sábado, 25 de outubro de 2008

Fisiologia da Alma.

Fisiologia da Alma

Fernando A. Moreira

Fisiologia, é a parte da biologia que investiga as funções orgânicas e processos ou atividades vitais. (1)

Etmologicamente, a palavra vem do grego, physiologia, "tratado da natureza das coisas segundo princípios físicos ou naturais. Ciência dos fenômenos da vida (Haller)." (2)

Faremos referência em nosso trabalho à fisiologia como as ações da alma, na dimensão dada por Kardec, de Espírito encarnado, o que eqüivale a dizer que analisaremos com este os fenômenos da própria vida.

Composição do ser humano.

O ser humano é composto pela alma ou Espírito encarnado com seu Perispírito que, ao encarnar necessita se relacionar ao Fluido Vital (onde reside o princípio vital) e ao Corpo Físico. Para que exista a alma, isto é, para que o Espírito reencarne, é necessária a presença destes elementos destacados e, é na interação deles, que estudaremos a Fisiologia da Alma.

"Há no homem três coisas; 1° - o corpo ou ser material análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2° a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3° o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito." (3)

O ESPÍRITO

Espírito é para nós "uma chama, um clarão ou uma centelha etérea". São eles (os Espíritos) incorpóreos e não imateriais; é a matéria quintessenciada, porém sem analogia para vos outros e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos". (3)

A exceção do Espírito, que tem sua origem no princípio inteligente e não pode atuar diretamente sobre a matéria, todos os demais procedem do Fluído Cósmico ou Universal.

A inteligência, o pensamento, a vontade, a consciência (onde estão impressas as leis morais), os pendores, a memória, e a sensibilidade são atributos do Espírito que, ao encarnar, ao ingressar no seu "cárcere fluídico", muda, temporariamente, algumas de suas ações, sua fisiologia, mas não sua essência, adquirindo umas e perdendo outras. Se de um lado, ao mergulhar na carne, a "centelha encarnada" encontra limitações, (4) ganha o Espírito o comando do corpo físico, com o objetivo de servir ao seu processo evolutivo, do qual também é o diretor. (FIG 1.)"O Espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa"; (3) impõe assim o Espírito a sua vontade e a ele são dirigidas as sensações e percepções. Quem sente é a alma. (FIG. 2).

Figura 1

Figura 2

Nesta mesma figura, vemos também como estas se direcionam ao Espírito, via perispírito e vice-versa, como a ação do Espírito alcança o corpo físico pela dupla polaridade perispiritual.

A vontade do Espírito é diretamente proporcional ao seu grau de evolução e coroa sua ação no corpo físico "não sendo o perispírito mais do que um agente de transmissão", pois que no Espírito é que está a consciência..." (grifos nossos) (3) (Fig. 2)

Portanto, é o Espírito que comanda a evolução, refletindo no perispírito a sua nova imagem, " porque o Espírito evolui, tudo o mais se transforma" (5) e diríamos mais: tudo se transforma sob a égide do Espírito, porque o perispírito é moldado pelo Espírito e molda, mantendo a forma do corpo físico; o perispírito é o plastificante do corpo, mas é configurado, ele também, pelo Espírito.

O PERISPÍRITO

É o envoltório do Espírito, veículo de todas as suas manifestações, (6) retirado do fluido universal de cada globo, tomando assim o seu "passaporte planetário" e a forma que lhe queira dar o Espírito, podendo também se tornar visível e tangível por "combinação de fluidos".(7)Da vasta sinonímia dada ao perispírito, destacamos corpo bioenergético, corpo bioplasmático, corpo espiritual, corpo perispiritual e psicossoma.

"O invólucro fluídico do ser depura-se, ilumina-se ou obscurece- se segundo a natureza elevada ou grosseira dos pensamentos em si refletidos. Qualquer ato e/ou qualquer pensamento repercutem-se e gravam-se no perispírito. Daí as conseqüências inevitáveis para a situação da própria alma, embora esta esteja sempre senhora de modificar o seu estado pela ação contínua que exerce sobre o seu invólucro." (8)

A constituição íntima do perispírito não é homogênea, variando em densidade do mais quintencenciado, próximo ao Espírito, ao mais denso, próximo ao corpo físico, estruturando-se assim, as várias camadas, zonas ou envoltórios, dando-lhe continuidade; além disso, ele varia de densidade, de Espírito para Espírito, seja encarnado ou desencarnado, de acordo com seu grau evolutivo, e portanto, de seu padrão vibratório.

Falta unicidade de conceitos, para o termo "duplo etérico", sendo considerado como: uma "cópia etérica" da matéria, uma camada energética, o próprio perispírito ou uma extensão dele, uma de suas "capas", mais próxima ao corpo físico, uma estrutura individualizada, ou ainda, uma emanação áurica. (4) (6) (9) (16) Nas Obras Básicas parece ter sido comentado uma única vez, sem muita relevância. (6)

"O Perispírito preside às manifestações anímico-mediúnicas, desdobra-se durante o transe magnético, sonambúlico e mediúnico, quando então projeta-se na dimensão extra-física, visita colônias espirituais e torna-se, por vezes, visível em lugares distantes" (9) e também tangível.

Como a alma está vinculada ao corpo físico, durante estas projeções mantêm-se a ele ligado por seu laço fluídico ao qual se dá o nome de cordão fluídico ou de prata. Este somente se rompe após a morte, quando se extingue a atividade vital e por conseguinte , a vida.

O perispírito pode irradiar para fora do corpo físico sob a forma de emanações fluídicas na área vizinha ao corpo, mas que ultrapassam os seus limites, "devendo haver energia do próprio fluido vital em expansão", constituindo a nossa "fotosfera psíquica" (10), parecendo emergir do corpo físico na forma de campo ovóide ou aura, que "revela condições de saúde física, estado do Espírito, nível mental e caráter das pessoas.." (11)

"Na realidade, a memória não é mais do que uma modalidade de consciência"(12), mas na literatura espírita encontramos grande controvérsia em relação a sua localização, quer no Espírito encarnado, quer no desencarnado, situando-a ora no Espírito, ora no perispírito.

Estivesse ela permanentemente no perispírito, o que não me parece lógico, ao evoluir o Espírito e mudar de orbe, a perderia totalmente, pois que ele a retira do fluido universal de cada globo descartando-se desse seu "passaporte planetário" e tomando outro, transformar-se-ia assim num Espírito novamente simples e ignorante, retrogradando. Isto não seria possível, pois contrairia a Lei do Progresso e o processo reencarnatório perderia todo o sentido, não passando de uma vivência nulificada.

"Em conseqüência da diminuição de seu estado vibratório, o Espírito, cada vez que toma posse de um corpo novo, de um cérebro virgem de toda a imagem, acha-se na impossibilidade de imprimir as recordações acumuladas das suas vidas precedentes." (12).

"Permanecemos com Delanne quando nos diz que o inconsciente é um território comum da alma e do corpo, confirmando assim que o perispírito é sua sede. (grifo nosso)

(FIG. 2) Kardec diz que: O Espírito tem no perispírito o seu almoxarifado, seu armazém de memórias e aquisições."(10)

Assim, a memória de vivências passadas, ocorridas quando do Espírito encarnado ou na erraticidade está no Espírito, mas ao reencarnar, sitia-se no inconsciente e, portanto, no perispírito, lugar comum entre a alma e o corpo físico.(FIG. 2)

Calcamos as palavras de Jorge Andréa quando diz que "não existe nada mais consciente do que o inconsciente", assim, esta memória do inconsciente atual, de vivências passadas e da nossa missão, entendo-se o termo como os propósitos estabelecidos na espiritualidade, embora estando no inconsciente, nos influenciam e nos fustigam, como aptidões, tendências, instintos e outras experienciações reencarnatórias, constituindo-se assim, nos embates com o consciente, o "VOCÊ DECIDE" do Espírito, no uso pleno do seu livre-arbítrio. (FIG. 2)

"O Espírito é o dono da memória e a coloca à sua disposição onde lhe fica mais conveniente, funcional. Dela não se exonera porque ela esteja arrumada na estante de sua biblioteca. E que ele sendo dono é que a usa." (10)

Durante o sono parcialmente desprendido e gozando da liberdade do corpo físico, ele novamente se lembra, recobrando sua memória, e nós sonhamos, sendo "o sonho o que o Espírito viu durante o sono", (3) e que nos chega, como premonições uns, e outros, na sua grande maioria, com distorções e metáforas.

A aprendizagem não se perde e convenientemente filtrada continuará na consciência para o seu uso constante, sendo dela inalienável. Resgatando seus débitos, resolvendo suas pendências, educando-se e depurando-se assim o Espírito, não há mais necessidade da retenção desse lixo biográfico, de vez que já dele se serviu, para a sua evolução, transformando-se agora no inútil arquivo de contas pagas, memória da qual ele se despoja, mas as aquisições daí advindas, permanecem incorporadas ao Espírito, também definitivamente.

"É nele (no perispírito) que se encontra temporariamente arquivada a memória extra-cerebral." (9) (grifo nosso)

Por vezes têm-se a sensação de ter estado num local antes visto (Déjà-vu) ou porque lá estivemos desdobrados e voltamos fisicamente, ou nos vem como um "escape", porque ali vivemos numa existência anterior ou mesmo, numa terceira hipótese, previamente demos "uma espiada no futuro" e agora vivenciamos o "replay" do acontecimento previsto. Há várias expressões do déjà-vu como algo acontecido, entendido, sentido, ouvido, e vivido." (4)(7)(15)

FLUIDO VITAL

"A força vital impregna, simultaneamente, a partir do primeiro instante da concepção, tanto a matéria como o perispírito. Assim é que este, deixando-se impregnar pelo fluido vital, nele se transfundindo, a ele se unindo intimamente, materializa-se bastante para tornar-se então o suporte, o regulador, dessa própria energia." (10)

O Espírito é o dínamo, o perispírito é o motor e o fluido vital é a carga, a eletricidade animalizada de nossas baterias, responsável pela "manutenção e reparação da matéria viva" (13); cessada a carga, deixa de haver vida e obviamente sobrevem a morte, por esgotamento do fluido vital, mas também pode se dar, embora com sua presença, por falência orgânica súbita, "ficando ele impotente para transmitir o movimento da vida." (9).

A distribuição do fluido vital é variável de ser para ser, de célula para célula, de acordo com a herança repassada pela matriz perispirítica e vinculada a sua boa repartição, a saúde física e psíquica, podendo também se transmitir de um para outro indivíduo.

Corpo Físico

D) CORPO FÍSICO _Centros Vitais. (FIG.3)

Figura 3

Nós, Espíritos encarnados ou desencarnados, vivemos mergulhados no Fluido Cósmico ou Universal, energia que absorvemos pela alimentação, respiração e pelos centros vitais, que agem como acumuladores e distribuidores de energia, transitando por eles os fluidos energéticos, de um para os outros e assim transmitindo- se a todo o organismo.

Do L. E. (3), podemos extrair; " A vista da alma ou do Espírito (...) carece de foco próprio. Se reportam-se ao corpo, este foco lhes parecem estar nos centros onde maior é a atividade vital, principalmente no cérebro, na região do epigastro ou no órgão que consideram o ponto de ligação mais forte, entre o Espírito e o corpo." Neste resumo, quando Kardec se refere aos centros onde maior é a atividade vital e ao ponto de ligação mais forte, entre o Espírito e o corpo, estava falando, segundo podemos deduzir, dos centros vitais ou de força.

"Estes centros energéticos são acumuladores e distribuidores de energia, "estações de força" eletromagnética, "que controlam a aparelhagem fisiológica e psicológica e as reações somáticas que lhes exteriorizam os efeitos de intercâmbio." (14) (FIG. 3)

Localizam-se essas centrais energéticas (centros de força, chackras, chacras, rodas energéticas, vórtices energéticos) no perispírito e vibram sintonizados uns com os outros e são tanto mais vibrantes e brilhantes quanto mais evoluído é o Espírito, sendo responsáveis pela distribuição de energia vital no corpo físico. Para isso, possuindo fortes ligações específicas com todo sistema nervoso e, mais particularmente sobre o sistema nervoso central, glândulas e plexos.

Estão em constante rotação, que é tanto maior quanto mais nobre é a sua função, portanto, os que se localizam na cabeça e que presidem a vida espiritual tem maior rotação do que os que dirigem a vida vegetativa, e que se situam nas partes inferiores do tronco.

A "abertura dos chacras" só pode ser feita pelo Espírito, por seu aperfeiçoamento moral, cujas leis estão impressas na sua consciência. (9)

Alma desequilibrada corresponde a centros vitais desequilibrados, influindo sobre o comando que exercem sobre os órgãos fundamentais da vida, sendo os mais importantes entre aqueles: (FIG. 3)

Centro vital genésico. ( Hipogástrico).

Localiza-se na região hipogástrica e, para nós, é estudado junto com o Básico, dada às semelhantes funções e relacionamentos. Controla a atividade sexual e a ativação dos demais centros vitais. "Dirige o santuário da reprodução e engendra recursos para o perfeito entrosamento dos seres na reconstrução dos ideais de engrandecimento e beleza em que se movimenta a Humanidade,"(14) "guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas." (15)

Centro vital esplênico. (Mesentérico).

Localiza-se na região esplênica, portanto, à esquerda do abdomen. É responsável pela regulação das reservas sangüíneas, a composição de seus elementos e ainda é vitalizador das defesas orgânicas.

Centro vital gástrico.(Umbilical ou Solar).

Localiza-se no epigastro e é responsável pela absorção de alimentos, seu metabolismo e a liberação de suas respectivas energias; influencia todos os órgãos abdominais, excetuando-se o baço.Centro vital cardíaco.

Localizado na região précordial e é responsável pela atividade pulmonar, cardíaca e circulatória; regula as emoções e os sentimentos.

Centro vital laríngeo.

Localizado na garganta física e preside à fonação, a audição e a respiração e as glândulas tireóide, paratireóide e o timo.

Centro vital frontal (cerebral).

Situado no lobo frontal, governando a córtex cerebral e é responsável pelo controle da inteligência, dos sentidos e das glândulas endócrinas via hipófise.

Centro vital coronário.

Situa-se na parte central do cérebro e é referido como "sede da mente", "santuário da vida", "centro vital regente", denotando sua ascensão sobre os demais centros vitais, sua mais intensa relação com o Espírito, de onde recebe o comando , transferindo-o.

"Responsável pelo processo da razão, da morfologia, do metabolismo geral, da estabilidade emocional e funcional da alma no caminho evolutivo." (14)

O centro coronário liga-se à Epífise ou glândula Pineal e tem nela seu substrato anátomo-fisiológico, cujo hormônio é a melatonina, cuja secreção aumenta no escuro. É a "glândula da vida espiritual". Está localizada na zona central do cérebro.

Sob o ponto de vista médico seria uma glândula vestigial e responsável "pela regulação de crescimento, do desenvolvimento da altura e do peso, do aparelho sexual e do desenvolvimento piloso." (16) Pouco se evolui no conhecimento de sua fisiologia, mas teria influência em toda a cadeia glandular via hipotálamo. (19)

André Luiz lhe dá novas dimensões (17), quais sejam:

1) É a glândula da vida mental; acorda as forças criadoras e é o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre;

2) É igualmente responsável pela recapitulação da sexualidade da criatura, examinando o inventário de suas paixões vividas em outra época, que aparecem sobre fortes impulsões.

3) Preside os fenômenos nervosos da emotividade.

4) Segrega "unidades-força", que vão atuar de maneira positiva nas energias geradoras.

5) Conserva ascendência sobre todo o sistema endócrino ("glândula mestra").

6) Comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade.

O organismo para o seu funcionamento, exige consumo de energia. Essa energia é obtida através de reações metabólicas, ocorridas sobre a matéria assimilada durante o processo de nutrição.

As mitocôndrios são as centrais energéticas das células, "desenvolvendo importantes atividades nos processos metabólicos celulares, pois a elas cabe a função de reprocessar a energia contida nas moléculas dos compostos orgânicos obtidos pela alimentação, transferindo o acúmulo energético à outras moléculas especializadas para armazenamento e liberação rápida de energia, representados principalmente pelo ATP (trifosfato de adenosina). As mitocôndrios são produtoras de moléculas de ATP." (20)

"Através dos bióforos ou unidades de força psicossomática que atuam no citoplasma, o espírito encarnado imprime suas características evolutivas a todas as células do corpo físico. Compete a Epífise executar essa tarefa de sintonia, projetando sobre as células e consequentemente sobre o corpo, os estados da mente, que estará enobrecendo ou agravando a própria situação de acordo com a escolha do bem ou do mal." (15) (18)

A ação do Espírito será exercida segundo a seqüência;

ESPÍRITO-PERISPÍRITO-FLUIDO VITAL-CORPO FÍSICO (Epífise-Célula-Bióforo-Mitocôndrio) do que resultará acúmulo ou dispersão de energia.

Portanto todas as estruturas do corpo físico, representadas por sistemas, aparelhos, órgãos e células, enfim todo o organismo tem sua representatividade no perispírito, modelo organizador biológico, sob a direção do Espírito que é o comandante de todas as suas ações .

O corpo humano "é um universo em miniatura" (21) é uma máquina pensante, obra idealizada pelo nosso Criador, e cada vez que a ciência vai desvendando seus mistérios e estreitando seus laços com o microcosmos, assim também como com o macrocosmos, também vai descortinando a presença de Deus.

Ele nos criou Espíritos simples, ignorantes e imortais, para que sejamos Espíritos perfeitos, por nossos próprios méritos. Para isso, com sua bondade, justiça e misericórdia, nosso Criador não nos pune, nos dando sempre oportunidades. Essa é, exatamente agora, uma nova oportunidade, que temos como Espíritos encarnados, para que com o tesouro de nossas aquisições e a propulsão dos nossos propósitos, possamos comandar, com a fisiologia da alma o nosso corpo físico, "empréstimo divino" e orientados pelo "mapa da regeneração", nos direcionarmos para a perfeição, estabelecida como meta infinita, por esta Força Poderosa que a tudo determina, e dentro deste prisma seremos todos, não o que queremos, mas o que precisamos e teremos que ser.

Nosso mestre Jesus nos trouxe essa diretriz, no seu Evangelho:

-"SEDE PERFEITOS."

Façamos do nosso corpo, o veículo de nossa regeneração; a estrada é longa, não tardemos no caminho.

" (...) Agora homem que sou, pelo foro Divino, vivo de corpo em corpo a forjar meu destino, que me leve a transpor o clarão das estrelas!..."

(Chico Xavier; pelo Espírito Adelino Fontoura).(22)

(Artigo originalmente publicado na edição de outubro de 2000 da Revista Internacional de Espiritismo)

BIBLIOGRAFIA


(1) FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda_Dicionário da Língua Portuguesa. 3ª ed.: Nova Fronteira, 1993, pg. 253.

(2) NASCENTES, Antenor_Dicionário Etmológico da Língua Portuguesa. 1ª ed., 1955. pg. 217.

(3) KARDEC, Allan._O Livro dos Espíritos.68ªed. FEB, 1987, pg. 82, 83, 104, 167, 223, 241, 257.

(4) SANTOS, Jorge Andréa dos_Enfoques Científicos da Doutrina Espírita. 2ª ed. Soc. Espírita F. V. Lorenz, 1991, pg. 38, 41, 159.

(5) SCHUTEL, Caibar_Matéria, Fluido Vital e Espírito. Revista Internacional de Espiritismo, Nov. 1998, pg 439.

(6) KARDEC, Allan_O Livro dos Médiuns. 49 ª ed., FEB, 1982, pg. 109, 159.

(7) MIRANDA, Hermínio C._Diversidade dos Carismas. 3ª ed. Publicações Lachâtre. Vol. I, 1995, pg. 242, 303 .

(8) DENIS, Léon, Depois da Morte. 18ª ed., FEB, 1994, pg. 208.

(9) COSTA, Vitor Ronaldo_Mediunidade e Medicina 1ª ed.,Casa Editora O Clarim,. 1996, pg.37, 40, 42. Abertura dos Chacras, Revista Internacional de Espiritismo, nov. 1999, pg.445.

(10) ROCHA, Alberto de Souza_Além da Matéria Densa. 1ª ed. Editora Espírita Correio Fraterno, 1997, pg. 40,41,42,106,214.

(11) MIRANDA, Hermínio C._Reencarnação e Imortalidade. 4ª ed., FEB, 1991, pg. 132.(12) DENIS, Léon_O Problema do Ser, do Destino e da Dor. 4ª ed. FEB, 1936, pg. 205.

(13) CARVALHO, Helena M. C.C._Perispírito e Princípio Vital. 2ª ed. Editora LAKE, 1994, pg.3.

(14) DELLANE, Gabriel_A Evolução Anímica. 7ª ed., FEB, 1992, pg. 175, 192.

(15) FRANCO, Divaldo., pelo Espírito Joana de Ângelis. Estudos Espíritas. 6ª ed. FEB, 1995 , pg.42, 43: Dias Gloriosos. 2ª ed. Liv. Esp. Alvorada Editora, 2000, pg. 192.

(16) XAVIER, Francisco C. e VIEIRA, Waldo, pelo Espírito André Luiz_Evolução em Dois Mundos. 14ª ed., FEB, 1995, pg.27, 59 e 63.

(17) TESTUT, L. e LATARJET A._ Anatomia Humana, 1954, Salvat Editores S.A., vol. II, pg. 1077. (18) XAVIER, Francisco C., pelo Espírito André Luiz_Missionários da Luz. 28ª ed. FEB, 1997, pg. 18-24, 218.(19) NOBRE, Marlene Rossi S.N._ As Enfermidades e suas Relações com o Comportamento Moral. Associação Médico-Espírita de S. Paulo, jul. 1986, pg. 101-116.

(20) SOARES, José Luís_ Biologia. Ed. Scipione, 1997, pg. 52, 155.

(21) ARMOND, Edgar_ Passes e Radiações, Ed. Aliança, 1998, pg. 47.

(22) FERREIRA, Umberto_Revista Espírita Allan Kardec, 1999, pg. 20.

(23) MELO, Jacob _ O Passe. 8ª ed. FEB, 1996.

(24) CARVALHO, Helena M. C.C._Perispírito e Princípio Vital. 2ª ed. Editora LAKE, 1994.

(25) MEIRA, Rubens P. _ O Perispírito. 1ª ed. Editora Brasbiblos.!986.

(26) GURGEL, Luiz Carlos de M._ O Passe Espírita. 2ª ed. FEB, 1991.

(27) JORGE, José_Antologia do Perispírito. 5ª ed. Ed. CELD,1997.

Fonte: http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo201.html:

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Fisiologia da Alma.

Fisiologia da Alma

Fernando A. Moreira

Fisiologia, é a parte da biologia que investiga as funções orgânicas e processos ou atividades vitais. (1)

Etmologicamente, a palavra vem do grego, physiologia, "tratado da natureza das coisas segundo princípios físicos ou naturais. Ciência dos fenômenos da vida (Haller)." (2)

Faremos referência em nosso trabalho à fisiologia como as ações da alma, na dimensão dada por Kardec, de Espírito encarnado, o que eqüivale a dizer que analisaremos com este os fenômenos da própria vida.

Composição do ser humano.

O ser humano é composto pela alma ou Espírito encarnado com seu Perispírito que, ao encarnar necessita se relacionar ao Fluido Vital (onde reside o princípio vital) e ao Corpo Físico. Para que exista a alma, isto é, para que o Espírito reencarne, é necessária a presença destes elementos destacados e, é na interação deles, que estudaremos a Fisiologia da Alma.

"Há no homem três coisas; 1° - o corpo ou ser material análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2° a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3° o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito." (3)

O ESPÍRITO

Espírito é para nós "uma chama, um clarão ou uma centelha etérea". São eles (os Espíritos) incorpóreos e não imateriais; é a matéria quintessenciada, porém sem analogia para vos outros e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos". (3)

A exceção do Espírito, que tem sua origem no princípio inteligente e não pode atuar diretamente sobre a matéria, todos os demais procedem do Fluído Cósmico ou Universal.

A inteligência, o pensamento, a vontade, a consciência (onde estão impressas as leis morais), os pendores, a memória, e a sensibilidade são atributos do Espírito que, ao encarnar, ao ingressar no seu "cárcere fluídico", muda, temporariamente, algumas de suas ações, sua fisiologia, mas não sua essência, adquirindo umas e perdendo outras. Se de um lado, ao mergulhar na carne, a "centelha encarnada" encontra limitações, (4) ganha o Espírito o comando do corpo físico, com o objetivo de servir ao seu processo evolutivo, do qual também é o diretor. (FIG 1.)"O Espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa"; (3) impõe assim o Espírito a sua vontade e a ele são dirigidas as sensações e percepções. Quem sente é a alma. (FIG. 2).

Figura 1

Figura 2

Nesta mesma figura, vemos também como estas se direcionam ao Espírito, via perispírito e vice-versa, como a ação do Espírito alcança o corpo físico pela dupla polaridade perispiritual.

A vontade do Espírito é diretamente proporcional ao seu grau de evolução e coroa sua ação no corpo físico "não sendo o perispírito mais do que um agente de transmissão", pois que no Espírito é que está a consciência..." (grifos nossos) (3) (Fig. 2)

Portanto, é o Espírito que comanda a evolução, refletindo no perispírito a sua nova imagem, " porque o Espírito evolui, tudo o mais se transforma" (5) e diríamos mais: tudo se transforma sob a égide do Espírito, porque o perispírito é moldado pelo Espírito e molda, mantendo a forma do corpo físico; o perispírito é o plastificante do corpo, mas é configurado, ele também, pelo Espírito.

O PERISPÍRITO

É o envoltório do Espírito, veículo de todas as suas manifestações, (6) retirado do fluido universal de cada globo, tomando assim o seu "passaporte planetário" e a forma que lhe queira dar o Espírito, podendo também se tornar visível e tangível por "combinação de fluidos".(7)Da vasta sinonímia dada ao perispírito, destacamos corpo bioenergético, corpo bioplasmático, corpo espiritual, corpo perispiritual e psicossoma.

"O invólucro fluídico do ser depura-se, ilumina-se ou obscurece- se segundo a natureza elevada ou grosseira dos pensamentos em si refletidos. Qualquer ato e/ou qualquer pensamento repercutem-se e gravam-se no perispírito. Daí as conseqüências inevitáveis para a situação da própria alma, embora esta esteja sempre senhora de modificar o seu estado pela ação contínua que exerce sobre o seu invólucro." (8)

A constituição íntima do perispírito não é homogênea, variando em densidade do mais quintencenciado, próximo ao Espírito, ao mais denso, próximo ao corpo físico, estruturando-se assim, as várias camadas, zonas ou envoltórios, dando-lhe continuidade; além disso, ele varia de densidade, de Espírito para Espírito, seja encarnado ou desencarnado, de acordo com seu grau evolutivo, e portanto, de seu padrão vibratório.

Falta unicidade de conceitos, para o termo "duplo etérico", sendo considerado como: uma "cópia etérica" da matéria, uma camada energética, o próprio perispírito ou uma extensão dele, uma de suas "capas", mais próxima ao corpo físico, uma estrutura individualizada, ou ainda, uma emanação áurica. (4) (6) (9) (16) Nas Obras Básicas parece ter sido comentado uma única vez, sem muita relevância. (6)

"O Perispírito preside às manifestações anímico-mediúnicas, desdobra-se durante o transe magnético, sonambúlico e mediúnico, quando então projeta-se na dimensão extra-física, visita colônias espirituais e torna-se, por vezes, visível em lugares distantes" (9) e também tangível.

Como a alma está vinculada ao corpo físico, durante estas projeções mantêm-se a ele ligado por seu laço fluídico ao qual se dá o nome de cordão fluídico ou de prata. Este somente se rompe após a morte, quando se extingue a atividade vital e por conseguinte , a vida.

O perispírito pode irradiar para fora do corpo físico sob a forma de emanações fluídicas na área vizinha ao corpo, mas que ultrapassam os seus limites, "devendo haver energia do próprio fluido vital em expansão", constituindo a nossa "fotosfera psíquica" (10), parecendo emergir do corpo físico na forma de campo ovóide ou aura, que "revela condições de saúde física, estado do Espírito, nível mental e caráter das pessoas.." (11)

"Na realidade, a memória não é mais do que uma modalidade de consciência"(12), mas na literatura espírita encontramos grande controvérsia em relação a sua localização, quer no Espírito encarnado, quer no desencarnado, situando-a ora no Espírito, ora no perispírito.

Estivesse ela permanentemente no perispírito, o que não me parece lógico, ao evoluir o Espírito e mudar de orbe, a perderia totalmente, pois que ele a retira do fluido universal de cada globo descartando-se desse seu "passaporte planetário" e tomando outro, transformar-se-ia assim num Espírito novamente simples e ignorante, retrogradando. Isto não seria possível, pois contrairia a Lei do Progresso e o processo reencarnatório perderia todo o sentido, não passando de uma vivência nulificada.

"Em conseqüência da diminuição de seu estado vibratório, o Espírito, cada vez que toma posse de um corpo novo, de um cérebro virgem de toda a imagem, acha-se na impossibilidade de imprimir as recordações acumuladas das suas vidas precedentes." (12).

"Permanecemos com Delanne quando nos diz que o inconsciente é um território comum da alma e do corpo, confirmando assim que o perispírito é sua sede. (grifo nosso)

(FIG. 2) Kardec diz que: O Espírito tem no perispírito o seu almoxarifado, seu armazém de memórias e aquisições."(10)

Assim, a memória de vivências passadas, ocorridas quando do Espírito encarnado ou na erraticidade está no Espírito, mas ao reencarnar, sitia-se no inconsciente e, portanto, no perispírito, lugar comum entre a alma e o corpo físico.(FIG. 2)

Calcamos as palavras de Jorge Andréa quando diz que "não existe nada mais consciente do que o inconsciente", assim, esta memória do inconsciente atual, de vivências passadas e da nossa missão, entendo-se o termo como os propósitos estabelecidos na espiritualidade, embora estando no inconsciente, nos influenciam e nos fustigam, como aptidões, tendências, instintos e outras experienciações reencarnatórias, constituindo-se assim, nos embates com o consciente, o "VOCÊ DECIDE" do Espírito, no uso pleno do seu livre-arbítrio. (FIG. 2)

"O Espírito é o dono da memória e a coloca à sua disposição onde lhe fica mais conveniente, funcional. Dela não se exonera porque ela esteja arrumada na estante de sua biblioteca. E que ele sendo dono é que a usa." (10)

Durante o sono parcialmente desprendido e gozando da liberdade do corpo físico, ele novamente se lembra, recobrando sua memória, e nós sonhamos, sendo "o sonho o que o Espírito viu durante o sono", (3) e que nos chega, como premonições uns, e outros, na sua grande maioria, com distorções e metáforas.

A aprendizagem não se perde e convenientemente filtrada continuará na consciência para o seu uso constante, sendo dela inalienável. Resgatando seus débitos, resolvendo suas pendências, educando-se e depurando-se assim o Espírito, não há mais necessidade da retenção desse lixo biográfico, de vez que já dele se serviu, para a sua evolução, transformando-se agora no inútil arquivo de contas pagas, memória da qual ele se despoja, mas as aquisições daí advindas, permanecem incorporadas ao Espírito, também definitivamente.

"É nele (no perispírito) que se encontra temporariamente arquivada a memória extra-cerebral." (9) (grifo nosso)

Por vezes têm-se a sensação de ter estado num local antes visto (Déjà-vu) ou porque lá estivemos desdobrados e voltamos fisicamente, ou nos vem como um "escape", porque ali vivemos numa existência anterior ou mesmo, numa terceira hipótese, previamente demos "uma espiada no futuro" e agora vivenciamos o "replay" do acontecimento previsto. Há várias expressões do déjà-vu como algo acontecido, entendido, sentido, ouvido, e vivido." (4)(7)(15)

FLUIDO VITAL

"A força vital impregna, simultaneamente, a partir do primeiro instante da concepção, tanto a matéria como o perispírito. Assim é que este, deixando-se impregnar pelo fluido vital, nele se transfundindo, a ele se unindo intimamente, materializa-se bastante para tornar-se então o suporte, o regulador, dessa própria energia." (10)

O Espírito é o dínamo, o perispírito é o motor e o fluido vital é a carga, a eletricidade animalizada de nossas baterias, responsável pela "manutenção e reparação da matéria viva" (13); cessada a carga, deixa de haver vida e obviamente sobrevem a morte, por esgotamento do fluido vital, mas também pode se dar, embora com sua presença, por falência orgânica súbita, "ficando ele impotente para transmitir o movimento da vida." (9).

A distribuição do fluido vital é variável de ser para ser, de célula para célula, de acordo com a herança repassada pela matriz perispirítica e vinculada a sua boa repartição, a saúde física e psíquica, podendo também se transmitir de um para outro indivíduo.

Corpo Físico

D) CORPO FÍSICO _Centros Vitais. (FIG.3)

Figura 3

Nós, Espíritos encarnados ou desencarnados, vivemos mergulhados no Fluido Cósmico ou Universal, energia que absorvemos pela alimentação, respiração e pelos centros vitais, que agem como acumuladores e distribuidores de energia, transitando por eles os fluidos energéticos, de um para os outros e assim transmitindo- se a todo o organismo.

Do L. E. (3), podemos extrair; " A vista da alma ou do Espírito (...) carece de foco próprio. Se reportam-se ao corpo, este foco lhes parecem estar nos centros onde maior é a atividade vital, principalmente no cérebro, na região do epigastro ou no órgão que consideram o ponto de ligação mais forte, entre o Espírito e o corpo." Neste resumo, quando Kardec se refere aos centros onde maior é a atividade vital e ao ponto de ligação mais forte, entre o Espírito e o corpo, estava falando, segundo podemos deduzir, dos centros vitais ou de força.

"Estes centros energéticos são acumuladores e distribuidores de energia, "estações de força" eletromagnética, "que controlam a aparelhagem fisiológica e psicológica e as reações somáticas que lhes exteriorizam os efeitos de intercâmbio." (14) (FIG. 3)

Localizam-se essas centrais energéticas (centros de força, chackras, chacras, rodas energéticas, vórtices energéticos) no perispírito e vibram sintonizados uns com os outros e são tanto mais vibrantes e brilhantes quanto mais evoluído é o Espírito, sendo responsáveis pela distribuição de energia vital no corpo físico. Para isso, possuindo fortes ligações específicas com todo sistema nervoso e, mais particularmente sobre o sistema nervoso central, glândulas e plexos.

Estão em constante rotação, que é tanto maior quanto mais nobre é a sua função, portanto, os que se localizam na cabeça e que presidem a vida espiritual tem maior rotação do que os que dirigem a vida vegetativa, e que se situam nas partes inferiores do tronco.

A "abertura dos chacras" só pode ser feita pelo Espírito, por seu aperfeiçoamento moral, cujas leis estão impressas na sua consciência. (9)

Alma desequilibrada corresponde a centros vitais desequilibrados, influindo sobre o comando que exercem sobre os órgãos fundamentais da vida, sendo os mais importantes entre aqueles: (FIG. 3)

Centro vital genésico. ( Hipogástrico).

Localiza-se na região hipogástrica e, para nós, é estudado junto com o Básico, dada às semelhantes funções e relacionamentos. Controla a atividade sexual e a ativação dos demais centros vitais. "Dirige o santuário da reprodução e engendra recursos para o perfeito entrosamento dos seres na reconstrução dos ideais de engrandecimento e beleza em que se movimenta a Humanidade,"(14) "guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou estabelecimento de estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas." (15)

Centro vital esplênico. (Mesentérico).

Localiza-se na região esplênica, portanto, à esquerda do abdomen. É responsável pela regulação das reservas sangüíneas, a composição de seus elementos e ainda é vitalizador das defesas orgânicas.

Centro vital gástrico.(Umbilical ou Solar).

Localiza-se no epigastro e é responsável pela absorção de alimentos, seu metabolismo e a liberação de suas respectivas energias; influencia todos os órgãos abdominais, excetuando-se o baço.Centro vital cardíaco.

Localizado na região précordial e é responsável pela atividade pulmonar, cardíaca e circulatória; regula as emoções e os sentimentos.

Centro vital laríngeo.

Localizado na garganta física e preside à fonação, a audição e a respiração e as glândulas tireóide, paratireóide e o timo.

Centro vital frontal (cerebral).

Situado no lobo frontal, governando a córtex cerebral e é responsável pelo controle da inteligência, dos sentidos e das glândulas endócrinas via hipófise.

Centro vital coronário.

Situa-se na parte central do cérebro e é referido como "sede da mente", "santuário da vida", "centro vital regente", denotando sua ascensão sobre os demais centros vitais, sua mais intensa relação com o Espírito, de onde recebe o comando , transferindo-o.

"Responsável pelo processo da razão, da morfologia, do metabolismo geral, da estabilidade emocional e funcional da alma no caminho evolutivo." (14)

O centro coronário liga-se à Epífise ou glândula Pineal e tem nela seu substrato anátomo-fisiológico, cujo hormônio é a melatonina, cuja secreção aumenta no escuro. É a "glândula da vida espiritual". Está localizada na zona central do cérebro.

Sob o ponto de vista médico seria uma glândula vestigial e responsável "pela regulação de crescimento, do desenvolvimento da altura e do peso, do aparelho sexual e do desenvolvimento piloso." (16) Pouco se evolui no conhecimento de sua fisiologia, mas teria influência em toda a cadeia glandular via hipotálamo. (19)

André Luiz lhe dá novas dimensões (17), quais sejam:

1) É a glândula da vida mental; acorda as forças criadoras e é o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre;

2) É igualmente responsável pela recapitulação da sexualidade da criatura, examinando o inventário de suas paixões vividas em outra época, que aparecem sobre fortes impulsões.

3) Preside os fenômenos nervosos da emotividade.

4) Segrega "unidades-força", que vão atuar de maneira positiva nas energias geradoras.

5) Conserva ascendência sobre todo o sistema endócrino ("glândula mestra").

6) Comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade.

O organismo para o seu funcionamento, exige consumo de energia. Essa energia é obtida através de reações metabólicas, ocorridas sobre a matéria assimilada durante o processo de nutrição.

As mitocôndrios são as centrais energéticas das células, "desenvolvendo importantes atividades nos processos metabólicos celulares, pois a elas cabe a função de reprocessar a energia contida nas moléculas dos compostos orgânicos obtidos pela alimentação, transferindo o acúmulo energético à outras moléculas especializadas para armazenamento e liberação rápida de energia, representados principalmente pelo ATP (trifosfato de adenosina). As mitocôndrios são produtoras de moléculas de ATP." (20)

"Através dos bióforos ou unidades de força psicossomática que atuam no citoplasma, o espírito encarnado imprime suas características evolutivas a todas as células do corpo físico. Compete a Epífise executar essa tarefa de sintonia, projetando sobre as células e consequentemente sobre o corpo, os estados da mente, que estará enobrecendo ou agravando a própria situação de acordo com a escolha do bem ou do mal." (15) (18)

A ação do Espírito será exercida segundo a seqüência;

ESPÍRITO-PERISPÍRITO-FLUIDO VITAL-CORPO FÍSICO (Epífise-Célula-Bióforo-Mitocôndrio) do que resultará acúmulo ou dispersão de energia.

Portanto todas as estruturas do corpo físico, representadas por sistemas, aparelhos, órgãos e células, enfim todo o organismo tem sua representatividade no perispírito, modelo organizador biológico, sob a direção do Espírito que é o comandante de todas as suas ações .

O corpo humano "é um universo em miniatura" (21) é uma máquina pensante, obra idealizada pelo nosso Criador, e cada vez que a ciência vai desvendando seus mistérios e estreitando seus laços com o microcosmos, assim também como com o macrocosmos, também vai descortinando a presença de Deus.

Ele nos criou Espíritos simples, ignorantes e imortais, para que sejamos Espíritos perfeitos, por nossos próprios méritos. Para isso, com sua bondade, justiça e misericórdia, nosso Criador não nos pune, nos dando sempre oportunidades. Essa é, exatamente agora, uma nova oportunidade, que temos como Espíritos encarnados, para que com o tesouro de nossas aquisições e a propulsão dos nossos propósitos, possamos comandar, com a fisiologia da alma o nosso corpo físico, "empréstimo divino" e orientados pelo "mapa da regeneração", nos direcionarmos para a perfeição, estabelecida como meta infinita, por esta Força Poderosa que a tudo determina, e dentro deste prisma seremos todos, não o que queremos, mas o que precisamos e teremos que ser.

Nosso mestre Jesus nos trouxe essa diretriz, no seu Evangelho:

-"SEDE PERFEITOS."

Façamos do nosso corpo, o veículo de nossa regeneração; a estrada é longa, não tardemos no caminho.

" (...) Agora homem que sou, pelo foro Divino, vivo de corpo em corpo a forjar meu destino, que me leve a transpor o clarão das estrelas!..."

(Chico Xavier; pelo Espírito Adelino Fontoura).(22)

(Artigo originalmente publicado na edição de outubro de 2000 da Revista Internacional de Espiritismo)

BIBLIOGRAFIA


(1) FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda_Dicionário da Língua Portuguesa. 3ª ed.: Nova Fronteira, 1993, pg. 253.

(2) NASCENTES, Antenor_Dicionário Etmológico da Língua Portuguesa. 1ª ed., 1955. pg. 217.

(3) KARDEC, Allan._O Livro dos Espíritos.68ªed. FEB, 1987, pg. 82, 83, 104, 167, 223, 241, 257.

(4) SANTOS, Jorge Andréa dos_Enfoques Científicos da Doutrina Espírita. 2ª ed. Soc. Espírita F. V. Lorenz, 1991, pg. 38, 41, 159.

(5) SCHUTEL, Caibar_Matéria, Fluido Vital e Espírito. Revista Internacional de Espiritismo, Nov. 1998, pg 439.

(6) KARDEC, Allan_O Livro dos Médiuns. 49 ª ed., FEB, 1982, pg. 109, 159.

(7) MIRANDA, Hermínio C._Diversidade dos Carismas. 3ª ed. Publicações Lachâtre. Vol. I, 1995, pg. 242, 303 .

(8) DENIS, Léon, Depois da Morte. 18ª ed., FEB, 1994, pg. 208.

(9) COSTA, Vitor Ronaldo_Mediunidade e Medicina 1ª ed.,Casa Editora O Clarim,. 1996, pg.37, 40, 42. Abertura dos Chacras, Revista Internacional de Espiritismo, nov. 1999, pg.445.

(10) ROCHA, Alberto de Souza_Além da Matéria Densa. 1ª ed. Editora Espírita Correio Fraterno, 1997, pg. 40,41,42,106,214.

(11) MIRANDA, Hermínio C._Reencarnação e Imortalidade. 4ª ed., FEB, 1991, pg. 132.(12) DENIS, Léon_O Problema do Ser, do Destino e da Dor. 4ª ed. FEB, 1936, pg. 205.

(13) CARVALHO, Helena M. C.C._Perispírito e Princípio Vital. 2ª ed. Editora LAKE, 1994, pg.3.

(14) DELLANE, Gabriel_A Evolução Anímica. 7ª ed., FEB, 1992, pg. 175, 192.

(15) FRANCO, Divaldo., pelo Espírito Joana de Ângelis. Estudos Espíritas. 6ª ed. FEB, 1995 , pg.42, 43: Dias Gloriosos. 2ª ed. Liv. Esp. Alvorada Editora, 2000, pg. 192.

(16) XAVIER, Francisco C. e VIEIRA, Waldo, pelo Espírito André Luiz_Evolução em Dois Mundos. 14ª ed., FEB, 1995, pg.27, 59 e 63.

(17) TESTUT, L. e LATARJET A._ Anatomia Humana, 1954, Salvat Editores S.A., vol. II, pg. 1077. (18) XAVIER, Francisco C., pelo Espírito André Luiz_Missionários da Luz. 28ª ed. FEB, 1997, pg. 18-24, 218.(19) NOBRE, Marlene Rossi S.N._ As Enfermidades e suas Relações com o Comportamento Moral. Associação Médico-Espírita de S. Paulo, jul. 1986, pg. 101-116.

(20) SOARES, José Luís_ Biologia. Ed. Scipione, 1997, pg. 52, 155.

(21) ARMOND, Edgar_ Passes e Radiações, Ed. Aliança, 1998, pg. 47.

(22) FERREIRA, Umberto_Revista Espírita Allan Kardec, 1999, pg. 20.

(23) MELO, Jacob _ O Passe. 8ª ed. FEB, 1996.

(24) CARVALHO, Helena M. C.C._Perispírito e Princípio Vital. 2ª ed. Editora LAKE, 1994.

(25) MEIRA, Rubens P. _ O Perispírito. 1ª ed. Editora Brasbiblos.!986.

(26) GURGEL, Luiz Carlos de M._ O Passe Espírita. 2ª ed. FEB, 1991.

(27) JORGE, José_Antologia do Perispírito. 5ª ed. Ed. CELD,1997.

Fonte: http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo/artigo201.html:

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Platão X Aristóteles

O objetivo desse trabalho é comparar duas formas diferentes de explicar a origem das idéias . A primera forma de explicar a origem das idéias foi elaborada por Platão, o Inatismo; a segunda forma foi elaborada por Aristóteles, o Realismo que mais tarde seus principios serviram de base para o Emperismo.

Platão defendia o Inatismo, nascemos como principios racionais e idèias inatas. A origem das idéias segundo Platão é dado por dois mundos que são o mundo inteligivel, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as idéias assimiladas em nossas mentes.

Quando nós nascemos no mundo conhecidos por todos, o mundo em que vivemos, denominado por Platão como mundo sensivel nós já temos as idéias formuladas em nossas mentes mas muito guardadas que para serem utilazadas é necessario “relembrar” as idéias já conhecidas atravez do mundo inteligivel.

Para Platão existem quatro formas ou graus de conhecimento que são a crença, opinião, raciocinio e indução. Para ele as duas primeiras podem ser descartadas da filosofia pois não são concretas, sendo as duas últimas são as formas de fazer filosofia. Para Platão tudo se justifica atravez da matemática e atravez dessa que nós chegamos a verdadeira realidade.


Platão na Academia.

Para Platão o conhecimento sensivel ( crença e opinião ) é apenas uma da realidade, como se fosse uma visão dos homens da caverna do texto “Alegoria da Caverna” e o conhecimento intelectual (raciocinio e indução) alcança a essencia das coisas, as idéias.

Já Aristóteles era um filosofo que defendia o Empirismo, as idéias são adiquiridas atraves de experiência, na realidade o Empirismo não era concreto na época de Aristóteles, muitos filosofos como eu defendo que Aristoteles foi um dos criadores das principais idéias do Empirismo e para outros filósofos ele é apenas um realista, um filósofo que dá muita importância para o mundo exterior e para os sentidos, como a única fonte do conhecimento e aprimoramento do intelecto.

Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das idéias é através da observação de objetos para após a formulação da idéia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligivel.

Aristóteles diz que existem seis formas ou grau de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição. Para ele o conhecimento é formado e enriquecido por informações trazidas de todos os graus citados e não há diferença entre o conhecimento sensível e intelectual, um é continuação do outro, a única separação existente é entre as seis primeiras formas e a última forma pois a intuição é puramente intelectual, mas isso não quer dizer que as outras formas não sejam verdadeiras mas sim formas de conhecimento diferentes que utilizam coisas concretas.

Podemos defender Aristóteles, dizendo os problemas sobre a teoria das idéias apresentada por Platão, como por exemplo sua teoria diz que você vem ao mundo com suas idéias já formuladas e que essas idéias são intemporais, e como Platão explica diferentes idéias sobre oque é justiça? Idéia que segundo ele é inata e todos tem a mesma fonte do que seria a justiça.

Já a tese formulada por Aristóteles permite essa diferença, pois as idéias não são assimiladas por todas as pessoas na mesma fonte, pois a fonte é a experiência e nem todos tem as mesmas experiências.

A teoria Platônica não permite a introdução de novas idéias no mundo inteligível, já atravez da observação, princípio Aristotélico, a introdução de novas idéias é perfeitamente possível. Com isso podemos concluir, ser a teoria Aristotélica mais defensável.

Fonte:http://www.coladaweb.com/economia/platao.htm

Veja 3 vídeos sobre esta temática. Terceiro Homem - crítica de Aristóteles. Vídeo do CEFA e Portal Brasileiro da Filosofia - www.filosofia.pro.br. Filósofo Paulo Ghiraldelli Jr.

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Filosofia: Platão e Aristóteles parte 1.


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Filosofia Platão e Aristóteles parte 2.


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Filosofia: Platão e Aristóteles parte 3.


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