sábado, 16 de dezembro de 2023

O que é Ideologia de Gênero e o que não é

O VENTO ARRANCOU

Olavo de Carvalho Comunismo Agora

Roger Scruton Tolos, Fraudes E Militantes Pensadores da Nova Esquerda




Em um livro anterior, lançado em 1985 e intitulado Pensadores da Nova
Esquerda, reuni uma série de artigos publicados na The Salisbury
Review. Editei os artigos originais, cortando escritores como R. D.
Laing e Rudolf Bahro, que nada têm a nos dizer atualmente, e incluí
substancial material novo, dedicado a eventos cada vez mais
influentes — por exemplo, a chocante “máquina de nonsense”
inventada por Lacan, Deleuze e Guattari, o ataque escorchante a nossa
herança “colonial” feito por Edward Said e o recente renascimento da
“hipótese comunista” pelas mãos de Badiou e Žižek.
Meu livro anterior foi publicado no auge do reinado de terror de
Margaret Thatcher, quando eu ainda dava aulas em uma universidade
e era conhecido entre os intelectuais ingleses de esquerda como
proeminente oponente de sua causa, que era a causa das pessoas
decentes do mundo todo. Assim, o livro foi recebido com escárnio e
ultraje, com os críticos tropeçando uns nos outros pela chance de
cuspir no cadáver. Sua publicação foi o início do fim de minha carreira
universitária, pois suscitou sérias dúvidas tanto sobre minha
competência intelectual quanto sobre meu caráter moral. Essa súbita
perda de status levou ao ataque de todos os meus textos, falassem eles
ou não de política.
Um filósofo acadêmico escreveu à Longman, a editora original,
dizendo: “É com consternação que relato que muitos colegas aqui [i.e.,
em Oxford] sentem que a marca Longman — uma marca respeitada
— foi conspurcada pela associação com a obra de Scruton.” Ele
continuou de maneira ameaçadora, expressando a esperança de que
“as reações negativas geradas por essa publicação particular façam
com que, no futuro, a Longman pense mais cuidadosamente sobre sua
política”. Um autor de best-sellers educacionais ameaçou levar suas
obras para outra editora se o livro permanecesse nas prateleiras e,
rapidamente, os exemplares restantes de Pensadores da Nova Esquerda
foram retirados das livrarias e transferidos para meu galpão.
Naturalmente, relutei em retornar à cena de tal desastre. Gra​-
dualmente, contudo, após os eventos de 1989, certa hesitação passou a
entrar na visão da esquerda. Hoje é comum aceitar que nem tudo dito,
pensado ou feito em nome do socialismo foi intelectualmente
respeitável ou moralmente correto. Talvez eu estivesse mais alerta que
o normal para essa possibilidade em função de meu envolvimento,
enquanto escrevia, com as redes clandestinas na Europa comunista.
Esse envolvimento me deixara face a face com a destruição e ficou
óbvio para a maioria das pessoas que se deram ao trabalho de também
se expor a ela que os modos esquerdistas de pensar eram sua principal
causa. Pensadores da Nova Esquerda surgiu em edições samizdat na
Polônia e na Tchecoslováquia e foi subsequentemente traduzido para
chinês, coreano e português. Aos poucos, especialmente após 1989,
tornou-se mais fácil expor minha opinião e me deixei persuadir por
meu editor, Robin Baird-Smith, de que um novo livro poderia
fornecer algum alívio aos estudantes compelidos a mastigar a
glutinosa prosa de Deleuze, a tratar com seriedade os loucos
sortilégios de Žižek ou a acreditar que há mais na teoria da ação
comunicativa de Habermas que sua inabilidade em comunicá-la.
O leitor entenderá, pelos parágrafos anteriores, que este não é um
livro de palavras moderadas. Eu o descreveria antes como
provocação. Todavia, envido todos os esforços para explicar o que é
bom nos autores que reviso, e não só o que é ruim. Minha esperança é
que o resultado possa ser lido com proveito por pessoas de todas as
vertentes políticas.
Ao preparar o livro para publicação, fui imensamente auxiliado
pelos comentários e críticas de Mark Dooley, Sebastian Gardner,
Robert Grant e Wilfrid Hodges, todos inocentes dos crimes cometidos
nestas páginas.
Scrutopia, janeiro de 2015.





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Ponerologia Psicopatas No Poder, de Andrew Lobaczwiski, Adelice Godoy





Não é preciso nenhum estudo especial para saber que, invariavelmente, o discurso comunista, pró-comunista ou esquerdista é cem por cento baseado na exploração da compaixão e da culpa. Isso é da experiência comum.

Mas o que o dr. Lobaczewski e seus colaboradores descobriram foi muito além desse ponto. Eles descobriram, em primeiro lugar, que só uma classe psicopatas tem a agressividade mental suficiente para se impor a toda uma sociedade por esse meios. Segundo: descobriram que, quando os psicopatas dominam, a insensitividade moral se espalha por toda a sociedade, roendo o tecido das relações humanas e fazendo da vida um inferno. Terceiro: descobriram que isso acontece não porque a psicopatia seja contagiosa, mas porque aquelas mentes menos ativas que, meio às tontas, vão se adaptando às novas regras e valores, se tornam presas de uma sintomalogia claramente histéria, ou histeriforme. O histérico não diz o que sente, mas passa a sentir aquilo que disse - e, na medida em que aquilo que disse é a cópia de fórmulas prontas espalhadas na atmosfera como gases onipresentes, qualquer empenho de chamá-lo de volta às suas perpecções reais abala de tal modo a sua segurança psicológica emprestada, que acaba sendo recebido como uma ameaça, uma agressão, um insulto. - Olavo de Carvalho (trecho do prefácio)





 

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Desinformação Ex Chefe De Espionagem Revela Estratégias Secretas Para Solapar A Liberdade, Atacar A Religião E Promover O Terrorismo - Ion Mihai Pacepa e Ronald J. Rychlak




O livro relata muitos acontecimentos, manobras politicas e arquivos secretos ligados a Rússia, Romênia e outros países.
O General Mihai Pacepa, ex-chefe do DIE (Serviço secreto romeno), nos mostra como ao longo da historia o mundo foi enganado, principalmente pela união soviética por meio de um dispositivo chamado "desinformação" (o qual ainda é usado em muitos países inclusive no Brasil).

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Maquiavel Pedagogo - Pascal Bernardin . recomendação do professor Olavo de Carvalho True Outspeak






SinopseMaquiavel Pedagogo

Quais são as razões da profunda crise na escola? É possível encontrar uma espécie de vírus no gene de nossa sociedade e de nosso sistema educativo? Podemos concluir que é urgente uma redefinição do papel da escola e de suas prioridades?

Inúmeros pais e educadores, testemunham, estupefatos, a revolução em curso. Interrogam-se sobre as profundas mutações que de forma acelerada vêm ocorrendo em nosso sistema educativo. Porém, nenhum governo, seja de direita ou de esquerda, vem à público esclarecer os fundamentos ideológicos dessas constantes reformas no ensino e tampouco se preocupam em apresentar, de forma clara, as coerências e os objetivos dos métodos adotados.

Mas, ainda que tudo nos pareça muito obscuro, podemos encontrar todas as respostas na filosofia da revolução pedagógica que se expõe, em termos explícitos, nas publicações dos organismos internacionais como a Unesco, a OCDE, o Conselho da Europa, a Comissão de Bruxelas e tantas outras. Apoiando-se sobre textos oficiais desses organismos, Pascal Bernardin mostra detalhadamente que o objetivo prioritário da escola atual não é mais possibilitar aos alunos uma formação intelectual e muito menos fazê-los adquirir conhecimentos elementares.

O que se pretende com a redefinição do papel da escola é torná-la nada mais do que o instrumento de uma revolução cultural e ética destinada a modificar os valores, as atitudes e os comportamentos das pessoas em escala mundial. As técnicas de manipulação psicológica, que não se distinguem muito das técnicas de lavagem cerebral, estão sendo utilizadas de forma maciça. Naturalmente, os alunos são as primeiras vítimas.



Ficha Técnica:
ISBN: 9788563160270
Editora: Ecclesiae
Dimensões: 14.00 x 21.00 cm
Edição: 1
Encadernação: Brochura
Idioma: Português
Páginas: 159
Com zíper: Não
Idade mínima: 0
Idade máxima: 99



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O procurador MS Felipe Marcelo Gimenez em Audiência Pública Senado CCT -12/12/23. Escrutino do voto.








Você certamente já ouviu falar em “ativismo judicial”; mas você sabe realmente do que se trata, e dos efeitos gravíssimos que pode ter esse fenômeno? Juízes não têm como função criar leis nem políticas públicas, muito menos administrar a economia, a saúde, a educação e a segurança pública. Fazer leis (Poder Legislativo) e administrar (Poder Executivo) são funções de autoridades eleitas pelo povo. O povo escolhe vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente; se não ficar satisfeito com os resultados, o povo os destitui na eleição seguinte. Juízes não são eleitos – e são vitalícios. Quando eles usurpam as funções das autoridades eleitas, estão na verdade fraudando a democracia representativa e o voto popular. Mas os juízes e tribunais ativistas não estão nem aí para o voto da maioria da população; aliás, eles gostam de ser “contra majoritários” (outro discurso enganador do ativismo judicial que este livro vai explicar para você). O tribunal ativista não quer aplicar a lei, e sim impor sua visão de mundo, suas convicções ideológicas – sobre aborto, drogas, segurança pública, algemas e até sobre urnas eletrônicas; se a lei não coincide com essas convicções, pior para a lei... Até crime os ativistas do STF já “criaram”, embora a Constituição diga expressamente (art. 5º, inciso XXXIX) que não há crime sem lei anterior que o defina (quem faz leis é o Legislativo, não um tribunal). Antonin Scalia, um dos maiores juízes que a Suprema Corte dos Estados Unidos já teve, disse uma vez que, “se fosse rei”, faria uma lei mandando para a prisão quem queimasse a bandeira americana em manifestações contra o governo; mas como sabia que não era rei, e sim juiz, tinha que aplicar a Constituição de seu país, que garante o direito à livre manifestação; por isso, mandou soltar o réu (contra suas convicções pessoais de patriota e conservador). Ao que parece, os ativistas do STF não acham que são reis; eles têm certeza de que são deuses. — Marcelo Rocha Monteiro






 
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MEC instituirá diretrizes da Pedagogia da Alternância Para atender demanda da Marcha das Margaridas, Ministério vai instituir diretrizes curriculares da Pedagogia da Alternância na educação básica e superior


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Fotos: Ricardo Stuckert/PR e Luis Fortes/MEC
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Fotos: Ricardo Stuckert/PR e Luis Fortes/MEC
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Fotos: Ricardo Stuckert/PR e Luis Fortes/MEC
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Fotos: Ricardo Stuckert/PR e Luis Fortes/MEC

encerramento da 7ª Marcha das Margaridas contou com a presença do Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, e de secretárias do MEC, nesta quarta-feira, 16 de agosto. Ao lado do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministro prestigiou a reunião de cerca de 100 mil mulheres brasileiras e de outros 32 países, majoritariamente trabalhadoras do campo. Em função da Marcha, o MEC também assinou Resolução que dispõe sobre as diretrizes curriculares da Pedagogia da Alternância na educação básica e na educação superior, a ser publicada no Diário Oficial da União.  

A Pedagogia da Alternância é um método que busca a interação entre o estudante que vive no campo e a realidade que ele vivencia em seu cotidiano, de forma a promover constante troca de conhecimentos entre ambiente de vida e trabalho e o escolar. A Resolução era demanda histórica dos grupos que lutam pela melhoria da educação do campo.  

O ministro homologou o Parecer do Conselho Nacional de Educação CNE/CP nº 22/2020, emitido após demanda apresentada pela União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas (Unefab), que representa os Centros Familiares de Formação por Alternância (CEFFA). A reivindicação era a constituição de norma relativa aos CEFFA àpolíticas públicas da educação do campo. 

De acordo com o parecer, a Pedagogia da Alternância é uma realidade histórica no Brasil e emerge do interesse de comunidades educativas, a exemplo de populações camponesas e tradicionais, conforme a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e as Diretrizes Operacionais das Escolas do Campo. O documento diz, ainda, que a Pedagogia da Alternância também interessa às comunidades urbanas, sobretudo aquelas com estudantes oriundos do campo, das florestas, agrovilas, assentamentos e acampamentos.  

Depois de anos, a 7ª Marcha das Margaridas volta a colorir Brasília. E nós estamos juntos, ao lado do presidente Lula, demonstrando nosso apoio e o compromisso deste governo com as lutas dos movimentos sociais. Pelo direito à educação do campo, uma educação pública, não sexista e antirracista! Viva a Marcha das Margaridas! 
Camilo Santana, Ministro da Educação 

Marcha – No encerramento da Marcha da Margaridas, o Presidente Lula assinou oito Decretos Presidenciais referentes à pauta do coletivo entregues ao governo federal no dia 21 de junho deste ano. Um conjunto de medidas foram anunciadas, como a retomada do Programa Nacional de Reforma Agrária, com prioridade para as mulheres; e a criação do Programa Quintais Produtivos, voltado para a promoção da segurança alimentar e nutricional e da autonomia econômica das mulheres rurais. Também estão na lista um decreto que institui o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, a retomada da Bolsa Verde e a ampliação da participação social para trabalhadores rurais.   

Presidente afirmou que as margaridas são “mulheres que plantam o alimento e semeiam o amor”. Lula disse que dará todo apoio necessário para elas plantarem e produzirem cada vez mais e que as ações lançadas hoje foram definidas pelas próprias demandas das margaridas.  

Nós temos o prazer de atender as mulheres do campo, da floresta e das águas, para que possam viver com dignidade, tendo assegurado seus direitos civis, políticos e sociais. O Brasil voltou para dar atenção à mulher do campo e cuidar das brasileiras e dos brasileiros que mais precisam. O Brasil voltou com a ajuda das mãos de cada uma de vocês. 
Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República 

 Já o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides Santos, que promove a Marcha das Margaridas, disse que o movimento está nesta luta por igualdade, por democracia, por respeito e por direitospara que tenhamos um campo desenvolvidotenhamos condições de fazer a reforma agrária, fazer a saúde e educação melhorar”.   

Mazé Moraes, secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag, informou que as margaridas foram recebidas em 23 ministérios e que estão com muita expectativa e esperança com o atual governo.  

“Diferentemente da marcha de 2019, que foi a marcha da resistência, essa marcha é a marcha da reconstrução do Brasil e do bem viver. Somos nós margaridas que estamos aqui lutando pelo fim da violência contra as mulheres, pela saúde, pela educação, pela garantia dos direitos da terra, aos territórios, aos maretórios. Nós estamos aqui na defesa da natureza, dos bens comuns, do acesso à sociobiodiversidadena luta pela agroecologiaE queremos ajudar a reconstruir o Brasil, destacou. 


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sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Justiça e Verdade



Justiça e Verdade

Sérgio Biagi Gregório

SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Justiça: 4. 1. A Justiça em Aristóteles; 4. 2. Justiça Humana; 4.3. Justiça Divina. 5. A Verdade: 5.1. O Problema da Verdade; 5.2. Sujeito e Objeto; 5.3. Cristo e a Verdade. 6. Justiça e Verdade: 6.1. Tudo o que é Justo é Verdadeiro?; 6.2.As Aflições São Justas?; 6.3. Frases sobre a Justiça e a Verdade. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.

1. INTRODUÇÃO

O que se entende por justiça? E verdade? Como relacionar justiça e verdade? Tudo o que é justo é verdadeiro? Podemos ocultar a verdade? Ela pode ser refutada?

2. CONCEITO

Justiça - No sentido restrito, é a constante e perpétua vontade de conceder o direito a si próprio e aos outros, segundo a igualdade; no sentido moral, significa o respeito que há em cada um de dar a cada um o que é seu.

Verdade - Na acepção mais geral designa uma igualdade ou conformidade entre a inteligência (conhecimento intelectual) e o ser (adaequatio intellectus et rei), e, em sentido mais elevado, uma completa interpenetração de inteligência e ser.

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A justiça faz parte da ética. Ela se relaciona com a felicidade (Aristóteles), com a utilidade (Hume), com a liberdade (Kant) e com a paz (Hobbes). Hobbes, por exemplo, disse que é justa a ordenação que garanta a paz, afastando os homens do estado de guerra de todos contra todos, em que vivem no "estado natural".

Aqui, tencionamos relacionar justiça com verdade. Este tema é motivo para discursos políticos, religiosos e espirituais. Há homens públicos que falam em verdade, em combater o mal, em ser justo nas suas ações, mas deixam muito a desejar, caindo em muitas contradições e não tendo forças para dizer a verdade diante de um júri, quando instado a fazê-lo.

O nosso propósito é refletir sobre a justiça e a verdade dentro do seu aspecto ético. Nesse caso, temos que dirigir os nossos pensamentos para uma perfeita compreensão do que seja a justiça, a verdade e tentar um relacionamento racional entre estes termos.

Quando uma pessoa é indagada sobre os valores que os seus pais lhe passaram, elas falam em ética, honestidade, justiça e verdade. Não resta dúvida que são valores essenciais. Por isso, eles devem fazer parte de nossa reflexão diária, no sentido de melhorarmos o nosso relacionamento conosco mesmos e com o nosso próximo.

4. JUSTIÇA

4. 1. A JUSTIÇA EM ARISTÓTELES

Para Aristóteles, a virtude está no meio termo. Ela não deve pender para os excessos, tanto para mais como para menos. No livro V de Ética a Nicômaco, ele afirma que a justiça é o principal fundamento da ordem do mundo. Ela não está dissociada da polis, da cidade, ou da vida em sociedade. Ele diz: "Uma vez que o transgressor da lei é injusto, enquanto é justo quem se conforma à lei, é evidente que tudo aquilo que se conforma à lei é de alguma forma justo: de fato, as coisas estabelecidas pelo poder legislativo conformam-se à lei e dizemos que cada uma delas é justa" (Et. Nic., V, 1, 1129 b 11). Nesse sentido, segundo Aristóteles, a justiça é a virtude integral e perfeita: perfeita porque quem a possui pode utilizá-la não só em relação a si mesmo, mas também em relação aos outros. (Ibid., 1129 b 30) (Abbagnano, 1970).

Para Aristóteles, a justiça não é adquirida nos livros ou mesmo pelo pensamento. Ela tem que ser construída na vida prática, isto é, pela obediência às leis da pólis e pelo bom relacionamento com os cidadãos.

4. 2. JUSTIÇA HUMANA

É o conjunto de meios administrativos organizados pelas sociedades humanas para aplicação das leis que estabeleceram, e especialmente para julgar e castigar os delitos contra elas cometidos.

A justiça humana procura refrear os atos (ilícitos) que as pessoas cometem em relação às leis estabelecidas por um determinado país. Uma pessoa comete um crime, ou seja, transgride a lei de seu país. Depois de julgada e considerada culpada, é colocada na prisão. Ali fica por 2, 3 10, 20, 40 anos ou mais. Cumpriu a pena humana. Será que está livre da justiça divina? E os culpados que arrumam bons advogados e se livram da prisão? O que acontecerá com eles? Ficarão livres da justiça divina?

4.3. JUSTIÇA DIVINA

Justiça divina – é o atributo de Deus segundo o qual Ele regula todas as coisas com igualdade. Assim, a justiça humana pune os crimes factuais; a justiça divina, os de essência. A justiça divina vê o ser na sua totalidade, incluindo as suas diversas encarnações. Suponha o culpado que arrumou um bom advogado e se livrou da prisão. Nada disso fica incólume ante a igualdade divina. Essa pessoa deverá refazer o seu erro. Observe o seguinte: quando uma pessoa inocente é presa, falamos de injustiça. Mas será injustiça com relação à lei de Deus? Não será uma dívida do passado não solucionada e que deve ter o seu encaminhamento nesta atual encarnação?

5. A VERDADE

5.1. O PROBLEMA DA VERDADE

Por que a verdade é um problema? É um problema porque está sempre em construção dentro de cada um de nós. A verdade, sendo relativa, deve se aproximar da verdade absoluta. Isto demanda tempo. Não é em uma ou algumas encarnações que conseguimos nos aproximar de uma verdade mais ampla, mais abrangente. Como ela está sempre no fundo das coisas, precisamos cavar muita terra, tirar muita água do poço, para encontrá-la pura e cristalina.

5.2. SUJEITO E OBJETO

A verdade deve ser vista como uma relação entre o Sujeito (inteligência) e o Objeto (realidade). O Sujeito deve captar a imagem do Objeto e voltar a ele como uma crítica conceituada. Se esta crítica coincidir com a realidade (Objeto), diz-se que o Sujeito está de posse da verdade; se não coincidir, que está em erro.

Poder-se-ia colocar também:

Conhecimento é o reflexo e a reprodução do objeto em nossa mente.

Conhecimento verdadeiro é aquele que reflete corretamente a realidade na mente.

Verdade é o reflexo fiel do objeto na mente, adequação do pensamento com a coisa.

É verdadeiro todo o juízo que reflete corretamente a realidade. O que existe na realidade não pode ser verdadeiro ou errado. Simplesmente existe. Verdadeiros ou errados só podem ser nossos conhecimentos ou juízos a respeito do objeto. Em outras palavras, verdadeiro ou errado pode ser apenas o reflexo subjetivo da realidade objetiva. (Bazarian, s.d.p., p. 142, 143)

5.3. CRISTO E A VERDADE

Cristo disse-nos que deveríamos conhecer a verdade, que ela nos libertaria. Acrescenta que Ele é o caminho, a verdade e a vida. Em seu discurso evangélico, Cristo não nos pede uma racionalização da verdade, mas uma transcendência em Deus, para ficarmos livres do erro, da mentira, do vício. A nossa libertação não será em função dos "aspectos da verdade", ou das "verdades provisórias" de que sejamos possuidores. A verdadeira liberdade fundamenta-se na submissão ao dever fielmente cumprido. O Espírito Emmanuel assim se expressa: "Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos".

6. JUSTIÇA E VERDADE

6.1. TUDO O QUE É JUSTO É VERDADEIRO?

Em principio, tudo o que é justo deve também ser verdadeiro. Como vimos anteriormente, a principal e mais perfeita das virtudes é a justiça, porque engloba todas as demais. Acontece que o ser humano, vivendo num mundo de provas e expiações, ainda é bastante imperfeito e comete muitas injustiças, pensando que está fazendo justiça. Há, também, grande distância entre a justiça relativa, humana, aquela praticada neste Planeta e a justiça mais ampla, mais próxima do Criador, pertencente a mundos mais evoluídos. Observemos a lei do "olho por olho e dente por dente", na época de Moisés, e a lei do amor ensinada por Jesus: Jesus mandava-nos amar o nosso próximo, estendendo este amor até aos inimigos.

6.2. AS AFLIÇÕES SÃO JUSTAS?

Procurando a verdade dos fatos, deparamo-nos com a aflição. Diante dela, perguntamos: as aflições são justas? Dada a limitação do nosso conhecimento, passamos a achar que Deus é injusto, que Ele nos manda uma prova além de nossa força. Tudo isso é puro engano. Cada um de nós está no devido lugar, para a realização do seu progresso material e espiritual. Nada que se nos acontece, acontece por acaso. É preciso, pois, refazer o nosso juízo de valor sobre a divindade. Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Ele é onipotente, justo e bom. Então, tudo o que está nas suas leis também deve ser justo e bom.

6.3. FRASES SOBRE A JUSTIÇA E A VERDADE

Pascal disse: "Justiça e verdade são duas pontas tão finas que os nossos instrumentos são demasiadamente obtusos para nelas tocar com exatidão. Quando chegam a aproximar-se, destroem a ponta, e se apoiam em toda a volta, mais sobre o falso do que sobre o verdadeiro". Já, em Pitágoras, temos: "Se sofreres uma injustiça, consola-te, que a verdadeira desgraça é cometê-la". Sêneca acena-nos com o seguinte: "Quem decide um caso sem ouvir a outra parte não pode ser considerado justo, ainda que decida com justiça". Eduardo Girão acrescenta: "A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa ferida". H. L. Longfellow finaliza: "O homem é injusto, mas Deus é justo, e a justiça finalmente, triunfa".

7. CONCLUSÃO

A justiça, a verdade e o bem constituem os grandes conceitos da humanidade. Enfatizando esses conceitos, estaremos diminuindo a presença da injustiça, da mentira e do mal. Assim sendo, não resta dúvida que o aperfeiçoamento do ser humano e a prosperidade da sociedade devem estar sempre embasados na justiça, na verdade e no bem.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.

BAZARIAN, J. O Problema da Verdade. São Paulo: Círculo do Livro, [s. d. p.]

São Paulo, maio de 2010.

fonte http://www.ceismael.com.br/filosofia/justica-e-verdade.htm



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O que é filosofia da Educação P Guiraldelli série filosofia e educação fundamentos ou justificações? 2007


Filosofia Da Educação - Paulo Ghiraldelli Jr.



GUIRALDELLI JR., Paulo (Org.). O que é filosofia da educação? 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A: 2000. 326p. Resenhado por Heraldo Aparecido Silva

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Debate Deus Existe William Lane vs Peter Atkins Completo abril de 2009,

Hoje é dia do desaparecimento sagrado de Shri Narahari Sarkar Thakura dia 26/11/2024 terça-feira.

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