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domingo, 14 de janeiro de 2024
ELEMENTOS DE ARITMÉTICA _Irmão Isidoro Dumont_ FTD S.d. 1940
sábado, 13 de janeiro de 2024
I Want'a Do Something Freaky To You
Dr. Dre - Nuthin' But a G Thang Ft. Snoop Dogg (Dirty) Music Video 1992
ISRAEL SIMÕES | Direita tonta
13 de janeiro de 2024
Essa semana, mais uma vez, a Rede Globo conseguiu pautar a polêmica que, obrigatoriamente, todos deveriam comentar. Um homem feito, barbado, 31 anos de idade, soltou em rede nacional a seguinte pérola: “Minha mãe faz tudo pra mim. Organiza minhas coisas, arruma minha cama, faz minha comida, coloca minha comida. Vou ter que dar meu jeito, arrumar uma mãezona lá para cuidar de mim”.
Pronto. Bastou essa molecagem de um candidato ao Big Brother Brasil para que os influencers conservadores escolhessem a sua nova pauta-escândalo. Foram dezenas de vídeos reagindo à cena, alertando os pais sobre as fragilidades da nova geração. E eles estão certos em avisar sua audiência: se não tirarmos nossos filhos da frente das telas, eles correm o sério risco de se tornarem abobados como o filhinho da mamãe selecionado por Boninho.
Mas a reiterada exposição às mediocridades alheias pode gerar um efeito nocivo à personalidade: no lugar de se dignificar pela elevação, ela se orgulha de não estar nas camadas inferiores. Um transtorno que batizei como orgulho-de-não-ser.
No centro da bolha neoconservadora de Instagram, vai emergindo uma altivez de quem sabe que não é assim tão idiota, fútil, perverso, promíscuo e tantas outras vulgaridades em moda hoje em dia. A classe média tradicionalista parece estar forjando, no próprio self, uma falsa unidade baseada na negação, no lugar da substância densa com a qual deveria construir a sua identidade. E isso não é nada bom.
Quanto mais são postos diante de subcelebridades como os participantes do BBB, de funkeiros, MC’s e blogueiros de YouTube, atores globais e jornalistas da Folha, coaches, marqueteiros e palpiteiros oportunistas, os pais e mães de família têm a certeza de que estão prontos e acabados, maduros, santificados e realizados em suas vocações, porque passam dias de noites trabalhando, cuidando dos filhos e frequentando as programações da igreja.
“Na minha casa não entra BBB!”, bradam eles, como se a ausência de ladrão fosse suficiente para deixar a sala bem decorada. Um ufanismo por pouca coisa muito bem explorado pelos tais influenciadores, homens católicos e evangélicos com bom gosto para ternos e inúmeros filhos na foto de Natal. É assim que eles vão erigindo, em torno de si, uma comunidade que dita as próprias regras morais e códigos de conduta, classificando todos os adeptos como os esclarecidos pela incorporação automática, via cursos e eventos de palco, das qualidades do seu mestre.
De tanto interpretarem a realidade a partir destes dualismos arquetípicos que distinguem o santo do profano, o justo do pecador, o nobre do popular por um simples gosto ou estilo melhorzinho, estas consciências ainda precoces perdem as sutilezas das mudanças culturais que, de fato, ameaçam seus lares.
O rapaz que, no lugar de uma namorada, queria uma empregada doméstica dentro da casa do BBB sequer entrou no programa. Foi rejeitado pelos participantes que já haviam sido selecionados em uma votação ao vivo. Quem está, de fato, dando o que falar é Wanessa Camargo. A cantora tem milhões de seguidores, dinheiro, fama e presença constante nos programas de maior audiência da Rede Globo, mas parece querer mais e, surpreendentemente, entrou para o elenco do Big Brother Brasil.
Logo de cara a filha de Zezé conquistou o público pela simples coragem de se expor no jogo de monitoramento 24 horas. Ganhou ainda mais pontinhos ao elogiar, já confinada, a atual namorada do ex-marido, Marcus Buaiz, de quem se separou, após 17 anos juntos, para retomar a antiga relação com o namorado de adolescência Dado Dolabella. “Mulher bem-resolvida é assim”, foi um dos comentários no trecho da conversa que rodou as páginas de fofocas.
O que Wanessa foi fazer no BBB? Obviamente botar seu nome na boca do povo e, quem sabe, agregar mais popularidade, ainda que com o risco de ser rejeitada pelo público ao expor sua personalidade não artística, como ocorreu com o ator Fiuk e a rapper Karol Conká. É uma jogada de marketing da Rede Globo para reforçar a sensação de que o telespectador está com o poder nas mãos, ditando o destino até mesmo de grandes artistas por meio da mobilização da opinião geral através das redes sociais.
Este sim é o verdadeiro pão e circo que aliena o cidadão brasileiro de sua circunstância. Um país em que avança, sem qualquer protesto, uma inédita aliança político-jurídica comprometida com a perda de liberdades, sem medo de impor a censura e criminalizar a oposição, agora oferece a cabeça de uma cantora pop em decadência para que o povão decida, por meio do voto, se ela será amada ou odiada. Se Wanessa Camargo os representa.
É este estratagema que os conservadores deveriam estar denunciando, no lugar de fazerem caras e bocas contra um jovem mimado com síndrome de Peter Pan. Estão mirando em Urias enquanto o rei come Bate-seba, derrubando os soldados da linha de frente de uma guerra cultural empreendida nas sutilezas, que pedem para serem decifradas.
Toda a atividade de denúncia da “direita” brasileira está reduzida à propaganda de um Brazilian Way of Life caipira, conservadorismo de interior, que caçoa do filho vagabundo da vizinha, das putarias e outras malandrices juvenis, porque é incapaz de elaborar e executar o desmascaramento do verdadeiro sistema de poder que a oprime.
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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
Grupos educacionais criticam regulação do MEC sobre EAD, mas dizem que não são afetados
São Paulo, 1
16/12/2023 15h01
Empresas do setor de educação foram críticas à intenção do Ministério da Educação (MEC) de regular a abertura de determinados cursos EAD (Educação a Distância). A novidade consta da portaria publicada em 29 de novembro (2.041/23), que suspendeu, por 90 dias, a abertura de novos cursos em 17 áreas. Apesar disso, Cogna, Vitru e Ânima afirmaram que a decisão não os prejudica, visto que já possuem os cursos em questão - e o impedimento não vale para novas turmas de cursos já autorizados.O discurso compartilhado pelas três empresas é de que o MEC deveria regular apenas se os cursos terão mais ou menos uso de tecnologia e os critérios de qualidade, mas não proibir a abertura de um determinado segmento.
Para o presidente da Ânima, Marcelo Bueno, a educação a distância no Brasil se consolidou, de forma equivocada, como um modelo barato e de menor qualidade. Ele defende que isso precisa mudar. "No Brasil, o EAD acabou se generalizando com um EAD com proposta de valor, tíquete mais baixo e qualidade aderente a essa proposta de valor", afirma.
Bueno acredita que a portaria e as falas do ministro da Educação, Camilo Santana, são uma resposta ao nível aquém do esperado no segmento e como forma de aumentar o controle sobre a qualidade da educação brasileira.
"Nos dados do censo recentemente publicados, há coisas que nos assustam bastante como brasileiros. O número de entrantes para formação de professores passa de 80% através do EAD", diz.
Por outro lado, ele considera que fechar a oferta de cursos EAD algo extremo: "uma medida de fechar curso ou oferta é radical para tentar remediar uma situação".
O executivo reforça que a raiz do problema, no entanto, está na distorção da proposta do ensino à distância para uma opção necessariamente barata, e consequentemente de menor qualidade. "A discussão é: usa mais ou menos tecnologia. Não necessariamente tem que ser barato para isso. Você pode usar tecnologia, oferecer qualidade e cobrar por isso. Isso existe em outros países, e o Brasil tem que migrar para esse modelo. O uso intensivo de tecnologia pode gerar muito valor e podemos cobrar por isso e entregar qualidade aderente a essa proposta de valor".
O CEO da Cogna, Roberto Valério, concorda que o caminho ideal seria buscar uma regulação que proporcione essa melhora de qualidade no EAD através de requisitos como por exemplo uma maior carga horária ou exigência de laboratórios físicos para determinados cursos, como os da área da saúde.
"Vamos melhorar qualidade, elevar a barra, e não bloquear a disponibilidade", afirma. "O papel do regulador é buscar a melhor qualidade possível, ele não devia estar preocupado com nada diferente disso: qual a melhor regulação para o Brasil, e os players precisam se adaptar a essas condições". Para Valério, é preocupante a maneira como o tema está sendo debatido, por gerar incerteza no segmento.
"Tenho certeza que o governo vai ser sensível a isso no momento em que a decisão for tomada", pondera o executivo, se referindo ao período após os 90 dias em que a portaria é válida. Ainda não se sabe se depois desse período, o MEC irá manter a proibição.
A visão de William Matos, presidente da Vitru, maior empresa do segmento de educação a distância, vai no mesmo sentido dos demais: "o MEC tem que cuidar da qualidade, não da metodologia em que o ensino é ofertado. O MEC tem comparado muito o presencial e o EAD, enquanto deveria cobrar qualidade de todos, independente se a entrega é com mais ou menos tecnologia".
"Somos favoráveis a uma cobrança maior de qualidade, mas não proibição de cursos. Exigir mais horas-aula, corpo docente, etc, mas a diferença de qualidade não existe, resultado do Enade mostra instituições boas e ruins tanto no presencial quanto no EAD", completa.
Competição no EAD
O mercado de educação a distância tem se tornado cada vez mais acirrado nos últimos anos. Um levantamento feito pelo BTG Pactual publicado em janeiro deste ano mostra um aumento de cerca de cinco vezes no número de polos EAD em um período de dez anos (2010-2020), sendo o maior salto a partir de 2018, quando houve crescimento exponencial e acelerado.
Mesmo com a maior competição, os grupos educacionais dizem estar em vantagem sobre os concorrentes, por já terem a grande maioria dos 17 cursos cuja abertura está suspensa, diferente de pequenas faculdades, que ainda poderiam abrir tais cursos. Além disso, o fato de terem mais recursos também ajuda.
Matos afirma que a Vitru não está sendo sentindo os efeitos: "não entendo porque não estamos vivendo isso, estamos crescendo sem perder tíquete", diz.
"É um mercado competitivo, mas como todo mercado competitivo, ele vai se ajustando ao longo do tempo, os setores vão se acomodando e ficam os melhores players", afirma Valério, CEO da Cogna.
Já sobre a portaria do MEC, ele acrescenta: "os grandes players se sairiam bem - especialmente nós, já que todas as nossas práticas são presenciais, mesmo não sendo requisito regulatório", se referindo a um possível requisito regulatório para obrigatoriedade de aulas práticas presenciais mesmo em cursos EAD. O único caso em que a empresa seria afetada, diz o executivo, é se os cursos fossem proibidos na modalidade EAD, ou seja, até aqueles já autorizados precisassem fechar, mas não há indicativos de que isso seja uma opção do ministério.
"O governo tem que olhar para o cidadão, não para as empresas. Mas claro que as empresas maiores têm mais recursos e condições de serem competitivas, o que é uma prerrogativa do mercado privado, não só do setor", completa.
Bueno, por sua vez, defende que a maior regulação do EAD é uma grande oportunidade para as empresas que se posicionam com qualidade. Quanto à Ânima, ele destaca a estratégia de ter marcas regionais como diferencial competitivo. "No Brasil, educação é regional. O poder da marca regional é uma escolha e aposta nossa. Quem conseguir oferecer um EAD com uma marca regional tem muito mais força para competir com players que não são regionais. Essa é a nossa proposta para nos diferenciarmos nessa eventual competitividade".
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
Bitcoin Red Pill – O Renascimento Moral, Material e Tecnológico Por Renato Amoedo e Alan Schramm -
Bitcoin Red Pill - O Renascimento Moral, Material e Tecnológico - Instituto Rothbard
Bitcoin Red Pill – O Renascimento Moral, Material e Tecnológico
Autores: Renato Amoedo e Alan Schramm
Chegou a hora de definir o futuro de sua família: vai deixá-lo nas mãos de políticos ou nas suas?
Os políticos querem que seus filhos sejam independentes, ricos e inteligentes ou imbecis, pobres e submissos? E você? O que prefere?
O livro propõe uma reflexão sobre um cenário complexo e nada animador: totalitarismo financeiro, cultural e político; e uma solução individual: Bitcoin.
Bitcoin: a proposta do misterioso Satoshi Nakamoto criou um dinheiro digital resistente à censura, senhoriagem e expropriações – imutável, portátil, aberto, descentralizado, pseudoanônimo e escasso – e que pode tirar de governos controles de capitais e monetários, produzindo um Renascimento – como ocorreu após a Peste Negra medieval.
A obra é um manual para entender essa tecnologia, suas causas e consequências.
Preferências temporais, motivações e valores serão invertidos: fama substituída por privacidade, consumo por poupança, relações gasosas por sólidas, popularidade por reputação, segurança por liberdade, dignidade por honra.
A ARTE DA MEMÓRI A - Frances A. Yates
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