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quinta-feira, 6 de março de 2014
quarta-feira, 5 de março de 2014
terça-feira, 4 de março de 2014
segunda-feira, 3 de março de 2014
O Ato de Estudar e Aprender -
25/04/2007 Elisete Oliveira Santos Baruel e Sheila Cristina de Almeida e Silva Machado
Em
função dos comentários recebidos dos
meus caros leitores, vejo-me na obrigação de
fazer uma pergunta. Estamos educando nossos filhos para o mundo ou para
nós mesmos? Todos nós fomos concebidos e depois
acostumados a viver num ambiente totalmente protegido.
Com
esse artigo estamos iniciando a publicação de uma
série de textos com orientações sobre
o ato de estudar e aprender. Temos a intenção de
contribuir com os professores e alunos, acreditando que os
conteúdos apresentados possam ser úteis,
oferecendo algumas dicas de como estudar e aprender. Para sensibilizar
e motivar quanto ao tema, apresentamos a seguir um texto de autoria do
professor Celso Antunes.
Ser
Respeitado em sua Casa e na Escola
Regra número 1
O que é ser feliz?
- Ser feliz é poder fazer
tudo aquilo que a gente gosta. Provavelmente deve ter sido mais ou
menos esta a sua resposta. Foi ou não?
Caso tenha sido, você colocou
as palavras certas em uma ordem errada. E por esse motivo,
provavelmente, vai ter muita dificuldade para descobrir a felicidade.
Experimente pensar bem nesta resposta:
Experimente pensar bem nesta resposta:
- Ser feliz é gostar daquilo
que se tem de fazer.
Se você olhar bem as duas
respostas, perceberá que existe entre elas uma
diferença mais que importante, uma diferença
essencial: a felicidade não vem de um instante
mágico de uma sorte colossal, mas do dia-a-dia, das pequenas
coisas que representam nosso desafio, nossas tarefas.
Para ser respeitado em sua casa e em sua
escola você precisa gostar muito de si mesmo, das coisas que
o cercam, das tarefas que precisa cumprir. Essa é,
realmente, uma grande jogada.
Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das
coisas que deve fazer e das pessoas que o cercam. Em pouco tempo
descobrirá que a vida é muito boa e que
você é uma pessoa querida por todos.
Não é
difícil experimentar.
Gostar muito, mas bastante mesmo, de
você e das coisas que precisa fazer todos os dias.
Professor
Celso Antunes.
Mas
o que é Estudar e Aprender?
Vamos
às definições segundo o
Aurélio:
Estudar
- Aplicar a
inteligência para aprender, para saber, ou adquirir
instrução ou conhecimentos, dedicar-se
à apreciação, análise ou
compreensão de; procurar fixar na memória;
freqüentar o curso de; exercitar-se, ser estudante, ser
estudioso, aprender a conhecer-se; observar-se e analisar-se.
Aprender
- Tomar conhecimento de,
tornar-se apto ou capaz de alguma coisa, em
conseqüência de estudo,
observação e experiência.
Diante
das definições apresentadas, percebemos que para
estudar e aprender é necessário
disposição, vontade, desejo e
dedicação.
Percebemos que as ações estão intimamente relacionadas, resultando em crescimento intelectual, social e afetivo, culminando na formação de seres humanos mais competentes e atuantes.
Percebemos que as ações estão intimamente relacionadas, resultando em crescimento intelectual, social e afetivo, culminando na formação de seres humanos mais competentes e atuantes.
A
seguir, orientações para aqueles que pretendem
estudar e aprender com prazer, reconhecendo que o conhecimento
é um bem valioso, capaz de transformar realidades e superar
as barreiras que impedem a igualdade de condições
para todos.
1
- A importância do Estudo
O estudo que já era uma atividade presente na vida de todos nós, passa a ter sua importância redobrada, não sendo possível, hoje em dia, abrir mão das oportunidades de aprendizagem.
O estudo que já era uma atividade presente na vida de todos nós, passa a ter sua importância redobrada, não sendo possível, hoje em dia, abrir mão das oportunidades de aprendizagem.
2
- Condições Físicas
O ambiente de estudo deve ser bem iluminado, arejado e silencioso; antes de iniciar o estudo, providenciar todo o material que vai precisar.
O ambiente de estudo deve ser bem iluminado, arejado e silencioso; antes de iniciar o estudo, providenciar todo o material que vai precisar.
3
- Como organizar o tempo de estudo?
A prática correta é estudar um pouco todos os dias.
A prática correta é estudar um pouco todos os dias.
4
- Como tornar mais produtivo o estudo?
- Estudar mais a área do conhecimento que menos gosta.
- Distinguir “não gostar do professor” de “não gostar do conteúdo apresentado pelo professor”.
- O medo da avaliação atrapalha o estudo. Não estudar por nota, mas estudar porque irá aprender mais.
- Ninguém aprende nada sem se interessar. Procurar criar interesse.
- Caso esteja com problemas pessoais, não se culpar por não conseguir estudar.
- Procure aconselhar-se com alguém.
- Não estudar em seqüência as áreas do conhecimento parecidas, uma pode atrapalhar a outra. Intercalar Português com Matemática, Ciências com História.
- Fazer da escola um lugar de orientação, estudar mesmo é o que se faz por conta própria (dentro e fora da escola).
- Organizar um horário não só para o estudo, mas para todas as atividades.
- Fixar o lugar e as horas em que estuda.
- Nas áreas do conhecimento como: matemática, português, inglês, física, química o ideal é refazer as atividades dados em sala, somente praticando é que temos certeza de que sabemos fazer.
- Já nas áreas do conhecimento como: história, geografia, biologia, ciências temos que esquecer a “decoreba”, o importante é entender a idéia do conteúdo apresentado. Uma dica é fazer um resumo do conteúdo apresentado no mesmo dia da explicação do professor, com isso você irá organizar suas idéias e ajudará na compreensão.
- Estudar antecipadamente só traz benefícios: você não precisa se preocupar com a avaliação que será no dia seguinte e poderá estudar com calma; terá tempo para tirar as dúvidas com os professores na medida em que elas forem aparecendo e o resultado com certeza será muito mais eficiente.
5
- Horário de estudo
Aqueles que obtêm bons resultados nas avaliações não estudam necessariamente mais tempo do que aqueles que não conseguem. O segredo está em descobrir qual é a forma mais eficiente de estudar. O que importa é a qualidade do estudo e não apenas a quantidade de horas estudadas.
Algumas dicas para elaborar melhor o horário de estudos:
Aqueles que obtêm bons resultados nas avaliações não estudam necessariamente mais tempo do que aqueles que não conseguem. O segredo está em descobrir qual é a forma mais eficiente de estudar. O que importa é a qualidade do estudo e não apenas a quantidade de horas estudadas.
Algumas dicas para elaborar melhor o horário de estudos:
- Reservar pelo menos duas horas de estudo diário.
- Procurar estudar os conteúdos apresentados pelo professor o mais cedo possível após a aula.
- Fazer um intervalo de dez minutos a cada 50 minutos de estudo.
- Estudar primeiramente os conteúdos mais difíceis.
- Ao estudar um conteúdo, desligar-se das demais.
- Não esperar sentir vontade para começar a estudar na hora marcada.
- Seguir o plano de estudo até formar o hábito.
- Procurar estudar alternadamente conteúdos onde haja mais ou menos dificuldade.
- Utilizar o domingo como dia de descanso, no máximo usá-lo para a leitura.
- Não esquecer de deixar espaço para o lazer, diversão faz muito bem.
Referência
Bibliográfica:
RIBEIRO, Marco Aurélio. A técnica de Estudar. Rio de Janeiro: Editora Vozes.
RIBEIRO, Marco Aurélio. A técnica de Estudar. Rio de Janeiro: Editora Vozes.
Elisete
Oliveira Santos Baruel
Pedagoga e Relações Institucionais do Portal Planeta Educação; Especialização Pedagógica na Área da Aprendizagem (USP); Extensão Universitária do Programa de Filosofia para Crianças (UNITAU); Especialização em Gestão em Educação e Novas Modalidades de Ensino.
Sheila Cristina de Almeida e Silva Machado
Graduada em Pedagogia; Especializada em Orientação Educacional; Pós - Graduada em Psicopedagogia; Atua como Orientadora Educacional no Instituto de Educação Renascença.
Pedagoga e Relações Institucionais do Portal Planeta Educação; Especialização Pedagógica na Área da Aprendizagem (USP); Extensão Universitária do Programa de Filosofia para Crianças (UNITAU); Especialização em Gestão em Educação e Novas Modalidades de Ensino.
Sheila Cristina de Almeida e Silva Machado
Graduada em Pedagogia; Especializada em Orientação Educacional; Pós - Graduada em Psicopedagogia; Atua como Orientadora Educacional no Instituto de Educação Renascença.
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=853
Obrigado pela visita, volte sempre.
Yoga na visão da Filosofia Sankhya
Filosofia Sankhya do Yoga
Além destas duas energias existe uma terceira energia importante: tathasta-sakti (entidade vida), que está envolvida pela energia material inferior embora em sua essência ela, tathasta-sakti, seja espiritual. Desse modo, a entidade viva também é considerada energia marginal, pois, por ser constituída de potência espiritual – mas estar presa no condicionamento material – ela fica atraída pela matéria e pela transcendência ao mesmo tempo. Numa visão mais ampla podemos ver que este mundo material atua como um cativeiro da alma espiritual. Mesmo sendo espiritual, a alma, por estar influenciada pela natureza material, permanece presa em diferentes corpos materiais. O que motiva este aprisionamento é a identificação com o corpo e seus subprodutos materiais. Além desta identificação ilusória há também a constante busca por prazer, felicidade e satisfação. Isto é natural da alma. Todos querem isto. Mas, a busca destes elementos na plataforma material é inútil e infrutífera. A solução é restabelecer sua ligação com a fonte última de toda criação, a fonte de todo prazer, felicidade e satisfação. Anandamayo, cuja fonte é a Pessoa Suprema.
O processo para se restabelecer esta ligação com o Ser Supremo original é o processo de yoga. Porém, é necessário se compreender as complexidades da existência material que atam a alma espiritual ao mundo dos fenômenos materiais. Para isto, a filosofia Sankhya apresenta em detalhes a constituição deste mundo material – o que evidencia que este não é o habitat natural da alma espiritual. Portanto, Sankhya é a filosofia do yoga. Inclusive, podemos ver claramente os ensinamentos de Sankhya no Yoga-sutra. Patañjali se baseou na filosofia de Kapiladeva para definir os parâmetros do yoga em sua obra. Em geral, o processo autêntico de yoga aceita a filosofia Sankhya como base para a compreensão dos elementos materiais e da alma espiritual. Não há como apresentar uma filosofia do yoga que não considere o que está embasado nos conceitos de Sankhya. O yoga não ensina uma filosofia separada da autorrealização espiritual. Yoga significa autorealização, reintegração. Yoga é a prática do conhecimento e Sankhya é o conhecimento que deve ser aplicado à prática. Yoga é sinônimo de espiritualidade. Por isso, Sankhya e yoga caminham juntos. Nos capítulos 3 e 5 do Bhagavad-gita, é explicado o sistema de Sankhya-yoga. Pode-se notar, numa análise mais profunda, que Patañjali apresenta o Astanga-yoga em sintonia com o Bhagavad-gita e Kapiladeva.
O Bhagavad-gita (15.3-4) expõe uma analogia do mundo material e como sair dele.
Isto quer dizer que temos uma relação temporária com este mundo material. Podemos aceitar que estamos aqui há milhares de vidas, mas em uma única vida podemos mudar completamente este conceito. O ponto é render-se ao Supremo. Adyam purusam prapadye. Adyam purusam, ou a original Personalidade de Deus (ishvara) é a quem a entidade viva deve se render. Não há ninguém mais além dEle. É uma grande ilusão procurar algum refúgio dentro da natureza material. Somente a Superalma é que pode dar o verdadeiro refúgio. Por isto ele é adyam purusam. Este purusam é o mesmo isvara que Patañjali indica como a pessoa a quem a alma espiritual deve se render, prapadye. Ele diz isvara pranidhana va. Renda-se ao Ser Supremo. Mas, para se alcançar esta convicção o yogi deve desenvolver o desapego (asanga-sastrena) pelo mundo material. E este desapego só pode resultar de um profundo conhecimento autorizado.
Sankhya de Maharshi Kapila
Sankhya significa profundo estudo analítico da natureza material em seus variados elementos e, em última análise, a compreensão do que existe por trás da matéria. Situando a filosofia Sankhya no contexto filosófico ocidental, ela estaria entre as mais completas elaborações metafísicas. Porém, a grande diferença desta metafísica de Sankhya para outras escolas é que ela se destina especialmente a dar condições de liberação às entidades vivas. Em outras palavras, Sankhya é o conhecimento verdadeiro através do qual se pode escapar do enredamento material.
Kapiladeva é filho do mítico bhakti-yogi Kardama Muni, filho de Brahma. Assim, a filosofia Sankhya de Kapiladeva é considerada a mais elevada de todas as tradicionais escolas de filosofia. Nela podemos encontrar claramente exposto todos os conceitos metafísicos da natureza. A principal diferença existente entre Kapiladeva e o falso Kapila (que viveu num período próximo de Patañjali) é que aquele expõe a filosofia de Sankhya sem excluir a presença de Deus. O falso Kapila até mesmo escreveu uma obra ateísta conhecida como Sankhya-sutra que não é aceita como uma obra autorizada. Ele se baseou na Sankhya de Kapiladeva e excluiu qualquer alusão sobre a Verdade Absoluta, a Suprema Personalidade de Deus.
A filosofia ateísta não tem nenhuma compatibilidade com o processo de yoga. Logo, o Sankhya de Kapiladeva, é a filosofia do yoga, pois como já foi mencionado, ela está em concordância com a filosofia Vedanta que conclui: krsnas tu bhagavam svayam. Krishna é a Suprema Personalidade de Deus, o único refúgio para todas as entidades vivas.
O próprio Srimad-Bhagavatam (3.25.1), o summum bonum de toda a literatura Védica, esclarece a respeito da grande personalidade de Kapiladeva.
O Ser Supremo é considerado não-nascido porque Ele não tem uma origem. E ainda assim Ele é a origem última de tudo. Sarva karana karanam. Mesmo sendo não-nascido e livre da influência da natureza material Ele desce à plataforma material para realizar Suas atividades transcendentais e deixar Sua mensagem para o benefício de todos. Isto aconteceu em Sua vinda há cinco mil anos quando deixou o Bhagavad-gita com todas as instruções necessárias para se alcançar a autorrealização. Também há mais de quinhentos anos novamente Ele veio para propagar a prática do conhecimento contido no Bhagavad-gita. Do mesmo modo, Ele veio há milhões de anos para deixar o conhecimento sobre a filosofia Sankhya do Astanga-yoga. Kapilas tattva-sankhyata bhagavam. Entende-se nisto que Kapiladeva é a própria Suprema Personalidade de Deus. Como no Bhagavad-gita (4.7):
É por este motivo que encontramos na citação anterior a expressão atma-prajnaptaye. O Ser Supremo desce para transmitir o conhecimento transcendental, beneficiando a raça humana. Este conhecimento eleva a consciência à plataforma espiritual, pois ele enfatiza a prática do transcendental serviço devocional amoroso ao Supremo. Mam ca yo ‘vyabhicarena bhakti-yogena sevate. Aqueles que se ocupam sem interrupção em bhakti-yoga, serviço devocional amoroso ao Supremo (sa gunan samatityaitan), transcende os modos da natureza material e situam-se no nível de Brahman (brahma-bhuyaya kalpate).
Portanto, o conhecimento de Sankhya resulta na liberação de todas as condições aflitivas que o mundo material impõe. Ela leva ao amor incondicional pelo Ser Supremo. Amar a Deus sobre todas as coisas e serví-Lo em pura devoção amorosa. E este é o objetivo mais elevado da vida humana. No Srimad-Bhagavatam (3.24.36), o próprio Kapiladeva esclarece a causa de Seu aparecimento:
Ele diz que seu principal propósito nesta Sua vinda é para dar o verdadeiro refúgio. Durasayat é a ilusória tentativa de satisfazer os desejos materiais. Querendo escapar dos problemas e sofrimentos, a entidade viva condicionada procura se refugiar na natureza material. Asayat se refere a refúgio, porém, durasayat se refere a um refúgio muito difícil de ser alcançado, pois a qualquer momento ele pode ser perdido. Pode-se buscar refúgio até mesmo no corpo material que é pleno de desconforto e misérias. Por este motivo, Kapiladeva diz que a filosofia Sankhya é tattvanam. Ela é para proporcionar a compreensão verdadeira sobre a realidade. Ilusoriamente pode-se aceitar esta realidade aparente captada pelos sentidos materiais como sendo a realidade última. Mas, pela filosofia Sankhya concluímos que existe uma outra realidade muito mais ampla e profunda. Ela é a realidade transcendental que permeia esta fugaz e frágil realidade imanente. Além disso, Kapiladeva mostra que a realidade da alma presa num corpo material é como uma doença que só pode ser sanada através do conhecimento prático de Sankhya (bhakti-yoga).
No Bhagavad-gita encontramos que os corpos materiais destinam-se a destruição (antavanta ime dehah). Mas, a alma eterna que habita o corpo temporário deseja atividades também eternas e que realmente lhe dêem satisfação (nityasyoktah saririnah). Geralmente as pessoas menos informadas questionam sobre o corpo material sem saber da existência de um corpo espiritual eterno e ansioso por realizar atividades espirituais. Assim, a filosofia Sankhya leva o yogi a compreender sua natureza original e compreendendo este fato o yogi se ocupa em atividades transcendentais livres de resultados condicionantes.
http://www.yogaculture.com.br/?p=1547
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Filosofia Sankhya do Yoga
Yoga na visão da Filosofia Sankhya
Jayadvaita Das
Existem duas energias principais criadas pelo Ser Supremo (ishvara): param-sakti (energia espiritual), e prakrti-sakti (energia material). Por trás de toda a criação material existe a substância primordial espiritual. Sem o princípio espiritual nada, nem mesmo dentro do campo material, pode existir. Isto leva a concluir que a causa da criação material é espiritual; que existe um princípio qualitativamente igual por toda parte; que o princípio material é uma transformação remota do princípio espiritual; ou que o espiritual gera a matéria, mas a matéria não tem potência para gerar o espiritual.Além destas duas energias existe uma terceira energia importante: tathasta-sakti (entidade vida), que está envolvida pela energia material inferior embora em sua essência ela, tathasta-sakti, seja espiritual. Desse modo, a entidade viva também é considerada energia marginal, pois, por ser constituída de potência espiritual – mas estar presa no condicionamento material – ela fica atraída pela matéria e pela transcendência ao mesmo tempo. Numa visão mais ampla podemos ver que este mundo material atua como um cativeiro da alma espiritual. Mesmo sendo espiritual, a alma, por estar influenciada pela natureza material, permanece presa em diferentes corpos materiais. O que motiva este aprisionamento é a identificação com o corpo e seus subprodutos materiais. Além desta identificação ilusória há também a constante busca por prazer, felicidade e satisfação. Isto é natural da alma. Todos querem isto. Mas, a busca destes elementos na plataforma material é inútil e infrutífera. A solução é restabelecer sua ligação com a fonte última de toda criação, a fonte de todo prazer, felicidade e satisfação. Anandamayo, cuja fonte é a Pessoa Suprema.
O processo para se restabelecer esta ligação com o Ser Supremo original é o processo de yoga. Porém, é necessário se compreender as complexidades da existência material que atam a alma espiritual ao mundo dos fenômenos materiais. Para isto, a filosofia Sankhya apresenta em detalhes a constituição deste mundo material – o que evidencia que este não é o habitat natural da alma espiritual. Portanto, Sankhya é a filosofia do yoga. Inclusive, podemos ver claramente os ensinamentos de Sankhya no Yoga-sutra. Patañjali se baseou na filosofia de Kapiladeva para definir os parâmetros do yoga em sua obra. Em geral, o processo autêntico de yoga aceita a filosofia Sankhya como base para a compreensão dos elementos materiais e da alma espiritual. Não há como apresentar uma filosofia do yoga que não considere o que está embasado nos conceitos de Sankhya. O yoga não ensina uma filosofia separada da autorrealização espiritual. Yoga significa autorealização, reintegração. Yoga é a prática do conhecimento e Sankhya é o conhecimento que deve ser aplicado à prática. Yoga é sinônimo de espiritualidade. Por isso, Sankhya e yoga caminham juntos. Nos capítulos 3 e 5 do Bhagavad-gita, é explicado o sistema de Sankhya-yoga. Pode-se notar, numa análise mais profunda, que Patañjali apresenta o Astanga-yoga em sintonia com o Bhagavad-gita e Kapiladeva.
O Bhagavad-gita (15.3-4) expõe uma analogia do mundo material e como sair dele.
na rupam asyeha tathopalabhyate
nanto na cadir na ca sampratistha
asvattham enam su-virudha-mulam
asanga-sastrena drdhena chittva
nanto na cadir na ca sampratistha
asvattham enam su-virudha-mulam
asanga-sastrena drdhena chittva
tatah padam tat parimargitavyam
yasmin gata na nivartanti bhuyah
tam eva cadyam purusam prapadye
yatah pravrttih prasrta purani
“Não se pode perceber a verdadeira forma desta árvore neste mundo. Ninguém pode compreender onde começa ou onde ela se alicerça. Mas com determinação, deve-se derrubar com a arma do desapego esta árvore fortemente arraigada. Em seguida, deve-se procurar aquele lugar do qual ninguém volta após ter chegado, e lá render-se a esta Suprema Personalidade de Deus de quem tudo começou e de quem tudo emana desde tempos imemoriais.”yasmin gata na nivartanti bhuyah
tam eva cadyam purusam prapadye
yatah pravrttih prasrta purani
Isto quer dizer que temos uma relação temporária com este mundo material. Podemos aceitar que estamos aqui há milhares de vidas, mas em uma única vida podemos mudar completamente este conceito. O ponto é render-se ao Supremo. Adyam purusam prapadye. Adyam purusam, ou a original Personalidade de Deus (ishvara) é a quem a entidade viva deve se render. Não há ninguém mais além dEle. É uma grande ilusão procurar algum refúgio dentro da natureza material. Somente a Superalma é que pode dar o verdadeiro refúgio. Por isto ele é adyam purusam. Este purusam é o mesmo isvara que Patañjali indica como a pessoa a quem a alma espiritual deve se render, prapadye. Ele diz isvara pranidhana va. Renda-se ao Ser Supremo. Mas, para se alcançar esta convicção o yogi deve desenvolver o desapego (asanga-sastrena) pelo mundo material. E este desapego só pode resultar de um profundo conhecimento autorizado.
Sankhya de Maharshi Kapila
Sankhya significa profundo estudo analítico da natureza material em seus variados elementos e, em última análise, a compreensão do que existe por trás da matéria. Situando a filosofia Sankhya no contexto filosófico ocidental, ela estaria entre as mais completas elaborações metafísicas. Porém, a grande diferença desta metafísica de Sankhya para outras escolas é que ela se destina especialmente a dar condições de liberação às entidades vivas. Em outras palavras, Sankhya é o conhecimento verdadeiro através do qual se pode escapar do enredamento material.
Kapiladeva é filho do mítico bhakti-yogi Kardama Muni, filho de Brahma. Assim, a filosofia Sankhya de Kapiladeva é considerada a mais elevada de todas as tradicionais escolas de filosofia. Nela podemos encontrar claramente exposto todos os conceitos metafísicos da natureza. A principal diferença existente entre Kapiladeva e o falso Kapila (que viveu num período próximo de Patañjali) é que aquele expõe a filosofia de Sankhya sem excluir a presença de Deus. O falso Kapila até mesmo escreveu uma obra ateísta conhecida como Sankhya-sutra que não é aceita como uma obra autorizada. Ele se baseou na Sankhya de Kapiladeva e excluiu qualquer alusão sobre a Verdade Absoluta, a Suprema Personalidade de Deus.
A filosofia ateísta não tem nenhuma compatibilidade com o processo de yoga. Logo, o Sankhya de Kapiladeva, é a filosofia do yoga, pois como já foi mencionado, ela está em concordância com a filosofia Vedanta que conclui: krsnas tu bhagavam svayam. Krishna é a Suprema Personalidade de Deus, o único refúgio para todas as entidades vivas.
O próprio Srimad-Bhagavatam (3.25.1), o summum bonum de toda a literatura Védica, esclarece a respeito da grande personalidade de Kapiladeva.
kapilas tattva-sankhyata
bhagavam atma-mayaya
jatah svayam ajah saksad
atma-prajnaptaye nrnam
“Embora seja não-nascido, a Suprema Personalidade de Deus nasceu como Kapila Muni através de Sua potência interna. Ele desceu para disseminar o conhecimento transcendental para o benefício de toda a raça humana.”bhagavam atma-mayaya
jatah svayam ajah saksad
atma-prajnaptaye nrnam
O Ser Supremo é considerado não-nascido porque Ele não tem uma origem. E ainda assim Ele é a origem última de tudo. Sarva karana karanam. Mesmo sendo não-nascido e livre da influência da natureza material Ele desce à plataforma material para realizar Suas atividades transcendentais e deixar Sua mensagem para o benefício de todos. Isto aconteceu em Sua vinda há cinco mil anos quando deixou o Bhagavad-gita com todas as instruções necessárias para se alcançar a autorrealização. Também há mais de quinhentos anos novamente Ele veio para propagar a prática do conhecimento contido no Bhagavad-gita. Do mesmo modo, Ele veio há milhões de anos para deixar o conhecimento sobre a filosofia Sankhya do Astanga-yoga. Kapilas tattva-sankhyata bhagavam. Entende-se nisto que Kapiladeva é a própria Suprema Personalidade de Deus. Como no Bhagavad-gita (4.7):
yada yada hi dharmasya
glanir bhavati bharata
abhyuttanam adharmasya
tadatmanam srjamy aham
“Sempre e onde quer que haja um declínio na prática religiosa e um aumento predominante de irreligião, aí Eu próprio descendo.”glanir bhavati bharata
abhyuttanam adharmasya
tadatmanam srjamy aham
É por este motivo que encontramos na citação anterior a expressão atma-prajnaptaye. O Ser Supremo desce para transmitir o conhecimento transcendental, beneficiando a raça humana. Este conhecimento eleva a consciência à plataforma espiritual, pois ele enfatiza a prática do transcendental serviço devocional amoroso ao Supremo. Mam ca yo ‘vyabhicarena bhakti-yogena sevate. Aqueles que se ocupam sem interrupção em bhakti-yoga, serviço devocional amoroso ao Supremo (sa gunan samatityaitan), transcende os modos da natureza material e situam-se no nível de Brahman (brahma-bhuyaya kalpate).
Portanto, o conhecimento de Sankhya resulta na liberação de todas as condições aflitivas que o mundo material impõe. Ela leva ao amor incondicional pelo Ser Supremo. Amar a Deus sobre todas as coisas e serví-Lo em pura devoção amorosa. E este é o objetivo mais elevado da vida humana. No Srimad-Bhagavatam (3.24.36), o próprio Kapiladeva esclarece a causa de Seu aparecimento:
etan me janma loke ‘smin
mumuksunam durasayat
prasankhyanaya tattvanam
sammatayatma-darsane
“Meu aparecimento neste mundo destina-se especialmente a explicar a filosofia Sankhya, que é tida em alta estima por aqueles que , buscando a autorrealização, desejam libertar-se do enredamento de desnecessários desejos materiais.”mumuksunam durasayat
prasankhyanaya tattvanam
sammatayatma-darsane
Ele diz que seu principal propósito nesta Sua vinda é para dar o verdadeiro refúgio. Durasayat é a ilusória tentativa de satisfazer os desejos materiais. Querendo escapar dos problemas e sofrimentos, a entidade viva condicionada procura se refugiar na natureza material. Asayat se refere a refúgio, porém, durasayat se refere a um refúgio muito difícil de ser alcançado, pois a qualquer momento ele pode ser perdido. Pode-se buscar refúgio até mesmo no corpo material que é pleno de desconforto e misérias. Por este motivo, Kapiladeva diz que a filosofia Sankhya é tattvanam. Ela é para proporcionar a compreensão verdadeira sobre a realidade. Ilusoriamente pode-se aceitar esta realidade aparente captada pelos sentidos materiais como sendo a realidade última. Mas, pela filosofia Sankhya concluímos que existe uma outra realidade muito mais ampla e profunda. Ela é a realidade transcendental que permeia esta fugaz e frágil realidade imanente. Além disso, Kapiladeva mostra que a realidade da alma presa num corpo material é como uma doença que só pode ser sanada através do conhecimento prático de Sankhya (bhakti-yoga).
No Bhagavad-gita encontramos que os corpos materiais destinam-se a destruição (antavanta ime dehah). Mas, a alma eterna que habita o corpo temporário deseja atividades também eternas e que realmente lhe dêem satisfação (nityasyoktah saririnah). Geralmente as pessoas menos informadas questionam sobre o corpo material sem saber da existência de um corpo espiritual eterno e ansioso por realizar atividades espirituais. Assim, a filosofia Sankhya leva o yogi a compreender sua natureza original e compreendendo este fato o yogi se ocupa em atividades transcendentais livres de resultados condicionantes.
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domingo, 2 de março de 2014
Atividades de História e Geografia para o 1º ano do Ensino Fundamental
Trabalhando Identidade, Família, A Casa, Tipos de casa, O Bairro, A escola, Quem trabalha na escola e As profissões.
fonte: http://atividadesescolaresonline.blogspot.com.br/2011/05/atividades-de-historia-e-geografia-para.html
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sábado, 1 de março de 2014
80 ATIVIDADES DE GEOGRAFIA PARA O 5º ANO (ANTIGA 4º SÉRIE)
80 ATIVIDADES DE GEOGRAFIA PARA O 5º ANO (ANTIGA 4º SÉRIE)
fonte: http://www.ensinar-aprender.com.br/2011/06/80-atividades-de-geografia-para-o-5-ano.html
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