quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Testes Psicopedagógicos para Baixar e Imprimir

Testes Psicopedagógicos para Baixar e Imprimir

Sugestões de Testes para Psicopedagogos

Testes Psicopedagógicos são instrumentos que auxiliam o profissional a identificar dificuldades de fala, leitura ou escrita. A identificação do problema por meio dos testes psicopedagógicos permite que profissional elabore o plano de intervenção mais apropriada para cada paciente/aprendente.

Principais características dos testes psicopedagógicos

Existem atualmente diferentes tipos de testes psicopedagógicos, pois é possível avaliar diferentes dificuldades. Os testes psicopedagógicos são compostos de várias formas principalmente por histórias, já a tarefa exigida pode ser diferente, pois pode ser solicitado que o sujeito conte uma história, escreva uma história ou ainda invente uma história. A aplicação dos testes psicopedagógicos não tem tempo limite de aplicação e são aplicados individualmente. Ao final é feita a correção para identificar onde está a dificuldade.

História dos testes segundo  o artigo publicado no WebArtigos.

Cliente utilizando PsiquEasy

Sua origem é remota, as sociedades testaram, provaram as coisas para saber se elas eram boas ou não.
Vejamos a origem dessa palavra. De acordo com Rezende (2004) em latim a palavra testa designava uma espécie de vaso de barro ou cerâmica. Na Idade Média, test em francês, significava um tipo de vaso especial usado para aquecer minerais e dele separar metais como ouro ou prata. O test era um vaso poroso e raso. Quando os minerais eram dentro dele aquecidos, o vaso absorvia as impurezas deixando no fundo o ouro ou a prata puros.
A partir do século XVI esta palavra passou a ser usada em seu sentido figurado, significando prova, averiguação de qualidade.

O sentido figurado prevaleceu sobre o sentido real, e foi com esse significado que a palavra teste, aportuguesamento de Test, passou para a língua portuguesa.

Mas, afinal, qual é a concepção atual de teste?

Segundo o dicionário Aurélio (2001), esse termo significa exame ou prova para determinar qualidade, natureza ou comportamento de algo. Método ou processo usado para isso. Prova verificação.
Assim, como a humanidade evoluiu os testes foram evoluindo: testavam-se tecidos, moedas, casas e, com a evolução, testavam-se pessoas. Os testes com pessoas foram além dos testes físicos e chegaram aos parâmetros psicológicos.
Observemos resumidamente a história dos testes, na versão de Silva (2002):
Em 2.200 a.C., na China, usaram-se testes no serviço público civil.
Em 1862, Wilhelm Wundt, usou um pêndulo para avaliar a velocidade do pensamento.

Galton, em 1884, cujos trabalhos objetivavam avaliar as aptidões humanas por meio da medida sensorial, aplicava testes mentais.

Binet, em 1900,avaliou as áreas acadêmicas e de saúde. Na época de Binet também havia Spearmam, que fundamentou a teoria da psicometria clássica. Ele publicou artigos e livros que falavam sobre medidas, diferenças e sobre a inteligência de uma forma geral.
Após essa época, tivemos uma era dos testes de inteligência, pois influenciados por Binet e por Spearmam, e sob o impacto da Primeira Guerra Mundial, a sociedade queria uma seleção rápida de recrutas para a linha de guerra.
Depois tivemos uma decepção, por parte dos psicólogos e da sociedade em geral, com os testes de Binet, pois eles desconsideravam a cultura, a realidade dos indivíduos entrevistados e surgiram outros tipos de exames.
Posteriormente, em 1914, Stern criava os quocientes de inteligência.

Apareceram também os testes vocacionais, Raven publicou o teste de matrices progressivas, e outros.
Os testes foram debatidos e tiveram seus prós e contras avaliados.Entretanto, continuaram a ser usados pelas diversas áreas do conhecimento.
Atualmente, nos vários campos científicos temos a produção de vários testes: medicina, psicologia, fonoaudiologia, e outras áreas.

Cada nova área de conhecimento traz consigo a necessidade de criar testes específicos para a sua função, e não é diferente com a psicopedagogia.

Informatização Ires cliente psiqueasy

Aqui você encontra uma vasta quantidade de links que são atualizados semanalmente com vários testes para psicopedagogas(os), aproveite, são testes excelentes….

Sondagem Infantil Boquinhas

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COORDENAÇÃO MOTORA SUGESTÕES

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FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO MOTOR

Desenvolvimento Motor

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA

Desenvolvimento motor e dificuldade de aprendizagem

Desenvolvimento motor na infância influência dos fatores de risco e programas de intervenção

EXAME_MOTOR 1

Sugestões E.O.C.A, Anamneses e Atividades Diversificadas

CONTEUDO_PARA_A_CAIXA_EOCA

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FOLHA EOCA

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ROTEIRO DA EOCA

EOCA

Explicacoes EOCA E CAIXA LÚDICA

 EOCA Visca

Orientação caixa lúdica e EOCA

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ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA MOD5

ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA MOD4

Ficha-de-Anamnese MOD2

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Anamnese MOD3

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APOSTILA DE ALFABETIZAÇÃO ESPECIAL

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APOSTILA ALFABETIZAÇÃOCOMPLETA METODO FONICO

APOSTILA DE MATEMATICA ALFABETIZAÇÃO 2º ANO

CANTIGAS POPULARES INFANTIL – PRÉ-ALFABETIZAÇÃO

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Apostila_Alfabetização_Parlendas E Adivinhas.pdf

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Apostila-Alfabetização

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PsiquEasy

Leia Também: Teste do Faz de Conta

Veja ainda: Teste Exploratório de Dislexia Específica (TEDE)

Fonte https://blog.psiqueasy.com.br/2017/09/12/links-de-testes-psicopedagogicos-diversificados/

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Como o estado deixa jovens bachareis sem perspectiva

Tratamento da informação nos anos iniciais, probabilidade , estatística e situação problema. Com atividades para imprimir.





Atividades com gráficos e tabelas



Analisar e interpretar informações e fatos faz parte da vivência humana. O tempo todo, informações precisam ser organizadas, resumidas e descritas.

As atividades abaixo disponibilizadas permitem a análise de informações coletadas em gráficos e a organização e interpretação dessas informações.

Os objetivos das atividades são:

- Ler dados expressos em gráficos de colunas simples.

- Organizar os dados coletados em tabelas simples.

Para baixar grátis em PDF as atividades clique aqu
i:

https://drive.google.com/file/d/1jYXm2T2Eo2Dgj1JZDcbPuqQgVQNmGsHy/view?usp=sharing










































































Objetivos das atividades:

O que o aluno poderá aprender:

-Desenvolver cálculo mental, envolvendo real e centavos.

-Comparar preços.

Recursos:

Cédulas e moedas fictícias com valores do sistema monetário para os alunos manusearem enquanto realizam as atividades.


Problemas para 3º e 4º ano








As situações-problemas devem permitir aos alunos elaborarem diferentes procedimentos, proporcionando desafios que os motivem a superarem seus resultados.

Dar oportunidade aos educandos de explorar diferentes possibilidades de resolver um problema é fundamental para conseguirem criar seus próprios registros, inventar uma maneira apropriada de fazer a representação.

Isso deve ser realizado com a socialização das situações em que as crianças podem defender seus procedimentos e resultados perante o grupo. Assim os alunos terão oportunidade de comparar sua forma de resolver um problema com a usada pelos colegas.

Para baixar os problemas acesse o link:


https://drive.google.com/file/d/1CfhUM_kkRBP9tb3yGbGQ2G8NWd_GSqAv/view?usp=sharing


Quando você faz aniversário?

O professor questiona os alunos sobre o mês em que fazem aniversário e entrega um retângulo de papel branco a cada um. As crianças devem escrever seu nome no papel.

Em seguida, o professor fixa, no quadro, um cartaz em papel pardo como o que segue abaixo.  Um a um, os alunos dizem o mês do seu aniversário e colam o cartão com o nome escrito no mês correspondente.

Depois que todos colaram seus cartões, o gráfico resultante pode fornecer uma série de informações, tais como:

  • Quantos aniversariantes há em janeiro?
  • Em que mês não há aniversariantes?
  • Em que mês há dois aniversariantes? E três?
  • Em que mês há mais aniversariantes?
  • Em algum mês há 5 aniversariantes?

Minha fruta preferida

A turma será conduzida a investigar qual a fruta de preferência dos colegas. A princípio, cada um questiona dois ou três colegas e o professor poderá provocar a curiosidade do grupo questionando se as meninas têm a mesma preferência que os meninos, se os pais têm a mesma preferência que as crianças, se as crianças da região nordeste do Brasil, por exemplo, poderão ter a mesma preferência que as crianças da região sul. É importante fazer suscitar na turma diferentes hipóteses e discussões.

Depois, é hora de fazer uma pesquisa com a turma. Para isso, o professor distribuirá um pequeno cartão branco de papel de 5 cm x 5 cm e solicitará que cada criança desenhe sua fruta preferida. Depois, cada um afixará no quadro ou papel pardo seu cartão, com o auxílio de fita adesiva, na coluna correspondente à sua preferência.

Gráfico de animais

O professor entrega uma folha com animais, tal como a do exemplo abaixo, e as crianças devem recortá-los e juntar os iguais.

Depois, as crianças colam em um gráfico os cartões dos animais, sendo os iguais na mesma coluna, formando um gráfico:

Outra forma de propor o gráfico é a seguinte:

Depois do gráfico estar pronto, uma série de questionamentos buscando a interpretação dos dados devem ser elaborados.


Como está o tempo?

Pouco antes do intervalo, o professor questiona os alunos sobre como está o tempo, ensolarado, nublado ou chuvoso e, depois, pede para os alunos o observarem.

Ao retornarem do intervalo e conversarem sobre o assunto, o professor questiona se a turma lembra como esteve o tempo nos dias anteriores. Pergunta, também, sobre como se pode guardar essas informações e provoca a necessidade de um registro gráfico para tal fato.

Então, propõe as seguintes atividades:

  • Separa a classe em grupos e solicita que cada um desenhe um dia de chuva, um dia ensolarado e um dia nublado. Depois, recolhe os desenhos e a classe elege o mais representativo para cada estado do tempo.
  • Cria, juntamente com o grupo, um quadro onde far-se-á, diariamente (utilizando o símbolo escolhido pela turma), o registro do tempo. Como há dias em que o tempo varia de um horário para o outro, combina que a observação se dará em um horário determinado.
  • Estabelece com os alunos que, durante certo período de tempo, à mesma hora, uma criança fará o registro no calendário sobre o estado do tempo naquele dia.

Ao final de uma semana ou outro período qualquer, é feita uma exploração do calendário com perguntas do tipo:

  • “Houve muitos dias de sol?”
  • “Quantos dias foram chuvosos?”
  • “Houve mais dias de sol ou de chuva?”
  • “Quantos foram os dias nublados?”

 Os ausentes

Para anotar quantos alunos faltaram as aulas em uma semana pode ser feito um gráfico. Para tal, propõe-se que as crianças marquem num quadro, como aquele mostrado abaixo, o número de ausentes em cada dia da semana.

Esta atividade deve ser desenvolvida todos os dias e, em cada semana, o quadro será trocado. No final da semana o professor analisa com a classe o quadro de alunos ausentes, fazendo perguntas do tipo:

  • Quantos alunos faltaram hoje? E ontem?
  • Em que dia houve mais faltas, hoje ou ontem? Quantas a mais?
  • Na semana passada, em que dia houve menos faltas? Quantas a menos?
  • Como foram as faltas nesta semana quando comparado com a semana passada?

Pesquisas

Temas que interessam a turma, curiosidades ou assuntos ligados a conteúdos específicos podem ser a mola propulsora para uma pesquisa na sala de aula ou fora dela.

A pesquisa pode ser feita com uma população como, por exemplo, todos os alunos da turma ou com uma amostra, que é constituída por um grupo representativo de determinada população. Por exemplo, pode-se pesquisar sobre a matéria preferida da classe, o programa de televisão preferido, meios de transporte utilizados para ir à escola, grau de escolaridade dos pais e irmãos, etc.

Após feita a pesquisa, que pode ser uma coleta de dados oral ou por meio de um questionário, é preciso fazer a apuração do dados e, depois, organizá-los através de tabelas e gráficos. Existem diferentes tipos de gráficos que podem ser trabalhados nos anos iniciais: barras, linha, setor e pictograma.

Segue, abaixo, um exemplo de atividade investigativa sobre os alimentos preferidos pelas crianças de uma turma de 3º ano:

Segundo o Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa, é muito importante que as crianças conheçam diferentes tipos de gráficos para terem a capacidade de reconhecer qual a representação mais adequada para seus objetivos.

Neste artigo sugeri, basicamente, atividades relacionadas à estatística. Nos próximos, vou detalhar mais a construção de gráficos e os tipos de gráficos e, também, abordarei a combinatória e as probabilidades.

Não deixe de acompanhar!

Referências Bibliográficas

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Educação Estatística. Disponível em: <http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/cadernosmat/PNAIC_MAT_Caderno%207-pg001-080.pdf >.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Básica. Pró-Letramento: programa de formação continuada de professores dos anos/séries iniciais do Ensino Fundamental: Matemática. Brasília, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/formacao/pro-letramento>.

Bibliografia consultada

DANTE, Luiz Roberto. Didática da Matemática na Pré-Escola. São Paulo: Ática, 1996.

RANGEL, Ana Cristina Souza. Matemática da minha Vida. Porto Alegre: FAPI

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Atividades Matemáticas: Ciclo Básico. 3 ed. São Paulo: SE/CENP, 1998.

Os conteúdos propostos no bloco Tratamento da Informação são: combinatóriaprobabilidade e estatística.

combinatória refere-se à possibilidade de combinar objetos que são agrupados por determinadas características. Por exemplo, com 3 saias e 2 blusas, quantos trajes podemos compor?

As probabilidades exprimem as chances de ocorrência de um evento. Por exemplo, qual a chance de dar cara quando uma moeda é lançada?

estatística é um ramo da matemática que visa organizar, resumir, apresentar e interpretar informações. Ela trabalha com médias, tabelas, gráficos, percentagens, índices, etc. As pesquisas são orientadas por princípios estatísticos.



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sábado, 30 de outubro de 2021

Indicação de leitura 48, Ponerologia, psicopatas no poder e outros assuntos.
























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Hoje na História: nasce Dostoiévski


O trabalho do escritor russo representa um “divisor de águas” na compreensão da condição humana através da Literatura. Para Otto Maria Carpeaux, “tudo o que é pré-dostoievskiano é pré-histórico

Fiódor Mijáilovich Dostoiévski nasceu no longínquo 30 de outubro de 1821, pelo calendário juliano vigente na Rússia. Aquela distante véspera de Halloween, no entanto, — com o perdão do anacronismo — faz-se presente sempre quando, desafiados pela vida, nos dispomos a pensar sobre o perdão, a redenção, o heroísmo, o amor, a coragem, os dilemas morais e, em suma, sobre a complexidade da existência. O trabalho do escritor consiste em traduzir em palavras a experiência humana encenada sobre o palco da realidade.

Evidentemente é necessário que, para tanto, o narrador descubra ser preciso mergulhar na alma humana; perscrutá-la, discerni-la com precisão cirúrgica. Não é trabalho fácil, não basta simplesmente correr a pena sobre o papel em branco. Não. O trabalho do escritor tem um quê de místico, porque é um exercício de ascese. Escritor e leitor ascendem a novos níveis de entendimento acerca da condição humana quando vislumbram as possibilidades tipificadas na Literatura. Assim é que Dostoiévski se faz um grande guia.

Sobre o escritor russo deixemos o crítico Otto Maria Carpeaux dizer algumas palavras: “Existem poucos escritores cuja obra tenha sido tão tenazmente mal compreendida como a de DostoiévskiDostoiévski é, se não o maior, decerto o mais poderoso escritor do século 19; ou do século 20, pois a sua obra constitui o marco entre dois séculos da literatura. Literariamente, tudo o que é pré-dostoievskiano é pré-histórico; ninguém escapa à sua influência subjugadora, nem sequer os mais contrários.

Parece, porém, que toda a Europa tenta resistir-lhe, instintivamente e obstinadamente; e como esse bárbaro barbado, com a face sulcada de sofrimentos, parece irresistível, os europeus entrincheiram-se, ao menos, num baluarte de interpretações erradas. (…) O que ele fixa — e com que segurança! — são as paisagens da alma. E o espírito sensitivo do “fin de siècle” admira, sobretudo, esta psicologia requintada, na qual acredita reconhecer a sua própria decadência; Dostoiévski será um assunto de predileção da psicanálise. Daí se origina a pretensão de reclamar Dostoiévski em favor das rebeliões mais subversivas do espírito anárquico do “après-guerre” (…).

(…) Nesse mundo, seja ele negro ou vermelho, não existe lugar para nós outros. Mas como aceitar um poeta cujo pensamento nos abala? Dostoiévski não faz “arte pela arte”; ele nos arrasta até às últimas consequências. Inúteis quaisquer concessões. Reconhecendo-se que certas acusações violentas à Europa são plenamente justificadas, é preciso admitir que daí para uma revolução total, mesmo espiritualista, vão poucos passos, dos quais somente o primeiro custa.

Inútil, igualmente, distinguir entre os frutos da inspiração poética, válidos também para nós, e as opiniões íntimas do autor, objeto somente da crítica psicológica e da história literária. Em virtude de tal distinção, a obra de arte se tornaria o fruto sublime dum solo impuro, produto exclusivo do subconsciente, resultado de uma partenogênese misteriosa; e nós não aceitaríamos esse artifício unicamente para isentar o autor, à nossa maneira, de responsabilidades, às quais ele não desejaria fugir.

Ao contrário, cumpre admitir que na obra de Dostoiévski a política ocupa um lugar maior do que a literatura, e que as suas convicções políticas nos surpreendem. É justamente isso. A literatura russa do século XIX é profundamente política. O país não tem imprensa nem tribuna, nem mesmo cátedras livres, e a literatura é a única voz do povo, em plena evolução política e social. Todas as coisas, a ciência, a própria teologia, estão impregnadas de política.

A literatura torna-se uma tribuna. Existem aí, como no parlamento inglês, dois partidos opostos. Um, o dos “Ocidentais”, que glorificam a Europa e desejam a europeização integral da Rússia; para isso é preciso primeiramente destruir as instituições estabelecidas, o que lhes vale a acusação de niilismo. Os outros, os “eslavófilos”, glorificam o passado nacional, mesmo o asiático; é necessário esmagar as influências estrangeiras, o que lhes vale a acusação de obscurantistas.

(…) Quando Dostoiévski escrevia um romance, via primeiramente os problemas e depois as personagens. O aspecto dos seus manuscritos, muitos dos quais foram editados em fac-símile, é muito curioso. No começo ele emenda mais do que escreve, e as margens são cheias de figuras, representando catedrais, demônios, anjos, que simbolizam os seus problemas. Depois, a personificação começa; o texto corre mais ligeiro, e os desenhos simbólicos se transformam em retratos imaginários; a comparação permite estabelecer as preferências do poeta, e essa comparação prova aquilo que a interpretação dos textos deixava prever: as preferências do poeta são para os seus inimigos ideológicos.

Dostoiévski é de uma perfeita imparcialidade artística. Ele sabe que o mundo não é governado pelos anjos, ou o é apenas pelo anjo vencido. Parece que ele forma os seus “anticristos” — um Raskolnikov, um Kirillov, um Ivan Karamazov — com grande simpatia, e que estes constituem, às vezes, os intérpretes do escritor. Isso explica o mal-entendido, muito tempo reinante, de que o próprio Dostoiévski era revolucionário e ateu.

(…) Dostoiévski é cristão. Nós também. Campo de encontro, enfim? Não, absolutamente. Pois Dostoiévski nos recusa o direito de nos chamarmos cristãos. Ao contrário. Ao lado do operário de Londres, do burguês de Paris e do professor de Heidelberg, ele coloca o padre romano. Vosso pretenso cristianismo — diz ele — é a religião do Anticristo. Eis aí o assunto de “O Grande Inquisidor”. (…) Cumpre recristianizar o mundo e a fé, por um esforço de síntese, por um “humanismo cristão”, que lance uma ponte sobre o abismo. Sempre é necessário saber aquilo que nos separa e aquilo que nos une. O que nos separa é muito e muito. Mas não sejamos intransigentes diante dessa face barbada, sulcada pelos sofrimentos. O que nos une é o Cristo; e “tout le reste est littérature” (…)”.

Trechos extraídos de Carpeaux, Otto Maria, Ensaios Reunidos, TopBooks Editora, São Paulo, 1999.

“É preciso falar cara a cara para poder ler a alma no rosto, para que o coração soe em palavras. Uma palavra dita com convicção, com plena sinceridade e sem medo, vale muito mais que dez folhas de papel cobertas de palavras”.

Dostoiévski

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Fonte: https://revistaesmeril.com.br/hoje-na-historia-nasce-dostoievski/

Linguagem E O Controle Do Pensamento. (feito com Spreaker)

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Estudos demonstram, por exemplo, que a fisiologia do sistema digestivo humano difere da dos animais carnívoros.

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Descobertas científicas já comprovaram que o consumo de carne animal gera doenças. Estudos demonstram, por exemplo, que a fisiologia do sistema digestivo humano difere da dos animais carnívoros. O estômago dos carnívoros tem mais músculo, as secreções gástricas são dez vezes mais ácidas, e os intestinos, bem mais curtos.

No organismo humano, as carnes tendem a ficar estagnadas por mais tempo e sua decomposição é responsável por muitas doenças. Inclusive envelhecimento prematuro das células

Um dos aspectos mais graves da questão é que os criadores ministram grandes quantidades de hormônios e antibióticos aos animais destinados à indústria de alimentos, para fazê-los engordar muito rapidamente. E já está provado cientificamente que a ingestão deste tipo de carne oferece propensão à formação de câncer e tumores.

Na Faculdade de Medicina da Universidade de Montpellier, França, pesquisas correlacionam a maioria das doenças do coração à presença de antibióticos nas carnes de animais de corte. E a formação de cânceres no baço e cólon deve-se à intoxicação química provocada pela putrefação de alimentos animais no aparelho digestivo.

Pesquisas científicas já comprovaram que um quilo de churrasco contém a mesma quantidade de benzopireno contida em 600 cigarros. O benzopireno é uma substância química, com efeito cancerígeno, encontrada no alcatrão, na fumaça de cigarro e como produto da combustão incompleta.

Além disso, a carne vermelha, mesmo a mais magra, contém enorme quantidade de gordura saturada, isto é, de má qualidade. Conseqüentemente, sua ingestão causa excesso de colesterol, que gera doenças cardiovasculares, aproveitamento deficiente de cálcio, digestão difícil e vários outros males. Sem contar que é na gordura que o organismo armazena venenos químicos.

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* Alguns trechos extraídos do livro: Gosto Superior (pg.4); São Paulo: Fundação Bhaktivedanta. 1992.




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O que é transposição didática? João Maria andarilho utópico.


Que é Transposição Didática?

 A Transposição Didática é um “instrumento” pelo qual analisamos o movimento do saber sábio (aquele que os cientistas descobrem) para o saber a ensinar (aquele que está noslivros didáticos) e, por este, ao saber ensinado (aquele que realmente acontece em sala de aula). 

O termo foi introduzido em 1975 pelo sociólogo Michel Verret e rediscutido por Yves Chevallard em 1985 em seu livro La Transposition Didactique, onde mostra as transposições que um saber sofre quando passa do campo científico para o campo escolar. 

O termo transposição didática, segundo Chevallard (1991), foi empregado inicialmente pelo sociólogo francês Michel Verret, na sua tese de doutorado Le temps des études, publicada em 1975.

Chevallard conceitua “Transposição Didática” como o trabalho de fabricar um objeto de ensino, ou seja, fazer um objeto de saber produzido pelo “sábio” (o cientista) ser objeto do saber escolar. A Transposição Didática, em um sentido restrito, pode ser entendida como a passagem do saber científico ao saber ensinado. Tal passagem, entretanto, não deve ser compreendida como a transposição do saber no sentido restrito do termo: apenas uma mudança de lugar. Supõe-se essa passagem como um processo de transformação do saber, que se torna outro em relação ao saber destinado a ensinar.

Mas para Chevallard, o saber escolar não é usualmente problematizado.

O que ocasiona a distância entre o saber ensinado e seus saberes de referência.

No Brasil, Lopes² (1999) propôs o conceito de mediação didática em substituição à nomenclatura transposição didática.


¹ VERRET, M. Le temps des etudes. Paris: Librairie Honore Champion, 1975.

²LOPES, A. C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. 1ed. Rio de Janeiro: Editora da UERJ,1999.

Palavra didática

Origem

Palavras: didática , estudo

Gostaria de a origem das palavras:

1. Didática
2. Aprender
3. Estudar
4. Ensinar

Resposta:

1) Do Grego DIDAKTIKOS, “apto para ensinar”, de DIDASKEIN, “ensinar”.

2) Olhe na Lista de Palavras.

3) Do Latim STUDIARE, de STUDIUM, “estudo, aplicação”, originalmente “ansioso por fazer algo, sério”, de STUDERE, “ser diligente”.

4) Lista de Palavras.

Origem da Palavra 2021

https://origemdapalavra.com.br/palavras/didatica/


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Método e Metodologia quais às diferenças. Metodologia da pesquisa científica.

MATERIAL E MÉTODOS OU METODOLOGIA ? • Metodologia é o estudo dos métodos e especialmente dos métodos da ciência, enquanto método é o modo...