sábado, 26 de janeiro de 2013

Antoine Lavoisier


Antoine Lavoisier

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Antoine Lavoisier
Química
Antoine lavoisier color.jpg

Lavoisier, reconhecido como o "pai" da química moderna

NacionalidadeFrança Francês

Nascimento26 de agosto de 1743
LocalParis

Falecimento8 de maio de 1794 (50 anos)
LocalParis
CausaGuilhotinado durante a Revolução Francesa

CônjugeMarie-Anne Pierrette Paulze

Actividade
Campo(s)Química
Conhecido(a) porFundador da química moderna
Assinatura
Antoine Lavoisier Signature.svg

Antoine Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de agosto de 1743 — Paris, 8 de maio de 1794) foi um químico francês, considerado o pai da química moderna.[1]
Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria. Além disso identificou e batizou o oxigênio, refutou a teoria flogística e participou na reforma da nomenclatura química. Célebre por seus estudos sobre a conservação da matéria, mais tarde imortalizado pela frase popular:[2]
Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

Índice

Biografia

Nascido em uma família rica em Paris, Antoine-Laurent Lavoisier herdou uma grande fortuna com a idade de cinco anos com o falecimento de sua mãe. Ele foi educado no Collège des Quatre-Nations (também conhecido como Collège Mazarin) de 1754 de 1761, estudando química, botânica, astronomia e matemática. Ele era esperado para seguir os passos de seu pai e ainda obteve sua licença para praticar a lei em 1764 antes de voltar a uma vida de ciência.
Lavoisier é considerado o pai da química. Foi ele quem descobriu que a água é uma substância composta, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio: o H2O. Essa descoberta foi muito importante para a época, pois, segundo a teoria de Tales de Mileto, que ainda era aceita, a água era um dos quatro elementos terrestres primordiais, a partir da qual outros materiais eram formados.
Em 16 de dezembro de 1771 Lavoisier casou com uma jovem aristocrata, de nome Marie-Anne Pierrette Paulze. A sua mulher tornou-se num dos seus mais importantes colaboradores, não só devido ao seu conhecimento de línguas (em particular o inglês e o latim), mas também pela sua capacidade de ilustradora. Marie-Anne foi responsável pela tradução, para francês, de obras científicas escritas em inglês e em latim, fazendo ilustrações de algumas das experiências mais significativas feitas por Lavoisier[2]. Ele viveu na época em que começava a Revolução Francesa, quando o terceiro estado (camponeses, burgueses e comerciantes) disputava o poder na França.
Lavoisier foi guilhotinado a 8 de maio, após um julgamento sumário no dia anterior[3]. Joseph-Louis de Lagrange, um importante matemático, contemporâneo de Lavoisier disse:
Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo.

Participação na Academia de Ciências

Lavoisier foi pela primeira vez proposto como membro da Académie des Sciences em 1766, mas só foi eleito em 1768. Como membro de pleno direito, Lavoisier participou em comissões de investigação de novas teorias e/ou fenómenos, de forma a avaliar a sua legitimidade científica.

Avaliação do mesmerismo

O mesmerismo é uma teoria desenvolvida por Franz Anton Mesmer, com grande destaque na Europa durante a década de 1780. Segundo essa teoria, existe um único fluido no Universo, que une e relaciona todos os corpos[1]. Este fluido se manifestaria de diferentes formas incluindo: gravidade, eletricidade, magnetismo e magnetismo animal (nos seres vivos).
Segundo Mesmer, as doenças eram causadas por bloqueios do fluxo magnético animal nos seres vivos, e a sua cura poderia ser possível através do restabelecimento do fluxo, feito por especialistas com um forte magnetismo. Para curar um doente, o especialista localizava os locais onde o fluxo se encontrava bloqueado e restabelecia o fluxo massageando as áreas afetadas do corpo.[2]

Annales de chimie et de physique, revista científica criada em 1789, da qual Lavoisier foi um dos primeiros editores.
Em 1778 Mesmer fixou residência em Paris, montando o seu próprio consultório e estabelecendo uma rede de discípulos. A sua influência na sociedade francesa foi suficiente para preocupar o rei francês, Luís XVI, que requereu, seis anos mais tarde, o estudo do mesmerismo por uma comissão independente.
Em 1784 foram criadas duas comissões para o estudo do mesmerismo: uma composta por elementos da Sociedade de Medicina, e outra composta por elementos da Académie des Ciences. A comissão da Academia era composta por Jean d'Arcet, Joseph-Ignace Guillotin, Jean Borie, Sallin, Jean Sylvain Bailly, Le Roy, Benjamin Franklin e Lavoisier.[1]
O objetivo da comissão foi testar a existência do fluxo magnético animal, visto que o mesmerismo considerava a cura dependente deste fluido. No entanto, segundo o próprio mesmerismo, não era possível analisar ou conhecer as características do fluxo magnético animal, e como tal, tornou-se impossível realizar experiências para testar as suas propriedades físicas.
Mesmer propôs que o estudo incidisse sobre as curas atribuídas à ação do fluxo magnético animal. No entanto a comissão concluiu que não era possível isolar a ação do fluido dos outros fatores que contribuem para uma cura, ou mesmo determinar se a cura era realmente consequência da ação do fluido[2]. Mesmer recusou-se a cooperar com a comissão da Académie des Ciences, quando soube que o estudo do mesmerismo não ia incidir nas curas. Foi substituído por Charles Deslon, que na altura, era o principal discípulo francês do mesmerismo.
Como a comissão suspeitou que as curas se deviam mais ao poder de sugestão (devido à forma como as sessões de cura eram conduzidas), decidiu realizar duas séries de experiências[1]: uma em que as pessoas eram sujeitas ao poder de sugestão, mas não à ação sobre o fluxo magnético animal; outra em que as pessoas eram sujeitas à ação do fluxo magnético animal, mas sem serem informados deste fato. Essas experiências foram desenvolvidas, principalmente, por Lavoisier.
Rapidamente a comissão concluiu pela análise das experiências realizadas que, não existe fluxo magnético animal e que as curas resultavam simplesmente da ação do poder de sugestão. A comissão elaborou um relatório com o título de Rapport des commissaire changés par le roi de l'examen du magnétism animal, incluindo os objetivos do estudo, a descrição das experiências realizadas e as conclusões tiradas. Mais uma vez pensa-se que Lavoisier teria exercido um papel importante na elaboração desse relatório.

Estudo do oxigênio

Lavoisier não descobriu exatamente o oxigênio. Este gás foi descoberto independentemente por dois químicos: Carl Wilhelm Scheele em 1772 e Joseph Priestley em 1774[2]. Em outubro de 1774, Priestley visitou Paris e conversou com Lavoisier sobre as suas experiências. Este fato permitiu a Lavoisier refazer as experiências de Priestley e reformulá-las. Dessa forma, Lavoisier ficou a compreender melhor as características do novo gás. E ainda confirmou que a combustão e a calcinação correspondem à combinação do oxigênio com outros materiais (materiais orgânicos na combustão e metais na calcinação).
Lavoisier deu ao novo gás o nome de oxigênio ("produtor de ácidos" em grego), porque considerava (erroneamente) que todas as substâncias originadas de uma calcinação originavam ácidos, em que o oxigênio se encontrava obrigatoriamente presente. Por 1789, ele formulou o princípio da conservação da matéria (Lei de Lavoisier).

Participação na Ferme Général

Em 1768 Lavoisier adquiriu uma participação na Ferme Général, o sistema utilizado na altura em França para a taxação de impostos (em que, essencialmente, a Coroa concessionava essa tarefa a privados). A Ferme Général não era um sistema muito popular na época, principalmente entre aqueles que tinham de pagar os impostos (o povo). Embora Lavoisier tendo se retirado desse sistema, a sua ligação à Ferme Général foi utilizada para o condenar à morte.
Em 17 de Setembro de 1793 foi instituída a Lei dos Suspeitos, que permitiu a criação de tribunais revolucionários para julgar possíveis traidores e punir os culpados com a pena de morte[2]. Três dias depois, Lavoisier recebeu um mandado que permitiu o confisco e a selagem dos seus documentos. Mais tarde, os documentos foram de novo entregues a Lavoisier, dando-lhe um falso sentimento de segurança.

Referências

  1. a b c d Antoine Laurent de Lavoisier (em português). Porto Editora. Infopédia. Página visitada em 26 de agosto de 2012.
  2. a b c d e f Antoine-Laurent Lavoisier - Biografia (em português). UOL - Educação. Página visitada em 26 de agosto de 2012.
  3. Repossi, Giordano. A Química: O Mundo Misterioso da Molécula. [S.l.]: Círculo de Leitores, 1977. Capítulo: Ciência e Revolução, 188 p. p. 68-69.

Bibliografia

  • Ashall, Frank. Descobertas Notáveis - Do Infinitamente Grande ao Infinitamente Pequeno. Lisboa: Editora Replicação, 2001.
  • Bell, Madison Smartt. Lavoisier in the Year One. New York: Atlas Books, 2005.
  • Crump, Thomas. A Brief History of Science. London: Robinson, 2002.
  • Donovan, Arthur. "Antoine Lavoisier: Science, Administration and Revoution.Cambridge: Cambridge University Press, 1996.
  • Eagle, Cassandra T. and Sloan, Jenifer. "Marrie Anne Paulze Lavoisier: The Mother of Modern Chemistry." The Chemical Educator3.5 (1998):1-18.
  • Gould, Stephen Jay. "Bully for Brontosaurus". London: Penguin Books, 1992.
  • Gribbin, Jonh. Science, a History. London: Penguin Books, 2003.
  • Morris, Richard. The Last Sorcerers. Washington: Joseph Henry Press, 2003.

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA PARA O DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA



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O mito da Grécia Gay


O Mito da Grécia Gay
Um dos mitos mais difundidos pelos militantes da causa LGBT é de que a civilização greco-romana era liberal e tolerava livremente as relações homossexuais. Tal mito está mais do que desmoralizado, principalmente quando recorremos a leitura do livro “The Rite of Sodomy” de Randy Engel. Quando muito, tais práticas eram restritas a pequenos círculos, normalmente da alta sociedade, sem que se jamais cogitasse a legalização de uniões e amancebamentos homossexuais.
Apenas para citar um pequeno exemplo, vou recorrer a um texto de Platão, retirado do Livro das Leis, que demonstra com clareza que toda essa deificação da ostensiva cultura helênica gay – amplamente aceita e difundida segundo estes –  não passa de uma grande mentira.

O ateniense: O que não me surpreende, mas tentarei me explicar com maior clareza. Quando no meu discurso atingi o assunto relativo à educação, vi moços e moças se unindo entre si pela afeição; naturalmente, fui assaltado por um sentimento de temor quando me perguntei como administrar um Estado como esse no qual moços e moças são bem nutridos mas isentos de todos os trabalhos duros e servis, que são os mais seguros instrumentos para extinguir o ímpeto da paixão e no qual a principal ocupação de todos ao longo da vida inteira consiste [exclusivamente] em sacrifícios, festas e danças. Num Estado como esse como irão os jovens se abster daqueles desejos que amiúde lançam muitos à ruína – todos esses desejos em relação aos quais a razão, no seu esforço de ser lei, prescreve a abstenção? Que as leis previamente estabelecidas servem para reprimir a maioria dos desejos não causa espanto.
Assim, por exemplo, a proibição da riqueza excessiva representa muito no sentido de fomentar a temperança e o conjunto de nosso sistema educacional contém leis úteis para que se cumpra a mesma meta. Junte-se a isso o olhar vigilante dos magistrados, treinados para fixarem seus olhares sempre nesse ponto e conservar uma estreita vigilância sobre os jovens. Estes instrumentos, portanto, bastam (na medida da suficiência de um instrumento humano) para se lidar com os outros desejos. Mas, quando se trata de desejos sensuais de moços e moças, de homens por mulheres e mulheres por homens – desejos que têm sido a causa de males incontáveis tanto para indivíduos quanto para Estados inteiros – como nos proteger contra tais paixões, ou que remédio poderíamos aplicar de modo a encontrar um meio para escapar em todos esses casos de um tal perigo? É extremamente difícil, Clínias, pois se no que tange a outras matérias, que não são poucas, Creta geralmente e Lacedemônia nos suprem – e acertadamente nos dando grande suporte na produção de leis que diferem daquelas de uso comum – no tocante às paixões do sexo (no que estamos absolutamente por nossa conta) nos são totalmente contrários.
Se fôssemos seguir os passos da natureza e promulgar aquela lei que era vigente antes da época de Laios declarando que é certo nos abster da relação sexual em que substituímos uma mulher por um homem ou um rapaz, aduzindo como evidência a natureza dos animais selvagens e apontando o fato do macho não tocar no macho com esse propósito, visto que é contra a natureza, em tudo isso estaríamos provavelmente usando um argumento que não é nem convincente nem tampouco consoante com vossos Estados. Além disso, aquela intenção que, segundo afirmamos, o legislador deve sempre ter em vista não se coaduna com essas práticas, mesmo porque a indagação que insistimos em fazer é esta: quais as leis propostas promovem uma inclinação para a virtude e quais não fazem? Pois bem, supõe que sejam legalizadas tais práticas e que as apresentemos como nobres e de modo algum ignóbeis, no que promoveriam a virtude? Engendrariam na alma daquele que é seduzido um caráter corajoso (viril), ou na alma do sedutor a qualidade da temperança? Ninguém jamais acreditaria em tal coisa; pelo contrário, do mesmo modo que todos censurariam a covardia daquele que sempre cede aos prazeres e jamais é capaz é capaz de se conter em relação a eles, não censurariam a do homem que imita o papel de uma mulher mediante a [precária] semelhança com seu modelo?
Haveria, então, algum ser humano que prescrevesse tais práticas? Nenhum, eu diria, que tivesse sequer uma noção do que é a verdadeira lei. E, portanto, o que declararemos como sendo a verdade com respeito a esse assunto? É necessário que distingamos a real natureza da amizade, do desejo e do que se costuma chamar de amor. Se quisermos determiná-los corretamente, pois o que causa máxima confusão e obscuridade é o fato dessa única palavra abranger essas duas coisas e também uma terceira espécie composta dessas duas primeiras.,
Platão, As Leis, Livro VIII.

fonte: http://www.sentinelacatolico.com.br/index.php/2013/01/o-mito-da-grcia-gay/

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A Imbecilização Desde a Infância



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Tirinhas do cético, tirando uma casquinha deles



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Sun Tzu


Sun Tzu

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Sun Tzu
Nascimento544 a.C.
Morte456 a.C. (88 anos)
NacionalidadeRepública Popular da China Chinês
Sun Tzu (chinês simplificado: 孙武; chinês tradicional: 孫武; pinyin: Sūn Wǔ) (544 a.C. - 456 a.C.) foi um general, estrategista e filósofo chinês. Sun Tzu é mais conhecido por sua obra A Arte da Guerra, composta por 13 capítulos de estratégias militares.
Sun Tzu, também grafado como Sun Tze ou Sun Wu em outras traduções, foi uma figura histórica cuja existência é questionada por vários historiadores. Tradicionalmente, Sun Tzu terá vivido no Período das Primaveras e Outonos da China (722 a.C. – 481 a.C.) como general do Rei Hu Lu. Historiadores mais recentes, que admitem a sua existência, datam o seu trabalho, A Arte da Guerra, do Período dos Reinos Combatentes (476 a.C. – 221 a.C.), baseado nas descrições da guerra desse livro, e pela semelhança da forma de redacção do texto com outros trabalhos feitos no início do período dos Reinos Combatentes.[1]
Os historiadores mais tradicionais acreditam que o seu descendente, Sun Pin, também escreveu um tratado sobre tácticas militares, intitulado A Arte da Guerra de Sun Pin. Ambos são mencionados como Sun Tzu nos textos tradicionas chineses, e alguns historiadores acreditavam que Sun Wu era de facto Sun Pin até à descoberta dos seus trabalhos, em 1972. Durante os séculos XIX e XX, A Arte da Guerra de Sun Tzu, ganhou grande popularidade sendo adoptado na prática pelo mundo Ocidental, continuando os seus trabalhos a influenciar as culturas e políticas tanto dos mundos Asiático como do Ocidental.

Índice

Biografia

Estátua de Sun Tzu em Yurihama, Tottori, Japão
As referências mais antigas sobre o local de nascimento de Sun Tzu não são concordantes. Os Anais de Primavera e Outono referem que Sun Tzu nasceu em Qi,[2] enquanto que os Registros do Historiador (Shiji) descrevem que Sun Tzu teria nascido em Wu.[3]
Ambas as fontes estão de acordo em que Sun Tzu nasceu no Período das Primaveras e Outonos da China (722 a.C.–481 a.C.), e que exerceu as suas funções como general e estratega, ao serviço do rei Hu Lu, do estado de Wu, no final do século VI a.C. início de 512 a.C.. As vitórias de Sun Tzu inspiraram-no a escrever a Arte da Guerra. A Arte da Guerra foi um dos tratados militares mais lidos na sequência do Período dos Reinos Combatentes (475 a.C.–221 a.C.), um período de guerras contínuas entre sete nações (Zhao, Qi, Qin, Chu, Han, Wei e Yan) que lutaram para controlarem os vastos férteis territórios da zona Este da China.[4]
Uma das histórias mais conhecidas sobre Sun Tzu, do Shiji, descreve o seu temperamento da seguinte forma: ante de contratar Sun Tzu, o rei de Wu testou as suas capacidades ordenando que treinasse um harém de 180 concubinas para que elas se tornassem em soldados. Sun Tzu dividiu-as em duas companhias, escolhendo para as comandar as duas concubinas preferidas do rei. Quando Sun Tzu lhes ordenou que se colocassem de face no chão, elas riram-se. Como reacção, Sun Tzu disse que o general, ele próprio, era responsável por assegurar que os soldados entendiam as suas ordens. De novo, Sun Tzu dá-lhes a mesma ordem e, de novo, elas riram-se. Então, Sun Tzu ordenou que executassem as duas concubinas preferidas do rei, contra os protestos deste. Sun Tzu explicou ao rei que se os soldados compreendiam as ordens mas não as cumpriam, então a culpa era dos oficiais. Sun Tzu acrescentou que, quando um general é nomeado, é seu dever cumprir a sua missão, mesmo que o rei protestasse. Após a execução das duas concubinas, foram escolhidos novos oficiais para as substituir. Após este episódio, ambas as companhias passaram a executar as suas ordens sem qualquer falha.[5]
Os Shiji referem que mais tarde Sun Tzu provou em batalha que as suas teorias eram eficazes (por exemplo, na Batalha de Boju), que ele tinha uma carreira militar de sucesso e que ele escreveu A Arte da Guerra baseada na sua experiência prática.[5] No entanto, Zuo Zhuan, um texto antigo que descreve pormenorizadamente a Batalha de Boju, não faz qualquer referência a Sun Tzu.[6]
Sun Pin, descendente de Sun Tzu, também se tornou um famoso estudioso das artes militares.[5]

A Arte da Guerra

A bamboo book
Um aversão em bambu de A Arte da Guerra
A Arte da Guerra (chinês tradicional: 孫子兵法; chinês simplificado: 孙子兵法; pinyin: Sūn​zǐ​ Bīng​ Fǎ) é atribuída a Sun Tzu. Representa uma filosofia de guerra para gerir conflitos e vencer batalhas. É aceite como obra-prima em estratégia e frequentemente citada e referida por teóricos e generais, desde que foi publicada, traduzida e distribuída por todo o mundo..[7]
Existem muitas teorias sobre quando terá sido escrita e qual a identidade do autor ou autores, mas, descobertas arqueológicas provaram que esta obra terá o actual conteúdo apenas desde o início da Dinastia Han (206 a.C. – 220).[8] Por ser impossível provar de forma incontestável a data de finalização destes textos, antes daquelas datas, as diferentes teorias à cerca do seu autor e da data da obra, talvez nunca venham a ser resolvidas.[9] Alguns estudioso acreditam que, contrariamente à crença popular, esta obra contém não só os textos do autor original, mas também comentários e explicações de filósofos militares como Li Quan e Du Mu.
Dos textos militares escritos antes unificação China no século II a.C., sobreviveram seis, onde se inclui A Arte da Guerra. Em meados da Dinastia Song, estes seis trabalhos foram compilados com um texto da Dinastia Tang numa obra designada por Sete Clássicos Militares. Como peça central deste trabalho, A Arte da Guerra criou as fundações da da teoria militar ortodoxa na China. Para ilustrar esta perspectiva, a leitura deste livro era obrigatória para passar nos exames necessários para nomeação imperial a posições militares.[10]
De acordo com Simpkins & Simpkins, a obra de Sun Tzu utiliza linguagem que pode não ser muito usual num texto militar ocidental sobre guerra e estratégia. Por exemplo, o capítulo 11º afirma que um líder deve ser «sereno e inquestionável» e capaz de compreender «planos de difícil compreensão». Eles afirmam que o texto contém anotações que há muito confundem leitores ocidentais que não possuem conhecimentos sobre o pensamento religioso do leste asiático. O significado daquelas anotações torna-se claro quando interpretado no contexto da prática e pensamento taoísta. Sun Tzu via o general perfeito um mestre taoísta iluminado, o que levou a que A Arte da Guerra fosse considerada como um exemplo cimeiro de estratégia taoísta.[11]
Esta obra não só é popular entre teóricos militares, mas também tem vindo a crescer de interesse, e a ser utilizado, no campo político, em particular os seus líderes, e no mundo empresarial. Embora o seu título remeta para a guerra, este livro descreve o conceito de estratégia de um modo amplo, abrangendo o planeamento e a administração pública. O texto estabelece teorias de batalha, mas também defende a diplomacia e o relacionamento com outros povos como factores essenciais ao bem-estar do Estado.[7]
Em 1972, estudiosos descobriram uma colecção de textos antigos escritos em tiras de bambú. Entre eles estavam A Arte da Guerra e os Métodos Militares, de Sun Pin. A descoberta dos trabalhos de Sun Pin é considerada extremamente importante em parte pela sua relação com Sun Tzu e, por outro lado, pelo contributo adicional que dá à doutrina militar da China antiga. A descoberta como um todo vem aumentar, significativamente, o conjunto de teorias militares sobreviventes do Período dos Reinos Combatentes. O tratado de Sun Pin é o único texto militar conhecido deste período descoberto no século XX, e é semelhante ao A Arte da Guerra.[12]

Autenticidade histórica

Alguns historiadores duvidam da existência de Sun Tzu e da data habitual atribuída à sua obra, A Arte da Guerra. O seu cepticismo é alimentado por diversos factores que incluem possíveis incorrecções históricas e anacronismos no texto, tal como a possibilidade da execução das concubinas favoritas do rei. Este cepticismo, que por vezes leva a uma negação total da existência de uma figura histórica de nome Sun Wu (Sun Tzu), tem originado acesos debates entre cépticos e tradicionalistas, em especial na China. A atribuição da autoria desta obra varia entre os historiadores: desde Sun; a um estudioso Chu Wu Zixu; um autor desconhecido; uma escola de pensamento em Qi ou Wu; Sun Pin; e outros.[13]
Os mais tradicionalistas atribuiem a autoria da presente obra a Sun Wu, que é referenciado nos Registros do Historiador e em Os Anais de Primavera e Outono. Sun Wu tem vasta actividade entre o século VI a.C. e o início de 512 a.C.. A referência de alguns factos em A Arte da Guerra em outros textos históricos, é considerada como a prova da sua autenticidade e existência, assim como autoria do livro. Alguns conceitos estratégicos, tais como a classificação dos terrenos, são atribuídos a Sun Tzu. A sua utilização em outros trabalhos, como Os Métodos de Sima, são considerados como prova da sua autenticidade histórica.[14]
Por seu lado, os mais cépticos apontam alguns problemas nos pontos de vista dos tradicionalistas, nomeadamente anacronismos em termos, tecnologia, ideias filosóficas, acontecimentos e técnicas militares. Colocam em causa algumas disparidades entre guerras de grande dimensão e técnicas sofisticadas descritas nos textos, e aquelas pequenas e mais primitivas batalhas que muitos acreditam que eram predominantes no século VI a.C.. No entanto, de acordo com Ralph D. Sawyer, é muito provável que Sun Tzu tenha existido, não só como general, mas que tenha escrito os princípios do livro a ele atribuído.[15] Sawyer defende que os ensinamentos serviriam para passar de geração para geração dentro da família ou em pequenas escolas de discípulos, onde se inclui Sun Pin, tendo sido revistos e expandidos desde a sua criação.[15]

Legado

A Arte da Guerra de Sun Tzu influenciou muitas figuras históricas. Segundo a tradição, o primeiro imperador da China unififcada, Qin Shi Huang, considerava que o livro tinha um valor incalculável, no final do Período dos Reinos Combatentes. O livro foi introduzido no Japão por volta do ano de 760, e rapidamente se tornou bastante popular entre os seus generais. O livro contribuiu, também, para a unificação do Japão. O domínio do livro era reconhecido e apreciado entre os samurai, e os seus ensinamentos eram transmitidos e exemplificados por daimyo e shogun, como Oda Nobunaga, Toyotomi Hideyoshi, e Tokugawa Ieyasu.[16]
O Almirante de Armada Tōgō Heihachirō, que liderou as forças japonesas na vitória contra a Rússia na Guerra Russo-Japonesa, era um ávido leitor desta obra.[17]
O líder comunista Mao Tsé-Tung afirmou que parte da sua vitória sobre Chiang Kai-shek e o Kuomintang em 1949 se deveu A Arte da Guerra. O livro influenciou bastante os textos de Mao sobre a guerra de guerrilha que, mais tarde, influenciaram as revoltas comunistas por todo o mundo.[16]
O general Vo Nguyen Giap, o militar responsável pela vitória sobre os franceses e norte-americanos na Guerra do Vietnam, era um acérrimo estudioso das ideias de Sun Tzu, colocando-as efectivamente na prática. A derrota dos Estados Unidos, mais do que o seu peso social e militar, chamou a atenção dos militares americanos para a figura de Sun Tzu e dos ensinamentos. Ho Chi Minh traduziu a obra para estudo dos oficiais vietnamitas.[18][19]
O Departamento do Exército dos Estados Unidos, através do seu orgão máximo de decisão, ordenou a todas as unidades que tivessem nas bibliotecas das suas sedes livros sobre a arte da guerra para estudo do seu pessoal. A Arte da Guerra é um exemplo de uma obra para estar presente em todas as unidades, e os oficiais são obrigados a preparar apresentações sobre a análise que fazem ao livro.[20]
A obra de Sun Tzu está incluída nas leituras dos Marines(Marine Corps Professional Reading Program nova designação para Commandant's Reading List).[21] Durante a Guerra do Golfo nadécada de 1990, ambos os generais Norman Schwarzkopf e Colin Powell puseram prática os princípios engano, velocidade e ataque aos pontos fracos do inimigo.[16]
Mark McNeilly escreveu no livro Sun Tzu and the Art of Modern Warfare que uma interpretação mais moderna de Sun Tzu, e a sua importância através da história da China, é essencial para a compreensão da ascenção como potência mundial da China, no século XXI. Os actuais historiadores chineses baseiam-se em ensinamentos de estratégia históricos e n'A Arte da Guerra no desenvolvimento das suas teorias, estabelecendo uma relação directa entre as suas actuais lutas e aquelas da China no tempo de Sun Tzu. Os ensinamentos de Sun Tzu, e de outros escritores tradicionais, têm uma grande influência sobre o desenvolvimento das actuais estratégias da China e dos seu líderes.[22]

Referências

  1. Sawyer 2007, pp. 421–422
  2. Sawyer 2007, p. 151
  3. Sawyer 2007, pp. 153
  4. McNeilly 2001, pp. 3–4
  5. a b c Bradford 2000, pp. 134–135
  6. Zuo Qiuming. BOOK XI. DUKE DING (em chinese e English). Zuo Zhuan. Página visitada em 1 de Abril de 2012.
  7. a b McNeilly 2001, p. 5
  8. Sawyer 2007, p. 423
  9. Sawyer 2007, pp. 150
  10. Sawyer 1994, pp. 13–14
  11. Simpkins & Simpkins 1999, pp. 131–33
  12. Sawyer 1994, p. 14
  13. Sawyer 2005, pp. 34–35
  14. Sawyer 1993, pp. 149–150
  15. a b Sawyer, Ralph D. (2007), The Seven Military Classics of Ancient China, New York: Basic Books, pp. 150–151, ISBN 0-465-00304-4
  16. a b c McNeilly 2001, pp. 6–7
  17. Tung 2001, p. 805
  18. Interview with Dr. William Duiker. Sonshi.com. Página visitada em February 5, 2011.
  19. "Learning from Sun Tzu, Military Review, May–June 2003", Military Review.
  20. Army, U. S. (no date (1985?)), Military History and Professional Development, U. S. Army Command and General Staff College, Fort Leavenworth, Kansas: Combat Studies Institute, 85-CSI-21 85 A Arte da Guerra é mencionada para aquisição por cada unidade na página 18 de Military History Libraries for Duty Personnel
  21. Marine Corps Professional Reading Program. Official U.S. Marine Corps Web Site.
  22. McNeilly 2001, p. 7

Bibliografia

  • Bradford, Alfred S. (2000), With Arrow, Sword, and Spear: A History of Warfare in the Ancient World, Greenwood Publishing Group, ISBN 0-275-95259-2.
  • Hanzhang, Tao; Wilkinson, Robert (1998), The Art of War, Wordsworth Editions, ISBN 978-1-85326-779-6.
  • McNeilly, Mark R. (2001), Sun Tzu and the Art of Modern Warfare, Oxford University Press, ISBN 0-19-513340-4.
  • Sawyer, Ralph D. (1994), The Art of War, Westview Press, ISBN 0-8133-1951-X.
  • Sawyer, Ralph D. (2005), The Essential Art of War, Basic Books, ISBN 0-465-07204-6.
  • Sawyer, Ralph D. (2007), The Seven Military Classics of Ancient Classics, Basic Books, ISBN 0-465-00304-4.
  • Simpkins, Annellen; Simpkins, C. Alexander (1999), Taoism: A Guide to Living in the Balance, Tuttle Publishing, ISBN 978-0-8048-3173-4.
  • Tung, R.L. (2001), "Strategic Management Thought in East Asia", in Warner, Malcolm, Comparative Management:Critical Perspectives on Business and Management, 3, Routledge, ISBN 0-415-13263-0.

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 fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sun_Tzu

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Confúcio


Confúcio

 
Pouco se sabe acerca de Confúcio (Kung-fu-tzu). O sábio terá nascido em 551 a.C., no antigo principado de Lu, na moderna Xantum, descendente do clã dos Kong. Sabe-se que a família era de origem nobre, mas por circunstâncias desconhecidas a sua família era bastante humilde. Nessa época o regime imperial entrava em decadência.

Conhecido como um jovem educado, cortês e justo. Viajou muito e estudou durante vários anos na capital imperial de Zhou, onde teve oportunidade de conhecer Lao Zi, o fundador do Daoismo.

Casou-se aos 19 anos e ainda jovem, entrou para a administração estatal de Lu, alcançando o cargo de ministro da justiça. Deixou o cargo por não concordar com algumas das práticas, pois estava cansado das intrigas da Corte. Confúcio troca a vida política pelo ensino, tornou-se famoso como professor. Com a idade de 35 anos, viu a sua carreira de professor interrompida por uma prolongada e sangrenta guerra, conduzida pelo Duque Chao do estado de Lu. Terá sido durante esse período que Confúcio foi chamado a exercer funções políticas, por um breve período, como conselheiro político do Duque Chao.

Confúcio começou a divulgar seus ensinamentos com a idade de 50 anos. Empreendeu longas viagens. Viajando e conversando, atraiu muitos discípulos, impressionados com sua sabedoria e a elevação de seu caráter. Suas idéias expandiram-se pelo país e logo por toda a China. Durante as suas viagens é preso e vê-se envolvido em lutas de senhores da guerra rivais. Viajou mais de dez anos por vários estados da China Imperial, servindo como conselheiro político. Após longa peregrinação, aos 69 anos, Confúcio retornou a sua terra natal, Lu, passando o resto dos seus dias a ensinar e a escrever.

A partir da dinastia Han (206 a.C. - 220 d.C.), diversos governantes passaram a se inspirar nas idéias de Confúcio, para a organização da sociedade. O filósofo, porém, não deixou uma obra escrita sua: através de seus discípulos suas meditações foram recolhidas.

Durante a dinastia Han foram compilados os chamados clássicos de Confúcio. Entre eles estão vários livros importantes da tradição cultural da China, como o "I-King" ou "I-Ching", "O Livro das Mutações", o "Chu-King", "O Cânone da História", o "Chi-King", "O Livro das Canções" e o "Li-King", "O Livro dos Rituais".

O Templo de Confúcio, na cidade de Qufu, atual província de Xantung, tornou-se, através dos séculos, local de veneração. Sua filosofia ainda exerce imensa influência sobre o pensamento e a mentalidade chinesa nos dias de hoje. Confúcio é, ainda hoje, o mais influente filósofo chinês. Os adeptos de Confúcio estão espalhados por Taiwan, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Malásia e República Popular da China. Estima-se em mais de 400 milhões o número dos seus seguidores.

Nasceu em 551 a.C. e terá morrido em 479 a.C. Viveu, portanto, 72 anos.

 


Confúcio Fundador do confucionismo, viveu entre cerca de 551 a.C. e 479 a.C.
Embora tenha nascido em família nobre, viveu na pobreza. Seus ensinamentos retratavam uma moral de conduta que exortava o esforço constante para cultivar a própria pessoa e estabelecer assim a harmonia no corpo social.

Foi um dos mais notáveis mestres da arte de viver, e exerceu o seu magistério com singeleza insuperável. Não foi santo nem profeta. Não possuía a chave dos segredos do Universo. Embora se diga com freqüência que as suas teorias influíram na religião da China, a verdade é que se preocupou pouco com a religião. O seu empenho mais ardente era conseguir que o homem agisse moralmente bem. Confúcio resumiu a sua doutrina num preceito, uma norma fundamental de conduta que tem o seu equivalente no Evangelho: "Não façais aos outros o que não queres que te façam a ti".

Por vezes, os ensinamentos de Confúcio revelam-se singularmente análogos aos contidos nas Escrituras. Esta similaridade deu, aliás, material para que se estabelecessem as analogias e as diferenças entre uns e outros. Por exemplo, o mandamento cristão: Não julgues, se não quiseres ser julgado" equivale à sentença de Confúcio segundo a qual, para julgarmos os outros, devemos servir-nos do nosso foro íntimo como termo de comparação. Não poderíamos ter nós cometido o mesmo pecado? Por outro lado, a contrastar com o preceito cristão de retribuir com o bem a quem nos faz mal, Confúcio sustentava que se devia responder "ao mal com a justiça e ao bem com a bondade".

Confúcio ganhava a vida como mestre. Não cobrava dos seus alunos uma importância fixa e ensinava gratuitamente os jovens pobres, mas dotados. O que chegou até nós da sua doutrina devemo-lo às extensas compilações feitas pelos seus discípulos, sob a forma de máximas soltas e trechos de conversas. Infelizmente não formam um conjunto relacionado com a história da sua vida, como é o caso de Jesus. "Em matéria de linguagem", dizia Confúcio, "o que importa é exprimir a idéia". A sua prosa é, de fato, sempre tão linear e límpida como a destes ditames:

Confúcio jamais permitiu a frouxidão moral ou a auto-indugência. Era um mestre tão rigoroso como exigente. Os seus discípulos deviam adquirir "dignidade, seriedade, firmeza de propósito, lealdade, é bondade e atenção reverente aquilo a que se dedicarem".

Tal como faria Platão duzentos anos mais tarde, Confúcio traçou as linhas-mestras de uma república ideal. A república por ele imaginada nasce de um mundo em que os homens viveriam como membros de única família. Tal conceito era utópico, pois pedir aos chineses que tratassem todos os homens como seus irmãos era exigir demais. Muito embora o soubesse, Confúcio quis fazer com que o Mundo se encaminhasse para esse ideal.

Embora Confúcio tenha viajado vários anos pela China acompanhado de um reduzido grupo de discípulos, na esperança de encontrar um monarca que lhe oferecesse a oportunidade de realizar as reformas com que sonhava, alguns traços do seu caráter contrariaram a sua própria ambição. Em primeiro lugar, falava com mais franqueza do que convém a um político. A um príncipe violento que pediu conselhos sobre a arte de governar os homens, limitou-se a responder: "Começa por aprender a governar-te a ti mesmo".

Velho e cansado, pensando que a sua pregação fora inútil, Confúcio retirou-se para a sua terra natal. Aí viveu ainda alguns anos, dedicando-se ao ensino, e morreu convencido de que a sua vida fora um fracasso.

Os discípulos choraram-no como a um pai. E, como derradeira homenagem, e porque na China era costume os filhos guardarem três anos de luto pelo progenitor, os discípulos empregaram todo este tempo inventariando e anotando as instruções do mestre. Estas compilações converteram-se na Bíblia do povo chinês.
 

Confúcio foi o mais famoso filósofo e pensador político da China e viveu entre 552 e 479 a.C.. Seu nome verdadeiro era Ch’iu K’ung, mas ele se tornou conhecido como Mestre Kung. Dependendo dos ideogramas utilizados, essa expressão podia ser grafada em chinês de diversas formas: K’ung-fu-tzu, K’ung-tzu, Kongfuzi ou Kongzi, o que explica por que os jesuítas europeus latinizaram o nome do sábio para Confucius, por volta dos séculos 16 e 17.

Nascido no norte da China, na adolescência já chamava a atenção como estudante exemplar. Depois seguiu uma brilhante carreira de professor, demonstrando grande conhecimento nas mais variadas áreas, de história e aritmética a poesia, música e caligrafia. Infelizmente, Confúcio não deixou nenhuma obra escrita, mas seus discípulos coletaram pequenos provérbios do mestre, além de diálogos com ele, e os reuniram em um texto intitulado Lun Yu (Os Analectos). De qualquer forma, a herança deixada pelo filósofo para o mundo oriental, vai muito além disso.
           
“O confucionismo é a base da ética empresarial japonesa. Também em alguns dos chamados Tigres Asiáticos, como Coréia do Sul e Cingapura, ele é promovido como sistema filosófico a encorajar o desenvolvimento econômico”, afirma o historiador Ricardo Gonçalves, da USP. Isso porque os pensamentos de Confúcio pregavam, por exemplo, a importância da educação para melhorar a sociedade, com destaque à construção do caráter e não apenas ao acúmulo de conhecimentos. Ele também criou programas de treinamento para líderes em potencial.  “Seu objetivo era formar homens perfeitos, que, tornando-se membros da burocracia estatal, ajudassem a construiu o estado ideal”, diz Ricardo.
           
Confúcio viajou por diversos destes reinos, esteve em íntimo contato com o povo e pregou a necessidade de uma mudança total do sistema de governo por outro que se destinasse a assegurar o bem-estar dos súditos, pondo em prática alguns processos tão simples como a diminuição de contribuições e o abrandamento das penalidades. Embora tentasse ocupar um alto cargo administrativo que lhe permitisse desenvolver suas idéias na prática, nunca o conseguiu, pois tais idéias eram consideradas muito perigosas pelos que mandavam. Aquilo que ele não pôde fazer pessoalmente acabaram por fazer alguns dos seus discípulos, que, graças à boa preparação por ele ministrada, se guindaram, dia após dia, aos cargos mais elevados. Já idoso, retirou-se para a sua terra natal, onde morreu com 72 anos.

Algumas pessoas consideram o confucionismo uma religião. O mestre chinês realmente pregava certos rituais em homenagem a ancestrais, mas os seus ensinamentos representam muito mais um sistema de ética e política que uma religião, como deixam claro algumas de suas máximas:

 - Se nem consegues te relacionares corretamente com os vivos, por que te preocupas com o culto aos espíritos?
- A maior glória não é ficar de pé, mas levantar-se cada vez que se cai.
   
 - A natureza dos homens é a mesma, são os seus hábitos que os mantém separados.

 - Aquele que cometeu um erro e não o corrigiu, está cometendo outro erro.

- Aquele que mais estima o ouro do que a virtude há de perder a ambos.

 - A virtude da humanidade consiste em amar os homens; a prudência, em conhecê-los.

 - Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.

- Há homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido..
   
 - É melhor acender uma vela que amaldiçoar a escuridão.

- O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros.
   
 - O homem superior age antes de falar e depois fala de acordo com suas ações.
   
 - O que eu ouço, esqueço. O que eu vejo, lembro. O que eu faço, aprendo.

 - Saber o que é certo e não fazê-lo é a pior covardia.

 - Transportai um punhado de terra todos os dias, e fareis uma montanha.

Apesar desses pensamentos permitirem a idéia de conformismo, de aceitação passiva, Confúcio pregava o cumprimento do dever por parte de cada elemento da sociedade, como forma de lhes fortalecer e moderar o espírito para evitar os excessos. Sua doutrina pregava a criação de uma sociedade capaz, culturalmente instruída e disposta ao bem estar comum, fundamentada  nos seguintes princípios:humanidade (altruísmo), cortesia, conhecimento ou sabedoria moral, integridade, fidelidade e honradez.

Pouco antes de morrer, o sábio chinês dizia que “Quando tinha 15 anos, pus meu coração a aprender; aos 30, estava firmemente estabelecido; aos 40 não tinha mais dúvidas; aos 50 conhecia os desígnios do Céu; aos 60 estava disposto a escutá-lo; aos 70 podia seguir o que meu coração me indicava sem transgredir o que é correto”.
 
 

 
FRASES DE CONFÚCIO
Livro de provérbios Chineses
 
"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade".

"Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos".

"Não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros".

"O silêncio é um amigo que nunca trai".

"Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo".

"Não fales bem de ti aos outros, pois não os convencerás. Não fales mal, pois te julgarão muito pior do que és".

"Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha".

"Aja antes de falar e, portanto, fale de acordo com os seus atos".

"Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas".

"O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante do idiota que quer bancar o inteligente".

"Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão".

fonte: https://sites.google.com/site/filosofiapopular/filosofos/confucio

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Qual é a lógica do ateísmo?

fonte desta tirinha http://profhendrickson.blogspot.com.br/2012/12/evolucao-propaganda-enganosa-do-ateismo.html


Achei no  Orkut e resolvi compartilhar. http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=61767&tid=5346869924762742938




Qual é a lógica do ateísmo?

Os cientistas céticos querem monopolizar a ciência em favor da afirmação de que Deus não existe, a verdade é essa, mas ciência que é ciência de verdade, não descarta hipótese alguma, e olha que a ídéia de um Ser Inteligente é uma senhora hipótese, pois trabalhar com outras que não oferecem a inteligência como foco na busca pela verdade, é de uma estupidez sem precedentes, pois quais seriam as chances da vida passar a existir sem a intervenção de um Ser superior e o que a ciência pensa disso? O que intriga os cientístas é o seguinte: Leslie Orgel, maior autoridade em origem da vida do mundo, admite que ainda falta uma peça do quebra-cabeças. Para tudo fazer sentido, diz ele, é preciso que moléculas primitivas tenham adquirido – em algum momento – a capacidade de se reproduzir. Ou seja, é preciso que exista vida. E como surgiu essa primeira fagulha de vida é o grande mistério.
Fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1320881-7092,00.html
Esta matéria deixa claro que “ainda falta uma peça no quebra-cabeça” da origem da vida, mas é bom que se esclareça que a “peça” que os cientistas céticos ainda não encontraram, está na vida do mais humilde cristão, Seu nome é Jesus, Deus!
"O Deus que foi expulso do céu por Karl Marx, banido do inconsciente por Freud, retirado do mundo empírico por Darwin, e assassinado por Friedrich Nietzsche está voltando à terra gloriosamente para espanto dos incrédulos".
Engraçado, os ateus dizem que não acreditam em Deus porque a fé não significa nada, o que eles querem é prova!
No entanto todo ateu tem fé que é filho do seu pai e de sua mãe sem um exame de DNA em mãos para comprovar o que dizem ser fato. Se isso não for fé, me explique o que é então.
Deus existe ou não? ambas as possibilidades são assustadoras, não sei por que brincar com algo tão sério.
Conclusão: O ateísmo não se baseia em lógica nenhuma, o ateísmo é o fruto do delírio da alma submersa na mais profunda manifestação da arrogância do coração humano. Porissocri



Porissocri Fórum Gospel - 14/06/2009
Hey Victor, Deus não veio de lugar nenhum, pois Ele é auto-existente, isso é uma prerrogativa de quem é Eterno, ou seja, sem princípio+sem fim = Eterno presente.
Porissocri Fórum Gospel - 14/06/2009
Hey Ricardo e Lucas, quando vocês estão com o pensamento em xeque, costumam dormir para ver se esquecem o vexame da derrota? :)
Porissocri Fórum Gospel - 14/06/2009
Felipe, a definição que você tem de Deus é diferente da minha, por que então não posso ter uma definição do ateísmo diferente da tua. Você comprou a verdade?
Porissocri Fórum Gospel - 14/06/2009
Carlos, partindo desta tua premissa,

Assim como farinha, fermento, ovos , leite, cholocate e chantilly não se tornam em bolo sem a ação de um confeiteiro, átomos, fótons e neutrinos jamais se tornariam em cérebro sem a ação de um Deus Vivo e Inteligente.

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Método e Metodologia quais às diferenças. Metodologia da pesquisa científica.

MATERIAL E MÉTODOS OU METODOLOGIA ? • Metodologia é o estudo dos métodos e especialmente dos métodos da ciência, enquanto método é o modo...