terça-feira, 14 de outubro de 2008

A formação inicial de professores


Sintonia com a realidade
Especialistas são unânimes em dizer que é preciso desenvolver programas que aproximem o aluno de licenciatura da experiência em sala de aula

Marta Avancini

A formação inicial de professores, que se dá no nível do ensino superior, precisa, necessariamente dialogar mais de perto com a educação básica. Esta é uma das propostas do professor Antonio Ibañez Ruiz, membro do CNE e um dos autores do relatório Escassez de professores no Ensino Médio: propostas estruturais e emergenciais, para superar os impasses existentes atualmente. "Quando o recém-formado chega à sala de aula, ele se depara com uma realidade muito diferente de tudo o que aprendeu na faculdade. Ele tem de se relacionar com os pais dos alunos, há o problema da violência na escola, além das questões relacionadas à diversidade socioeconômica da clientela. Nenhum curso prepara o aluno para enfrentar isso tudo", analisa Ruiz. Nesse sentido, ele defende a criação de um período de transição entre a graduação e o ingresso definitivo no mercado de trabalho, em que o recém-formado passa pela experiência de atuar em sala de aula sob orientação de um docente na ativa. Esse trabalho deve também ser acompanhado pela instituição na qual o aluno estudou, reforçando a orientação e avaliação do profissional. "Não são estágios, porque eles são relegados a um plano secundário. A idéia é dar a chance de o recém-formado complementar sua formação com uma vivência da realidade da sala de aula."

Em paralelo a essa proposta, tramita no Congresso Nacional um projeto que propõe a criação de uma residência educacional, com o objetivo de assegurar aos graduandos em cursos de formação de professores uma complementação, de ordem prática, da formação recebida na universidade. Em linhas gerais, a proposta do senador Marco Maciel (DEM-PE) é que os estudantes passem por 800 horas em sala de aula, recebendo bolsas de estudo, adquirindo experiência e aprimorando sua formação por meio do contato com a realidade da sala de aula. O público-alvo são os professores que vão atuar na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental. A expectativa é que a residência educacional melhore a formação do professor e que isso acarrete a melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos.

Uma experiência nessa linha que é vista com bons olhos é o programa Ler e Escrever, do governo do Estado de São Paulo, que prevê a contratação de professores auxiliares para atuar juntamente com os titulares das salas de aula na 1ª série do ensino fundamental. Os auxiliares são selecionados entre estudantes de licenciatura de instituições de ensino superior conveniadas com a secretaria estadual de Educação. Essa iniciativa, na opinião de Carbonari Netto, tem grande mérito e pode funcionar como um estímulo para o aluno de licenciatura permanecer no curso. "Com auxílios financeiros adicionais, é possível que esses alunos terminem seus cursos", aponta o vice-presidente da Abmes.

Paralelamente a esse tipo de ação, existe um consenso quanto à necessidade de se implantar uma política nacional de formação de professores. O relatório do CNE defende a criação de centros de formação inicial e continuada em todos os Estados, regiões metropolitanas e em localidades consideradas estratégicas, além do estabelecimento de metas a serem cumpridas por Estados e municípios. "Não é suficiente oferecer cursos. É preciso haver uma cooperação entre todos os envolvidos, dos munícipios ao governo federal, e, mais do que isso, é fundamental ter contato com a escolas para captar suas necessidades", pontua o professor Ruiz, enfatizando novamente a necessidade de que a formação de professores se mantenha em sintonia com a realidade.

Ibañez Ruiz, do CNE: recém-formado deve passar por período de transição

A Anfope defende a criação de um sistema nacional de formação de professores que defina, com clareza, o lócus da formação, a remuneração, a carreira, a progressão e o aprimoramento profissional dos educadores, conforme explica a presidente da entidade, Helena Freitas. "Sabemos que há duas condições perversas que degradam uma profissão: a má qualidade da formação e a baixa remuneração. Em nosso país essa combinação tem degradado há décadas o exercício da profissão docente", diz ela. Assim sendo, continua a presidente da Anfope, atuar nestes dois pólos, definindo uma política de formação, é uma exigência que está posta para o poder público em diferentes esferas - municipal, estadual e federal. Dessa forma, o Ministério da Educação tem um papel central, na medida em que atua como instância indutora e mobilizadora.

Nesse contexto, as instituições públicas, principalmente as federais, têm um papel relevante a desempenhar, somando-se à rede privada. Essas instituições, aponta o relatório do CNE, devem estimular e priorizar a formação inicial e continuada de professores, desenvolvendo ações e projetos para suprir as principais carências do sistema educacional. Além disso, complementa o conselheiro Ruiz, é importante ampliar a oferta de cursos de licenciatura no período noturno para atender os segmentos da população que não têm outra oportunidade de estudar. "Isso sempre foi uma dificuldade, pois as universidades são autônomas e o governo federal nunca se sentiu, de fato, responsável pela definição dos rumos da formação de professores no Brasil", assinala Ruiz. Contudo, afirma ele, o Ministério pode ajudar nesse sentido, além de ter a responsabilidade legal pela coordenação política, conforme estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Na visão de Ronaldo Mota, titular da Secretaria de Ensino Superior (Sesu), o Ministério está cumprindo este papel. "As ações sobre formação de professores estão sendo realizadas num ritmo que há muito tempo o Brasil não via ou, talvez, nunca tenha visto", afirma ele, ressaltando o início das operações da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que começa a funcionar este ano com 60 mil alunos e priorizando, justamente, a oferta de cursos de formação docent

fonte: http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12018

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TÉCNICA DO CHUTE - PARA PROVAS E CONCURSOS.

De: sapoia01

Sapoia, de Baependi MG, descreve as 11 Técnicas de Chute que utiliza para turbinar suas notas em Concursos.
sapoia01@gmail.com


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ADAPTACIÓN EDUCATIVA A LA DIVERSIDAD (I BIMESTRE). Pluralidade Cultural.

De: videoconferencias


Universidad Técnica Particular de Loja
Carrera: Educación Infantil
Materia: Adaptación Educativa a la Diversidad
Bimestre: I Bimestre
Ciclo: Quinto
Ponente (s): Dra. Angelina Gajardo
Tema (s): Atención a la Diversidad
Necesidades Educativas Especiales

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Geração YouTube


Geração YouTube
Para eles, computador é indispensável e o chinês não é uma língua estranha. Eles são os próximos alunos das IES.

Carmem Maia
Carmem Maia

A geração que irá freqüentar o ensino superior a partir de 2010 é uma geração que nasceu junto com o auge da internet no Brasil. Não conhecem a vida sem computador, celular, iPod, Orkut e, mais recentemente, sem o jogo on-line Ragnarok e o site de vídeos YouTube. Nunca utilizaram ou folhearam uma Enciclopédia Barsa. Muito menos um Tesouro da Juventude. Mas sabem utilizar melhor que seus pais e professores os recursos tecnológicos disponíveis.

Criticam suas atuais escolas por não fazer uso de programas de computador que eles utilizam diariamente, e que acreditam serem úteis como recursos didáticos no ensino de línguas, história, geografia ou matemática. Aprendem espontaneamente geografia utilizando o site Google Earth, do qual são fãs e usuários incondicionais, ou pelo Discovery Channel, o preferido dos adolescentes inteligentes.

O chinês e o coreano já não são mais línguas distantes, pois se aproximaram do cotidiano desses jovens por meio dos mangás e dos animês, desenhos orientais que os motivam a procurar mais informações sobre essas culturas e a querer, de alguma forma, entender o significado e a história dos países asiáticos.

Uma geração que se orgulha de ter mais de mil amigos no Orkut em todo o mundo, outros tantos mil amigos no MSN que se comunicam diariamente em várias línguas e que eles nunca viram ao vivo e, provavelmente, nunca irão ver. A Geração Ragnarok gasta mais tempo na frente do computador do que na frente da televisão. Ou melhor, não larga o computador nem quando está na frente da televisão. Não larga também o iPod, cuja capacidade de armazenamento de música está sempre em ascensão, sem nunca ser suficiente.

Recentemente, o vídeo de Daniela Cicarelli na praia fez sucesso entre essa geração. Não pelas cenas em si, mas porque pais, mães e até irmãos mais velhos pediam insistentemente para que eles o carregassem no computador, já que não têm paciência para isso. Mas eles têm.

É uma geração cujos pais e mães têm de manter certo controle e respeito. Afinal, adianta proibir acesso aos jogos, ao MSN e ao Orkut durante a semana? Adianta proibir a televisão? E o final de semana e os feriados prolongados viram o quê? Tornam-se o terror dos pais: as lan houses, que já estão presentes em qualquer cidade turística (ou não) do país.

Trancoso, no litoral sul da Bahia, já possui mais de cinco lan houses no seu famoso Quadrado. Tudo para deixar as crianças tranqüilas enquanto seus pais almoçam, jantam, ou tomam sol.

São crianças, jovens e adolescentes que aproveitam o final de semana para fazer tudo o que não fazem durante a semana, ou melhor, que são proibidos de fazer durante a semana. Aproveitam para dormir durante a manhã e passar o restante do fim de semana grudados nas TVs, plugados nos iPods e conectados nas redes.

O que nós, educadores, podemos oferecer a essa geração que entrará no ensino superior em 2010? Estamos nos preparando para literalmente "enfrentar" essa geração? Uma geração digitalizada, conectada, plugada, mimada e solitária? O que vamos fazer para motivá-los o suficiente para freqüentar uma sala de aula tradicional numa universidade? O que estamos fazendo para concorrer com os Orkuts, os Ragnaroks, os YouTubes e os iPods da vida? Como poderíamos aproveitar as ferramentas tecnológicas para atrair a atenção dessa geração? O ano de 2010 não é mais futuro. Já é presente.


Carmem Maia é pesquisadora do Centro de Criatividade e Inovação da Universidade Anhembi Morumbi, doutora em Comunicação e Semiótica e autora de diversos livros sobre novas mídias e educação a distância.

Fonte: http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=11876

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The Trammps - Seasons For Girls

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Fonte: http://videoimagemesom.blogspot.com/

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DON T FIGHT THE FEELING - ENCHANTMENT

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