiológicas e psicológicas das pessoas. Portanto, entender as características particulares de cada signo permitirá saber de que maneira específica o elemento do cosmos vai se apresentar nas atitudes de uma pessoa. Embora cada elemento seja representado por três signos do zodíaco, a forma como este elemento se apresenta não é igual em cada um deles. O que revela a diferença é o planeta que rege ou governa cada signo assim como o simbolismo (o Carneiro, o Touro, etc.).
Tomemos como exemplo os signos de Câncer e de Escorpião. Ambos são signos de água. Porém, Câncer é regido por um planeta sentimental e maternal, que é a Lua, enquanto Escorpião é regido pelo intenso planeta Marte, além do corregente na Astrologia tropical, que é Plutão. Devido a isto, não se pode esperar que os estados psicológicos analisados no signo de Caranguejo (Câncer) sejam iguais aos observados no signo de Escorpião, mesmo que ambos compartilhem o mesmo elemento. No simbolismo representado pelo animal, o Caranguejo é temeroso, recuando e entrando na areia, enquanto que um Escorpião pode ser agressivo e destemido.
Assim, três são os fatores que vão nos permitir assimilar o significado de cada signo. O primeiro é o elemento, o segundo é a natureza do planeta que rege o signo desse elemento e o terceiro é a mensagem dada pelo símbolo do signo (no caso acima mencionado, o símbolo de um Caranguejo ou o símbolo de um Escorpião).
Os Signos de Fogo
O zodíaco começa por um signo de fogo, que é Áries. Como Carl Jung explica, o elemento fogo é o núcleo da energia psíquica da vida. Sem fogo nada começa e por isso precisa-se dele para dar partida a um motor, cozinhar os alimentos, e até para digerir o que se come. fogo está associado ao entusiasmo, à coragem, autoestima, liderança, expressão honesta e espontânea e, acima de tudo, é o elemento que faz com que as coisas aconteçam. No zodíaco, ele aparece nos signos de Áries, Leão e Sagitário.
Áries ou a cabeça de um carneiro indica o impulso que ele toma para se lançar, sem muita análise dos prós ou contras. O planeta que o rege é Marte, o planeta da competição, dos músculos e esportistas, dos lutadores e dos militares. Aqui o elemento fogo se manifesta de uma forma mais bruta, porém, necessária. Um exemplo poderia ser um carro cujo motor não está dando partida. Alguns homens vão para a parte traseira do carro e empregam força para empurrar o carro, sem medir ou limitar a força do impulso. Simplesmente abaixam a cabeça e empurram.
Em Leão, o elemento fogo mostra a necessidade de estar no centro (como o Leão, que é o rei da selva). O planeta que rege este signo também tem um papel central. Ele é o Sol, centro de nosso sistema, quem também outorga a vida, a alegria, a luz, e ele rege a autoestima e confiança em si mesmo. Em Áries, a necessidade é de dar o impulso; em Leão, de organizar e administrar assumindo uma posição central e de reconhecimento.
Finalmente, o elemento fogo se apresenta no signo de Sagitário. Neste signo, o arqueiro centauro apontando sua flecha para um alvo revela o impulso para se alcançar algo mais elevado, ideal e dignificante. O alvo tem que ser atingido. O planeta que o rege é Júpiter, que em sânscrito recebe o nome de Guru ou mestre. Júpiter indica a verdade, o justo, moral e ético. Por isto, os signos de fogo se relacionam ao princípio védico de dharmaDharma se pode traduzir como dever ocupacional ou dever prescrito. Sem o impulso de Áries com sua energia de Marte que conduz as pessoas à ação, sem a confiança em si mesmo ou vitalidade com a ajuda do Sol e de Leão e sem ideais elevados do que deve ser feito em termos de moralidade, ética, filosofia de vida correta e verdade, que Júpiter e Sagitário outorgam, o cumprimento dos deveres prescritos se torna muito difícil.
Áries é o primeiro signo do zodíaco, Leão é o quinto e Sagitário é o nono. Devido a isto, e porque eles estão relacionados a dharma, os textos de Astrologia védica descrevem a primeira, quinta e nona casa como sendo casas de dharma.
Os Signos de Terra
É da terra de onde obtemos tudo o que precisamos para sobreviver, tal como os alimentos, ervas medicinais, madeira, tijolos e algodão para nossas roupas. E é na terra onde construímos estruturas e abrigos sólidos e duradouros. Estas características do elemento terra indicam afinidade com a matéria, com o prático e o funcional. As coisas têm uma utilidade e devem cumprir esse propósito. Caso contrário, elas não servem. Assim como vimos com o elemento fogo, o elemento terra se manifesta de uma forma diferente em cada um dos signos que o manifesta. A primeira manifestação dele aparece em Touro. O Touro ou o boi trabalha a terra na época certa e se espera que o resultado deste trabalho forneça aquilo que precisamos para sobreviver. O símbolo deste animal indica lentidão assim como também procura de prazer na companhia das vacas. O planeta que rege este signo é Vênus, um planeta relacionado ao desenvolvimento econômico uma vez que todas as coisas materiais que precisamos para nossa subsistência aparecem da terra e sua produção. Neste primeiro signo, assim como se viu no primeiro signo de fogo, o elemento aparece de uma forma mais básica ou rudimentar.
No segundo signo de terra, Virgem, o planeta que o rege é Mercúrio, o planeta do pensamento. Ele é quem vai aplicar a inteligência para que as funções do elemento terra (e do produzido em Touro), ou seja, as coisas materiais, sejam bem cuidadas, classificadas e arrumadas. O simbolismo da moça virgem indica a qualidade de separar aquilo que terá valor e utilidade do que deve ser rejeitado. As moças virgens têm o direito de escolher com quem formarão sua família e, assim, uma estrutura material apropriada para que as funções práticas sejam estáveis deve estar presente nesse processo. Por isso, elas têm o direito de enxergar os “defeitos” nos pretendentes e, se os acharem desqualificados para lidar com a vida prática, podem vir a rejeitá-los. No corpo, Virgem rege os intestinos, que se encarregam de discriminar e separar aquilo que “serve e é útil” daquilo que não tem utilidade e deve ser eliminado.
Finalmente, o desenvolvimento material e econômico precisa crescer. Produzir ou vigiar de que maneira vai se utilizar a produção (função de Virgem) não é suficiente para garantir sucesso. É necessário chegar ao topo da utilização da matéria. É então quando entra Capricórnio, representado pela cabra, um símbolo que mostra a capacidade de escalar colinas áridas e rochosas. O planeta que rege este signo é Saturno, que representa a tenacidade, paciência e perseverança para lidar com os compromissos materiais, mesmo quando obstáculos possam aparecer.
Porque lida com a produtividade e com aquilo que tem um propósito e meta prática na vida, os sábios atribuem ao elemento terra a qualidade do princípio védico de artha. A palavra artha pode significar tanto “propósito” quanto “desenvolvimento econômico”. Sem a produção que acontece em Touro, sem o cuidado e vigilância realizados por Mercúrio e Virgem, e sem a perseverança, maturidade, profissionalismo e tenacidade de Saturno e Capricórnio, este desenvolvimento material fracassaria desde o mero começo.
Touro, Virgem e Capricórnio correspondem respectivamente ao segundo, ao sexto e ao décimo signo do zodíaco. Nos textos de Astrologia védica aprendemos que a segunda, sexta e décima casa são casas de artha, o que confirma nossa análise.
Os Signos de Ar
O ar tem sido associado desde a época de Aristóteles, que abriu uma escola de Astrologia para estudar os efeitos dos elementos através dos signos, com as formas abstratas de pensamento e com todo tipo de atividade intelectual. O ar leva os aromas e sons de um lado a outro, e por isto seus signos estão relacionados com a comunicação e com a união ou humanitarismo.
O elemento ar se manifesta pela primeira vez no signo de Gêmeos. A simbologia já nos permite entender o princípio de comunicação. Existe um fenômeno chamado gemialidade, e se refere ao poder de um irmão gêmeo perceber o que o outro está sentindo e pensando. Aqui começa o princípio de união entre pessoas e a felicidade que se deriva desta união. O planeta que o rege é Mercúrio, quem é chamado de Budha por sua qualidade de analisar e ponderar com clareza.
Então, o princípio de união progride em Libra, balança, signo relacionado ao matrimônio e a afeição ou carinho. A balança representa a atitude necessária que permitirá manter equilíbrio nos relacionamentos. Este símbolo mostra onde devemos deixar algo de lado, “jogar peso fora”, para ficarmos harmonizados com o nível de outra pessoa e tendo o cuidado de não manter uma atitude extremista. Sem fazer isso em vários momentos de nossas vidas corremos o risco de perder as companhias. Libra é regido por Vênus, o planeta do amor, da harmonia e dos relacionamentos que nos dão felicidade.
Finalmente, expandimos esse prazer quando nos relacionamos com mais pessoas e não apenas com os irmãos na infância (Gêmeos) ou com a companhia de nossa vida (Libra e Vênus). Então procuramos achar a felicidade interagindo com o mundo, com as pessoas, amizades e grupos. Nesse momento entramos no terceiro signo de ar, Aquário. A palavra Aquário pareceria indicar o elemento água. Porém, ela se refere à praia, ao balneário perto da água aonde as pessoas vão se encontrar sem considerações de cor, religião, status profissional ou financeiro. Em sânscrito, Aquário é chamado de Kumbha. Existe na Índia um evento chamado Kumbha Mela (Mela significa reunião). Nesse evento que acontece a cada 12 anos os pensadores de todos os grupos filosóficos da Índia apresentam suas realizações de como o mundo poderia ser melhor.
Na Astrologia védica Aquário é regido por Saturno e na Astrologia tropical são Urano e Saturno os planetas que o regem juntos. Aqui a qualidade de Saturno também está presente, na forma de afirmação das ideias e da individualidade assim como o desapego que leva as pessoas a se juntarem procurando um mundo melhor. Ao mesmo tempo, Urano entra com sua característica de liberdade, de união, de questionamentos do obsoleto ou ultrapassado e derrubando barreiras e preconceitos que não permitem a unidade de todas as pessoas.
Na filosofia védica o elemento ar está associado com o princípio filosófico chamado kama. A palavra kama pode se traduzir como “satisfação dos desejos” ou como “felicidade e desfrute dos sentidos”. Ora, ninguém pode desfrutar se passar a sua vida sozinho. Logo que alguém consegue alguma coisa bela e opulenta, atinge uma posição de destaque ou realiza um ato intelectual de utilidade para o mundo, essa pessoa deseja mostrar para outros, ou pelo menos falar para outros e compartilhar. Se não pudesse fazer isto pelo menos em algum momento de sua vida, tudo o que uma pessoa possa conseguir não será capaz de lhe dar felicidade. Assim, a capacidade de unir-se com pessoas, que se analisa no elemento ar, pode ser associada à fonte de prazer ou kama. Embora esta palavra também seja traduzida como “gozo dos sentidos”, nenhuma pessoa goza sozinha.
Segundo os textos clássicos de Astrologia védica, as casas de kama são a terceira, a sétima e a décima primeira, correspondendo assim aos signos de ar. Gêmeos é o terceiro, Libra o sétimo e Aquário o décimo primeiro.
Os Signos de Água
Água é o elemento que rege as emoções, desde aquelas nutridoras e amorosas que ajudam a produzir belas obras artísticas e literárias até aquelas emoções que lidam com ódios, mágoas e ressentimentos. Num plano mais desapegado, e como Carl Jung interpretava, água representava o inconsciente coletivo, fato pelo qual existe grande sensibilidade e empatia neste elemento. A água é profunda, e os signos que a transmitem vão manifestar esta profundidade de maneiras diferentes.
O primeiro signo de água é Câncer, também conhecido como Caranguejo. O caranguejo recua e entra no seu “buraquinho na areia” representando a necessidade de se proteger dentro de seu local para não ser machucado. As suas garras representam o apego ao agarrar-se àquilo que lhe fornece segurança e que quer proteger. O buraco na areia simboliza a casa, o lar e a família, o local onde protegemos nossas emoções e as compartilhamos com nossos seres queridos. Por isto, o regente deste signo é a Lua, o planeta onde analisamos a mãe e a nutrição emocional. Diferentes manifestações de ternura, apego e proteção aos entes queridos se observam neste signo. Mas nem sempre os apegos são fonte de felicidade. Muitas vezes as lutas emocionais mostram que esses estados causam ressentimento, ódio, medos e ciúmes.
É então quando entra o segundo signo de água, Escorpião. Esse animal é um símbolo da força à espreita que pode existir num local escuro e oculto, como é o local onde mora esse animal, embaixo de telhas ou tijolos velhos, madeiras abandonadas, cascas de arroz vazias e outros locais similares. Assim, o escorpião representa emoções intensas ocultas e as sombras que residem dentro de cada pessoa. Os regentes são Marte e Plutão, indicando que mesmo sendo um signo de água, existirá luta e intensidade ao lidar com nossas próprias forças emocionais. Quando a pessoa então percebe o lado negativo das emoções, pode então enfrentá-las e purificá-las. Esta luta se observa nesse signo de transformação.
Então aparece o terceiro signo de água, Peixes. O simbolismo deste signo é de dois peixes nadando em direções opostas, sendo que um ainda mostra a ligação com as emoções que enfrentou mas o outro mostra um estado de liberação, desapego e transcendência e por isso nada em direção oposta. Júpiter e Netuno são os regentes deste signo. O símbolo de Netuno é um tridente, o tridente de Poseidon, o deus das águas que nos Vedas se chama Varuna. Estes estados emocionais que começam com apegos, então turbulências ao enfrentar a realidade destes apegos e finalmente um estado de desapego e transcendência, se relacionam ao quarto estado da filosofia védica chamado moksha, palavra que pode ser traduzida como “Liberação”. Sem passar pela afetividade maternal e doméstica, sendo nutrido na infância satisfatoriamente, (Câncer e a Lua), sem entender as emoções negativas ocultas que motivam nossos desejos egoístas e mesquinhos (Escorpião) e sem atingir, ao purificar essas emoções, um estado de empatia, caridade, sacrifício, equanimidade, neutralidade, desapego e serviço aos outros (Peixes) ninguém pode obter a liberação da existência material (moksha).
Câncer, Escorpião e Peixes são respectivamente o quarto, oitavo e décimo segundo signo do zodíaco. Da mesma forma, na Astrologia védica, a quarta, oitava e décima segunda casas são chamadas de casas de moksha.
Desta maneira, desde a perspectiva da filosofia védica, os elementos estão organizados de forma tal que, quando se vive em harmonia com o cosmos, eles ajudam o ser individual a passar pela vida de uma forma saudável e próspera que no final conduz à libertação dos estados egoístas. O elemento fogo dá o impulso, a estima e a filosofia de vida apropriada para cumprir os deveres (dharma). Como resultado de cumprir os deveres religiosamente, a natureza, satisfeita, fornece através do elemento terra tudo o que precisamos para nos desenvolver material e economicamente (artha). Com estas dádivas, podemos satisfazer nossos desejos e ser felizes junto com as pessoas próximas com quem compartilhamos o nosso desenvolvimento material (kama). E experimentando emoções nutridoras e satisfatórias, mesmo que no começo possam ter traços de apego; quando depois se purificam e expandem na forma de empatia ao sentir amor por todos sem egoísmo, podemos alcançar um estado divino e transcendente conhecido como moksha.
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Akrodha: Vencendo a Ira em Sua Raiz

Akrodha: Vencendo a Ira em Sua Raiz

A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada(Da obra Yoga: As 26 Qualidades de um Sábio)

A ira, na verdade, é apenas o sintoma de um problema mais fundamental.

Akrodha significa conter a ira. Mesmo que receba alguma provocação, a pessoa deve ser tolerante, porque tão logo fique irada, ela perderá toda a compostura. A ira é um produto do modo da paixão e da luxúria, então o transcendentalista deve refrear-se da ira. Devemos saber suportar o insulto e a desonra que outros nos dirijam.
“Aqueles que estão livres da ira e de todos os desejos materiais, que são autorrealizados, autodisciplinados e constantemente se empenham pela perfeição, têm garantida a liberação no Supremo em um futuro muito próximo.” (Bhagavad-gita 5.26)
Então, este é o primeiro ponto: suponha que alguém fale sobre nós com muita aspereza. Naturalmente, ficamos irados. Alguém, por exemplo, talvez nos dirija a palavra assim: “Seu cachorro!” ou “seu porco!” Contudo, se sou autorrealizado, se sei muito bem que não sou este corpo, que significado tem quando você me chama de porco ou cachorro, ou de rei, imperador ou majestade? Como não sou este corpo, se você me chama de “sua majestade” ou de cachorro ou porco, o que eu tenho a ver com isso? Eu não sou nenhuma dessas coisas, senão que sou servo de Krishna.
Isso exige um pouco de treino. Na verdade, esse é o fato. Suponha que tenho uma roupa preta. Alguém diz: “Sua roupa preta!”, isso é motivo para eu ficar irado? É simplesmente minha falsa identificação com a roupa que me faz ficar irado. Caso eu seja de fato autorrealizado, autodisciplinado, isso não se dará. Autodisciplina significa não se identificar com este corpo. Isso é autodisciplina, e isso exige treino, é claro.
Humilde como a Palha, Tolerante como a Árvore
Chaitanya Mahaprabhu ensina, portanto, trinad api sunichena: “Ser menor do que a menor palha.” De fato, se conheço qual é meu tamanho espiritual, minha verdadeira dimensão, isso não é nem mesmo mensurável em termos de largura e comprimento, pois, na verdade, sou uma partícula espiritual muito diminuta. Você não pode medir um dez mil avos da ponta de um fio de cabelo, e esse é o meu tamanho. Se sou menor do que a palha, então, se alguém diz: “Você é mais baixo do que a palha” ou “Você é menor do que a palha”, isso é fato. Então, algumas vezes essas palavras de insulto podem vir de outros, mas, se você for autorrealizado, você saberá que não é este corpo. Então, deixe que a pessoa insulte. Toleremos.
Chaitanya Mahaprabhu ensina que taror api sahisnuna: “Ser mais tolerante do que uma árvore.” Esse é o melhor exemplo. Você não encontrará nenhuma entidade viva mais tolerante do que uma árvore, pois ela fica de pé dia e noite no calor escaldante, no frio severo. Quer haja uma ventania, quer chova, a árvore não faz nenhum tipo de protesto – permanece tolerante. E as pessoas estão pegando suas folhas, suas flores, seus frutos, cortando-a – e ela jamais protesta. Eis o símbolo da tolerância.
Chaitanya Mahaprabhu recomenda que você se torne mais tolerante do que a árvore e menor do que uma pequena palha na rua, e que você ofereça toda honra aos outros e não espere nenhuma honra para si mesmo.
O Exemplo de Prahlada Maharaja
Se alguém se ocupa no avanço em conhecimento espiritual, se sujeita a receber dos outros muitos insultos e muita desonra. Isto é esperado porque é próprio da natureza material. Mesmo um menino como Prahlada, que, com apenas cinco anos de idade, ocupava-se no cultivo do conhecimento espiritual, ficou em perigo quando seu pai se opôs à sua devoção. Na tentativa de matá-lo, seu pai recorreu a vários métodos, mas Prahlada o tolerou. Jamais devemos ficar desapontados com a oposição, assim como Prahlada Maharaja jamais se desapontou apesar de ser molestado de tantas maneiras.
Na vida, enquanto seguimos com nossa atitude consciente de Krishna, não nos abalemos caso haja um pouco de sofrimento. Krishna encoraja isto na Bhagavad-gita (2.14), agamapayino ’nityas tams titikshasva bharata: “Meu querido Arjuna, mesmo caso você sinta um pouco de dor corpórea, tal coisa vem e se vai. Nada é permanente. Então, não se importe com essas coisas. Prossiga com seu dever.” Essa é a instrução de Krishna, e Prahlada Maharaja é o exemplo prático, e o nosso dever é seguirmos os passos de personalidades como Prahlada Maharaja. Podem existir muitos impedimentos ao avanço em conhecimento espiritual, mas devemos ser tolerantes e continuar a progredir com determinação.
Ira e Luxúria
Ira é sinônimo de luxúria. Quando você é luxurioso e sua luxúria não é satisfeita, você fica irado. É simplesmente isso. A ira é outro aspecto da luxúria. Kama esha krodha esha rajo-guna-samudbhavah (Bhagavad-gita 3.37). Quando você está muito afetado pelo modo da paixão, você fica luxurioso. E o próximo estágio é que, quando sua luxúria não é satisfeita, você fica irado. A etapa seguinte é caracterizada por desorientação. E o estágio seguinte é pranashyati, após o que você está perdido. Portanto, é preciso ter controle da luxúria e da ira.
Controle significa que você tem que ficar no modo da bondade, e não no modo da paixão. Existem três modos da natureza material: os modos da ignorância, os modos da paixão e os modos da bondade. Assim, se alguém deseja conhecer a ciência de Deus, tem que se manter nos modos da bondade. Caso contrário, não conseguirá.
Diante disso, estamos ensinando nossos alunos desta maneira: “Não faça isso, não faça isso, não faça isso, não faça isso…”, pois o sujeito tem que se manter nos modos da bondade. Se não o fizer, não será capaz de compreender. A consciência de Krishna não pode ser entendida na plataforma da ignorância e da paixão. O mundo inteiro está sob a influência da ignorância e da paixão, mas este método é tão simples que, se você simplesmente seguir os quatro princípios de restrição e cantar Hare Krishna, você imediatamente supera todos os modos da natureza material.
Crédito da foto: aakash_gautam, em visualhunt.com.
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Marcelo Odebrecht revela codinome de Toffoli



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A ditadura do judiciário escancarada - A perseguição a Danilo Gentili



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quinta-feira, 11 de abril de 2019

Aparelhamento Ideológico Do Estado 2. Por João Maria andarilho.




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Gramática Completa para concursos r vestibulares (Nilson Teixeira de Alm...



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Conversa com Bial Olavo de Carvalho 10/04/2019 Completo #olavotemrazão



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Fontes de Antiguidade Oriental



Índia
A civilização indiana foi contemplada com algumas boas traduções em português. A coletânea 'O Hinduísmo', de Louis Renou, é uma excelente fonte dessa tradição. Raul Xavier, escritor brasileiro, também fez traduções pioneiras dos Vedas, Upanishads e do Kama Sutra. O Budismo foi contemplado com coletâneas excelentes, como a de Ananda Coomaraswamy, 'O Pensamento vivo de Buda', e 'Textos Budistas e Zen-Budistas', de Ricardo Gonçalves. Muito da literatura indiana foi traduzida para o português de forma fragmentada, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Nesse sentido, elaborei também a coletânea 'Cem textos de História Indiana' e 'Cem textos de História Asiática', com fragmentos dessa ampla literatura. A página Shri Yoga Devi tem feito um excelente trabalho de tradução e publicação de obras da tradição indiana, dos quais indicamos alguns links.


Sugestões Bibliográficas:
ALBANESE, Marilia. Índia Antiga. São Paulo: Folio, 2009.
ALLCHIN, Bridget. Índia Antiga. São Paulo: Abril/Time-Life, 1998.
AUBOYER, Jeannine. A vida cotidiana na Índia Antiga. Lisboa: Livros do Brasil, 1969.
CARDOSO, Ciro. “Varnas e Classes sociais na Índia Antiga” in Sete Olhares sobre a Antiguidade. Brasília: UNB, 1998
CARRIERE, Jean. Índia: um olhar amoroso. Rio de janeiro: Ediouro, 2003.
COURTILIER, Gaston. As antigas civilizações da Índia. Rio de janeiro: Otto Pierre, 1979.
DANIELOU, Alain. Shiva e Dionisos. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
GATHIER, Emile. O pensamento Hindu. Rio de Janeiro: Agir, 1996
GOSVAMI, Satsvarupa. Introdução a Filosofia Védica. São Paulo: Bhaktivedanta, 1994.
IONS, Veronica. Mitos e Lendas da Índia. São Paulo: Melhoramentos, 1993.
JOHNSON, Gordon. Índia: Ontem e hoje. São Paulo: Folio, 2011.
LEITE, Edgard. “Da Civilização do Indo ao Império Maurya; novas abordagens no Estudo da índia Antiga” in Phôinix ano V, 1999.
LEITE, Edgard. Religiões Antigas da Índia. Rio de Janeiro: Barroso, 2001.
LEMAITRE, Solange. Hinduísmo: o sanatama dharma. Rio de Janeiro: Flamboyant, 1958.
RAVIGNANT, Patrick. A sabedoria da Índia. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
RENOU, Louis. O Hinduísmo. Lisboa: Arcádia, 1971.
SCHULBERG, Lucile. Índia Histórica. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973.
TINOCO, Carlos. O pensamento védico. São Paulo: Ibrasa, 1996.
WHEELER, Mortimer. Índia e Paquistão. Lisboa: Verbo, 1970
WHEELER, Mortimer. Vale do Indu. Lisboa: Verbo, 1975.
ZIMMER, Henrich. As filosofias da antiga Índia. São Paulo: Palas Athena, 1989.
ZIMMER, Henrich. Mitos e símbolos na arte e civilização da Índia. São Paulo: Palas, 1998.

Sugestões de Fontes
BEISERT, Michael. Livros e fontes Budistas - Acesso ao Insight Net.
BUCK, William. Mahabharata. São Paulo: Cultrix, 1995
BUCK, William. Ramayana. São Paulo: Cultrix, 1995
BUENO, André. Cem textos de história Asiática. União da Vitória, 2011. Disponível em: http://asiantiga.blogspot.com/ 
BUENO, André. Cem textos de história indiana. União da Vitória, 2011. Disponível em: http://www.historiaindiana.blogspot.com/
BUENO, André. Textos de história da Índia Antiga. Rio de janeiro, 2015. Disponível em: http://orientalismo.blogspot.com.br/p/textos-de-historia-da-india-antiga.html
CARRIERE, Jean. O Mahabharata. São Paulo: Brasiliense, 1991.
KAUTILYA, Artashastra. Brasília: UNB, 1994.
LIN, Yutang. Sabedoria de Índia e China. Rio de janeiro: Pongetti, 1958.
RENOU, Louis. Hinduísmo. Rio de janeiro: Zahar, 1969.
TINOCO, Carlos. As Upanishads. São Paulo: Ibrasa, 1996.
XAVIER, Raul. Milinda Panha. Rio de Janeiro: Livros do Mundo Inteiro, 1972.
XAVIER, Raul. Os Upanichadas. Rio de Janeiro: Livros do Mundo Inteiro, 1972.
XAVIER, Raul. Os Vedas. Rio de Janeiro: Livros do Mundo Inteiro, 1972.

fonte; http://antigoriente.blogspot.com/


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