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sábado, 22 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Olavo de Carvalho - Espiral do silencio Midiatico.
Espiral do silêncio é uma teoria da ciência política e comunicação de massa proposta pela cientista alemã Elisabeth Noelle-Neumann.
É a hipótese científica de sucesso, segundo a qual há uma ideia de espiral que explicita a dimensão cíclica e progressiva dessa tendência ao silêncio.
Quanto mais minoritária a opinião dentro de um universo social, maior será a tendência de que ela não seja manifestada.
Quando os meios de comunicação, diante de um escândalo político,impõem uma imagem desfavorável de seu protagonista, essa opinião será dominante no universo social que eles atingem. Apesar de haver vozes minoritárias discordantes, haverá uma tendência de que elas se calem.
Quando parte desse grupo se cala, a opinião discordante, que já era minoria, se torna ainda mais minoritária, e a tendência ao ao silêncio é ainda maior
História
Estudos sobre a Espiral do Silêncio começaram na década de 60. Essa teoria foi proposta epecificamente a partir das pesquisas da alemã Elisabeth Noelle-Neumann sobre os efeitos dos meios de comunicação de massa. Na Alemanha, entre 1965 e 1972, durante as campanhas eleitorais Noelle-Neumann percebeu uma súbita mudança de opinião, dos eleitores, na reta final do processo de eleição. De acordo com seus estudos, ao mudar de opinião, os eleitores buscavam se aproximar das opiniões que julgavam dominantes.
A ideia central desta teoria situa-se na possibilidade de que os agentes sociais possam ser isolados de seus grupos de convívio caso expressem publicamente opiniões diferentes daquelas que o grupo considere como opiniões dominantes. Isso significa dizer que o isolamento das pessoas, de afastamento do convívio social, acaba sendo a mola mestra que aciona o mecanismo do fenômeno da opinião pública, já que os agentes sociais têm aguda percepção do clima de opinião. E é esta alternância cíclica e progressiva que Noelle-Neumann chamou de Espiral do Silêncio (LAGE, 1998, p. 16) .
Existe uma tendência de acompanhar a opinião da maioria das pessoas, talvez por medo do fator isolamento, isto pelo fato de, em geral, a sociedade exigir uma certa conformidade com o tema em discussão. Este cenário tem a finalidade de manter-se um mínimo de unidade para garantir coerência.
Referências
HOHLFELDT, Antônio; MARTINO Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga. Teorias da Comunicação: Conceitos, Escolas e Tendências, Petrópolis: Editora Vozes, 2010.
Obrigado pela visita, volte sempre.
Cinco maiores arrependimentos antes de morrer
A lista foi elaborada pela enfermeira australiana Bronnie Ware, diante da experiência dela com pacientes terminais.
Ela publicou o livro “The Top Five Regrets of the Dying” (“Top Cinco Arrependimentos Daqueles que Estão Para Morrer”). Veja quais são:
Ela publicou o livro “The Top Five Regrets of the Dying” (“Top Cinco Arrependimentos Daqueles que Estão Para Morrer”). Veja quais são:
- Gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse
- Gostaria de não ter trabalhado tanto…
- Gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos…
- Gostaria de ter mantido contato com meus amigos…
- Gostaria de ter me deixado ser mais feliz…
A lista foi elaborada pela enfermeira australiana Bronnie Ware, diante da experiência dela com pacientes terminais.
Ela publicou o livro “The Top Five Regrets of the Dying” (“Top Cinco Arrependimentos Daqueles que Estão Para Morrer”). Veja quais são:
Ela publicou o livro “The Top Five Regrets of the Dying” (“Top Cinco Arrependimentos Daqueles que Estão Para Morrer”). Veja quais são:
- Gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse
- Gostaria de não ter trabalhado tanto…
- Gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos…
- Gostaria de ter mantido contato com meus amigos…
- Gostaria de ter me deixado ser mais feliz…
Bronnie Ware |
capa do livro |
EMERSON, RALPH WALDO
EMERSON, RALPH WALDO
Emerson, Ralph Waldo (1803-1882). Filósofo romântico norte-americano, nascido em Boston, estudou na Universidade de Harvard. Influenciado por pensadores românticos como Schelling, desenvolveu uma filosofia idealista, sobretudo em sua principal obra, Nature (1836). Nietzsche e Bérgson foram seus admiradores. Mais recentemente tem havido uma retomada do interesse por suas ideias críticas da sociedade industrial e da cultura de massas. (1)
Embora tenha estudado bastante filosofia, não foi um pensador crítico ou sistemático, mas antes uma ponte entre muitas correntes religiosas, literárias e filosóficas do início do século XIX. Os encontros com Coleridge e Words Worth em 1833 e uma amizade permanente com Carlyle fizeram com que Emerson ficasse entusiasmado com a doutrina romântica da primazia da personalidade e da reverência pelo gênio e pelo herói. A esta influência juntaram-se elementos do idealismo absoluto, de acordo com o qual o florescimento final do espírito revelaria a unidade entre a mente e a natureza, mas Emerson também evidenciou traços pragmáticos, enfatizando os efeitos práticos dos princípios e ideias em geral. Essa mistura inteligente, aliada ao seu discreto desdém pela civilzação contemporânea, trouxe a Emerson uma grande quantidade de seguidores, a que se dirigiu por inúmeros ensaios e conferências e através da sua revista The Dial, o órgão do transcendentalismo da Nova Inglaterra. (2)
Defendeu a doutrina panteísta, ou seja, Deus é responsável por todas as coisas que existem enquanto o homem é responsável pelo seu próprio destino e consequentemente pela purificação da alma. (3)
(1) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
(2) BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Consultoria da edição brasileira, Danilo Marcondes. Tradução de Desidério Murcho ... et al. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.
(3) ANTUNES, George Thompson e FERREIRA, Annelise Faber. Novo Dicionário Internacional de Biografias: Dados Biográficos. São Paulo: Nobel, 1999.
FRASES DE EMERSON.
- Homens fracos acreditam na sorte. Homens fortes acreditam em causa e efeito.
- É fácil viver no mundo conforme a opinião das pessoas. É fácil, na solidão, viver do jeito que se quer. Mas o grande homem é aquele que, no meio da multidão, mantém com perfeita doçura a independência da solidão.
- Rir muito e com freqüência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso.
- Quero dizer o que eu penso e sinto hoje, com a condição de que talvez amanhã eu vá contradizer tudo.
- O prêmio por uma coisa bem feita é tê-la feito.
- A verdade sem dúvidas é linda; assim como as mentiras.
- O que nos outros chamamos de pecado, para nós é experiência.
- O silêncio que aceita o mérito como a coisa mais natural do mundo constitui o mais retumbante aplauso.
- Um amigo é uma pessoa com a qual posso ser sincero. Diante dele posso pensar em voz alta.
- Foi um grande conselho o que ouvi certa vez, dado a um jovem: «Faça sempre o que tiver medo de fazer».
- É impossível para um homem ser enganado por outra pessoa que não seja ele próprio.
- Deus constrói o seu templo no nosso coração sobre as ruínas das igrejas e das religiões.
- A principal necessidade de nossas vidas é alguém que nos obrigue a fazer o que podemos fazer. Eis a tarefa do amigo.
- O que é ensinado em escolas e universidades não representa educação, mas são meios para obtê-la.
- Podemos viajar por todo o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos conosco, nunca o encontraremos.
- Todo o homem que encontro me é superior em alguma coisa. E, nesse particular, aprendo com ele.
- A solidão é impossível, e a sociedade, fatal.
- Faz sempre primeiro o que mais difícil te parecer.
- Creio muito na sorte. Quanto mais trabalho, mais sorte pareço ter.
- Por cada minuto que nos zangamos, perdemos 60 segundos de felicidade.
- O que é, afinal, uma erva daninha senão uma planta da qual ainda se não descobriram as virtudes?
- A única recompensa da virtude é a própria virtude. O único modo de ter um amigo é ser um.
- As nossas melhores idéias vêm dos outros.
- Deviam parar com a demagogia sobre as massas. As massas são rudes, sem preparação, ignorantes, perniciosas em suas reivindicações e influências. Não precisam de lisonjas mas de instrução.
- Existem pessoas que têm sede de sofrer. O prazer nunca é forte o suficiente, e elas anseiam a dor.
- Um problema sem solução é um problema mal colocado.
- Adote o ritmo da natureza. O segredo dela é a paciência.
- As religiões que chamamos de falsas já foram verdadeiras um dia.
- O homem que está ocioso pode fazer algo de melhor.
- Os nossos conhecimentos são a reunião do raciocínio e experiência de numerosas mentes.
- Ouvi, com humilde admiração, uma senhora declarar que a sensação de estar bem vestida dava-lhe um sentimento de tranquilidade interior que a religião não lhe podia conferir.
- Se um homem se apegar resolutamente aos seus instintos, o mundo acabará por ceder diante dele.
- Ser você mesmo em um mundo que está constantemente tentando fazer de você outra coisa é a maior realização.
- É prova de alta cultura dizer as coisas mais profundas, do modo mais simples.
- Os anos ensinam muitas coisas que os dias desconhecem.
- A natureza e os livros pertencem aos olhos que os vêem.
- Ao analisar os fatos históricos, evita ser profundo, pois muitas vezes as causas são bastante superficiais.
- As ações dos homens são demasiado fortes. Mostrem-me um homem que não tenha sido vítima das suas próprias ações.
- Em toda a obra de gênio reconhecemos os pensamentos que havíamos rejeitado. Estes retornam a nós com uma certa majestade alienada.
- Nunca leia um livro que não tenha um ano de idade.
- Nunca houve criança tão amável a ponto da própria mãe não ficar satisfeita ao conseguir adormecê-la.
- O amor está em toda a parte da natureza, como emoção, mas também como recompensa.
- A felicidade é um perfume que não podemos espargir sobre os outros, sem que caiam algumas gotas sobre nós mesmos.
- O que você é fala tão alto que não consigo ouvir o que você está dizendo.
- O homem que deseja dirigir uma orquestra, deve voltar as costas para a multidão.
Obras
As obras em prosa de Emerson incluem:- Nature (1836)
- "The American Scholar" (1837, um discurso na Phi Beta Kappa Society em Harvard)
- "The Divinity School Address" (1838)
- Essays: First Series (1841; inclui "Compensation", "Self-Reliance", and "Circles")
- "The Transcendentalist" (1841)
- Essays: Second Series (1844; inclui "The Poet", "Experience", e "Politics")
- Representative Men (1850; com ensaios sobre Napoleão, Platão, Montaigne, Swedenborg, Shakespeare, e Goethe)
- English Traits (1856)
- The Conduct of Life (1860; inclui "Fate" and "Power")
- "Thoreau" (1862; uma homenagem a Henry David Thoreau)
- Coleções:
- Poemas:
- "Threnody"
- "Uriel"
- "Works and Days"
- "Concord Hymn" (origem da frase "The shot heard round the world") (O tiro ouvido no mundo todo)
FONTES:
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Por que o cristianismo é moralmente superior à esquerda materialista. Ou: A estupidez dos jantares inteligentes (PONDÉ)
Por que o cristianismo é moralmente superior à esquerda materialista. Ou: A estupidez dos jantares inteligentes
Excelente a entrevista do professor e filósofo Luiz Felipe Pondé a Jerônimo Teixeira, nas “Páginas Amarelas” da VEJA desta semana. Reproduzo alguns trechos.
*
Luiz Felipe Pondé, de 52 anos, é um raro exemplo de filósofo brasileiro que consegue conversar com o mundo para além dos muros da academia. Seja na sua coluna semanal na Folha de S.Paulo, seja em livros como o recém-lançado “O Catolicismo Hoje” (Benvirá), ele sabe se comunicar com o grande público sem baratear suas idéias. Mais rara ainda é sua disposição para criticar certezas e lugares-comuns bem estabelecidos entre seus pares. Pondé é um crítico da dominância burra que a esquerda assumiu sobre a cultura brasileira. Professor da Faap e da PUC. em São Paulo, Pondé, em seus ensaios, conseguiu definir ironicamente o espírito dos tempos descrevendo um cenário comum na classe média intelectualizada: o jantar inteligente, no qual os comensais, entre uma e outra taça de vinho chileno, se cumprimentam mutuamente por sua “consciência social”. Diz Pondé: “Sou filósofo casado com psicanalista. Somos convidados para muitos jantares assim. Há até jantares inteligentes para falar mal de jantares inteligentes”. Estudioso de teologia, Pondé considera o ateísmo filosoficamente raso, mas não é seguidor de nenhuma religião em particular. Eis um pensador capaz de surpreender quem valoriza o rigor na troca de idéias.
*
Luiz Felipe Pondé, de 52 anos, é um raro exemplo de filósofo brasileiro que consegue conversar com o mundo para além dos muros da academia. Seja na sua coluna semanal na Folha de S.Paulo, seja em livros como o recém-lançado “O Catolicismo Hoje” (Benvirá), ele sabe se comunicar com o grande público sem baratear suas idéias. Mais rara ainda é sua disposição para criticar certezas e lugares-comuns bem estabelecidos entre seus pares. Pondé é um crítico da dominância burra que a esquerda assumiu sobre a cultura brasileira. Professor da Faap e da PUC. em São Paulo, Pondé, em seus ensaios, conseguiu definir ironicamente o espírito dos tempos descrevendo um cenário comum na classe média intelectualizada: o jantar inteligente, no qual os comensais, entre uma e outra taça de vinho chileno, se cumprimentam mutuamente por sua “consciência social”. Diz Pondé: “Sou filósofo casado com psicanalista. Somos convidados para muitos jantares assim. Há até jantares inteligentes para falar mal de jantares inteligentes”. Estudioso de teologia, Pondé considera o ateísmo filosoficamente raso, mas não é seguidor de nenhuma religião em particular. Eis um pensador capaz de surpreender quem valoriza o rigor na troca de idéias.
Em seus ensaios, o senhor delineou um cenário exemplar do mundo atual: o jantar inteligente. O que vem a ser isso?
É uma reunião na qual há uma adesão geral a pacotes de idéias e comportamentos. Pode ser visto como a versão contemporânea das festas luteranas na Dinamarca do século XIX, que o filósofo Soren Kierkegaard criticava por sua hipocrisia. Esse vício migrou de um cenário no qual o cristianismo era a base da hipocrisia para uma falsa espiritualidade de esquerda. Como a esquerda não tem a tensão do pecado, ela é pior do que o cristianismo.
(…)
Não há lugar para um pensamento alternativo nem na hora da sobremesa?
Não. A gente teve anos de ditadura no Brasil. Mas, quando ela acabou, a esquerda estava em sua plenitude. Tomou conta das universidades, dos institutos culturais, das redações de jornal. Você pode ver nas universidades, por exemplo, cartazes de um ciclo de palestras sobre o pensamento de Trotsky e sua atualidade, mas não se vêem cartazes anunciando conferências sobre a critica à Revolução Francesa de Edmund Burke, filósofo irlandês fundamental para entender as origens do conservadorismo. Não há um pensamento alternativo à tradição de Rousseau, de Hegel e de Marx. Tenho um amigo que é dono de uma grande indústria e cuja filha estuda em um colégio de São Paulo que nem é desses chiques de esquerda. É uma escola bastante tradicional. Um dia, uma professora falava da Revolução Cubana corno se esse fosse um grande tema. Ela citou Che Guevara, e a menina perguntou: “Ele não matou muita gente?”. A professora se vira para a menina e responde: “O seu pai também mata muita gente de fome”. O que autoriza um professora a usar esse tipo de argumento é o status quo que se instalou também nas escolas, e não só na universidade. O infantilismo político dá vazão e legitima esse tipo de julgamento moral sumário.
É uma reunião na qual há uma adesão geral a pacotes de idéias e comportamentos. Pode ser visto como a versão contemporânea das festas luteranas na Dinamarca do século XIX, que o filósofo Soren Kierkegaard criticava por sua hipocrisia. Esse vício migrou de um cenário no qual o cristianismo era a base da hipocrisia para uma falsa espiritualidade de esquerda. Como a esquerda não tem a tensão do pecado, ela é pior do que o cristianismo.
(…)
Não há lugar para um pensamento alternativo nem na hora da sobremesa?
Não. A gente teve anos de ditadura no Brasil. Mas, quando ela acabou, a esquerda estava em sua plenitude. Tomou conta das universidades, dos institutos culturais, das redações de jornal. Você pode ver nas universidades, por exemplo, cartazes de um ciclo de palestras sobre o pensamento de Trotsky e sua atualidade, mas não se vêem cartazes anunciando conferências sobre a critica à Revolução Francesa de Edmund Burke, filósofo irlandês fundamental para entender as origens do conservadorismo. Não há um pensamento alternativo à tradição de Rousseau, de Hegel e de Marx. Tenho um amigo que é dono de uma grande indústria e cuja filha estuda em um colégio de São Paulo que nem é desses chiques de esquerda. É uma escola bastante tradicional. Um dia, uma professora falava da Revolução Cubana corno se esse fosse um grande tema. Ela citou Che Guevara, e a menina perguntou: “Ele não matou muita gente?”. A professora se vira para a menina e responde: “O seu pai também mata muita gente de fome”. O que autoriza um professora a usar esse tipo de argumento é o status quo que se instalou também nas escolas, e não só na universidade. O infantilismo político dá vazão e legitima esse tipo de julgamento moral sumário.
Como essa tendência se manifesta na universidade?
O mundo das ciências humanas, em que há pouco dinheiro e se faz pouca coisa, é dominado pela esquerda aguada. Há muito corporativismo, e a tendência geral de excluir, por manobras institucionais, aqueles que não se identificam com a esquerda. Existe ainda a nova esquerda, para a qual não é mais o proletariado que carrega o sentido da história, como queria Marx. Os novos esquerdistas acreditam que esse papel hoje cabe às mulheres oprimidas, aos índios, aos aborígines, aos imigrantes ilegais. Esses segmentos formariam a nova classe sobre a qual estaria depositada a graça redentora. Eu detesto política como redenção.
O mundo das ciências humanas, em que há pouco dinheiro e se faz pouca coisa, é dominado pela esquerda aguada. Há muito corporativismo, e a tendência geral de excluir, por manobras institucionais, aqueles que não se identificam com a esquerda. Existe ainda a nova esquerda, para a qual não é mais o proletariado que carrega o sentido da história, como queria Marx. Os novos esquerdistas acreditam que esse papel hoje cabe às mulheres oprimidas, aos índios, aos aborígines, aos imigrantes ilegais. Esses segmentos formariam a nova classe sobre a qual estaria depositada a graça redentora. Eu detesto política como redenção.
(…)
Por que o senhor deixou de ser ateu?
Comecei a achar o ateísmo aborrecido do ponto de vista filosófico. A hipótese do Deus bíblico, na qual estamos ligados a um enredo e um drama morais muito maiores do que o átomo, me atraiu. Sou basicamente pessimista, cético. descrente, quase na fronteira da melancolia. Mas tenho sorte sem merecê-la. Percebo uma certa beleza, uma certa misericórdia no mundo, que não consigo deduzir a partir dos seres humanos, tampouco de mim mesmo. Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica.
Por que o senhor deixou de ser ateu?
Comecei a achar o ateísmo aborrecido do ponto de vista filosófico. A hipótese do Deus bíblico, na qual estamos ligados a um enredo e um drama morais muito maiores do que o átomo, me atraiu. Sou basicamente pessimista, cético. descrente, quase na fronteira da melancolia. Mas tenho sorte sem merecê-la. Percebo uma certa beleza, uma certa misericórdia no mundo, que não consigo deduzir a partir dos seres humanos, tampouco de mim mesmo. Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica.
Post publicado originalmente às 19h25 deste sábado
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/por-que-o-cristianismo-e-moralmente-superior-a-esquerda-materialista-ou-a-estupidez-dos-jantares-inteligentes/
Obrigado pela visita, e volte sempre.
PALAVRA DO DIA: Férias
PALAVRA
DO
DIA
Aulete
Digital
– Palavra
do
dia:
A
palavra
é
sua!
Tema
da
semana:
Verão.
Férias (19/12/12)
As férias
consistem em dias consecutivos para descanso de trabalhadores e de estudantes, após um período anual ou semestral de atividade. A denominação dessa forma, no plural, é muito mais conhecida. O que pouca gente sabe, no entanto, é que há também a palavra 'féria', no singular. Ela se sefere à renda de um trabalhador ou ao dia em que não se comemora festa especial. Desta segunda definição é que a palavra 'férias', como conhecemos hoje, se origina. O termo provém do latim 'feria, ae', singular de 'feriae, arum', que significava, entre os romanos, o dia em que não se trabalhava por prescrição religiosa. É muito comum que o período de férias dos trabalhadores e, principalmente, dos estudantes coincida com o verão. Por isso, aqui no Brasil e no restante do hemisfério sul do planeta, as férias mais longas do ano são tiradas entre os meses de dezembro e fevereiro. Já nos países do hemisfério norte, isso ocorre entre junho e agosto.
>>Definição do iDicionário Aulete:
(fé.ri:as)
sfpl.
1. Dias consecutivos para descanso
de trabalhadores e de estudantes, após um período anual ou semestral de
atividade (férias regulares; férias de
meio de
ano).
[F.:
Pl. de féria.]
_____
A
Palavra
do
Dia
é
um
serviço
oferecido
gratuitamente
aos
usuários
cadastrados
do
Aulete
Digital.
Palavra
do
Dia:
uma
parceria
da
Lexikon
editora
digital
com
a
Rádio
Globo.
_____
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: A FARSA DA INDÚSTRIA DE AUTO-AJUDA
O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: A FARSA DA INDÚSTRIA DE AUTO-AJUDA: A FARSA DA INDÚSTRIA DE AUTO-AJUDA “A mentirosa indústria de conselhos cresce e porque as mentes das pessoas não crescem junto? ” Po...
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A FARSA DA INDÚSTRIA DE AUTO-AJUDA
A FARSA DA INDÚSTRIA DE AUTO-AJUDA
“A mentirosa indústria de conselhos cresce e porque as mentes das pessoas não crescem junto?”Por Elenilson Nascimento
Cada dia mais as pessoas compram livros de auto-ajuda, sobre bons comportamentos, de como conseguir um marido ou esposa perfeitos, como fazer loucuras na cama, perfil profissional adequado e mundo sustentável, mas mesmo assim não se percebe uma alteração de comportamento plausível por esses leitores. E, antes que alguém apareça aqui para dizer que eu sou mal amado, no decorrer desse post, por exemplo, estarei colocando algumas “mensagens positivas de auto-ajuda” para você também ficar muito feliz, bater palminhas, pular, se sentir melhor neste mundo caótico e erguer as mãos aos céus.
“Se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço”, essa pérola é de Dave Weinbaum. Mas tem também as anônimas clássicas: “Não busque boas aparências, elas podem mudar. Só precisamos de um sorriso para transformar um dia ruim”; “O melhor amigo é aquele com quem nos sentamos por longas horas, sem dizer uma palavra, e ao deixá-lo, temos a impressão de que foi a melhor conversa que já tivemos na vida”; “Quando a porta da felicidade se fecha, outra porta se abre. Porém, estamos tão presos àquela porta fechada que não somos capazes de ver o novo caminho que se abriu”. Ou então: “Viva de maneira que sua presença não seja notada, mas que sua ausência seja sentida”.
Dizer que esses livros são ruins é como bater na mesma tecla e ninguém se incomodar. Eu até tenho alguns deles em casa, como “Pés no Chão e Cabeça nas Estrelas” e outros do Lair Ribeiro (*porque eu ganhei viu!), “Desperte o Gigante Interior” de Anthony Robbins e alguns mais do bruxo midiático Paulo Coelho, mas, hoje, eles estão lá somente para preencher espaços na minha estante. Ficar repetindo frases do tipo: “Voltar atrás é melhor que perder-se no caminho” ou mentalizar que dinheiro nasce em árvores é meio que constrangedor e uma ofensa para a minha inteligência.
Alguns desses autores teimam ainda em justificar suas opiniões limitadas com frases batidas de famosos, como por exemplo: “As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”, do Leonardo DaVinci; “A felicidade não está em viver, mas em saber viver. Não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive” de Mahatma Gandhi; “A diferença entre o possível e o impossível está na vontade humana” de Louis Pasteur; “Os sentimentos verdadeiros se manifestam mais por atos que palavras” de Shakespeare; ou mesmo, “As vezes é preciso parar e olhar para longe, para podermos enxergar o que está diante de nós” do ex-presidente John Kennedy. Fico imaginando que daqui a algum tempo vão usar as frases típicas do Lula também: “Não é mérito, mas, pela primeira vez na história da República, a República tem um presidente e um vice-presidente que não têm diploma universitário. Possivelmente, se nós tivéssemos, poderíamos fazer muito mais".
Esse livros de auto-ajuda são produtos semiculturais cujo conteúdo é invariavelmente pontuado por frases feitas e histórias sem profundidade que beiram o risível. Apesar dessas características, essas obras não apenas passeiam com frequência pelas mãos de educadores brasileiros, como orientam vários de seus pensamentos e atividades pedagógicas. E as pessoas consomem esses livrinhos ordinários como se consumissem bens diversos: compram por modismos os best-sellers divulgados em listinhas encomendadas de revistas semanais e dessa forma sentem-se inseridas na intelectualidade das pessoas cultas. Uma pena!
E, dessa forma, as pessoas se perdem na imensidão do mar de conhecimentos vazios e de pseudo-ensinamentos e acabam, por fim, perdendo a percepção do que é realmente interessante para si. E já que são de conselhos que se vive o homem, aqui vai mais alguns típicos: “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar”; “A vida é para quem topa qualquer parada, e não para quem pára em qualquer topada”; “Conseguir um amigo é uma graça, mantê-lo é um dom e amá-lo é uma virtude” e essa agora é do Albert Einstein: “O único lugar onde o sucesso vem antes que o trabalho é no dicionário”.Se as pessoas menosprezassem o conhecimento comum de todos, o gosto duvidoso e muito popular, se as pessoas valorizassem mais o conhecimento pessoal, a leitura de si mesmas, talvez, eu disse talvez, elas fossem mais felizes. Grandes pessoas não leem só aquilo que é de gosto popular, mas, são sim grandes pessoas por adentrar no seu universo particular e experimentar aquilo que não vem dos outros mas de si próprias. Isso é opinião! Isso são escolhas! Isso é inteligência! Mas isso também significa não ignorar aquilo que é comum a todos, mas desconfiar, e muito, daquilo que a todos agradam, mas que não deve ser tratado como algo tão relevante.
Mas se você é do tipo que não concorda com as coisas que eu escrevo, mas que não vive sem dar uma “espiadinha” no blog, então copie mais algumas dessas frases: “Prefiro os que me criticam, pois ajudam a me corrigir, mas àqueles que me bajulam perpetuando meus erros” de Santo Agostinho; “Quando fizeres algo nobre e belo e ninguém notar, não fique triste. Pois o sol toda manhã faz um lindo espetáculo e, no entanto, a maioria da plateia ainda dorme…” de John Lennon; e também a otimista até dizer chega: “Todo meu patrimônio são meus amigos” de Emily Dickinson.
Essa mesma constatação que eu fiz aqui também foi feita, em tom muito mais crítico, pelo filósofo e consultor em educação Arquilau Moreira Romão, que defendeu recentemente a tese de doutorado “Filosofia, educação e esclarecimento: os livros de auto-ajuda para educadores e o consumo de produtos semiculturais”. Em uma entrevista, o autor do trabalho acadêmico, falou das principais características dessas publicações, dos interesses que estão por trás delas e de como esses textos prestam o que considera um desserviço ao exercício da reflexão e ao desenvolvimento do espírito crítico. Agora, clique também abaixo e ouça o filósofo, psicanalista e escritor Luiz Felipe Pondé (foto ao lado) – autor de “Crítica e Profecia, A Filosofia da Religião em Dostoiévski” – falar sobre a farsa da indústria dos livros de auto-ajuda.
podcast: Portal da Metrópole
fotos: reprodução
Cada dia mais as pessoas compram livros de auto-ajuda, sobre bons comportamentos, de como conseguir um marido ou esposa perfeitos, como fazer loucuras na cama, perfil profissional adequado e mundo sustentável, mas mesmo assim não se percebe uma alteração de comportamento plausível por esses leitores. E, antes que alguém apareça aqui para dizer que eu sou mal amado, no decorrer desse post, por exemplo, estarei colocando algumas “mensagens positivas de auto-ajuda” para você também ficar muito feliz, bater palminhas, pular, se sentir melhor neste mundo caótico e erguer as mãos aos céus.
“Se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço”, essa pérola é de Dave Weinbaum. Mas tem também as anônimas clássicas: “Não busque boas aparências, elas podem mudar. Só precisamos de um sorriso para transformar um dia ruim”; “O melhor amigo é aquele com quem nos sentamos por longas horas, sem dizer uma palavra, e ao deixá-lo, temos a impressão de que foi a melhor conversa que já tivemos na vida”; “Quando a porta da felicidade se fecha, outra porta se abre. Porém, estamos tão presos àquela porta fechada que não somos capazes de ver o novo caminho que se abriu”. Ou então: “Viva de maneira que sua presença não seja notada, mas que sua ausência seja sentida”.
Dizer que esses livros são ruins é como bater na mesma tecla e ninguém se incomodar. Eu até tenho alguns deles em casa, como “Pés no Chão e Cabeça nas Estrelas” e outros do Lair Ribeiro (*porque eu ganhei viu!), “Desperte o Gigante Interior” de Anthony Robbins e alguns mais do bruxo midiático Paulo Coelho, mas, hoje, eles estão lá somente para preencher espaços na minha estante. Ficar repetindo frases do tipo: “Voltar atrás é melhor que perder-se no caminho” ou mentalizar que dinheiro nasce em árvores é meio que constrangedor e uma ofensa para a minha inteligência.
Alguns desses autores teimam ainda em justificar suas opiniões limitadas com frases batidas de famosos, como por exemplo: “As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”, do Leonardo DaVinci; “A felicidade não está em viver, mas em saber viver. Não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive” de Mahatma Gandhi; “A diferença entre o possível e o impossível está na vontade humana” de Louis Pasteur; “Os sentimentos verdadeiros se manifestam mais por atos que palavras” de Shakespeare; ou mesmo, “As vezes é preciso parar e olhar para longe, para podermos enxergar o que está diante de nós” do ex-presidente John Kennedy. Fico imaginando que daqui a algum tempo vão usar as frases típicas do Lula também: “Não é mérito, mas, pela primeira vez na história da República, a República tem um presidente e um vice-presidente que não têm diploma universitário. Possivelmente, se nós tivéssemos, poderíamos fazer muito mais".
Esse livros de auto-ajuda são produtos semiculturais cujo conteúdo é invariavelmente pontuado por frases feitas e histórias sem profundidade que beiram o risível. Apesar dessas características, essas obras não apenas passeiam com frequência pelas mãos de educadores brasileiros, como orientam vários de seus pensamentos e atividades pedagógicas. E as pessoas consomem esses livrinhos ordinários como se consumissem bens diversos: compram por modismos os best-sellers divulgados em listinhas encomendadas de revistas semanais e dessa forma sentem-se inseridas na intelectualidade das pessoas cultas. Uma pena!
E, dessa forma, as pessoas se perdem na imensidão do mar de conhecimentos vazios e de pseudo-ensinamentos e acabam, por fim, perdendo a percepção do que é realmente interessante para si. E já que são de conselhos que se vive o homem, aqui vai mais alguns típicos: “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar”; “A vida é para quem topa qualquer parada, e não para quem pára em qualquer topada”; “Conseguir um amigo é uma graça, mantê-lo é um dom e amá-lo é uma virtude” e essa agora é do Albert Einstein: “O único lugar onde o sucesso vem antes que o trabalho é no dicionário”.Se as pessoas menosprezassem o conhecimento comum de todos, o gosto duvidoso e muito popular, se as pessoas valorizassem mais o conhecimento pessoal, a leitura de si mesmas, talvez, eu disse talvez, elas fossem mais felizes. Grandes pessoas não leem só aquilo que é de gosto popular, mas, são sim grandes pessoas por adentrar no seu universo particular e experimentar aquilo que não vem dos outros mas de si próprias. Isso é opinião! Isso são escolhas! Isso é inteligência! Mas isso também significa não ignorar aquilo que é comum a todos, mas desconfiar, e muito, daquilo que a todos agradam, mas que não deve ser tratado como algo tão relevante.
Mas se você é do tipo que não concorda com as coisas que eu escrevo, mas que não vive sem dar uma “espiadinha” no blog, então copie mais algumas dessas frases: “Prefiro os que me criticam, pois ajudam a me corrigir, mas àqueles que me bajulam perpetuando meus erros” de Santo Agostinho; “Quando fizeres algo nobre e belo e ninguém notar, não fique triste. Pois o sol toda manhã faz um lindo espetáculo e, no entanto, a maioria da plateia ainda dorme…” de John Lennon; e também a otimista até dizer chega: “Todo meu patrimônio são meus amigos” de Emily Dickinson.
Essa mesma constatação que eu fiz aqui também foi feita, em tom muito mais crítico, pelo filósofo e consultor em educação Arquilau Moreira Romão, que defendeu recentemente a tese de doutorado “Filosofia, educação e esclarecimento: os livros de auto-ajuda para educadores e o consumo de produtos semiculturais”. Em uma entrevista, o autor do trabalho acadêmico, falou das principais características dessas publicações, dos interesses que estão por trás delas e de como esses textos prestam o que considera um desserviço ao exercício da reflexão e ao desenvolvimento do espírito crítico. Agora, clique também abaixo e ouça o filósofo, psicanalista e escritor Luiz Felipe Pondé (foto ao lado) – autor de “Crítica e Profecia, A Filosofia da Religião em Dostoiévski” – falar sobre a farsa da indústria dos livros de auto-ajuda.
podcast: Portal da Metrópole
fotos: reprodução
Marcadores: Literatura auto-ajuda, Luiz Felipe Pondé, Notas Básicas, Podcast
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