segunda-feira, 5 de maio de 2008

Filosofia no Ensino Médio.


REVISTA EDUCAÇÃO - EDIÇÃO 116
Chegou a hora da Filosofia
Obrigatoriedade da disciplina é oportunidade para que seu currículo adote conteúdos enciclopédicos de forma interdisciplinar e com abordagem histórica
Sílvio Gallo


"A filosofia é a arte de formar, de inventar, de fabricar conceitos /.../
O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência.
Quer dizer que a filosofia não é uma simples arte de formar,
de inventar ou de fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente formas, achados ou produtos. A filosofia,
mais rigorosamente, é a disciplina que consiste em criar conceitos."

(G. Deleuze e F. Guattari, O Que é a Filosofia?
RJ: Ed. 34, 1992, p. 10-13)
Desde os anos de 1980 que se debate a inclusão da Filosofia como disciplina do currículo do ensino médio. Naqueles anos, debates acalorados entre os defensores de sua inclusão e aqueles que se colocavam contrários, afirmando que não teríamos professores bem formados em número suficiente para dar conta da tarefa, misturavam-se com a discussão mais ampla em torno do retorno do país à democracia. Naquele contexto, dois argumentos dos defensores da volta da Filosofia aos currículos chamavam a atenção: o primeiro afirmava que essa disciplina seria importante na formação da consciência crítica dos estudantes; o segundo, que a Filosofia possui um caráter interdisciplinar e poderia contribuir para o diálogo entre as várias disciplinas do currículo.

Em dezembro de 1996, foi aprovada a Lei nº 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que determinava que os estudantes do ensino médio deveriam ter acesso aos "conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania". Mas a lei não afirmava que esses conhecimentos devessem estar disciplinarmente inseridos no currículo. De algum modo, o dispositivo legal responde aos debates da década de 1980: afirmar a importância da Filosofia na formação cidadã é responder à demanda por uma formação crítica; e não afirmá-la como disciplina significa ressaltar seu caráter interdisciplinar.

Porém, o Conselho Nacional de Educação aprovou neste ano uma Resolução que determina que no prazo de um ano as escolas que operam com currículos disciplinares deverão introduzir disciplinas de Filosofia e Sociologia. No caso da Filosofia, isso já é realidade nas redes públicas da maioria dos estados do país, e a decisão do CNE vem referendar o fato.

Alguns desafios e algumas armadilhas

Ficamos então desafiados: como ensinar Filosofia no ensino médio? Mais do que isso: como ensinar de maneira significativa Filosofia para os jovens brasileiros de nosso dia?

Encontramos num texto do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, escrito em 1874, um alerta importante. Em Schopenhauer como Educador, ele denunciou o ensino de Filosofia na escola média alemã de sua época, e também o ensino dessa disciplina nos primeiros anos dos cursos universitários, como o exercício de um desprezo pela Filosofia. Segundo Nietzsche, o Estado alemão havia investido na Filosofia décadas atrás, por exemplo, na época de Hegel, quando precisava de suporte para sua consolidação. Mas, no final do século XIX, já consolidado, ensinava-se uma Filosofia completamente afastada da vida dos jovens estudantes. O ensino criticado por Nietzsche era um ensino "enciclopédico": os jovens aprendiam uma série de sistemas filosóficos, seus princípios doutrinários e as críticas a esses sistemas. E depois tinham que fazer uma prova em que demonstrassem o aprendizado. Segundo o filósofo, o resultado era que os estudantes decoravam os sistemas e suas refutações às vésperas do exame, faziam a prova e esqueciam tudo em seguida. Esse era o desprezo pela Filosofia: algo que se decora para passar num exame e esquecer em seguida.

No Brasil de nossos dias, este é o desafio: como não temos um currículo definido para a Filosofia, a abertura é muito grande, e os desafios são enormes. Um dos riscos é justamente o de cairmos num ensino enciclopédico, como aquele criticado por Nietzsche mais de cem anos atrás... E não é um risco assim tão pequeno: algumas universidades têm introduzido provas de Filosofia em seus exames vestibulares, com um programa que abarca praticamente toda a história da filosofia. Daí para as escolas de ensino médio definirem um currículo para a disciplina de Filosofia, que seja um panorama histórico a ser descortinado em um ou dois anos, é apenas um passo. E penso que um ensino enciclopédico como esse teria muito pouco a dizer ao jovem brasileiro, levando a um desprezo pela Filosofia.

Três possíveis eixos curriculares

Temos ao menos três eixos em torno dos quais podemos construir um currículo de Filosofia: um eixo histórico, um eixo temático e um eixo problemático.

No primeiro, organizamos os conteúdos a serem ensinados seguindo uma cronologia histórica. O problema, nesse modelo, é que a chance de cair num ensino enciclopédico, apresentando um desfile de nomes de filósofos, pensamentos e datas, é muito grande.

E, no contexto de um currículo já muito conteudista, a Filosofia é vista como apenas um conteúdo a mais.

No segundo, elegemos temas de natureza filosófica, como a liberdade, a morte ou outro qualquer, sendo que podemos ou não tratar os temas numa abordagem histórica. De qualquer forma, os conteúdos são apresentados de forma temática, numa tentativa de torná-los mais próximos da realidade vivida pelos jovens. Em termos de organização didática dos conteúdos a serem trabalhados no nível médio, essa abordagem parece-me mais apropriada que a anterior.

Por fim, na terceira alternativa, os conteúdos são organizados em torno dos problemas tratados pela filosofia, que por sua vez se recortam em temas e podem ser abordados historicamente. Em minha visão, essa abordagem abarca as duas anteriores, na medida em que permite tanto o acesso aos temas filosóficos mais relevantes quanto à história da filosofia. Mas também avança para além delas, pois toma a filosofia como uma ação, uma atividade, posto que se organiza em torno daquilo que motiva e impulsiona o filosofar, isso é, o problema.

Mas, o que é mesmo filosofia?

Para ensinar, é preciso que o professor, em primeiro lugar, tenha claro para si mesmo o que ele entende por Filosofia. Sabemos que, ao longo da história, são várias as concepções de Filosofia, e o mínimo que se pode esperar é que o professor apresente coerência entre aquilo que ele entende por Filosofia e aquilo que ele ensina em sua prática escolar. Resolver essa questão é o primeiro passo para fazer a escolha por um dos três eixos apresentados.

Particularmente, gosto muito de uma definição apresentada pelos filósofos franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari, apresentada na obra O Que é a Filosofia?, publicada na França em 1991 e já traduzida no Brasil desde 1992. Nesse livro Deleuze e Guattari apresentam a Filosofia como uma atividade do pensamento que consiste em criar conceitos. Mobiliza-me essa definição em dois aspectos: primeiro, por tomar a filosofia como uma ação, uma atividade. A Filosofia é apresentada como um ato, ato de pensamento. Para o ensino e o aprendizado da Filosofia, isso é determinante, pois para sermos fiéis a esse tipo de experiência de pensamento, não basta que ensinemos seu produto, mas é essencial que façamos a própria experiência. O segundo aspecto é que eles atribuem à Filosofia uma especificidade que só ela tem: a de produzir conceitos.

O leitor possivelmente pensará: mas o conceito não é exclusivo da filosofia; e os conceitos produzidos pelas diversas ciências? E aí está o ponto. O que Deleuze e Guattari denominam por conceito não é aquilo que comumente chamamos de conceito, na ciência, por exemplo. Em geral, tomamos conceito por noção, definição, representação mental. A definição é algo que resolve uma pergunta e, com isso, paralisa o pensamento. Explico: penso, a partir de um problema que tento resolver, de uma pergunta para a qual busco resposta. Se encontro a resposta, cessa o movimento. A definição responde à pergunta. Para Deleuze e Guattari, a Filosofia é um exercício de pensamento que não cessa, que não paralisa. É um tipo de pensamento que se articula em torno do problemático, em torno de problemas que não se resolvem de forma direta, imediata e definitiva. O conceito, para eles, não é uma definição.

Em obras como Diferença e Repetição e Lógica do Sentido, publicadas em 1969, antes de sua produção em parceria com Guattari, Deleuze já estava preocupado em produzir uma Filosofia fora do eixo da representação, que domina o pensamento ocidental desde que Platão inventou uma maneira de pensar e produzir Filosofia. Assim, a noção de conceito que ele forja com Guattari anos depois nada tem a ver com representação mental e definição. Para eles o conceito é, ao mesmo tempo, um ato de pensamento e um produto do pensamento. O conceito é uma forma de equacionar o problema, que motiva a experiência filosófica, sem, no entanto, resolvê-lo ou eliminá-lo. A um só tempo, o conceito é resultado de uma experiência de pensamento e um motivador, um impulsionador de novas experiências de pensamento.

Para Deleuze e Guattari, o pensamento é essencialmente criativo; e há três potências de criação no pensamento: a Arte; a Ciência; a Filosofia. Cada uma delas é uma forma distinta de experimentar o pensamento e cada uma delas produz um resultado diferente para suas experiências. Aquilo que o cientista produz eles chamam de funções. O que é produzido pelo artista eles denominam perceptos e afectos. E chamam de conceitos aquilo que produz o filósofo. Assim, o que a Filosofia faz só ela faz. A Filosofia não pode ser substituída pela Arte ou pela Ciência, assim como não pode substituir nenhuma delas. Ao contrário, essas três potências de complementam e se alimentam entre si, umas fazendo com que as outras possam ser mais criativas.

Os quatro passos para a aula de Filosofia

Pois bem. Se tomarmos a Filosofia como sendo a arte de criar conceitos, como fica o seu ensino no nível da educação média?

Como já afirmei, assumir essa idéia de Filosofia implica conceber um ensino ativo, em que o estudante não fique condenado a simplesmente assimilar conteúdos, a decorar idéias e sistemas. Se a Filosofia consiste na experiência com o conceito, é importante que o jovem estudante tenha a oportunidade de fazer ele mesmo a experiência do pensamento e não apenas reproduzir, assim como seria importante que, numa aula de química, por exemplo, o estudante fizesse, ele próprio, a experiência no laboratório, não apenas tomando ciência do resultado no livro didático.

Mas, para que o estudante possa fazer ele mesmo a experiência, o professor de filosofia precisa dotá-lo das ferramentas para isso e mediar o processo. Penso que isso é possível quando organizamos o ensino de Filosofia em torno de quatro passos didáticos.

A primeira etapa é a sensibilização. Como já afirmei antes, só pensamos quando somos instigados a isso por problemas. Pensar é uma necessidade vital motivada pelos problemas; portanto, não basta que o professor apresente aos estudantes falsos problemas, problemas artificiais, inventados apenas para motivar o trabalho de sala de aula. Os problemas propostos devem ser vividos pelo aluno como problemas seus, que o mobilizem para fazer o movimento de pensamento. Para isso os estudantes precisam ser sensibilizados para os problemas, de modo a vivê-los como seus. Assim, a aula de Filosofia começa com o recurso ao não-filosófico, a instrumentos que possam despertar nos jovens o interesse por aquele assunto, por um determinado tema.

Nessa etapa de sensibilização, penso ser muito produtivo o recurso a filmes, a músicas, a contos, a poemas, a programas de televisão. O professor pode passar um filme ou um trecho de um filme que coloque em questão a temática a ser abordada, discutindo em seguida de modo a mostrar a relação daquele tema com a vida dos estudantes. Ou pode fazer o mesmo usando um poema, uma música, algo que diga respeito ao universo cultural próprio dos estudantes.

Após a sensibilização, temos a etapa da problematização. Aqui, trata-se de transformar o tema em problema. O professor coloca em prática o sentido crítico e investigador da Filosofia, instigando os alunos a produzirem questões a partir do tema abordado. Quanto mais intensa e múltipla for essa problematização, mais elementos a classe e cada estudante terão para produzir sua própria experiência de pensamento.

A terceira etapa é a da investigação. Aqui o professor faz uso da história da Filosofia, recorrendo a filósofos que, em sua época e em seu contexto, pensaram sobre o tema que está sendo abordado. A história da Filosofia e os filósofos, tomados como ferramentas para compreender melhor aquele tema e o problema que está sendo investigado, ganham um sentido e um significado especial, não sendo apenas mais um conteúdo a ser decorado pelos estudantes.

A quarta etapa é a conceituação. Este último passo é o exercício da experiência filosófica propriamente dita. O estudante recria os conceitos estudados, refazendo ele mesmo o movimento de pensamento que levou à sua criação, desde o problema inicial. Ou, ainda, ele pode ser estimulado a criar um novo conceito, que ofereça uma outra forma de equacionar o problema enfrentado.

Talvez o leitor pense ser muita pretensão afirmar que estudantes do ensino médio tenham condições de criar seus próprios conceitos. A isso eu reagiria dizendo que muita pretensão é pensar que só os "grandes filósofos" puderam ser criadores. Criar um conceito não significa, apenas e necessariamente, criar uma obra-prima, que atravessará os séculos. O jovem estudante pode criar um conceito que diga respeito apenas à sua experiência pessoal, que não adquira maior sentido fora e para além de sua própria experiência. Mas isso não obscurece o fato de ele ter sido capaz, de haver ele mesmo feito a experiência de pensamento.

Saber compor música ou tocar um instrumento não fazem de mim, necessariamente, um músico de sucesso. Mas, mesmo que eu toque apenas na solidão de minha casa, isso não me tira o prazer e o aprendizado de fazer a experiência musical. O mesmo se passa, penso, com a experiência do pensamento filosófico, que pode ser disponibilizada para nossos jovens estudantes.

É esse tipo de autonomia e liberdade de pensamento que penso que as aulas de Filosofia no ensino médio podem oportunizar aos jovens brasileiros, e que nenhuma outra disciplina o fará.


O que você precisa saber para ensinar filosofia

Para posicionar-se no contexto de um conhecimento que possui mais de dois milênios e meio de história, não ignorando essa história, mas também não se mantendo submisso a ela, há de se fazer com que o pensamento filosófico siga vivo e ativo. De acordo com o filósofo espanhol Fernando Savater, no epílogo de seu livro As Perguntas da Vida (Martins Fontes, 222 págs., R$ 36,30), o professor de filosofia deve ter em mente as quatro seguintes premissas.

1ª - "Não existe 'a' filosofia, mas 'as' filosofias e, sobretudo, o filosofar (...)Há uma perspectiva filosófica em face da perspectiva científica ou artística, mas felizmente ela é multifacetada (...)"

2ª - "O estudo da filosofia não é interessante porque a ela se dedicaram talentos extraordinários como Aristóteles ou Kant , mas esses talentos nos interessam porque se ocuparam dessas questões de amplo alcance que são tão importantes para nossa própria vida humana, racional e civilizada (...)"

3ª - "Até os melhores filósofos disseram absurdos notórios e cometeram erros graves. Quem mais se arrisca a pensar fora dos caminhos intelectualmente trilhados corre mais riscos de se equivocar, e digo isso como elogio e não como censura (...)"

4ª - "Determinadas questões extremamente gerais aprender a perguntar bem também é aprender a desconfiar das respostas demasiado taxativas (...)"


Gilles Deleuze e Félix Guattari: um feliz encontro

O filósofo Gilles Deleuze (1925-1995) e o psicólogo e ativista social Félix Guattari (1930-1993) conheceram-se no final dos anos de 1960, no calor das agitações revolucionárias de 1968. Franceses, eles estabeleceram uma colaboração intelectual que resultou em uma produção marcada pela experiência de pensamento como uma libertação dos colonialismos intelectuais. Tomaram de maneira crítica as principais influências intelectuais na França dos anos de 1960: o marxismo, a psicanálise, o estruturalismo, para produzir uma obra nova e criativa, algumas vezes pensando com eles e, muitas vezes, contra eles. Juntos, Deleuze e Guattari escreveram: O Anti-Édipo - Capitalismo e Esquizofrenia (1972), Kafka - Por uma Literatura Menor (1975), Mil Platôs - Capitalismo e Esquizofrenia (1980), O Que é a Filosofia? (1991).

Deleuze foi professor de liceu e de várias universidades francesas, em especial da Universidade de Paris VIII - Vincennes. Estudou diversos filósofos, como Hume, Bergson, Espinosa e Nietzsche, sobre os quais escreveu obras importantes. Guattari foi diretor da Clínica de La Borde, onde exerceu práticas de análise institucional. Foi muito próximo de vários movimentos sociais e políticos de resistência e de transformação, em especial nos anos de 1960, 1970 e 1980, até sua morte.


O mestre Friedrich Nietzsche

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) foi um dos mais emblemáticos filósofos do século XIX. Estudou filologia e muito jovem tornou-se professor da Universidade de Basiléia, na Suíça. Pela filologia aproximou-se da filosofia grega antiga, sendo uma de suas primeiras obras uma análise da importância da tragédia na cultura grega (O Nascimento da Tragédia, de 1872). Crítico da filosofia sistemática produzida na universidade e muito doente, afastou-se cedo do meio acadêmico. Sua produção intelectual é intensa até 1888, quando um colapso nervoso o deixou completamente incapaz de produzir até sua morte, mais de uma década depois. A obra de Nietzsche é marcada por uma crítica da exacerbação do racionalismo na modernidade, por uma afirmação da vida e da criação. Nietzsche foi importante influência para uma geração de filósofos franceses contemporâneos, como Deleuze, Foucault e Derrida, por exemplo. Desde meados dos anos de 1980, principalmente, sua obra tem sido intensa e extensamente estudada no Brasil e em vários outros países.


Leitura obrigatória

Quatro obras para enriquecer o seu repertório filosófico:

Uma Introdução ao Ensino da Filosofia,
de Guillermo Obiols
 
Obiols foi professor de prática de ensino em Filosofia durante muitos anos na Universidade de Buenos Aires, formando várias gerações de professores para a educação básica da Argentina. Nesse livro, apresenta uma sólida reflexão, resultante desses vários anos de experiência, teorizando o ensino de Filosofia e buscando elaborar um modelo conceitual que possa ser utilizado pelos professores. Para isso, articula seus conhecimentos de Filosofia com a bibliografia contemporânea especializada nas áreas de Pedagogia e Didática.

Filosofia no Ensino Médio,
de Sílvio Gallo e Walter Kohan
 
Esta obra reúne uma série de textos de pesquisadores contemporâneos, brasileiros e estrangeiros, que investigam a temática do ensino da Filosofia na educação média. Oferece um amplo panorama, com abordagens sobre a história do ensino da Filosofia na educação média brasileira; sobre experiências estrangeiras com o ensino de Filosofia, na França e no Uruguai; e uma série de textos que, de diferentes perspectivas teóricas, interrogam os sentidos e as práticas de ensino de Filosofia no ensino médio brasileiro em nossos dias.

Explicando a Filosofia com Arte,
de Charles Feitosa
 
Charles Feitosa produziu um livro didático a partir da afirmação de Deleuze de que a Filosofia pode ser "pop", como a música. Um belo livro em vários sentidos, tanto no cuidado da produção estética, repleto de imagens coloridas, plenamente articuladas com os assuntos, quanto em relação ao texto, a um só tempo simples e correto, sem maneirismos. Obra vencedora do Prêmio Jabuti 2005, na categoria livros didáticos.

Ética e Cidadania - Caminhos da Filosofia,
de Sílvio Gallo
(
Produção coletiva do Grupo de Estudos sobre Ensino de Filosofia sediado na Universidade Metodista de Piracicaba, vencedora do Prêmio Jabuti 1998, na categoria livros didáticos. Apresenta uma abordagem temática da Filosofia, com base em uma pesquisa feita com professores de Filosofia do interior do Estado de São Paulo, articulados em torno da ética e da cidadania como referenciais básicos. A obra oferece farto material de apoio aos textos, na forma de poemas, músicas e filmes que podem ser trabalhados como sensibilização para o tema ou como reforço ao trabalho conceitual. A partir da 11ª edição (2004) esse material de apoio foi revisado e atualizado.


Sílvio Gallo é professor da Faculdade de Educação da Unicamp. Autor, dentre outros, de Deleuze & a Educação (Autêntica) e do livro didático Ética e Cidadania: Caminhos da Filosofia (Papirus). Pesquisador do tema do ensino de Filosofia, co-organizou as seguintes coletâneas: Filosofia no Ensino Médio (Vozes); Filosofia do Ensino de Filosofia (Vozes) e Ensino de Filosofia: Teoria e Prática (Unijuí).
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12008

A seguir várias tele-aulas, sobre filosofia no ensino médio.  Do novo tele-curso ensino médio, com 3 aulas que você  poderá acessar pelo menu desta tela virtual.
gilesons


Obrigado pela visita.




Educação à Distância.(sua tragetória).


Educação a distância
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Educação a distância (EaD, também chamada de teleducação) é a modalidade de ensino que permite que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem. Diz respeito também à separação temporal entre o professor e o aprendiz.

A interligação (conexão) entre as duas partes do ensino se dá por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet, mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax, o celular, o iPod, o notebook, entre outras tecnologias semelhantes.

Na expressão ensino a distância a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). O termo educação é preferido por ser mais abrangente, embora nenhuma das expressões, segundo o professor, seja plenamente completa.



 História
A educação a distância, em sua forma embrionária e empírica, é conhecida desde o século XIX. Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam freqüentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente educativo e a sociedade.


 Grécia e Roma
Inicialmente na Grécia antiga, e depois em Roma, existia uma rede de comunicação que permitia o desenvolvimento significativo da correspondência.


 Os séculos XVII e XVIII
Com a Revolução Científica iniciada no século XVII, as cartas comunicando informações científicas inauguraram uma nova era na arte de ensinar. Segundo Lobo Neto (1995), um primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston".[1]


 O século XIX
Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por correspondência, e na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetizou os princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos. No entanto, o desenvolvimento de uma ação institucionalizada de educação a distância teve início a partir da metade do século XIX.

Em 1856, em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt fundaram a primeira escola por correspondência destinada ao ensino de línguas. Posteriormente, em 1873, em Boston, Anna Eliot Ticknor criou a Society to Encourage Study at Home. Em 1891, Thomas J. Foster iniciou em Scarnton (Pensilvânia) o International Correspondence Institute, com um curso sobre medidas de segurança no trabalho de mineração.

Em 1891, a administração da Universidade de Wisconsin aceitou a proposta de seus professores para organizar cursos por correspondência nos serviços de extensão universitária. Um ano depois, o reitor da Universidade de Chicago, William R. Harper, que já havia experimentado a utilização da correspondência na formação de docentes para as escolas dominicais, criou uma Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão daquela Universidade.

Por volta de 1895, em Oxford, Joseph W. Knipe, após experiência bem-sucedida preparando por correspondência duas turmas de estudantes, a primeira com seis e a segunda com trinta alunos, para o Certificated Teacher’s Examination, iniciou os cursos de Wolsey Hall utilizando o mesmo método de ensino. Já em 1898, em Malmö, na Suécia, Hans Hermod, diretor de uma escola que ministrava cursos de línguas e cursos comerciais, ofereceu o primeiro curso por correspondência, dando início ao famoso Instituto Hermod.


 Da Primeira Guerra Mundial aos nossos dias
No final da Primeira Guerra Mundial, surgiram novas iniciativas de ensino a distância em virtude de um considerável aumento da demanda social por educação, confirmando, de certo modo, as palavras de William Harper, escritas em 1886:

"Chegará o dia em que o volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas aulas de nossas academias e escolas; em que o número dos estudantes por correspondência ultrapassará o dos presenciais."
O aperfeiçoamento dos serviços de correio, a agilização dos meios de transporte e, sobretudo, o desenvolvimento tecnológico aplicado ao campo da comunicação e da informação influíram decisivamente nos destinos da educação a distância. Em 1922, a antiga União Soviética organizou um sistema de ensino por correspondência que em dois anos passou a atender 350 mil usuários. A França criou em 1939 um serviço de ensino por via postal para a clientela de estudantes deslocados pelo êxodo.

A partir daí, começou a utilização de um novo meio de comunicação, o rádio, que penetrou também no ensino formal. O rádio alcançou muito sucesso em experiências nacionais e internacionais, tendo sido bastante explorado na América Latina nos programas de educação a distância do Brasil, Colômbia, México, Venezuela, entre outros.

Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância, embora mantendo os materiais escritos como base, passou a incorporar articulada e integradamente o áudio e o videocassete, as transmissões de rádio e televisão, o videotexto, o computador e, mais recentemente, a tecnologia de multimeios, que combina textos, sons, imagens, assim como mecanismos de geração de caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos, diferentes linguagens) e instrumentos para fixação de aprendizagem com feedback imediato (programas tutoriais informatizados) etc..

Atualmente, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de quase todo o mundo, tanto em nações industrializadas quanto em países em desenvolvimento. Novos e mais complexos cursos são desenvolvidos, tanto no âmbito dos sistemas de ensino formal quanto nas áreas de treinamento profissional.

A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para superação de deficiências educacionais, para a qualificação profissional e aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos. Hoje, cada vez mais foi também usada em programas que complementam outras formas tradicionais, face a face, de interação, e é vista por muitos como uma modalidade de ensino alternativo que pode complementar parte do sistema regular de ensino presencial. Por exemplo, a Universidade Aberta oferece comercialmente somente cursos a distância, sejam cursos regulares ou profissionalizantes. A Virtual University oferece cursos gratuitos.


 Gerações
O desenvolvimento da EaD pode ser descrito basicamente em três gerações, conforme os avanços e recursos tecnológicos e de comunicação de cada época.

Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo material impresso iniciado no século XIX. Nesta modalidade, por exemplo, destaca-se no Brasil o Instituto Universal Brasileiro atuando há mais de dezenas de anos nesta modalidade educativa, no país;
Segunda geração: Teleducação/Telecursos, com o recurso aos programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A comunicação síncrona predominou neste período. Nesta fase, por exemplo, destacaram-se a Telescola, em Portugal, e o Projeto Minerva, no Brasil;
Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as informações são armazernadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a interatividade. As inovações da World Wide Web possibilitaram avanços na educação a distância nesta geração do século XXI. Hoje os meios disponíveis são: teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, weblogs, espaços wiki, plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação multidirecional entre alunos e tutores.

 Aspecto ideológico
A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço. Seus referenciais são fundamentados nos quatro pilares da Educação do Século XXI publicados pela UNESCO, que são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser[2].

Assim, a Educação deixa de ser concebida como mera transferência de informações e passa a ser norteada pela contextualização de conhecimentos úteis ao aluno. Na educação a distância, o aluno é desafiado a pesquisar e entender o conteúdo, de forma a participar da disciplina.


 Sistemática
Nesta modalidade de ensino estudantes e professores não necessitam estar presentes num local específico durante o período de formação. Desde os primórdios do ensino a distância, utiliza-se a correspondência postal para enviar material ao estudante, seja na forma escrita, em vídeos, cassetes áudio ou CD-ROMs, bem como a correcção e comentários aos exercícios enviados, depois de feitos pelo estudante. Depois do advento da Internet, o e-mail e todos os recursos disponíveis na World Wide Web tornaram-se largamente utilizados, ampliando o campo de abrangência da EaD. Em alguns casos, é pedido ao estudante que esteja presente em determinados locais para realizar a sua avaliação. A presencialidade é muitas vezes necessária no processo de educação.

Modalidade e não um método
A Educação a distância é uma modalidade e não um método pois método significa processo de técnica, e também não enquadra na categoria de metodologia. Ela pode ser aplicada em diversas concepções e metodologias de educação; dizer que ela é um método é limitá-la.

A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço.


 O professor como mediador
Nesse processo de aprendizagem, assim como no ensino regular, o orientador ou o tutor de aprendizagem atua como mediador, isto é, aquele que estabelece uma rede de comunicação e aprendizagem multidirecional, através de diferentes meios e recursos da tecnologia da comunicação. Em termos de EaD, esta mediação tem a tarefa adicional de vencer a distância física entre educador e aprendiz, entre diferentes participantes, entre participantes e seus sistemas, entre o participante e seu contexto, etc.. É importante que o aluno de EAD seja autodisciplinado e automotivado, para que ele possa superar os desafios que surgem durante o processo de ensino-aprendizagem.

Sendo a EaD uma modalidade educativa não pode desvincular-se do sistema educacional e deixar de cumprir funções pedagógicas no que se refere à construção da ambiência de aprendizagem e à utilização das tecnologias da informação.

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 Perspectivas atuais
Atualmente, a educação a distância possibilita a inserção do aluno como sujeito de seu processo de aprendizagem, com a vantagem de que ele também descobre formas de tornar-se sujeito ativo da pesquisa e do compartilhar de conteúdos. Cabe às instituições que promovem o ensino a distância buscar desenvolver seus programas de acordo com os quatro pilares da educação, definidos pela Unesco.

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Aprender a conviver diz respeito ao desenvolvimento da capacidade de aceitar a diversidade, conviver com as diferenças, estabelecer relações cordiais com a diversidade cultural respeitando-a e contribuindo para a harmonia mundial.


 E-learning
Ver artigo principal: E-learning
O termo e-Learning é fruto de uma combinação ocorrida entre o ensino com auxílio da tecnologia e a educação a distância. Ambas modalidades convergiram para a educação online e para o treinamento baseado em Web, que ao final resultou no e-Learning.


 EaD no mundo
A Suécia registrou sua primeira experiência em 1833, com um curso de Contabilidade. Na mesma época, fundou-se na Alemanha em 1856 o primeiro instituto de ensino de línguas por correspondência. O modelo de ensino foi iniciado na Inglaterra em 1840, e, em 1843 foi criada a Phonografic Corresponding Society. Fundada em 1962, a Universidade Aberta mantém um sistema de consultoria, auxiliando outras nações a implementar uma educação a distância de qualidade. Também no século XIX, a EaD foi iniciada nos Estados Unidos da América na Illinois Weeleyan University.

Já no século XX, em 1974, a Universidade Aberta Allma Iqbal no Paquistão iniciou a formação de docentes via EaD. A partir de 1980, a Universidade Aberta de Sri Lanka passou a atender setores importantes para o desenvolvimento do país: profissões tecnológicas e formação docente. Na Tailândia, a Universidade Aberta Sukhothiai Thommathirat tem cerca de 400 mil estudantes em diferentes setores e modalidades.

Criada em 1984, a Universidade de Terbuka na Indonésia surgiu para atender forte demanda de estudos superiores, e prevê chegar a cinco milhões de estudantes. Já na Índia, criada em 1985, a Universidade Nacional Aberta Indira Gandhi tem objetivo de atender a demanda de ensino superior.

A Austrália é um dos países que mais investe em EaD, mas não tem nenhuma universidade especializada nesta modalidade. Nas universidades de Queensland, New England, Macquary, Murdoch e Deakin, a proporção de estudantes a distância é maior ou igual à de estudantes presenciais.

Na América Latina programas existentes incluem o Programa Universidade Aberta, inserido na Universidade Autônoma do México (criada em 1972), a Universidade Estatal a Distância da Costa Rica (de 1977), a Universidade Nacional Aberta da Venezuela (também de 1977) e a Universidade Estatal Aberta e a Distância da Colômbia (criada em 1983).


 Brasil
No Brasil, desde a fundação do Instituto Rádio­ Técnico Monitor, em 1939, o hoje Instituto Monitor, depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941, e o Instituto Padre Reus em 1974, várias experiências de educação a distância foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso. As experiências brasileiras, governamentais e privadas, foram muitas e representaram, nas últimas décadas, a mobilização de grandes contingentes de recursos. Os resultados do passado não foram suficientes para gerar um processo de aceitação governamental e social da modalidade de educação a distância no país. Porém, a realidade brasileira já mudou e nosso governo criou leis e estabeleceu normas para a modalidade de educação a distância em nosso país.

Em 1904, escolas internacionais, que eram instituições privadas, ofereciam cursos pagos, por correspondência. Em 1934, Edgard Roquete-Pinto instalou a Rádio-Escola Municipal no Rio de Janeiro. Estudantes tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas. Utilizava também correspondência para contato com estudantes. Já em 1939 surgiu em São Paulo (cidade) o Instituto Monitor, na época ainda com o nome Instituto Rádio­ Técnico Monitor. Dois anos mais tarde surge a primeira Universidade do Ar, que durou até 1944. Entretanto, em 1947 surge a Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo SENAC, SESC e emissoras associadas.

Durante a década de 1960, com o Movimento de Educação de Base (MEB), Igreja Católica e Governo Federal utilizavam um sistema radio-educativo: educação, conscientização, politização, educação sindicalista etc.. Em 1970 surge o Projeto Minerva, um convênio entre Fundação Padre Landell de Moura e Fundação Padre Anchieta para produção de textos e programas. Dois anos mais tarde, o Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores, tendo à frente o conselheiro Newton Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária às mudanças no sistema educacional brasileiro, colocando um grande obstáculo à implantação da Universidade Aberta e a Distância no Brasil.

Na década de 1970, a Fundação Roberto Marinho era um programa de educação supletiva a distância, para ensino fundamental e ensino médio. Entre as décadas de 1970 e 1980, fundações privadas e organizações não-governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distância, no modelo de teleducação, com aulas via satélite complementadas por kits de materiais impressos, demarcando a chegada da segunda geração de EaD no país. A maior parte das Instituições de Ensino Superior brasileiras mobilizou-se para a EaD com o uso de novas tecnologias da comunicação e da informação somente na década de 1990. Em 1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília (Lei 403/92), podendo atingir três campos distintos: a ampliação do conhecimento cultural com a organização de cursos específicos de acesso a todos, a educação continuada, reciclagem profissional às diversas categorias de trabalhadores e àqueles que já passaram pela universidade; e o ensino superior, englobando tanto a graduação como a pós-graduação. Em 1994, teve início a expansão da Internet no ambiente universitário. Dois anos depois, surgiu a primeira legislação específica para educação a distância no ensino superior.


 Aplicações
Existem diversas aplicações da educação a distância. O ensino de ciências jurídicas e língua portuguesa já possuem aplicações bastante fundamentadas. Em 2006 foi lançado o projeto wikiversidade, ainda em fase experimental. Trata-se de um grande projeto de ensino colaborativo mediado pela World Wide Web com várias aplicações inclusive o nível superior.
castrovillela

 Ensino jurídico a distância
O ensino jurídico a distância é o ensino da ciência do Direito a Distância, ou a aplicação da educação a distância à esta ciência.

O ensino jurídico por transmissão de imagens via satélite é largamente utilizado no Brasil por empresas de ensino jurídico, que erigem canais de TV digital via satélite para transmitir aulas para todo o território. Estas aulas tem o objetivo principal de preparação para concursos públicos, sendo uma seara comercialmente lucrativa, visto que o ensino jurídico nas universidades geralmente é de baixo nível[carece de fontes?].

O ensino jurídico a distância é pouco utilizado pelas universidades brasileiras como alternativa e auxílio na formação dos estudantes para a vida prática profissional. É inegável a vantagem que existiria na associação de universidades públicas e particulares para a produção e distribuição de conteúdo jurídico.


 Língua portuguesa
O professor Sérgio Guidi foi um dos pioneiros no ensino à distância público no Brasil[3]. De 1988 a 1993 o professor de Língua Portuguesa da Universidade Católica de Santos, em São Paulo, manteve cursos de atualização em Português Instrumental a Distância. Destinava-se a profissionais que tinham na língua portuguesa ferramenta de trabalho mas, em razão da ocupação laboriosa não podiam freqüentar uma escola regular.

Através do sistema MINITEL, que no Brasil era chamado videotexto, deze capítulos de atualização na língua portuguesa foram criados como: grafia correta de palavras, acentuação gráfica, uso correto de expressões. Certificados eram emitidos para todo o país. Na Universidade Católica a elaboração dos conteúdos ficava a cargo do Laboratório de Telemática, fechado em 1995 pelo então diretor da Faculdade de Comunicação, professor Marco Antonio Batan.


 Administração de empresas
O ensino a distância em Administração de empresas é uma área que vem se desenvolvendo. Experiências em países de língua portuguesa, notadamente no Brasil, e em em outros países tem demonstrado uma atividade já consolidada.

No Brasil, o MEC intensifica o seu apoio governamental a cursos a distância para nível superior (stricto sensu e latu sensu), entre outras áreas para cursos de administração.


Referências
↑ http://www.ead.ufms.br/ambiente/historico/
↑ Pronunciamento: "Os Quatro Pilares da Educação: O seu Papel no Desenvolvimento Humano". Unesco (13 de junho de 2003). Página visitada em 23 de dezembro de 2007.
↑ Sérgio Guidi (26 de julho de 2000). Movimento Nacional em Defesa da Língua Portuguesa. Página visitada em 23 de dezembro de 2007.


 Leituras Adicionais
Marco Silva (org.). Educação Online: Teorias, Práticas, Legislação, Formação Corporativa. 1.ed. São Paulo: Loyola, 2003. 514 p. ISBN 85-15-02822-0

 Ver também
AdaptWeb
Cederj
e-learning
Educartis
Universidade Aberta
M-Learning
Wikiversidade
Moodle
TelEduc
Intercâmbio
Moodle
Amadeus lms
Ambiente virtual de aprendizagem
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia"
Categorias: Ensino a distância | Pedagogia | Tecnologia educacional
Categoria oculta: !Artigos que carecem de fontes

jcm357

Ciência da Educação. Reflexões. (meus artigos).



Olá, muito bom dia.
Vamos falar um pouquinho sobre a ciência da educação, como orientação para uma prática pedagógica contextualizada.
Vamos por partes.
Ciência [F.: Do lat. scientia.] : Atividade humana baseada na utilização de um método definido, por meio do qual se produzem, se testam e se comprovam conhecimentos: as novas descobertas da ciência. O conjunto desses conhecimentos voltado para determinado ramo de atividade: a ciência médica. Informação, conhecimento: tomamos ciência do fato.
Educação [F.: Do lat. educatio, onis.]: Ação ou resultado de educar(-se). Processo formal de transmissão de conhecimentos em escolas, cursos, universidades etc.: A educação é a alavanca do progresso da nação.
Formação e desenvolvimento da capacidade física, moral e intelectual do ser humano. Conjunto de teorias e métodos relativos ao ensino e à aprendizagem; DIDÁTICA; PEDAGOGIA. Cultivo e desenvolvimento de alguma capacidade perceptiva, sensorial ou fisiológica (educação do paladar). Comportamento em consonância com as regras sociais de etiqueta e de boa convivência; CIVILIDADE; POLIDEZ: Meu vizinho não tem nenhuma educação. Arte de adestrar animais. Aclimatação de plantas.
Agora na soma destas duas palavras temos ciência da educação que tem estes instrumentos para dar-nos um rumo um norte ou melhor uma orientação.
E está pratica pedagógica que você se refere nada mais é do que práxis pedagógica, ação reflexão ação. Este termo vem de Paulo freire.
E contextualizar é através de todos estes procedimentos supra citados façam com que coloquemos todos estes argumentos a prova. E tem dois termos que estão sendo usados na educação e pedagogia a meta-cognição pedagógica e a reseliência pedagógica. Tudo o que foi citado acima estão co-relacionados. Resumindo tudo isto deve melhorar, nossa prática educativa senão algo deu errado.
Espero que tenha te ajudado.

Referência.
Wikipédia.
João C. Maria. (meus artigos)

O que é um discurso pedagógico?(meus artigos).



Olá, Bom Dia! A você que visita meu blog.
Gostaria de falar sobre um tema interessante, discurso pedagógico.
Muito obrigado por me visitar.

O discurso é uma exposição metódica sobre certo assunto. Um arrazoado que visa a influir no raciocínio, ou quando menos, nos sentimentos do ouvinte ou leitor.
Aristóteles, ao longo do Organon, acaba tipificando quatro espécies de discurso, segundo sua finalidade, ordenando-os segundo o grau de rigor que o método produz:
O discurso lógico, que é o método pelo qual se atinge a uma certeza absoluta no qual o axioma resultante é tido como verdadeiro e indubitável, pode ser produzido mecânica ou eletronicamente por engenhos e tem indispensável aplicação, principalmente, na matemática.
O discurso dialético, que embora não objetive alcançar a certeza absoluta, tenta obter a máxima probabilidade de certeza e veracidade que se verifica da síntese entre duas afirmações antagônicas, a saber, a tese e sua antítese.
Já no discurso retórico não há o menor comprometimento na busca da verdade, nem da sua demonstrável probabilidade. Aqui o orador ou escritor objetiva apenas convencer o ouvinte ou leitor de que sua tese é certa ou verdadeira, utilizando-se do modo de falar, dos gestos e até da maneira de se vestir como fatores para influenciá-lo ou persuadi-lo.
No discurso poético o grau de certeza ou veracidade nada importa, ou melhor, até pode laborar contra o discurso posto que aí a razão é abandonada em favor da ficção ou da fantasia. Neste método o que se busca é influir na emoção e não no raciocínio do ouvinte ou leitor, como modo de impressioná-lo.
Pedagógico: referente à pedagogia (orientação pedagógica). De acordo com os princípios da pedagogia: Marília foi pouco pedagógica com os rapazes.
Agora estas duas palavras que citamos dão, discurso pedagógico.
Ou seja, os tipos de discursos que usaremos para, para provocar o processo de ensino-aprendizagem.
Resumidamente, poderiamos dizer que basicamente são três.
Discurso do verbalismo; discurso polêmico e discurso lúdico.
Verbalismo, discurso autoritário: O discurso autoritário, em que o falante impõe sua vontade sobre o ouvinte, geralmente sem lhe dar oportunidade de responder ou questionar. Representa a vontade de poder, de influenciar comportamentos, de obter vantagens. É importante notar que o discurso autoritário não tem nada a ver com o discurso dominante, já que mesmo pessoas sem poder nenhum podem ser extremamente autoritárias, como é o caso de um mendigo que subjugue sua companheira, de um porteiro que humilhe outro porteiro, etc.
Discurso lúdico: O discurso lúdico é aquele feito por puro prazer, normalmente sem visar à persuasão, objetivando somente a comunicação interpessoal, o diálogo (em alguns casos, nem isso, apenas a comunicação consigo mesmo, o monólogo). É importantíssimo para nossa saúde mental e nosso bem estar, visto sermos seres gregários, que se ressentem da ausência de contato e comunicação. Como exemplo de discurso lúdico, podemos citar a fala de uma criança (inicialmente, mais uma brincadeira do que uma tentativa real de se comunicar), muitos poemas e canções (principalmente aquelas da “Bossa Nova”), a conversa entre amigos de longa data e grande intimidade, o ato de contar piadas.
Discurso polêmico: O discurso polêmico é aquele em que duas ou mais pessoas ou facções emitem opiniões contrárias, podendo ir desde uma discussão banal, como “qual o melhor time de futebol?”, até discussões de grande alcance filosófico-existencial, como “qual o melhor sistema político: presidencialismo ou parlamentarismo?”. É um tipo de discurso com duas facetas: por um lado, ele estimula o intelecto, na medida em que nos põe em contato com os vários ângulos de uma questão; por outro lado, o engajamento em discussões estéreis implica uma demanda de tempo precioso, que poderia ser melhor aproveitado em atividades mais construtivas.
Resumidamente discurso pedagógico significa que tipos de discursos os professores e educadores se utilizam para a transmissão do saber. É uma matéria de didática, teoria do conhecimento, história da educação e filosofia da educação em combinação com a psicologia da educação.
Existem outros tipos de discursos, e para um melhor entendimento entre nos links citados na fonte.
Espero que tenha te ajudado.



Fonte(s):
http://www.filologia.org.br/soletras/5e6...
http://www.filologia.org.br/vicnlf/anais...


 João C. Maria o autor aluno Unopar Virtual Campinas.

domingo, 4 de maio de 2008

Violência Na Escola: Um Guia Para Pais E Professores


Violência Na Escola: Um Guia Para Pais E Professores

Autor : Renato Alves; Viviane de Oliveira Cubas; Caren Ruotti

Resumo de : Maravilhinda

Publicado em: fevereiro 04, 2008

ALVES, Renato, CUBAS, Viviane de Oliveira, RUOTTI, Caren. Violência na escola: uma guia para pais e professores. São Paulo: Andhep: Imprensa Oficial do Estado de são Paulo, 2006.


O livro em questão reúne resultados de pesquisas e levantamentos realizados pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV) de São Paulo, dentro do programa Cepid, da Fundação de amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp, que abordam escolas em áreas com altos índices de violência criminal.

No primeiro capítulo, Viviane Cubas aborda alguns questionamentos de pesquisas realizadas nos Estado Unidos, na França e no Brasil, baseando-se em autores como Debarbieux, Charlot, Flannery, Sposito, Cardia, Camacho, Aquino e Santos. A definição de violência na escola por ser um termo amplo que abrange desde agressões graves até as pequenas incivilidades é aceito por poucos pesquisadores. O surgimento de formas de violências mais graves, a idade cada vez menor dos alunos envolvidos nos casos de violência, a ação de agentes externos que ocupam o espaço escolar e a repetição e o acúmulo de pequenos casos que não são necessariamente violentos, mas que criam a sensação de ameaça permanente, são as novas formas como a violência está se manifestando nos dias atuais nas nossas escolas.

O segundo capítulo, conflito e insegurança escolar nas zonas leste e sul do município de São Paulo, escrito por Caren Ruotti tem como base estudos realizados pelo NEV/USP em escolas públicas localizadas em áreas periféricas deste município, nos anos de 2002 e 2003. Os escritos versam a cerca da exposição do tema dado pela mídia e suas implicações, dos métodos de segurança adotados nas escolas, da participação na escola da família dos jovens e da comunidade, dos riscos do entrono escolar e também da freqüência dos professores e dos alunos.

Renato Alves no capítulo “As escolas em bairros com altas taxas de violência: a visão dos professores, traz alguns aspectos relacionados a violência na escola levantados pelos professores, como também temas sobre problemas existentes na região, condições de trabalho, políticas públicas, desemprego e formação de professores. Os professores e professoras pesquisados levantaram, também, a questão da violência no entorno escolar destacando a ação do tráfico de drogas como um dos principais problemas que levam à violência na escola.
Caren Ruotti volta a escrever sobre violência na escola no 4° capítulo, “Exposição à violência escolar e percepção sobre suas causas”. A análise dela tem base nas pesquisas de opinião popular, realizadas pelo NEV/USP desde 1999, sobre a violência nas escolas, mas especificamente os dados correspondentes aos anos de 2001 e 2003, em três municípios de são Paulo, Jd. Ângela, Capão Redondo e Jd. São Luiz. A autora faz uma análise dos dados em relação às causas da violência em geral, os quais são demonstrados através de tabelas que expõem claramente tais opiniões dos entrevistados.

Bullying: Assédio moral na escola é o outro capítulo abordado por Viviane Cubas que tomou como base levantamento bibliográfico sobre bullying, entendido aqui como casos de comportamentos agressivos e repetitivos.

No último capítulo Caren Ruotti finaliza a discussão do tema fazendo uma reflexão com os outros capítulos, os quais apresentaram as diferentes formas como a violência se manifesta na escola identificando que a mesma refere-se a delitos graves e principalmente a agressões leves (físicas ou verbais) e ameaças.

Os anexos vêm como um exemplo de se trabalhar as questões do tema na escola. O anexo um discute a mediação e apresenta um plano para começar um programa de mediação na escola. Já o anexo dois traz uma experiência de intervenção que tinha como proposta a implantação de um projeto experimental de mediação de conflitos em meio escolar, no qual os próprios alunos eram treinados para se tornarem mediadores.

http://pt.shvoong.com/

SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: VIVENCIANDO A MATEMÁTICA ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: VIVENCIANDO A
MATEMÁTICA ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Rosibel Kunz1
Resumo: O presente trabalho investiga como alunos das Séries Iniciais do Ensino
Fundamental resolvem problemas matemáticos, que estratégias, raciocínio e lógica utilizam
durante as atividades de resolução. A investigação, de cunho qualitativo, utilizou
procedimentos e técnicas tais como observação direta e participante, diário de campo,
entrevistas e coletas de resolução e elaboração de situações-problema realizadas pelos alunos.
A parte empírica da pesquisa concentrou-se na observação e análise das estratégias utilizadas
pelos alunos na resolução de situações-problema, desenvolvidas no decorrer dos anos de 2004
e 2005. O material coletado foi posto em discussão com as teorizações da Resolução de
Problemas, para que, nesse contexto, procure auxiliar e minimizar preocupações que, até
então, somente permaneciam nos focos das discussões e não em ações concretas

PALAVRAS-CHAVE: Séries iniciais. Resolução de problemas. Estratégias.

Introdução: Professores e pesquisadores na área da Educação Matemática muito discutem e
destacam a importância de promover no aluno a capacidade de aprender a aprender. Para
tanto, a Resolução de Problemas como metodologia começou a permear as discussões como
sendo uma possibilidade para a abordagem de conceitos e idéias tornando possível aos alunos
mobilizar conhecimentos e desenvolver a capacidade de administrar as informações que estão
ao seu alcance, ampliando-os de forma que a assimilação de conceitos e procedimentos
matemáticos sejam mais eficazes. Apoiada na teorização de especialistas nesta área, procurei
melhor conceituar a palavra “problema”, afim de aplicar uma proposta que incentivasse e
desenvolvesse a criatividade do aluno, fazendo-o buscar estratégias próprias para a obtenção
de soluções satisfatórias.
A palavra “problema” ocorre em muitas profissões e tem significados distintos. Para
definir problema, Pozo cita Lester, que identifica a questão como “uma situação que um
indivíduo ou um grupo quer ou precisa resolver e para a qual não dispõe de um caminho
rápido e direto que o leve à solução” (POZO, 1994, p. 15). Visão semelhante foi expressa por
1 Especialista em Ensino de Matemática pelo Centro Universitário UNIVATES – Lajeado – RS (2005). Formada
em Matemática pela UNIVATES/RS (2000). Atualmente (2006) é professora em escolas da rede municipal de Encantado/RS. E-mail: rbelkunz@futurusnet.com.br
2
Dante ao dizer que problema “é qualquer situação que exija o pensar do indivíduo para
solucioná-la” (DANTE, 1997, p. 9). Ele ainda complementou, ao direcionar o conceito para a
área matemática, que problema matemático “é qualquer situação que exija a maneira
matemática de pensar e conhecimentos matemáticos para solucioná-la” (IBIDEM, p.10).Apesar de ser extremamente valorizada, a resolução de problemas é um tópico difícil de ser trabalhado em sala de aula. É comum os alunos saberem efetuar todos os algoritmos (as“continhas” de adição, subtração, multiplicação e divisão) e não conseguirem resolverem um problema que envolve um ou mais desses conceitos. Há fatores que agravam essa dificuldade,
e entre eles a interpretação do enunciado, a falsa proximidade entre o problema escolar e o
cotidiano dos alunos, a falta de compreensão dos diferentes significados de cada uma das
operações, o padrão de problemas propostos, a ênfase que a escola dá ao modo “correto” de
resolver os problemas.



A Prática Desenvolvida: Dada a importância que se atribui à Resolução de Problemas como

estratégia para ensinar Matemática e dada as dificuldades apresentadas pelos alunos em todos

os níveis de ensino no momento da efetiva resolução de problemas, o principal objetivo deste trabalho é destacar a importância da resolução de problemas desde as Séries Iniciais do Ensino Fundamental, ressaltando as estratégias utilizadas e as principais dificuldades encontradas pelos alunos. Este trabalho destaca a possibilidade de vivenciar a Matemática nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, mais especificamente na 3ª e 4ª séries,através da metodologia de Resolução de Problemas, sendo plenamente viável e profundamente gratificante quanto aos resultados alcançados. Utilizando-me de uma proposta de ensino, baseada na resolução de situações-problema e apoiada na teorização de especialistas nesta área, procurei desenvolver uma prática em sala de aula que incentivasse e desenvolvesse a criatividade do aluno, fazendo-o buscar estratégias próprias para a obtenção de soluções satisfatórias.

Ao propor a montagem de uma “problemoteca” 2, a fim de proporcionar aos alunos

contato com diferentes tipos de situações-problema, procurei incentivar a autonomia, pois a

circulação de problemas através de fichas favorece o trabalho independente. Optar por

trabalhar, coletivamente, situações desta coleção de desafios que eram de interesse comum,

2“Problemoteca é uma coleção de problemas, apresentados em fichas individuais e numeradas para facilitar a identificação de cada um e colocados de modo organizado em uma caixa ou fichário.” (SMOLE & DINIZ, apudSTANCANELLI, 2001, p.119) contribuiu para a problematização e discussões que geraram postura crítica, investigativa e exploradora, tanto de minha parte quanto da parte de meus alunos.

Ao examinar e comentar respostas fornecidas pelos alunos às situações-problemas

propostas, no decorrer da prática em sala de aula, pude observar as várias estratégias

utilizadas por eles de forma extremamente criativa. As intervenções realizadas nos momentos

das resoluções e correções procuraram propiciar e incentivar a diversidade, valorizando a

individualidade. Tanto as análises feitas dos erros cometidos durante as resoluções, quanto as

sugestões para as devidas correções trouxeram amadurecimento e crescimento pessoal, pois

conforme Pozo (POZO, 1998, p. 65), “os erros podem informar tanto a respeito das

dificuldades que um aluno apresenta para dominar procedimentos técnicos ou estratégicos,

como o tipo de teorias ou crenças com as quais ele lida em determinado momento”. As

dificuldades dos alunos quanto à linguagem matemática procuraram ser esclarecidas através

de atividades específicas de elaboração de situações-problema, bem como releituras de

desafios previamente trabalhados com a turma.

Para Finalizar: Para finalizar, verifiquei, através dos vários comentários feitos pelos alunos,

que a concepção de problema, por eles (re) elaborada, aborda a idéia da Matemática como

disciplina criativa, mágica e cheia de mistérios, ansiosos por serem desvendados. E

sabiamente Exupéry revela que “Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa

desobedecer.” (SAINT-EXUPÉRY, 1996, p. 10). Como educadora, devo inserir-me neste

mistério que é o trabalho com a Matemática nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, que

exige desprendimento, pesquisa, interação. Precisa de inspiração e paciência, para deixar a

experiência acontecer, uma vez que “ninguém pode aprender da experiência do outro, a

menos que essa experiência seja de algum modo revivida e tornada própria.” (BONDÍA,

2002, p.27).

Referências:

BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista

Brasileira de Educação. Nº 19 (Jan/Fev/Mar/Abr), 2002. p. 20 - 28.

DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo:

Ática, 1997.

POZO, Juan Ignácio (Org.). A Solução de Problemas: Aprender a Resolver, Resolver para

Aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: AGIR, 1996.

SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez (Orgs.). Ler, Escrever e Resolver Problemas:

Habilidades Básicas para Aprender Matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.

http://ccet.ucs.br/eventos/outros/egem/relatos/re33.pdf



O Estado de São paulo. ( jornal). Internet pane será?


Domingo, 04 de Maio de 2008

Internet pode entrar em colapso em dois anos

Ethevaldo Siqueira

O mundo está diante de uma nova previsão catastrófica: a do colapso mundial da internet em 2010, feita pelo vice-presidente de assuntos regulatórios da AT&T, Jim Cicconi, ao falar há duas semanas no Westminster E-forum, em Londres.

"A causa principal desse congestionamento brutal - disse Cicconi - é a massa crescente de downloads de vídeos combinada com a transmissão ou uploads de novos conteúdos de imagem que circulam na internet em todo o mundo. Em 2011, apenas 20 residências norte-americanas poderão gerar mais tráfego do que toda a internet mundial hoje."

Embora essa comparação pareça exagerada, os especialistas dizem que não há como refutar os argumentos de Cicconi e demonstrar que o mundo não corre o risco de um congestionamento gigantesco. Para eles, o ritmo de crescimento do tráfego da internet é cada dia mais preocupante.

A cada minuto são armazenadas oito horas de vídeos no YouTube. Este é, no entanto, apenas um dos aceleradores do crescimento inimaginável do volume de informações que entra na rede. Outro fator de risco é o crescimento mundial das transmissões da TV digital, pois, com ela, milhões de clippings de vídeos de alta definição serão postados na web, exigindo de 7 a 10 vezes mais banda de freqüência do que os vídeos atuais.

No médio prazo, tudo tende a se agravar. Segundo prevê Jim Cicconi, a demanda por banda larga requerida pelos novos serviços em 2015 será 50 vezes maior do que em 2010. Além disso, países como o Brasil, a Rússia, a Índia e a China (os Bric) terão mais de 400 milhões de pessoas conectadas à internet nos próximos 2 anos.

SOLUÇÃO: US$ 130 BI

A única solução para se evitar o congestionamento total da rede mundial, segundo o executivo da AT&T, será investir cerca de US$ 130 bilhões na infra-estrutura, pois a atual arquitetura da rede deverá atingir os limites de sua capacidade em 2010.

Demi Getchko, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, considera alarmistas e exageradas as advertências do vice-presidente da AT&T. "Essas previsões me lembram as do Bug do Milênio, no final da década passada. Mas ninguém pode negá-las de forma categórica."

Assim, por mais dúvidas que tenhamos sobre os riscos anunciados, é bom que o mundo invista adequadamente na infra-estrutura da rede. O mesmo ocorreu com o Bug do Milênio, que nos prometia quase o fim do mundo. A abreviatura Y2K (do inglês Year 2000) virou uma espécie de logotipo do apocalipse, previsto para ocorrer na passagem de 31 de dezembro de 1999 para o dia 1º de janeiro de 2000. Em poucas horas, o mundo viveria o colapso de milhões de sistemas computadorizados e bancos de dados e todas as suas conseqüências.

O milênio chegou e nada aconteceu. É claro que, diante de advertências tão dramáticas, repetidas ao longo de três anos, com insistência e sensacionalismo, o mundo acabou investindo não apenas na conversão de dois para quatro dígitos a representação do ano, mas, principalmente, na revisão dos sistemas de segurança ligados ao registro cronológico dos computadores.

Entre os especialistas, a preocupação varia, mas são raros os que vêem o futuro com otimismo. Depois de um alerta tão dramático, no entanto, o mundo talvez acorde em tempo e evite o pior em 2010, fazendo os investimentos necessários antes que ocorra o colapso.

TI VERDE

O bom senso não tem sido uma virtude coletiva da humanidade. O aquecimento global, a destruição das florestas tropicais, o esgotamento das fontes de água potável e os problemas decorrentes da poluição são exemplos da baixa capacidade de resposta de governos e países aos maiores desafios à sobrevivência do homem. Em sentido mais amplo, o que tem faltado é planejamento, visão de longo prazo e a consciência do uso adequado dos recursos.

Uma reação positiva, no entanto, parece estar chegando ao setor de tecnologia da informação (TI) com a chamada TI Verde ou, na expressão inglesa, Green IT, também chamada Computação Verde. Seus objetivos básicos são: reduzir o consumo de energia dos equipamentos eletrônicos, baixar as emissões de carbono no processo de fabricação, evitar a contaminação do meio ambiente com materiais altamente poluentes e assegurar a sustentabilidade da infra-estrutura de informática e de telecomunicações.

Em eletrônica, um dos aspectos essenciais é o da reutilização de aparelhos por escolas e entidades filantrópicas, com a reciclagem e o recondicionamento de equipamentos de áudio, vídeo, computadores, celulares e toda a parafernália digital de nossos dias. Numa reação recente, esses sistemas de TI verde levam em conta, também, três grandes aspectos: o homem, o planeta e a continuidade das atividades humanas.

Para debater temas como esses, será realizado em São Paulo no dia 29 de maio o seminário Green IT Brasil 2008, cujo foco principal será mostrar "Como as Empresas podem obter ganhos de eficácia com a adoção de políticas de TI" (informações no site www.interchangeRH.com.br).

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080504/not_imp166996,0.php

Português. Estudo de alguns termos


Semântica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Rede semântica em língua castelhana.


Rede semântica em língua castelhana.

A semântica (do grego σημαντικός, derivado de sema, sinal) refere-se ao estudo do significado, em todos os sentidos do termo. A semântica opõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo é expresso (por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção de significado que se tenha, tem-se diferentes semânticas. A semântica formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica cognitiva, por exemplo, estudam o mesmo fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes.

Sintaxe

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa

Nota: Se procura um artigo sobre computação, consulte Análise sintática (computação).

A sintaxe (pronunciado no Brasil e em Portugal como "sintasse") é o ramo da linguísticaeuropéia no estudo da sintaxe foram dados pelos antigos gregos, começando com Aristóteles, que foi o primeiro a dividir a frase em sujeitos e predicados. Um segundo contributo fundamental deve-se a Frege que critica a análise aristotélica, propondo uma divisão da frase em função e argumento. Deste trabalho fundador, deriva toda a lógica formal contemporânea, bem como a sintaxe formal. No século XIX a filologia dedicou-se sobretudo à investigação nas áreas da fonologia e morfologia, não tendo reconhecido o contributo fundamental de Frege, que só em meados do séc. XX foi verdadeiramente apreciado. que estuda os processos generativos ou combinatórios das frases das línguas naturais, tendo em vista especificar a sua estrutura interna e funcionamento. Os primeiros passos da tradição

Funções Sintáticas

Há várias funções sintáticas. Algumas delas podem ser vistas abaixo:

Basicamente, em qualquer linguagem, as funções básicas são o sujeito e o predicado.

Semiótica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

«A semiótica é um saber muito antigo, que estuda os modos como o homem significa o que o rodeia..»


Definição

A Semiótica (do grego semeiotiké ou "a arte dos sinais") é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ocupa-se do estudo do processo de significação ou representação, na natureza e na cultura, do conceitoidéia. Em oposição à linguística, que se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc. ou da

Origens

É importante dizer que o saber é constituído por uma dupla face. A face semiológica ou semiótica (relativa ao significante) e a epistemológica (referente ao significado das palavras).

A semiótica tem, assim, a sua origem na mesma época que a filosofia e disciplinas afectas. Da Grécia até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se continuamente. Porém, posteriormente, há cerca de dois ou três séculos, é que se começaram a manifestar aqueles que seriam apelidados pais da semiótica (ou semiologia).

Os problemas concernentes à semiótica podem retroceder a pensadores como Platão e Santo Agostinho, por exemplo. Entretanto, somente no início do século XX com os trabalhos paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce, a semiótica começa a adquirir autonomia e o status de ciência.

Principais autores de referência

C.S.Peirce, "Estudos Coligidos", A.M.D'Oliveira, ed., Abril Cultural, São Paulo SP, 1983.

Retórica

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A retórica é a técnica (ou a arte, como preferem alguns) de convencer o interlocutor através da oratória, ou outros meios de comunicação. Classicamente, o discurso no qual se aplica a retórica é verbal, mas há também — e com muita relevância — o discurso escrito e o discurso visual.

Em verdade, a oratória é um dos meios pelos quais se manifesta a retórica, mas não o único. Pois, certamente, pode-se afirmar que há retórica na música ("Para não dizer que não falei da Flores", de Geraldo Vandré: retórica musical contra a ditadura), na pintura (O quadro "Guernica", de Picasso: retórica contra o fascismo e a guerra) e, obviamente, na publicidade. Logo, a retórica, enquanto método de persuasão, pode se manifestar por todo e qualquer meio de comunicação.

A retórica aristotélica, de certa forma herdeira daquela de Sócrates, procura fazer o interlocutor convencer-se de que o emissor está correcto, através de seu próprio raciocínio. Retórica não visa distinguir o que é verdadeiro ou certo mas sim fazer com que o próprio receptor da mensagem chegue sozinho à conclusão de que a ideia implícita no discurso representa o verdadeiro ou o certo.

A retórica era parte de uma das "três artes liberais" ou "trivium" ensinadas nas faculdades da Idade Média (as outras duas corresponderiam à dialética e gramática).

Quem deseja ter razão de certo a terá com o mero fato de possuir língua


Goethe

Léxico

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Léxico poderia ser definido como o acervo de palavras de um determinado idioma. Em outras palavras, é todo o conjunto de palavras que as pessoas de uma determinada língua têm à sua disposição para expressar-se, oralmente ou por escrito. Podemos dizer que uma característica básica do léxico é sua mutabilidade, já que ele está em constante movimento. É só notarmos o fato de que palavras se tornam arcaicas, outras são incorporadas, outras mudam seu sentido, e, tudo isso ocorre de forma gradual e quase imperceptível. O sistema léxico de uma língua traduz a experiência cultural acumulada por uma sociedade através do tempo, ou seja, o léxico pode ser considerado como o patrimônio vocabular de uma comunidade lingüística através de sua história, um acervo que é transmitido de uma geração para a geração seguinte. O usuário da língua utiliza o léxico, esse inventário aberto de palavras disponíveis no seu idioma, para a formação do seu vocabulário, para sua própria expressão no momento da fala e para a efetivação do processo comunicativo. Assim, o vocabulário de um indivíduo caracteriza-se pela seleção e pelos empregos pessoais que ele faz do léxico. Quanto maior for o vocabulário do usuário, maior a possibilidade de escolha da palavra mais adequada ao seu intento expressivo.

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