sexta-feira, 12 de julho de 2024

Mister Johnny Volume 1- 12/07/2024 sexta-feira. Seleção de Melodias Black- SPOTIFY PODCASTER Obrigado DEUSSSSSS!





1- Sugarfoot ~ I'm Your Sugar - 1985

2- L.S.G. - My Body - 1997
3- Mary jane Girls - On the inside 1983

4- Terry Tate - Babies having babies 1989

5- Al B. Sure - Night and day - 1988

6-Keith Washington - Bring it on - 1998

7 - Rome - I belong to you 1997

8 - Gerald Alston - I can`t tell you - 1989

9 - Zapp and Roger Troutman -  Computer Love 1985


Quais são os 3 pilares da proposta triangular de Ana Mae Barbosa?
Sistematizada por Ana Mae Barbosa, a Proposta ou Abordagem Triangular está voltada para um ensino baseado em três eixos norteadores: a Leitura, a Contextualização e o Fazer Artístico; no qual ressalta a importância do aluno compreender e fazer essa leitura de imagens.

O que é apreciação estética e fruição na arte?
Trata-se da capacidade de perceber e valorizar a beleza e a harmonia em diversas formas de expressão, como pintura, música, literatura, arquitetura e design.

O que é: Apreciação Estética - CASA FLOR

Os três componentes da arte: tema, forma e conteúdo.


Artes Védicas – DANÇA – Cultura Védica

5369333217_0effcf5618_o

Registros históricos apontam a origem védica das danças tradicionais indianas.

De acordo com o Natya Shastra, a dança e o teatro teriam surgido e se desenvolvido juntos.

Natya Shastra é uma escritura compilada a partir dos Vedas, pelo sábio Bharata Muni. Data de no mínimo cinco mil anos. Ela define o drama como a conjunção da palavra, da mímica, da dança e da música. Versa, ainda, sobre o desenvolvimento das expressões artísticas, estabelecendo princípios técnicos e estéticos.

Natya Shastra é, na realidade, o tratado mais antigo sobre dramaturgia, do qual se tem notícia. Também é conhecido como Natya Veda, pois reúne todas as artes descritas nos Vedas – música, do Sama Veda; poesia e prosa, do Rig Veda; representação teatral, do Atharva Veda; gestos e pinturas corporais do Yajur Veda.

As danças indianas são baseadas em desejos religiosos e seus conteúdos temáticos são baseados na mitologia védica milenar extremamente rica. Constituem uma arte complicada que requer habilidade, trabalho duro e disciplina.

Dentro do natya, o abhinaya adquire formas diferentes em cada estilo. Uns mais exagerados que outros. Os temas do abhinaya também variam, mas cada estilo afirma os ensinamentos do navarasa, os nove estados de ânimo ou sentimentos: o amor, o desprezo, o pesar, a ira, o medo, o valor, o desgosto, a admiração e a paz.

Esses estados de ânimo encontram-se classificados no Natya Shastra. Nele, também são descritos os meios de expressá-los nos movimentos dos olhos, das sobrancelhas, do pescoço, das mãos e do corpo.

As escrituras citam quatro tipos de abhinaya – angika, as expressões corporais; vacika, fala ou canto; aharya, caracterização; e satvika, comportamento e emoções dos personagens. Os principais componentes de abhinaya são rasa (sabor) e bhava (sentimento ou emoção).

Existem ainda duas categorias de movimentos que qualquer bailarino, homem ou mulher, pode realizar. O tandava, aspecto masculino e vigoroso da dança. E o lasya, que representa o lado elegante e feminino.

Todos os estilos são executados com os pés descalços. Embora em alguns deles sejam utilizados os ghungroos (guizos nos tornozelos), para aumentar o ritmo dos passos. Os mudras (gestos com as mãos), os estilizados movimentos do rosto e dos olhos e os complexos esquemas rítmicos constituem outras características da dança clássica indiana.

Nos dias atuais, há sete estilos de danças clássicas na Índia: Bharatanatyam, em Tamil Nadu; Mohiniyattam e Kathakali, em Kerala: Kuchipudi, em Andhra Pradesh; Odissi, em Orissa; Manipuri, em Manipur; e Kathak, principalmente no Rajastão e em Uttar Pradesh. As correntes coreográficas associam-se à concepção do drama. Herdeiras do Natya Shastra, elas se desenvolvem seguindo tradição e técnicas de princípios semelhantes, como, por exemplo, o de que “o corpo inteiro deve dançar”.

Todas as posturas da dança têm um significado específico e representam alguma expressão da vida. A maioria retrata, por exemplo, o relacionamento amoroso entre casais de deuses, como Vishnu e Lakshmi, Rama e Sita, Krishna e Radha.

Da mesma forma que alimentos e flores, dança é uma oferenda aos deuses. Originalmente era apresentada nos templos, em salas especiais chamadas de Natyamandapas, por dançarinas chamadas de devadasis, do Sânscrito, que significa ‘servas de Deus’.

As devadasis levavam vidas muito austeras e executavam danças sagradas em homenagem aos deuses e deusas. Muitas se dedicavam a um deus, a quem serviam dançando em frente ao altar e em festivais em redor do templo.

Do século II ao VIII d.C., a dança indiana gradualmente foi se dissociando do drama. Surgiram, então, os diferentes estilos clássicos, que refletem as tradições particulares de cada região em que surgiram. No entanto, todos os estilos clássicos compartilham elementos básicos do nritta (dança pura), do nrittya (expressão do conteúdo dramático através da pantomima e do gesto) e do natya (drama).


O que é Estética na Filosofia?
Pedro Menezes
A Estética, também chamada de Filosofia da Arte, é uma das áreas de conhecimento da filosofia. Tem sua origem na palavra grega aisthesis, que significa "apreensão pelos sentidos", "percepção".

É uma forma de conhecer (apreender) o mundo através dos cinco sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato).

Importante saber que o estudo da estética, tal como é concebido hoje, tem sua origem na Grécia antiga. Entretanto, desde sua origem, os seres humanos mostram possuir um cuidado estético em suas produções.

Das pinturas rupestres, e os primeiros registros de atividade humana, ao design ou à arte contemporânea, a capacidade de avaliar as coisas esteticamente parece ser uma constante.

Mas, foi por volta de 1750, que o filósofo Alexander Baumgarten (1714-1762) utilizou e definiu o termo "estética" como sendo uma área do conhecimento obtida através dos sentidos (conhecimento sensível).

A estética passou a ser entendida, ao lado da lógica, como uma forma de conhecer pela sensibilidade.

Desde então, a estética se desenvolveu como área de conhecimento. Hoje, é compreendida como o estudo das formas de arte, dos processos de criação de obras (de arte) e em suas relações sociais, éticas e políticas.

A Beleza entre os Gregos
A filosofia grega, a partir de seu período antropológico, buscou perceber os motivos pelos quais as atividades humanas possuem um comprometimento com um valor estético: a beleza.

Desde o início dos tempos, a ideia de beleza e de bem fazer estão interligadas à produção e transformação da natureza.

Com isso, o filósofo grego Platão (427-347) buscou relacionar a utilidade com a ideia da beleza. Ele afirmou a existência do "belo em si", uma essência, presente no "mundo das ideias", responsável por tudo o que é belo.

Muitos dos diálogos platônicos têm como discussão o belo, sobretudo O Banquete. Nele, Platão se refere ao belo como uma meta a ser alcançada por todo o tipo de produção.

Entretanto, o filósofo une o belo à sua utilidade e ataca a poesia e o teatro grego. No pensamento platônico, esse tipo de atividade não possuía utilidade e gerava confusão acerca dos deuses e dos objetivos das ações humanas.

Vaso grego
Detalhe de um vaso grego. Na Grécia antiga, beleza e utilidade estavam relacionadas
Em seu livro A República, Platão deixa claro que na formulação de sua cidade ideal, a poesia grega seria afastada da formação dos homens por desvirtuar os indivíduos.

Em Aristóteles, há a compreensão de arte como técnica destinada à produção. O filósofo busca definir os termos gregos: práxis (ação), poiesis (criação) e techné (regras e procedimentos para se produzir algo).

Sendo assim, passa a ser entendido como arte, tudo o que passa por essas três dimensões, todo o tipo de trabalho e tudo aquilo que produz algo novo.

Entretanto, há uma forte hierarquia entre as artes gregas. As artes da razão, que trabalham com o intelecto, são entendidas como superiores às artes mecânicas, que trabalham com as mãos.

O trabalho com as mãos é compreendido como um trabalho menor, desvalorizado, destinado aos escravos. Cabia ao bom cidadão grego as atividades do intelecto como a matemática e a filosofia.

A Beleza ao Longo da História da Filosofia
A beleza era entendida pelos gregos em sua objetividade. Essa concepção foi mantida durante toda a Idade Média e estendida em sua relação com a religião. A ideia de perfeição e beleza estiveram relacionadas à manifestação da inspiração divina.

Durante o período, a arte foi utilizada como um instrumento a serviço da fé. Seu principal objetivo era revelar o poder da Igreja e expandir a religião cristã. A beleza em si mesma passou a ser relacionada ao pecado.

Com o fim da Idade Média, o Renascimento buscará separar-se da visão religiosa da beleza. A ideia da beleza passa a se relacionar com a reprodução mais fiel possível da realidade. O artista passa a assumir o protagonismo, sua qualidade técnica passa a ser valorizada.

A beleza, entendida em sua objetividade, vai estar relacionada com as proporções, formas e harmonia das representações da natureza. Essas características tornam-se expressões matematicamente presentes nas obras de arte.

Leonardo da Vinci - Homem Vitruviano e invenções
O Homem Vitruviano (c.1490). A produção de Leonardo da Vinci mostra a estreita relação entre arte e matemática no período. Na imagem, observam-se diversas invenções e ao centro, um corpo humano inscrito em figuras geométricas
Definiu-se, então, um campo relativo às sete artes (pintura, escultura, arquitetura, música, dança, teatro e poesia) ou, belas artes. Essa concepção de arte se mantém até os dias atuais, apesar de terem surgido novas formas de expressão artística (fotografia, cinema, design, etc.).

Baumgarten e a Origem da Estética
O filósofo alemão Alexander Baumgarten inaugurou a estética como área de conhecimento da filosofia. Buscou compreender os modos de reprodução da beleza pela arte.

Em boa parte, isso se deu pelo fato da arte ter se estabelecido como um ato de produção que pode estar associada a um valor econômico.

Para atribuir um valor a uma obra é necessária uma compreensão da arte que vai além do simples gosto. Baumgarten buscou estabelecer regras capazes de julgar o valor estético da natureza e da produção artística.

As bases definidas pelo filósofo propiciaram que ao longo do tempo a arte fosse concebida para além de sua relação com a beleza. A arte passa a se relacionar com outros sentimentos e emoções, que influenciam a identificação do que é belo e de seu valor.

Kant e o Juízo de Gosto
O filósofo Immanuel Kant (1724-1804) propôs uma importante mudança no que diz respeito à compreensão da arte. O filósofo tomou três aspectos indissociáveis que possibilitam a arte como um todo.

É a partir do pensamento do filósofo que a arte assume o seu papel como instrumento de comunicação. Para ele, a existência da arte depende de:

o artista, como gênio criador;
a obra de arte com sua beleza;
o público, que recebe e julga a obra.
Kant desenvolve uma ideia de que o gosto não é tão subjetivo como se imaginava. Para haver gosto, é necessário que haja educação e a formação desse gosto.

O artista, por sua vez, é compreendido como gênio criador, responsável por reinterpretar o mundo e alcançar a beleza através da obra de arte.

Seguindo a tradição iluminista, que busca o conhecimento racional como forma de autonomia, o filósofo retira a ideia do gosto como algo indiscutível. Ele vai contra a ideia de que cada pessoa possui o seu próprio gosto.

Para Kant, apesar da subjetividade do gosto, há a necessidade de universalizar o juízo de gosto a partir da adesão de outros sujeitos a um mesmo julgamento.

O filósofo buscou resolver essa questão através da ideia de que para alguma coisa ser considerada bela, é necessário antes, compreender o que ela realmente é. Sendo assim, a educação seria responsável pela compreensão da arte e, a partir daí, a formação do gosto.

Eugène Delacroix - A Liberdade Guiando o Povo
A Liberdade Guiando o Povo (1830), Eugène Delacroix. O quadro remonta o espírito da Revolução Francesa, inspirado pelo Iluminismo e que influenciou as artes, a política e a filosofia
O juízo de gosto une a universalidade da apreciação da beleza às singularidades e particularidades do artista, da obra e do público.

Escola de Frankfurt
Um importante ponto de mudança no estudo da estética foi introduzido por uma série de pensadores da Universidade de Frankfurt, na Alemanha.

Dentre esses pensadores destacam-se Walter Benjamin, Theodor Adorno e Max Horkheimer, que influenciados pelo pensamento de Karl Marx, tecem duras crítica ao capitalismo e seu modo de produção.

A partir desse pensamento, Walter Benjamin (1892-1940) publica uma importante obra chamada A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica (1936).

Nela, o filósofo afirma que a possibilidade de reproduzir obras de arte faria com que ela perdesse sua "aura" de originalidade, unicidade e de exclusividade das aristocracias.

Essa mudança poderia permitir o acesso à obra de arte pela classe trabalhadora, que antes estaria completamente excluída.

Por outro lado, dentro do sistema capitalista, a reprodução técnica da arte centraria seus esforços no lucro gerado pela distribuição massiva de reproduções. O valor da obra é transportado para sua capacidade de ser reproduzida e consumida.

Benjamin chama a atenção para o apelo à exposição e fala sobre uma nova forma de cultura que busca reproduzir a estética da arte. A política e a guerra, por exemplo, passam a suscitar emoções, e paixões, que antes eram próprias da arte, através da propaganda e dos espetáculos de massa.

Esse tipo de força estética pode ser observado na propaganda, nas paradas militares e nos discursos que continham uma multidão de pessoas presentes realizados pelo partido nazista.

Exposição “Arte degenerada”
Folheto de propaganda da Exposição “Arte degenerada” em 1938. Nela, nazistas ridicularizavam a arte moderna e expunham concepções estéticas proibidas
Com o fim da segunda guerra mundial, o nazismo foi derrotado, mas sua forma de propaganda e a massificação de elementos estéticos permaneceu e desenvolveu-se na chamada indústria cultural.

A Estética nos dias de Hoje
A estética, desde sua relação com o belo entre os gregos, sua definição como área do conhecimento por Baumgarten, até os dias de hoje, vem se transformando e buscando compreender os principais fatores que levam os indivíduos a possuírem um "pensamento estético".

A filosofia e a arte encontram-se na estética. Muitos são os pensadores que, ao longo do tempo, fizeram essa união como modo de compreender uma das principais áreas de conhecimento e atividade humana.

Hoje em dia, boa parte das teorias estéticas são produzidas, também, por artistas que visam unir a prática e a teoria na produção do conhecimento.

É o caso de Ariano Suassuna (1927-2014), dramaturgo, poeta e teórico da estética. No vídeo abaixo, ele fala do valor da arte popular e sua relação com a dominação cultural.

Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou Slideshare está com erro entre em contato.

quarta-feira, 10 de julho de 2024

My Body · LSG Levert.Sweat.Gill 1997

O Sistema é bruto! e o estamento é corrupto.

























 

 Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou Slideshare
está com erro entre em contato.

E se for R2 em ciências e biologia também está habilitado para educação infantil? (feito com Spreake)

terça-feira, 9 de julho de 2024

Quem ainda não entendeu o q aconteceu na pandemia tem ...

Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou slidshre está com erro entre em contato.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

A França está pagando o Preço? Mas, a população é culpada?







Bem sua colocação é pertinente, mas uma obs. A França fez a revolução francesa. Aí temos a base de tudo que é ruim. Inclusive o comunismo. Mas, colocar tudo nas costas da população francesa (europeia) aí não. Veja o Brasil, um país em sua grande maioria de pessoas conservadoras. Veja como estamos. Lembremos que a primeira tentativa de instalação do comunismo fracassou. Mas, foi bem-sucedido na União Soviética. Aí tivemos, a escola de Frankfurt e Gramsci.



Max Horkheimer (à esquerda), Theodor Adorno (à direita) e Jürgen Habermas (em segundo plano, à direita), Heidelberg (1964).

Antonio Sebastiano Francesco Gramsci
[4] (Italiano: [anˈtɔːnjo ˈɡramʃi] (escutar)Ales22 de janeiro de 1891 — Roma27 de abril de 1937) foi um filósofo marxistaescritorteórico políticojornalistacrítico literáriolinguistahistoriador e político italiano. Escreveu sobre teoria políticasociologiaantropologiahistória e linguística. Foi membro-fundador e secretário-geral do Partido Comunista da Itália, e deputado pelo distrito do Vêneto, sendo preso pelo regime fascista de Benito Mussolini. Gramsci é reconhecido, principalmente, pela sua teoria da hegemonia cultural que descreve como o Estado usa, nas sociedades ocidentais, as instituições culturais para conservar o poder.





 








 



 


 


 Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou Slideshare está com erro entre em contato.

Cortes: Governo confirma pente-fino em 800 mil benefícios do INSS

Entre 2023 e 2024, 29 entidades receberam mais de R$ 2 bilhões em descontos de aposentadorias.

O diretor de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), André Fidelis, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (05) devido à repercussão dos descontos de entidades sobre os vencimentos de aposentados. De acordo com as investigações, Fidelis era responsável por assinar acordos de cooperação com associações e sindicatos, permitindo que oferecessem serviços com planos de saúde, seguros e auxílio-funeral em troca de descontos das aposentadorias dos filiados ao INSS. As informações foram publicadas pelo Metrópoles.

O caso foi apurado pela Controladoria-Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o próprio INSS. O TCU ordenou uma investigação de responsabilidades e a interrupção dos descontos de entidades. Com base também em reportagens do Metrópoles, o Ministério Público Federal (MPF) articulou pela devolução de dinheiro aos aposentados e pela suspensão dessas práticas. Em meio às repercussões, Fidelis assinou ao menos sete novos termos de cooperação somente em 2024.

BSM todos os dias no seu e-mail

Segundo informações do Metrópoles, essas entidades registraram um crescimento substancial em suas receitas e no número de associados em meio a acusações de irregularidades na adesão de idosos. Entre 2023 e 2024, 29 entidades receberam mais de R$ 2 bilhões em descontos de aposentadorias. O faturamento mensal dessas organizações aumentou significativamente, passando de R$ 85 milhões para R$ 250 milhões durante esse período.

 


"Por apenas R$ 12/mês você acessa o conteúdo exclusivo do Brasil Sem Medo e financia o jornalismo sério, independente e alinhado com os seus valores. Torne-se membro assinante agora mesmo!"



Governo confirma pente-fino em 800 mil benefícios do INSS

INSS terá reavaliação de 800 mil benefícios Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, confirmou nesta sexta-feira (5) que a pasta, junto do INSS, iniciará nas próximas semanas o processo de reavaliação de benefícios mirando um público-alvo de 800 mil pessoas. Embora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha anunciado nesta semana que já foi possível identificar um montante de R$ 25,9 bilhões que poderão ser cortados no orçamento do próximo ano - pela revisão de cadastros de programas sociais também de outros ministérios -, Lupi evitou se comprometer com valores ao falar sobre o assunto.

De perfil político, o ministro da Previdência disse que benefícios serão cortados de quem não tiver direito, mas que não haverá “tribunal de inquisição” e que discutir “despesa com ser humano seria insensibilidade”.

Para interlocutores da equipe econômica, entretanto, o discurso de Lupi é político, no sentido de jogar com o público, porque ele está ciente do diagnóstico sobre a redução de despesas e tudo foi negociado internamente.

”Discutir despesa com ser humano, aquilo que é o maior investimento que se pode fazer no Brasil, que é sua gente, seu povo, é no mínimo insensibilidade. Não contem conosco, estamos para dar direito a quem tem direito, estamos aqui para sermos eficientes, competentes”, declarou o ministro ao discursar em evento de celebração dos 34 anos do INSS.

Publicidade

Em conversa com a imprensa, o ministro foi questionado sobre o número divulgado nesta semana por Haddad, e se tinha receio de haver um corte maior na Previdência. “Nenhum, porque é garantido com verbas obrigatórias”, respondeu Lupi.

O ministro não comentou o dado anunciado pelo chefe da equipe econômica, mas avaliou que a pasta está dando uma “grande contribuição” para a Fazenda com ações relativas ao Atestmed e a reavaliação de benefícios que será iniciada neste segundo semestre.

Publicidade

“O que estamos fazendo com muita eficiência, em uma grande contribuição para a Fazenda, é economizando em vários setores, como o Atestmed. E agora estamos começando um sistema de triagem de apuração de possíveis irregularidades, para corrigir rumos. De dois em dois anos se pode fazer isso, principalmente em benefícios temporários. Alguns erros podem ter sido cometidos”, comentou o ministro, que evitou anunciar uma meta de economia com a revisão que será iniciada pela pasta e pelo INSS.

”É uma checagem de possíveis irregularidades. Por exemplo, todos que têm mais de dois anos de benefício, que não é permanente - é o temporário - têm necessidade de fazer novo exame para saber se continua tendo aquele direito. Isso já está começando a ser organizado”, disse Lupi, que alega não ter ideia sobre a quantidade de benefícios que poderão ser cancelados nesta triagem.

“Mas só nesse foco inicial seriam 800 mil que passarão por espécie de pente-fino. Com certeza tem número razoável de irregularidades aí. Quem tiver sem direito a ter o benefício, será cortado. Aqui temos que dar direito a quem tem direito”, afirmou.

O ministro também comentou que essa reavaliação, de acordo com a lei, é obrigatória de ser feita a cada dois anos. Esse processo, contudo, não é feito desde 2019. Junto do ministro, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, disse ainda que o órgão espera alcançar a meta de redução de gasto de R$ 9,05 bilhões neste ano a partir das medidas de revisão e produtividade. Ele pontuou, por sua vez, que o INSS “não tem compromisso de cancelar 10 mil benefícios, 100 mil benefícios”.

“Confirmando a irregularidade, tem que ser cancelado, porque precisamos ter recursos para pagar a quem tem direito”, disse.

Lupi também foi perguntado sobre a previsão trazida no projeto de lei de diretrizes orçamentárias de 2025, de economia potencial no próximo de R$ 7,2 bilhões em benefícios previdenciários. Mas também evitou comentar o número.

“Não gosto de fazer avaliação de número sem ter alguma coisa concreta, eu acho que esse ano será maior do que era previsto, e a gente se aperfeiçoando a tendência é ser sempre um volume grande”, disse o ministro. Segundo ele, no primeiro semestre, o uso do Atestmed já possibilitou uma economia de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões para a Previdência.

O presidente Lula se reuniu hoje com integrantes do governo para discutir cortes de gastos.

Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou slidshre está com erro entre em contato.

Conversas sobre Didática,