quinta-feira, 4 de novembro de 2021

RESUMO DE "COMO LER LIVROS" - MORTIMER ADLER | Insight BP



Resenha do livro: Como ler livros, do autor Mortimer Adler

Um livro que ensina como ler livros. A proposta do autor, um dos maiores tomistas das últimas décadas, era necessária na época e, ainda mais, se faz necessária hoje. Uma rápida reflexão sobre o tema e pode-se concluir que há muito tempo as pessoas leem mal, quando leem.

A leitura do livro, do começo ao fim, é agradável. O autor tem uma escrita suave, direta e simples. No decorrer dos capítulos pode-se encontrar um ou outro termo ou palavra que não esteja presente no vocabulário popular, mas o uso de um dicionário é praticamente dispensável.

O livro divide-se em quatro partes. A primeira parte tem como foco a discussão sobre a leitura em si e os dois primeiros níveis de leitura. A segunda parte é basicamente sobre o terceiro nível de leitura: o analítico. Na terceira parte o autor aborda como ler diversos assuntos. A ultima parte traz uma discussão avançada a respeito dos fins últimos da leitura.

De início, o autor começa a dissertar a respeito da leitura em si. Mostra que a leitura é algo ativo, diferente do que comumente pensamos. Depois, Adler fala sobre os diferentes objetivos que temos ao ler: ler para se informar e ler para entender. Nesse ponto, percebe-se que para cada objetivo, a leitura traz um nível de dificuldade diferente. Ler um jornal é, trivialmente, mais fácil e rápido do que ler um livro de filosofia.

Em seguida, o autor fala sobre o primeiro nível de leitura: a leitura elementar. Nesse ponto, o autor traz uma argumentação muito profunda a respeito dos problemas educacionais que ele verificou no sistema norte-americano, que podemos verificar com clareza presentes ainda hoje lá e cá, no Brasil. A leitura elementar, como o autor define, é o estágio onde está a alfabetização. Claramente, é a introdução do indivíduo na leitura e, como o próprio autor ressalta, é uma das potencialidades humanas mais impressionantes: encontrar significado em símbolos (letras). Adler finaliza esse tópico rapidamente argumentando sobre o fato de que, como os níveis posteriores englobam os níveis anteriores, torna-se difícil avançar para os segundo e terceiro níveis sem dominar o primeiro.

O segundo nível de leitura, o inspecional, é comentado logo em seguida. O autor divide esse nível em dois tópicos: a pré-leitura e a leitura superficial. O primeiro tópico tem como escopo basicamente folhear o livro, observando atentamente o sumário, se tem índice remissivo, como o autor dividiu os capítulos, entre outros fatores. O segundo tópico diz para lermos trechos do livro; pegar pedaços dos capítulos e lê-los. O autor argumenta que esse nível de leitura é muito importante e necessário por diversos motivos: primeiro, ele ajuda na estruturação do livro em sua mente; quando lê-lo analiticamente, saberá com mais facilidade onde encontrar capítulos-chave, se há um índice remissivo para ajudar a intercalar o raciocínio que se espalha por centenas de páginas. Segundo, quando você ler o livro novamente, já saberá com certa precisão onde estão alguns tópicos importantes, pois já terá lido trechos dos capítulos. Adler finaliza a primeira parte ditando as perguntas que irão direcionar o restante do livro e também qualquer leitura que tenhamos: “O livro fala sobre o que?”, “O que exatamente está sendo dito, e como?”, “O livro é verdadeiro, em todo ou em parte?” e “E daí?”.

A segunda parte do livro começa com o autor argumentando sobre a classificação de livros e a importância desta. Ainda detido nessa argumentação, Adler explica a diferença entre um livro teórico (que, resumidamente, fala sobre como as coisas são) e um livro prático (que, também resumidamente, fala sobre como as coisas deveriam ser). Em seguida, o autor fala como radiografar um livro: enxergar sua “estrutura óssea”, conseguir delinear suas organelas e o funcionamento destas em conjunto. Adler ressalta a importância dessa radiografia, pois uma vez que a tenha feito, o leitor encontrará menos dificuldades em absorver o que o autor tenha tido a intenção de passar.

Na sequência, a importância de se chegar a um acordo com o autor do livro é abordada. Adler nos lembra que, excetuando livros científicos, os livros de filosofia em geral possuem termos que podem variar. Como termos são palavras, o significado de uma palavra pode mudar de acordo com a intenção do autor. Ainda temos autores que criam significados próprios para as palavras (Kant, Hegel, et cetera), forçando o leitor que adentre suas obras a buscar ajuda em dicionários de filosofia, por exemplo.

Em decorrência da argumentação sobre termos e palavras, o autor traz uma série de dicas sobre como encontrar frases-chave, proposições, argumentos, dentre outros objetos textuais que ajudem na leitura analítica. A discussão sobre o que é uma frase e o que é uma proposição é essencial, uma vez que uma proposição sempre carregará um significado que tem alguma importância no esqueleto que o leitor está radiografando.

Neste ponto do livro, um leitor que absorveu as dicas, técnicas e argumentos de Adler já está apto a ler analiticamente um livro. Assim, o próximo ponto é a respeito de como criticar um livro. O autor salienta para que não se critique um livro antes de ter a certeza de que entendeu realmente o que o livro quis dizer; também mostra que a retórica tem que ser bem desenvolvida, para que a arte de criticar não se reduza à falácias.

Essa parte do livro termina com dois tópicos importantes. Primeiro, Adler explica como criticar o autor sem partir de seus preconceitos pessoais. Segundo, como utilizar materiais de apoio como dicionários, resumos, comentários, enciclopédias, dentre outros. Essas dicas são importantes para que o leitor crie um senso de prudência; não critique um autor embasando-se em meras opiniões pessoais e que também não recorra a resumos de internet a cada dificuldade que encontrar na leitura de um livro mais denso.

A terceira parte é composta de dicas e argumentos a respeito de como ler diversos assuntos. Adler explica como ler livros práticos e como lidar com o poder de persuasão; como ler literatura imaginativa; como ler narrativas, peças, poemas;como ler livros de história; ler sobre matemática, filosofia e a literatura das ciências sociais.

O autor é bem incisivo sobre como ler cada uma dessas classes literárias. Explica como devemos ter a prudência de ler mais de um livro de história que trate de um mesmo ponto, para não cairmos num viés ideológico do autor; como devemos estar atentos à linguagem científica da matemática ou dos dialetos próprios de filósofos.

A última parte do livro disseca o nível de leitura sintópica. Adler traz uma argumentação de como devemos ler dois ou mais livros ao mesmo tempo, sobre o mesmo tema. O autor traz exemplos de como a leitura sintópica é a mais difícil de ser feita. Por exemplo, a ideia de progresso: há autores que acreditam que estamos em constante progresso; outros, que o progresso não está necessariamente embutido em toda a história da humanidade, mas em alguns pontos somente; e há, ainda, autores que acreditam que há progressos e regressos, ou que não há necessariamente progresso. Entender essas ideias forçará o leitor a entrar em um acordo com todos esses autores sobre a ideia de progresso, sobre os termos utilizados, et cetera; em seguida, o leitor terá que radiografar cada livro, ver cada argumento, entender cada estrutura; por fim, dirá se concorda ou não com cada um.

A leitura sintópica, como Adler reforça, envolve todos os níveis anteriores e exige ainda mais do leitor. O leitor que consegue executar com clareza uma leitura sintópica pode-se considerar um bom leitor. Mas, como o próprio leitor salienta, ler é como esquiar: no começo, é difícil e você vai apanhar muito. Só depois de muita prática é que se encontra a graça e a leveza da atividade.

O livro termina com dois apêndices: o primeiro, com uma lista enorme de sugestões de leituras de livros que perpassa dos gregos aos pós modernos. O segundo, com uma série de atividades e exercícios para praticar os níveis de leitura.

Após ler esse livro, algumas conclusões e indagações surgem. O primeiro ponto, já citado no primeiro parágrafo, é que as pessoas leem muito mal. Ainda mais nos dias de hoje, onde a leitura precisa ser algo rápido. O segundo ponto é como a escola, nos moldes atuais, atrofia ainda mais a nossa habilidade prévia de ler, o que implica anos mais tarde em universitários analfabetos funcionais. Adler, como um tomista renomado, traz a proposta de se resgatar a tradição de ler bem. Embasado em uma filosofia vilmente esquecida, o tomismo, ele traz uma estrutura de reflexão sobre a ação que não vemos hoje em dia. Dificilmente alguém lerá esse livro e não refletirá sobre seus próprios hábitos de leitura da próxima ver que tatear um livro.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Testes Psicopedagógicos para Baixar e Imprimir

Testes Psicopedagógicos para Baixar e Imprimir

Sugestões de Testes para Psicopedagogos

Testes Psicopedagógicos são instrumentos que auxiliam o profissional a identificar dificuldades de fala, leitura ou escrita. A identificação do problema por meio dos testes psicopedagógicos permite que profissional elabore o plano de intervenção mais apropriada para cada paciente/aprendente.

Principais características dos testes psicopedagógicos

Existem atualmente diferentes tipos de testes psicopedagógicos, pois é possível avaliar diferentes dificuldades. Os testes psicopedagógicos são compostos de várias formas principalmente por histórias, já a tarefa exigida pode ser diferente, pois pode ser solicitado que o sujeito conte uma história, escreva uma história ou ainda invente uma história. A aplicação dos testes psicopedagógicos não tem tempo limite de aplicação e são aplicados individualmente. Ao final é feita a correção para identificar onde está a dificuldade.

História dos testes segundo  o artigo publicado no WebArtigos.

Cliente utilizando PsiquEasy

Sua origem é remota, as sociedades testaram, provaram as coisas para saber se elas eram boas ou não.
Vejamos a origem dessa palavra. De acordo com Rezende (2004) em latim a palavra testa designava uma espécie de vaso de barro ou cerâmica. Na Idade Média, test em francês, significava um tipo de vaso especial usado para aquecer minerais e dele separar metais como ouro ou prata. O test era um vaso poroso e raso. Quando os minerais eram dentro dele aquecidos, o vaso absorvia as impurezas deixando no fundo o ouro ou a prata puros.
A partir do século XVI esta palavra passou a ser usada em seu sentido figurado, significando prova, averiguação de qualidade.

O sentido figurado prevaleceu sobre o sentido real, e foi com esse significado que a palavra teste, aportuguesamento de Test, passou para a língua portuguesa.

Mas, afinal, qual é a concepção atual de teste?

Segundo o dicionário Aurélio (2001), esse termo significa exame ou prova para determinar qualidade, natureza ou comportamento de algo. Método ou processo usado para isso. Prova verificação.
Assim, como a humanidade evoluiu os testes foram evoluindo: testavam-se tecidos, moedas, casas e, com a evolução, testavam-se pessoas. Os testes com pessoas foram além dos testes físicos e chegaram aos parâmetros psicológicos.
Observemos resumidamente a história dos testes, na versão de Silva (2002):
Em 2.200 a.C., na China, usaram-se testes no serviço público civil.
Em 1862, Wilhelm Wundt, usou um pêndulo para avaliar a velocidade do pensamento.

Galton, em 1884, cujos trabalhos objetivavam avaliar as aptidões humanas por meio da medida sensorial, aplicava testes mentais.

Binet, em 1900,avaliou as áreas acadêmicas e de saúde. Na época de Binet também havia Spearmam, que fundamentou a teoria da psicometria clássica. Ele publicou artigos e livros que falavam sobre medidas, diferenças e sobre a inteligência de uma forma geral.
Após essa época, tivemos uma era dos testes de inteligência, pois influenciados por Binet e por Spearmam, e sob o impacto da Primeira Guerra Mundial, a sociedade queria uma seleção rápida de recrutas para a linha de guerra.
Depois tivemos uma decepção, por parte dos psicólogos e da sociedade em geral, com os testes de Binet, pois eles desconsideravam a cultura, a realidade dos indivíduos entrevistados e surgiram outros tipos de exames.
Posteriormente, em 1914, Stern criava os quocientes de inteligência.

Apareceram também os testes vocacionais, Raven publicou o teste de matrices progressivas, e outros.
Os testes foram debatidos e tiveram seus prós e contras avaliados.Entretanto, continuaram a ser usados pelas diversas áreas do conhecimento.
Atualmente, nos vários campos científicos temos a produção de vários testes: medicina, psicologia, fonoaudiologia, e outras áreas.

Cada nova área de conhecimento traz consigo a necessidade de criar testes específicos para a sua função, e não é diferente com a psicopedagogia.

Informatização Ires cliente psiqueasy

Aqui você encontra uma vasta quantidade de links que são atualizados semanalmente com vários testes para psicopedagogas(os), aproveite, são testes excelentes….

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FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO MOTOR

Desenvolvimento Motor

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA

Desenvolvimento motor e dificuldade de aprendizagem

Desenvolvimento motor na infância influência dos fatores de risco e programas de intervenção

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Sugestões E.O.C.A, Anamneses e Atividades Diversificadas

CONTEUDO_PARA_A_CAIXA_EOCA

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FOLHA EOCA

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ROTEIRO DA EOCA

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Explicacoes EOCA E CAIXA LÚDICA

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Orientação caixa lúdica e EOCA

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ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA MOD5

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APOSTILA DE ALFABETIZAÇÃO ESPECIAL

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APOSTILA ALFABETIZAÇÃOCOMPLETA METODO FONICO

APOSTILA DE MATEMATICA ALFABETIZAÇÃO 2º ANO

CANTIGAS POPULARES INFANTIL – PRÉ-ALFABETIZAÇÃO

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Apostila_Alfabetização_Parlendas E Adivinhas.pdf

APOSTILA-DE-MÚSICAS-INFANTIS-ALFABETIZAÇÃO

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Apostila-Alfabetização

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PsiquEasy

Leia Também: Teste do Faz de Conta

Veja ainda: Teste Exploratório de Dislexia Específica (TEDE)

Fonte https://blog.psiqueasy.com.br/2017/09/12/links-de-testes-psicopedagogicos-diversificados/

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Como o estado deixa jovens bachareis sem perspectiva

Tratamento da informação nos anos iniciais, probabilidade , estatística e situação problema. Com atividades para imprimir.





Atividades com gráficos e tabelas



Analisar e interpretar informações e fatos faz parte da vivência humana. O tempo todo, informações precisam ser organizadas, resumidas e descritas.

As atividades abaixo disponibilizadas permitem a análise de informações coletadas em gráficos e a organização e interpretação dessas informações.

Os objetivos das atividades são:

- Ler dados expressos em gráficos de colunas simples.

- Organizar os dados coletados em tabelas simples.

Para baixar grátis em PDF as atividades clique aqu
i:

https://drive.google.com/file/d/1jYXm2T2Eo2Dgj1JZDcbPuqQgVQNmGsHy/view?usp=sharing










































































Objetivos das atividades:

O que o aluno poderá aprender:

-Desenvolver cálculo mental, envolvendo real e centavos.

-Comparar preços.

Recursos:

Cédulas e moedas fictícias com valores do sistema monetário para os alunos manusearem enquanto realizam as atividades.


Problemas para 3º e 4º ano








As situações-problemas devem permitir aos alunos elaborarem diferentes procedimentos, proporcionando desafios que os motivem a superarem seus resultados.

Dar oportunidade aos educandos de explorar diferentes possibilidades de resolver um problema é fundamental para conseguirem criar seus próprios registros, inventar uma maneira apropriada de fazer a representação.

Isso deve ser realizado com a socialização das situações em que as crianças podem defender seus procedimentos e resultados perante o grupo. Assim os alunos terão oportunidade de comparar sua forma de resolver um problema com a usada pelos colegas.

Para baixar os problemas acesse o link:


https://drive.google.com/file/d/1CfhUM_kkRBP9tb3yGbGQ2G8NWd_GSqAv/view?usp=sharing


Quando você faz aniversário?

O professor questiona os alunos sobre o mês em que fazem aniversário e entrega um retângulo de papel branco a cada um. As crianças devem escrever seu nome no papel.

Em seguida, o professor fixa, no quadro, um cartaz em papel pardo como o que segue abaixo.  Um a um, os alunos dizem o mês do seu aniversário e colam o cartão com o nome escrito no mês correspondente.

Depois que todos colaram seus cartões, o gráfico resultante pode fornecer uma série de informações, tais como:

  • Quantos aniversariantes há em janeiro?
  • Em que mês não há aniversariantes?
  • Em que mês há dois aniversariantes? E três?
  • Em que mês há mais aniversariantes?
  • Em algum mês há 5 aniversariantes?

Minha fruta preferida

A turma será conduzida a investigar qual a fruta de preferência dos colegas. A princípio, cada um questiona dois ou três colegas e o professor poderá provocar a curiosidade do grupo questionando se as meninas têm a mesma preferência que os meninos, se os pais têm a mesma preferência que as crianças, se as crianças da região nordeste do Brasil, por exemplo, poderão ter a mesma preferência que as crianças da região sul. É importante fazer suscitar na turma diferentes hipóteses e discussões.

Depois, é hora de fazer uma pesquisa com a turma. Para isso, o professor distribuirá um pequeno cartão branco de papel de 5 cm x 5 cm e solicitará que cada criança desenhe sua fruta preferida. Depois, cada um afixará no quadro ou papel pardo seu cartão, com o auxílio de fita adesiva, na coluna correspondente à sua preferência.

Gráfico de animais

O professor entrega uma folha com animais, tal como a do exemplo abaixo, e as crianças devem recortá-los e juntar os iguais.

Depois, as crianças colam em um gráfico os cartões dos animais, sendo os iguais na mesma coluna, formando um gráfico:

Outra forma de propor o gráfico é a seguinte:

Depois do gráfico estar pronto, uma série de questionamentos buscando a interpretação dos dados devem ser elaborados.


Como está o tempo?

Pouco antes do intervalo, o professor questiona os alunos sobre como está o tempo, ensolarado, nublado ou chuvoso e, depois, pede para os alunos o observarem.

Ao retornarem do intervalo e conversarem sobre o assunto, o professor questiona se a turma lembra como esteve o tempo nos dias anteriores. Pergunta, também, sobre como se pode guardar essas informações e provoca a necessidade de um registro gráfico para tal fato.

Então, propõe as seguintes atividades:

  • Separa a classe em grupos e solicita que cada um desenhe um dia de chuva, um dia ensolarado e um dia nublado. Depois, recolhe os desenhos e a classe elege o mais representativo para cada estado do tempo.
  • Cria, juntamente com o grupo, um quadro onde far-se-á, diariamente (utilizando o símbolo escolhido pela turma), o registro do tempo. Como há dias em que o tempo varia de um horário para o outro, combina que a observação se dará em um horário determinado.
  • Estabelece com os alunos que, durante certo período de tempo, à mesma hora, uma criança fará o registro no calendário sobre o estado do tempo naquele dia.

Ao final de uma semana ou outro período qualquer, é feita uma exploração do calendário com perguntas do tipo:

  • “Houve muitos dias de sol?”
  • “Quantos dias foram chuvosos?”
  • “Houve mais dias de sol ou de chuva?”
  • “Quantos foram os dias nublados?”

 Os ausentes

Para anotar quantos alunos faltaram as aulas em uma semana pode ser feito um gráfico. Para tal, propõe-se que as crianças marquem num quadro, como aquele mostrado abaixo, o número de ausentes em cada dia da semana.

Esta atividade deve ser desenvolvida todos os dias e, em cada semana, o quadro será trocado. No final da semana o professor analisa com a classe o quadro de alunos ausentes, fazendo perguntas do tipo:

  • Quantos alunos faltaram hoje? E ontem?
  • Em que dia houve mais faltas, hoje ou ontem? Quantas a mais?
  • Na semana passada, em que dia houve menos faltas? Quantas a menos?
  • Como foram as faltas nesta semana quando comparado com a semana passada?

Pesquisas

Temas que interessam a turma, curiosidades ou assuntos ligados a conteúdos específicos podem ser a mola propulsora para uma pesquisa na sala de aula ou fora dela.

A pesquisa pode ser feita com uma população como, por exemplo, todos os alunos da turma ou com uma amostra, que é constituída por um grupo representativo de determinada população. Por exemplo, pode-se pesquisar sobre a matéria preferida da classe, o programa de televisão preferido, meios de transporte utilizados para ir à escola, grau de escolaridade dos pais e irmãos, etc.

Após feita a pesquisa, que pode ser uma coleta de dados oral ou por meio de um questionário, é preciso fazer a apuração do dados e, depois, organizá-los através de tabelas e gráficos. Existem diferentes tipos de gráficos que podem ser trabalhados nos anos iniciais: barras, linha, setor e pictograma.

Segue, abaixo, um exemplo de atividade investigativa sobre os alimentos preferidos pelas crianças de uma turma de 3º ano:

Segundo o Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa, é muito importante que as crianças conheçam diferentes tipos de gráficos para terem a capacidade de reconhecer qual a representação mais adequada para seus objetivos.

Neste artigo sugeri, basicamente, atividades relacionadas à estatística. Nos próximos, vou detalhar mais a construção de gráficos e os tipos de gráficos e, também, abordarei a combinatória e as probabilidades.

Não deixe de acompanhar!

Referências Bibliográficas

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Educação Estatística. Disponível em: <http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/cadernosmat/PNAIC_MAT_Caderno%207-pg001-080.pdf >.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Básica. Pró-Letramento: programa de formação continuada de professores dos anos/séries iniciais do Ensino Fundamental: Matemática. Brasília, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/formacao/pro-letramento>.

Bibliografia consultada

DANTE, Luiz Roberto. Didática da Matemática na Pré-Escola. São Paulo: Ática, 1996.

RANGEL, Ana Cristina Souza. Matemática da minha Vida. Porto Alegre: FAPI

SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Atividades Matemáticas: Ciclo Básico. 3 ed. São Paulo: SE/CENP, 1998.

Os conteúdos propostos no bloco Tratamento da Informação são: combinatóriaprobabilidade e estatística.

combinatória refere-se à possibilidade de combinar objetos que são agrupados por determinadas características. Por exemplo, com 3 saias e 2 blusas, quantos trajes podemos compor?

As probabilidades exprimem as chances de ocorrência de um evento. Por exemplo, qual a chance de dar cara quando uma moeda é lançada?

estatística é um ramo da matemática que visa organizar, resumir, apresentar e interpretar informações. Ela trabalha com médias, tabelas, gráficos, percentagens, índices, etc. As pesquisas são orientadas por princípios estatísticos.



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sábado, 30 de outubro de 2021

Indicação de leitura 48, Ponerologia, psicopatas no poder e outros assuntos.
























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Hoje na História: nasce Dostoiévski


O trabalho do escritor russo representa um “divisor de águas” na compreensão da condição humana através da Literatura. Para Otto Maria Carpeaux, “tudo o que é pré-dostoievskiano é pré-histórico

Fiódor Mijáilovich Dostoiévski nasceu no longínquo 30 de outubro de 1821, pelo calendário juliano vigente na Rússia. Aquela distante véspera de Halloween, no entanto, — com o perdão do anacronismo — faz-se presente sempre quando, desafiados pela vida, nos dispomos a pensar sobre o perdão, a redenção, o heroísmo, o amor, a coragem, os dilemas morais e, em suma, sobre a complexidade da existência. O trabalho do escritor consiste em traduzir em palavras a experiência humana encenada sobre o palco da realidade.

Evidentemente é necessário que, para tanto, o narrador descubra ser preciso mergulhar na alma humana; perscrutá-la, discerni-la com precisão cirúrgica. Não é trabalho fácil, não basta simplesmente correr a pena sobre o papel em branco. Não. O trabalho do escritor tem um quê de místico, porque é um exercício de ascese. Escritor e leitor ascendem a novos níveis de entendimento acerca da condição humana quando vislumbram as possibilidades tipificadas na Literatura. Assim é que Dostoiévski se faz um grande guia.

Sobre o escritor russo deixemos o crítico Otto Maria Carpeaux dizer algumas palavras: “Existem poucos escritores cuja obra tenha sido tão tenazmente mal compreendida como a de DostoiévskiDostoiévski é, se não o maior, decerto o mais poderoso escritor do século 19; ou do século 20, pois a sua obra constitui o marco entre dois séculos da literatura. Literariamente, tudo o que é pré-dostoievskiano é pré-histórico; ninguém escapa à sua influência subjugadora, nem sequer os mais contrários.

Parece, porém, que toda a Europa tenta resistir-lhe, instintivamente e obstinadamente; e como esse bárbaro barbado, com a face sulcada de sofrimentos, parece irresistível, os europeus entrincheiram-se, ao menos, num baluarte de interpretações erradas. (…) O que ele fixa — e com que segurança! — são as paisagens da alma. E o espírito sensitivo do “fin de siècle” admira, sobretudo, esta psicologia requintada, na qual acredita reconhecer a sua própria decadência; Dostoiévski será um assunto de predileção da psicanálise. Daí se origina a pretensão de reclamar Dostoiévski em favor das rebeliões mais subversivas do espírito anárquico do “après-guerre” (…).

(…) Nesse mundo, seja ele negro ou vermelho, não existe lugar para nós outros. Mas como aceitar um poeta cujo pensamento nos abala? Dostoiévski não faz “arte pela arte”; ele nos arrasta até às últimas consequências. Inúteis quaisquer concessões. Reconhecendo-se que certas acusações violentas à Europa são plenamente justificadas, é preciso admitir que daí para uma revolução total, mesmo espiritualista, vão poucos passos, dos quais somente o primeiro custa.

Inútil, igualmente, distinguir entre os frutos da inspiração poética, válidos também para nós, e as opiniões íntimas do autor, objeto somente da crítica psicológica e da história literária. Em virtude de tal distinção, a obra de arte se tornaria o fruto sublime dum solo impuro, produto exclusivo do subconsciente, resultado de uma partenogênese misteriosa; e nós não aceitaríamos esse artifício unicamente para isentar o autor, à nossa maneira, de responsabilidades, às quais ele não desejaria fugir.

Ao contrário, cumpre admitir que na obra de Dostoiévski a política ocupa um lugar maior do que a literatura, e que as suas convicções políticas nos surpreendem. É justamente isso. A literatura russa do século XIX é profundamente política. O país não tem imprensa nem tribuna, nem mesmo cátedras livres, e a literatura é a única voz do povo, em plena evolução política e social. Todas as coisas, a ciência, a própria teologia, estão impregnadas de política.

A literatura torna-se uma tribuna. Existem aí, como no parlamento inglês, dois partidos opostos. Um, o dos “Ocidentais”, que glorificam a Europa e desejam a europeização integral da Rússia; para isso é preciso primeiramente destruir as instituições estabelecidas, o que lhes vale a acusação de niilismo. Os outros, os “eslavófilos”, glorificam o passado nacional, mesmo o asiático; é necessário esmagar as influências estrangeiras, o que lhes vale a acusação de obscurantistas.

(…) Quando Dostoiévski escrevia um romance, via primeiramente os problemas e depois as personagens. O aspecto dos seus manuscritos, muitos dos quais foram editados em fac-símile, é muito curioso. No começo ele emenda mais do que escreve, e as margens são cheias de figuras, representando catedrais, demônios, anjos, que simbolizam os seus problemas. Depois, a personificação começa; o texto corre mais ligeiro, e os desenhos simbólicos se transformam em retratos imaginários; a comparação permite estabelecer as preferências do poeta, e essa comparação prova aquilo que a interpretação dos textos deixava prever: as preferências do poeta são para os seus inimigos ideológicos.

Dostoiévski é de uma perfeita imparcialidade artística. Ele sabe que o mundo não é governado pelos anjos, ou o é apenas pelo anjo vencido. Parece que ele forma os seus “anticristos” — um Raskolnikov, um Kirillov, um Ivan Karamazov — com grande simpatia, e que estes constituem, às vezes, os intérpretes do escritor. Isso explica o mal-entendido, muito tempo reinante, de que o próprio Dostoiévski era revolucionário e ateu.

(…) Dostoiévski é cristão. Nós também. Campo de encontro, enfim? Não, absolutamente. Pois Dostoiévski nos recusa o direito de nos chamarmos cristãos. Ao contrário. Ao lado do operário de Londres, do burguês de Paris e do professor de Heidelberg, ele coloca o padre romano. Vosso pretenso cristianismo — diz ele — é a religião do Anticristo. Eis aí o assunto de “O Grande Inquisidor”. (…) Cumpre recristianizar o mundo e a fé, por um esforço de síntese, por um “humanismo cristão”, que lance uma ponte sobre o abismo. Sempre é necessário saber aquilo que nos separa e aquilo que nos une. O que nos separa é muito e muito. Mas não sejamos intransigentes diante dessa face barbada, sulcada pelos sofrimentos. O que nos une é o Cristo; e “tout le reste est littérature” (…)”.

Trechos extraídos de Carpeaux, Otto Maria, Ensaios Reunidos, TopBooks Editora, São Paulo, 1999.

“É preciso falar cara a cara para poder ler a alma no rosto, para que o coração soe em palavras. Uma palavra dita com convicção, com plena sinceridade e sem medo, vale muito mais que dez folhas de papel cobertas de palavras”.

Dostoiévski

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Fonte: https://revistaesmeril.com.br/hoje-na-historia-nasce-dostoievski/

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