terça-feira, 17 de junho de 2008

Memória: O Que é e Como Melhorá-la.



Memória: O Que é e Como Melhorá-la
Por Dra. Silvia Helena Cardoso
Copyright ©Silvia Helena Cardoso

O que nos faz lembrar de uma detalhada história ocorrida no passado? Como deixamos fluir naturalmente as frases complicadas de longas canções? Por que nunca nos esquecemos de como se dirige um automóvel?

Nestes exemplos, a memória surge como um processo de retenção de informações no qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando as chamamos. É uma função cerebral superior relacionada ao processo de retenção de informações obtidas em experiências vividas.

O termo memória tem sua origem etmológica no latim e significa a faculdade de reter e /ou readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças, reminiscências.

A memória é uma faculdade cognitiva extremamente importante porque ela forma a base para a aprendizagem. Se não houvesse uma forma de armazenamento mental de representações do passado, não teríamos uma solução para tirar proveito da experiência. Assim, a memória
envolve um complexo mecanismo que abrange o arquivo e a recuperação de experiências, portanto, está intimamente associada à aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o nosso comportamento através das experiências que foram armazenadas na memória; em outras palavras, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos e a memória é a retenção daqueles conhecimentos aprendidos.

Esta intrigante faculdade mental forma a base de nosso conhecimento, estando envolvida com nossa orientação no tempo e no espaço e nossas habilidades intelectuais e mecânicas.

Assim, aprendizagem e memória são o suporte para todo o nosso conhecimento, habilidades e planejamento, fazendo-nos considerar o passado, nos situarmos no presente e prevermos o futuro.

Tipos e Características da Memória

Pense na diferença entre memorizar a data de aniversário de alguns amigos versus aprender a andar de bicicleta.
As diversas coisas que aprendemos e lembramos não são processadas sempre pelo mesmo mecanismo neural.

Existem diferentes categorias de memórias, entre elas estão:

A memória ultra-rápida cuja retenção não dura mais que alguns segundos.

A memória de curto prazo (ou curta duração), que dura minutos ou horas e serve para proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente

A memória de longo prazo (ou de longa duração), que estabelece engramas (ou traços duradouros (dura dias, semanas ou mesmo anos).

Você acaba de ouvir o telefone ditado por alguém, mas em poucos segundos é incapaz de se lembrar de parte ou de todos aqueles números. Por que ?
Esta memória é temporária e limitada em sua capacidade, sendo armazenada por um tempo muito curto no cérebro, da ordem de milisegundos a poucos minutos. É a memória de curta duração.

Para que ela se torne permanente, ela requer atenção, repetições e idéias associativas. Mas, através de um mecanismo ainda não conhecido, você pode se lembrar subtamente de um fato esquecido, como aquele número de telefone que havia esquecido.
Neste caso, a informação foi armazenada na memória de longa duração que é mais permanente e tem uma capacidade muito mais ampla.
Para uma boa explicação sobre como é formada a memória de longa duração, veja o artigo do Prof. Izquierdo Os Labirintos da Memória.

O processo de armazenar novas informações na memória de longa duração é chamado de consolidação.

A memória para datas (ou fatos históricos e outros eventos) é mais fácil de se formar, mas ela é facilmente esquecida, enquanto que a memória para aprendizagem de habilidades tende a requerer repetição e prática.

Uma elaboração do conceito da memória de curta duração que tem sido feita nos últimos anos é a memória operacional (veja abaixo), um termo mais genérico para o armazenamento da informação temporária.
Muitos especialistas consideram memória de curta duração e memória operacional como a mesma coisa.
Entretanto, uma característica chave que distingue uma da outra é, não somente o seu aspecto operacional, como também as múltiplas regiões no cérebro onde o armazenamento temporário ocorre.
Isto implica que nós podemos não ser conscientes de todas as informações armazenadas ao mesmo tempo na memória operacional, nas diferentes partes do cérebro. Tomemos o exemplo de dirigir um carro. Esta é uma tarefa complexa que requer diversos tipos de informações processados simultaneamente, tais como a informação sensorial, cognitiva e motora.
Parece improvável que estes vários tipos de informação sejam armazenados em um único sistema de memória de curta duração.

Nossa habilidade de lembrar eventos não se reflete na operação de um único sistema de memória, mas em uma combinação de no mínimo duas estratégias usadas pelo cérebro para adquirir informação. Uma das estratégias é denominada de memória explicita, ou memória declarativa, requerendo participação consciente e envolvendo o hipocampo e o lobo temporal. a outra estratégia é a memória implícita, a qual não requer participação consciente, utilizando estruturas não corticais. Vejamos o significado de cada uma delas.

Memória operacional - é crucial tanto no momento da aquisição como no momento da evocação de toda e qualquer memória, declarativa ou não. Através dela armazenamos temporariamente informações que serão úteis apenas para o raciocínio imediato e a resolução de problemas, ou para a elaboração de comportamentos, podendo ser esquecidas logo a seguir. Em outras palavras, ela mantém a informação viva durante poucos segundos ou minutos, enquanto ela está sendo percebida ou processada. Armazenamos em nossa memória operacional, por exemplo, o local onde estacionamos o automóvel, uma informação que será necessária até o momento de chegarmos até o carro. Esta forma de memória é sustentada pela atividade elétrica de neurônios do córtex pré-frontal (a área do lobo frontal anterior ao cortex motor). Esses neurônios interagem com outros, através do cortex entorrinal, inclusive do hipocampo, durante a percepção, aquisição ou evocação.

Memória declarativa (ou explícita) é a memória para fatos e eventos, por exemplo, lembrança de datas, fatos históricos, números de telefone, etc. Reúne tudo o que podemos evocar por meio de palavras (daí o termo declarativa). Subcaracterizada em

  • episódica- quando envolve eventos datados, isto é relacionados ao tempo. Usamos a memória episódica, por exemplo, quando lembramos do ataque terrorista em 11 de setembro.
  • semântica- Abrange a memória do significado das palavras (do latin "significado").
    É a co-participação partilhada do significado de uma palavra que possibilita às pessoas manterem conversas com significado. A memória semântica ocorre quando envolve conceitos atemporais. Usamos este tipo de memória ao aprender que Einstein criou a teoria da relatividade, ou que a capital da Itália é Roma.


Memória não-declarativa (ou implícita) - Se difere da explícita (declarativa) porque não precisa ser verbalizada (declarada). É a memória para procedimentos e habilidades, por exemplo, a habilidade para dirigir, jogar bola, dar um nó no cordão do sapato e da gravata, etc. Pode ser de quatro subtipos.

  • memória adquirida e evocada por meio de "dicas" (Priming) (ou memória de representação perceptual) - que corresponde à imagem de um evento, preliminar à compreensão do que ele significa. Um objeto, por exemplo, pode ser retido nesse tipo de memória implícita antes que saibamos o que é, para que serve, etc. Considera-se que a memória pode ser evocada por meio de "dicas" (fragmentos de uma imagem, a primeira palavra de uma poesia, certos gestos, odores ou sons).
  • memória de procedimentos - refere-se às habilidades e hábitos. Conhecemos os movimentos necessários para dar um nó em uma garvata, nadar, dirigir um carro, sem que seja preciso descrevê-lo verbalmente.
  • memória associativa
  • memória não-associativa - Estas duas últimas estão estretitamente relacionadas a algum tipo de resposta ou comportamento. Empregamos a memória associativa, por exemplo, quando começamos a salivar pelo simples fato de olhar para um alimento apetitoso, por termos, em algum momento de nossa vida associado seu aspecto ou cheiro à alimentação. Por outro lado, usamos a memória não associativa quando, sem nos darmos conta, aprendemos que um estímulo repetitivo, por exemplo, o latido de um cãozinho, não traz riscos, o que nos faz relaxar e ignorá-lo.
Adaptado de 1

O hipocampo e o cortex temporal (veja abaixo) parecem estar envolvidos na formação da memória declarativa, mas não na memória de procedimentos. Enquanto que certos núcleos do cerebelo e medula espinhal parecem ser necessários para a formação de memórias de procedimento, mas não intervêm na memória declarativa. Devido a esta organização anatômica, assume-se que a memória declarativa é controlada por mecanismos cerebrais superiores, enquanto que a memória de procedimentos parece depender de sistemas e regiões inferiores.


Os Mecanismos Cerebrais da Memória

A memória não está localizada em uma estrutura isolada no cérebro; ela é um fenômeno biológico e psicológico envolvendo uma aliança de sistemas cerebrais que funcionam juntos.

O lobo temporal é uma região no cérebro que apresenta um significativo envolvimento com a memória. Ele está localizado abaixo do osso temporal (acima das orelhas), assim chamado porque os cabelos nesta região frequentemente são os primeiros a ser tornarem brancos com o tempo.

Existem consideráveis evidências apontando esta região como sendo particularmente importante para armazenar eventos passados.

O lobo temporal contém o neocórtex temporal, que pode ser a região potencialmente envolvida com a memória a longo prazo.

Nesta região também existe um grupo de estruturas interconectadas entre si que parece exercer a função da memória para fatos e eventos (memória declarativa), entre elas está o hipocampo, as estruturas corticais circundando-o e as vias que conectam estas estruturas com outras partes do cérebro.

O hipocampo ajuda a selecionar onde os aspectos importantes para fatos e eventos serão armazenados e está envolvido também com o reconhecimento de novidades e com as relações espaciais, tais como o reconhecimento de uma rota rodoviária.

A amígdala, por sua vez, é uma espécie de "aeroporto" do cérebro. Ela se comunica com com o tálamo e com todos os sistemas sensoriais do córtex, através de suas extensas conexões. Os estímulos sensoriais vindos do meio externo como som, cheiro, sabor, visualização e sensação de objetos, são traduzidos em sinais elétricos, e ativam um circuito na amígdala que está relacionado à memória, o qual depende de conexões entre a amígdala e o tálamo.

Conexões entre amígdala e hipotálamo, onde as respostas emocionais provavelmente se originam, permitem que as emoções influenciem a aprendizagem, porque elas ativam outras conexões da amígdala para as vias sensoriais, por exemplo, o sistema visual.

O Córtex pré-frontal exibe também um papel importante na resolução de problemas e planejamento do comportamento. Uma razão para se acreditar que o córtex pré-frontal esteja envolvido com a memória, é que ele está interconectado com o lobo temporal e o tálamo.

O Crescimento do Cérebro

O processo de memorização é complexo envolvendo sofisticadas reações químicas e circuitos interligados de neurônios.
As células nervosas ou neurônios, quando são ativadas liberam hormônios ou neurotransmissores que atingem outras células nervosas através de ligações denominadas sinapses.
Os fatos antigos naturalmente têm mais tempo de se fixar em nosso banco de dados e daí sua melhor fixação, o que não ocorre com fatos recentes, que têm pouco tempo para se fixarem e ainda podem ter sua capacidade de fixação alterada por razões relacionadas a variações de estado emocional ou a problemas de ordem física.

Você sabia que toda vez que você aprende alguma coisa ou adquire alguma experiência, as células do seu cérebro sofrem uma alteração e essa alteração refletirá em seu comportamento?

Por exemplo, se você já passou por uma rua à noite e percebeu que ali haviam pessoas com aparência estranha e perigosa, você evitará passar por aquela rua novamente.
Ou, se uma criança levou um choque ao colocar o dedinho dentro de uma tomada elétrica, ela nunca mais emitirá aquele comportamento.
Nestes exemplos, o comportamento foi modificado em decorrência de uma experiência.Cadacélula cerebral(ou neurônio)contribui para o comportamento e para a atividade mental, conduzindo ou deixando de conduzir impulsos.
Todos os processos da memória são explicados em termos dessas descargas.

Neurônios recebem sinais nervosos de axônios de outros neurônios. A maioria dos sinais é liberada aos dendritos (1). Os sinais gerados por um neurônio são enviados através do corpo celular (2), que contém o núcleo (2a), o "armazém" de informações genéticas. Axônios (3) são as principais unidades condutoras do neurônio. O cone axonal (2b) é a região na qual os sinais das células são iniciados. Células de Schwann (6), as quais não são partes da célula nervosa, mas um dos tipos das células gliais, exercem a importante função de isolar neurônios por envolver seus processos membranosos ao redor do axônio formando a bainha de mielina (7), uma substância gordurosa que ajuda os axônios a transmitirem mensagens mais rapidamente do que as não mielinizadas. A mielina é quebrada em vários pontos pelos nodos of Ranvier (4), de forma que em uma secção transversal o neurônio se parece como um cordão de salsichas. Ramos do axônio de um neurônio (o neurônio pré-sináptico) transmitem sinais a outro neurônio (o neurônio pós-sináptico) em um local chamado sinapse (5). Os ramos de um único axônio podem formar sinapses com até 1000 outros neurônios.

Fig.1. A Estrutura do Neurônio. Um neurônio típico tem quatro regiões morfologicamente definidas: dendritos (1), corpo celular (2), axônio (3), e terminais pré-sinápticos (5).

As alterações celulares decorrentes da aprendizagem e memória são chamadas de plasticidade.
Elas se referem a uma alteração na eficiência das sinapses e podem aumentar a transmissão de impulsos nervosos, modulando assim o comportamento.
A experiência pode se dar por uma aprendizagem ativa ou pela convivência em lugares enriquecidos com indivíduos, cores, música, sons, livros, cheiros, etc.

Em laboratórios científicos também foi possível demonstrar que ratinhos apresentam um número muito maior de células cerebrais interconectadas umas com as outras quando eles vivem em conjunto em uma gaiola cheia de brinquedos como rodinhas, bolas, etc., do que os ratos que vivem em uma gaiola sozinhos e sem nada para fazer ou aprender.

Alguns dos maiores estudiosos do fenômeno da aprendizagem e memória na década de 40, Donald Hebb, de Montreal , e Jersy Konorski, da Polônia, foram os primeiros a acreditar que a memória deve envolver mudanças ou aumentos nos circuitos nervosos.

Circuitos nervosos são conjuntos de neurônios que se comunicam entre si através de junções denominadas de sinapses.

Retirado de Racicocínio Lógico Matemático, 2002. Tese de doutorado de Waldemar de Maio

Quando uma célula é ativada, é desencadeada a liberação de substâncias químicas nas sinapses, chamadas neurotransmissores, tornando-as mais efetivas. Pesquisas encontraram que neurônios "exercitados" possuem um número maior de ramificações (dendritos) se comunicando com dendritos de outros neurônios.
Assim, para que as memórias sejam criadas, é preciso que as células nervosas formem novas interconecções e novas moléculas de proteína.

Perda da Memória

A perda de memória pode estar associada a determinadas doenças neurológicas, a distúrbios psicológicos, a problemas metabólicos e também a certas intoxicações.
A forma mais freqüente de perda de memória é conhecida popularmente como "esclerose" ou demência.
A demência mais comum é a doença de Alzheimer que se caracteriza por acentuada perda de memória acompanhada de graves manifestações psicológicas como por exemplo a alienação.

Estados psicológicos alterados como o estresse, a ansiedade e a depressão podem também alterar a memória.

A falta de vitamina B1 (tiamina) e o alcoolismo levam a perda da memória para fatos recentes e com freqüência estão associados a problemas de marcha e de confusão mental.

Doenças da tireóide, como o hipotireoidismo, se acompanham de comprometimento da memória.

O uso de medicação tranqüilizante ("calmantes") por tempo prolongado provoca a diminuição da memória e favorece também a depressão, o que leva a uma situação que pode se confundir com a demência.

A vida sedentária com excesso de preocupações e insatisfações, bem como uma dieta deficiente, favorece a perda de memória.

Contrariamente ao esquecimento comum ocorrido normalmente no dia-a-dia de nossas vidas, existem algumas doenças e injúrias no cérebro que causam séria perda de memória e também interferem com a capacidade de aprender.
A esta inabilidade dá-se o nome de Amnésia.

Fatores que podem causar perda total ou parcial da memória:

Concussão
Alcoolismo crônico
Drogas e Medicamentos
Tumor cerebral
Encefalite
Concussão

A Concussão ou traumatismo do cérebro pode causar perda da memória manifestada de diferentes formas:

- Amnésia retrógrada:
Os eventos ocorridos antes do trauma (no momento ou meses e anos antes) não serão lembrados, mas a pessoa se lembra de coisas após o trauma.

- Amnésia anterógrada:
Os eventos ocorridos após o trauma não serão lembrados. Em casos mais severos, a pessoa pode ser incapaz de aprender qualquer coisa nova, como é o caso de um paciente que todas as vezes que encontrava o seu médico o cumprimentava como se fosse a primeira vez que o visse.

- Amnésia transitória global:
É uma forma de amnésia que dura um curto período de tempo e envolve a amnésia anterógrada acompanhada pela retrógrada.
Este tipo de amnésia é causado por isquemia cerebral (redução temporária do suprimento sanguíneo).
De acordo com Bear e cols., 1996 , embora raros, existem registros deste tipo de amnésia causado por:

  • Stress
  • Acidente de carro
  • Jogo de futebol
  • Drogas
  • Banho frio
  • Sexo
Alcoolismo crônico

Alcool. O alcoolismo é um dos mais sérios candidatos a afetar a memória. O alcool afeta especialmente a memória a curta duração, o que prejudica a habilidade de reter novas informações. Estudos mostraram que mesmo a ingestão de baixas quantidades de bebida alcoólica durante toda a semana interfere com a habilidade de lembrar.

Drogas e Medicamentos

Medicação.Algumas drogas podem causar perda da memória: tranquilizantes, relaxantes musculares, pilulas para dormir, e drogas anti-ansiedade, particularmente os benzodiazepínicos que incluem o diazepam (valium) e lorazepam. Algumas drogas cardíacas, tais como o propanolol, que é usada para contralar a pressão alta (hipertensão) pode causar problemas de memória e depressão.

Fumo. Já é conhecido que o fumo quebra a quantidade de oxigênio que chega ao cérebro e este fato muitas vezes afeta a memória. Estudos mostraram que fumantes de um ou mais pacotes de cigarros por dia tiveram dificuldades em lembrar de faces e nomes de pessoas em teste de memória visual e verbal, quando comparados com indivíduos não fumantes (Turkington, 1996).

Cafeína. Café e chá têm um efeito muito positivo para manter a atenção e acabar com o sono, mas a excitação provocada por estas bebidas pode interferir com a função da memória.

Tumor cerebral

O Tumor cerebral pode evoluir com problemas de memória além de outros sintomas próprios.

Encefalite

Nas Encefalitese no acidente vascular cerebral também podem ocorrer problemas em diversas fases da memória.

Como Melhorar a Sua Memória

Existem muitas coisas que você pode fazer para melhorar a sua memória, entre as quais o uso de determinadas técnicas mentais, e os cuidados com a nutrição e os medicamentos.Estimular a memória. Utilize ao máximo a sua capacidade mental. Desafie o novo. Aprenda novas habilidades. Se você trabalha em um escritório, aprenda a dançar. Se for um dançarino, aprenda a lidar com computador; se trabalhar com vendas, aprenda a jogar xadrez; se for um programador, aprenda a pintar.
Isto poderá estimular os circuitos neurais do seu cérebro a crescerem.

Prestar atenção. Não tente guardar todos os fatos que acontecem, mas focalize sua atenção e se concentre naquilo que você achar mais importante, procurando afastar de si todos os demais pensamentos.
Exercício: pegue um objeto qualquer, por exemplo, uma caneta e se concentre nela. Pense sobre suas diversas características: seu material, sua função, sua cor, sua anatomia, etc. Não permita que nenhum outro pensamento ocupe a sua mente enquanto voce estiver concentrado na caneta.

Relaxar. É impossível prestar atenção se você estiver tenso ou nervoso.
Exercício: prenda a respiração por dez segundos e vá soltando-a lentamente.

Associar fatos a imagens. Aprenda técnicas mneumônicas.Elas são uma forma muito eficiente de memorizar grande quantidade de informação.

Visualizar imagens. Veja as figuras com os "olhos da mente".
Exercício:

  • Feche os olhos e imagine um bife frito, grande e suculento.
  • Sinta o o aroma e a maciez da carne.
  • Imagine-se cortando a carne com uma faca e um garfo e soboreando-a.
Se a sua boca se encheu de água enquanto você visualizou esta cena, então você fez um bom trabalho!
Faça exercícios com outros objetos como: um prato de sopa, uma taça de sorvete, uma torta de chocolate, em uma sala de dentista, em uma sala de exame, etc.

Alimentos. Algumas vitaminas são essenciais para o funcionamento apropriado da memória: tiamina, ácido fólico e vitamina B12. São encontradas no pão e cereais, vegetais e frutas. Alguns especialistas afirmam que vitaminas sintetizadas melhoram a memória, mas outros duvidam dizendo que estudos não comprovaram que estes nutrientes funcionam.

Água.A água ajuda a manter bem funcionante os sistemas da memória, especialmente em pessoas mais velhas. De acordo com a Dra.Turkington, a falta de água no corpo tem um efeito direto e profundo sobre a memória; a desidratação pode levar a confusão e outros problemas do pensamento.

Sono. Afim de se conseguir uma boa memória, é fundamental que se permita sono suficiente e descanso do cérebro. Durante o sono profundo, o cérebro se desconecta dos sentidos e processa, revisa e armazena a memória.
A insônia leva a um estado de fadiga crônica e prejudica a habilidade de concentrar-se e armazenar informações.

Dicas tais como : tomar notas, organizar-se, usar um diário, manter-se em forma, check up regular da saúde, etc

Como Melhorar Sua Memória

A contínua atividade intelectual como a leitura, exercícios de memória, palavras cruzadas e jogo de xadrez auxiliam a manutenção da memória.
O estilo de vida ativo com atividade física feita com regularidade e uma dieta saudável são básicas para a manutenção da memória.

A diminuição da memória que ocorre na 3a. Idade, na maioria das vezes é absolutamente benigna, mas freqüentemente, por falta de melhor informação, angustia o idoso que tem dificuldade de aceitá-la como um fato normal.
A perfeita compreensão do fato inexorável e a utilização de uma agenda para as anotações dos fatos recentes, ajudam a conviver satisfatoriamente com o problema.

Uma excelente oportunidade para o resgate e desenvolvimento de potencialidades presentes durante toda a vida, é a participação em grupos educativos e terapêuticos.

Exercícios cerebrais feitos de maneira rotineira apresentam efeitos muito positivos sobre a memória.
Semelhante ao que ocorre com exercícios musculares realizados para se manter a forma física, a atividade cerebral também deve ser realizada com freqüência, sempre procurando estimular nossos principais sentidos: olfato, paladar, tato, visão e audição, bem como nossa memória e inteligência.

Esse tipo de exercício pode ser denominado "Fitness" Cerebral, que é a capacidade de se manter um estado adequado, em forma.

O declínio de nossas funções mentais que ocorre com a idade, se deve em grande parte à falta de atividade mental que com freqüência segue paralelamente ao envelhecimento.
Vários trabalhos científicos realizados em diversos países demonstram claramente que o declínio mental que ocorre com a idade pode ser evitado.

O conceito de que a função faz o órgão aplica-se tanto ao "fitness" muscular quanto ao "fitness" cerebral.

Devemos identificar nossas diversas habilidades mentais e exercitá-las sempre com regularidade.

Devemos estimular nossas percepções, nossa memória (recente e antiga), noções espaciais, habilidades lógicas e verbais, etc.

Os exercícios cerebrais nada mais são do que estímulos às funções cerebrais que podem estar decadentes devido à idade e que já foram ativas no passado.
A ativação deve ser feita diariamente, durante as atividades normais, como o caminhar, durante as refeições ou mesmo durante as compras.

Todo dia procure observar um objeto ou pessoa e desenhe suas principais características.
No fim de semana procure recordar as figuras.
É um tipo de exercício de memória.

Procure identificar ingredientes dos alimentos pelo gosto e pelo cheiro.
Faça isto diariamente e depois procure recordar dos mesmos.

Memorize os preços das coisas sempre que possível e procure recordá-las mais tarde.

Procure identificar as pessoas pela voz ao usar o telefone, por exemplo.
Memorize números de telefones.
Memorize no fim do dia as pessoas com quem falou.
Depois, procure lembrar-se do mesmo para toda semana.
Utilize sempre de anotações para consultas posteriores.

Inúmeras outras situações podem ser criadas a partir dessas idéias ( vide também Informe do dia 20-10-2000 - Memória ).

DICAS PARA MELHORAR A MEMÓRIA

Estimular a memória:

Atividade diária:
Praticar jogos de xadrez, palavras cruzadas, exercícios simples como recordar fatos do dia-a-dia (o que comeu no almoço, o que leu no jornal do dia, o que ocorreu no último capítulo da novela, etc.)

Aprender novas habilidades: computador, pintura, música, etc.

Cultivar a atenção:
Ater-se aos fatos mais importantes dos que ocorreram durante o dia e procurar guarda-los; exercitar-se com objetos simples mantendo a concentração.
(pegue um relógio, por exemplo, e procure concentrar-se no mesmo, observando suas características, etc); exercitar-se com um texto e procurar refletir somente sobre o mesmo (um poema, um salmo, etc).

Exercícios mnemônicos:
Associar fatos a imagens e procurar guardá-los na memória. Imaginar um alimento suculento e imaginar todas as suas características a ponto de sentir prazer.

Alimentação:
A boa alimentação é fundamental para a conservação da memória. Deve-se evitar excessos. Deve-se entender que uma boa alimentação é a bem balanceada entre proteínas, gorduras e açúcar, sendo rica em vitaminas. A tiamina, o ácido fólico e a vitamina B12 são importantes para o metabolismo dos neurotransmissores envolvidos no processo da memória, devendo ser utilizados de preferência produtos naturais .
A água é muito importante, devendo se ter cuidado em manter-se a hidratação.

Psiquismo:
Estar relaxado e emocionalmente bem, é fundamental para manter uma boa atenção de conservar a memória. A tensão e a ansiedade prejudicam a memória. A depressão dificulta muito o processo de memorização.

Atividade física:
Os exercícios feitos regularmente trazem benefícios importantes para o processo de memorização. Uma simples caminhada diária é o suficiente.

Sono:
O repouso cerebral é muito importante para se ter uma boa memória. Quem sofre de insônia tem sua memória prejudicada.

LEMBRE-SE:
Não existem medicamentos específicos para o tratamento da perda da memória.
A Gingko Biloba é a droga hoje em dia mais utilizada numa tentativa de diminuir a perda da memória ou mesmo regredir um quadro já instalado.
Ela é extraída de folhas de uma árvore muito comum na Europa e nos Estados Unidos, sendo muito popular na Alemanha, onde tem seu uso aprovado oficialmente.
É conhecida há centenas de anos, tendo ampla gama de efeitos, atuando em problemas cardiovasculares, neurológicos e metabólicos.
É uma substância que atua na circulação cerebral, sendo muito utilizada na velhice, com a finalidade de melhorar problemas de memória, dificuldades de concentração e confusão mental.
Tem sido utilizada nas fases iniciais da Doença de Alzheimer, no combate aos problemas cognitivos próprios da doença, melhorando o comportamento.
Infelizmente esses resultados são muito discutidos e controversos.
Não se sabe bem como age, mas parece ativar a circulação cerebral melhorando o aproveitamento do oxigênio pelas células nervosas.

Então, para conservar ou melhorar sua memória, a melhor maneira é EXERCITÁ - LA !

Bibliografia

1. Bear, M.F.; Connors, Barry W. e Paradiso, Michael - Neuroscience: Exploring the Brain. Em: Memory Systems, pp514 a 545. Editora Williams & Wilkins, 1996.
2. Bear, F.M.; Connors, B.W and Paradiso, M.A. - Structure of the Nervous System. In: Neuroscience. Exploring the Brain - F.M. Bear.; B.W Connors, and M.A. Paradiso (eds.) - Williams & Wilkins pp.152-185, 1996
3. Turkington, C. - Improve your memory through your lifestyle. Em: C. Turkington (ed.). 12 Steps to a Better Memory.Editora Macmillan. 12:129-140, 1996.

Para Saber Mais

Em Português

Os labirintos da Memória - Ivan Izquierdo - Ciência Hoje
Seminário de Neurofisiologia: Memória
Neurofisiologia - Memória
Aprendizagem e Memória

Em Inglês
How Memory Works:
Memory
Scientists Reveal Details of Brain Cell Communication: Implications for Learning & Memory
How Good Is Your Memory?
How Does Our Memory Work?
Physiology of our memory
Uncovering the molecular networks in brain synapses that are the substrate of learning and memory
Learning and memory I

http://www.cerebromente.org.br/n01/memo/memoria.htm
Dando continuidade a este tema, veja abaixo um vídeo em 5 partes sobre o cérebro.
Para ter acesso basta clicar no menu, desta tela virtual. Está em espanhol.

http://www.youtube.com/watch?v=MyIZfnW4-ro

Obrigado pela visita, volte sempre.

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade




Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

(Redirecionado de Desatenção)

Portal A Wikipédia possui o
Portal de educação
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{{{Portal3}}}
{{{Portal4}}}
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O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma doença, ou melhor dizendo um transtorno neurobiológico, inicialmente vinculado a uma lesão cerebral mínima. Nos anos 60, devido à dificuldade de comprovação da lesão, sua definição adquiriu uma perspectiva mais funcional, caracterizando-se como uma síndrome de conduta, tendo como sintoma primordial a atividade motora excessiva. Existe também o Distúrbio do déficit de atenção sem hiperatividade. A doença nasce com o indivíduo e já aparece na pequena infância, quase sempre acompanhando o indivíduo por toda a sua vida.
O transtorno se caracteriza por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade, mesmo quando o paciente tenta não mostrá-lo. Existem vários graus de manifestação do TDAH, os mais caracterizados são tratados com medicamentos, como o cloridrato de metilfenidato (Ritalina em sua versão comercial). Recebe às vezes o nome DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) ou SDA (Síndrome do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, as iniciais de Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD.)
Na década de 80, a partir de novas investigações, passou-se a ressaltar aspectos cognitivos da definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida. É uma doença reconhecida pela OMS (Organização Mudial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos que têm este transtorno ou distúrbios quanto aos seus familiares. Há muita controvérsia sobre o assunto. Há especialistas que defendem o uso de medicamentos e outros que, por tratar-se de um Transtorno Social, o indivíduo deve aprender a lidar com ele sem a utilização de medicamentos.
Segundo Rohde e Benczick o TDAH é um problema de saúde mental que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar; podendo ser acompanhado de outros problemas de saúde mental. Os autores Rohde e Benczich, caracterizam o TDAH em dois grupos de sintomas.
A imagem da esquerda ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa sem TDAH e a imagem da direita de uma pessoa com TDAH. Há certa controvérsia sobre o estudo do Dr. Alan Zametkin que produziu estas imagens, pois as crianças que fizeram parte do estudo tinham maioritariamente disfunções severas.
A imagem da esquerda ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa sem TDAH e a imagem da direita de uma pessoa com TDAH. Há certa controvérsia sobre o estudo do Dr. Alan Zametkin que produziu estas imagens, pois as crianças que fizeram parte do estudo tinham maioritariamente disfunções severas.


Sintomas relacionados a desatenção:
  • não prestar atenção a detalhes;
  • ter dificuldade para concentrar-se;
  • não prestar atenção ao que lhe é dito;
  • ter dificuldade em seguir regras e instruções;
  • desvia a atenção com outras atividade;
  • não terminar o que começa;
  • ser desorganizado;
  • evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
  • perder coisas importantes;
  • distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo;
  • esquecer compromissos e tarefas.
  • Problemas financeiros,
  • Tarefas complexas se tornam entediantes e ficam esquecidas
  • Dificuldade em fazer planejamento de curto ou de longo prazo

Os sintomas relacionados a hiperatividade/impulsividade

  • ficar remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado;
  • não permanecer sentado por muito tempo;
  • pular, correr excessivamente em situações inadequadas;
  • sensação interna de inquietude;
  • ser barulhento em atividades lúdicas;
  • ser muito agitado;
  • falar em demasia;
  • responder às perguntas antes de concluídas;
  • ter dificuldade de esperar sua vez;
  • intrometer-se em conversas ou jogos dos outros.
Para se diagnosticar um caso de TDAH é necessário que o indivíduo em questão apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses.

Causas

As pesquisas têm apresentado como possíveis causas de TDAH a hereditariedade, problemas durante a gravidez ou no parto, exposição a determinadas substâncias (chumbo) ou problemas familiares como: um funcionamento familiar caótico, alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução, famílias com baixo nível socio-econômico, ou famílias com apenas um dos pais. Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo ou de oposição desafiante nas crianças. Segundo Goldstein, alguns fatores podem propiciar o aparecimento do TDAH quando em condições favoráveis, por isso as causas do TDAH são de uma vulnerabilidade herdada ao transtorno que vai se manifestar de acordo com a presença de desencadeadores ambientais. A ansiedade, frustração, depressão ou criação imprópria podem levar ao comportamento hiperativo.

Quem pode diagnosticar TDAH

O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente clínico, podendo ser feito por profissional que conheça profundamente o transtorno e uma vez diagnosticado, o tratamento baseia-se em medicação se necessário e acompanhamento psicológico, fonoaudiológico ou psicopedagógico. O termo hiperatividade tem sido popularizado e muitas crianças rotuladas erroneamente. É preciso cuidado ao se caracterizar uma criança como portadora de TDAH. Somente um médico (preferencialmente psiquiatra) ou psicólogo especializados podem confirmar a suspeita de outros profissionais de áreas afins, como fonoaudiólogos, educadores ou psicopedagogos, que devem encaminhar a criança para o devido diagnóstico. Hoje já se sabe que a área do cérebro envolvida nesse processo é a região orbital frontal (parte da frente do cérebro) responsável pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo autocontrole e pelo planejamento para o futuro. Entretanto, é importante frisar que o cérebro deve ser visto como um órgão cujas partes apresentam grande interligação, fazendo com que outras áreas que possuam conexão com a região frontal possam não estar funcionando adequadamente, levando aos sintomas semelhantes aos de TDAH. Os neurotransmissores que parecem estar deficitários em quantidade ou funcionamento, em indivíduos com TDAH, são basicamente a dopamina e a noradrenalina, que precisam ser estimuladas através de medicações.
Algumas pessoas precisam tomar estimulantes como forma de minorar os sintomas de déficit de atenção/hiperatividade, entretanto nem todas respondem positivamente ao tratamento. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.

O uso de medicamentos

Advertência: A Wikipedia não é um consultório médico.
Se necessita de ajuda, por favor consulte um profissional de saúde.
É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo ou de oposição desafiante nas crianças, o que pode ser denomiado de Hiperatividade de fundo social, diferente de TDAH.
  • Nota: Alguns autores usam a terminologia Desordem em lugar de Transtorno, portanto DDAH em lugar de TDAH.

Perguntas Freqüentes


Ver também


Ligações externas


Física: Cinemática - Movimento. vestibular em foco



Cinemática
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A cinemática (do grego kinema, movimento) é o ramo da física que procura descrever os movimentos sem se preocupar com as forças que originam estes movimentos. A análise desta forças é deixada para a dinâmica. Para isso, organiza informação sobre a posição, o deslocamento, o espaço percorrido, a velocidade, a rapidez e a aceleração dos corpos.

Conceitos

Unidades de medida

Posição e derivadas de posição

Definimos posição como um vetor r, com relação a uma origem fixa no espaço. Se r é uma função do tempo t, definimos r(t), e tomamos o tempo t a partir de um instante inicial arbitrário. Então temos que forma mais singela. Definimos primeiro o tempo inicial como t0, que é, por assim dizer, o momento em que disparamos um cronômetro do nosso experimento; e definimos o tempo final simplesmente como t ou tfinal. Se definirmos a posição inicial como r0, então definimos a posição final com o símbolo r ou rfinal. Agora, tendo já definidas as quantidades fundamentais, podemos expressar as quantidades físicas em termos aproximados do seguinte modo:

A velocidade do objeto é definida por:

{\mathbf{v}} = \frac{x - x_0}{t - t_0}

Ou ainda com a expressão:

{\mathbf{v}} = \frac{\Delta x}{\Delta t}

A aceleração define-se por:

{\mathbf{a}} = \frac{v - v_{0}}{t - t_{0}}

Outros resultados

A segunda lei de Newton permite obter outros resultados, por sua vez considerados leis. Ver por exemplo momento angular.

As fórmulas descritas anteriormente dão o resultado em termos de velocidade média e aceleração média. Pra conseguir calcular a velocidade e a aceleração instantâneas é necessário utilizar derivada que mede a velocidade em um intervalo que tende a zero. O mesmo se aplica à aceleração. A aceleração é a variação da velocidade num tempo que tende a zero.

Vi=dx/dt

ai=dx²/d²t

Ver também

Ligações externas


vestibular em foco

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.Curso: Redação em português. 8. As noções básicas textuais. (parte 8 de 12).


8. As noções básicas textuais


Capítulo anterior: 7 - Textos criativos
Capítulo siguiente: 9 - Erros de construçao

Se o professor quer que o estudante aprenda realmente, ele necessita ensinar, de uma maneira que todos estejam motivados a entender o processo da redação. Para isso, o professor possibilitará aos discentes as noções básicas de um texto, pois isso os ajudará a ter mais confiança em si mesmos. Esses primeiros passos são: o aspecto estético, gramatical, estilístico e estrutural do texto.

No aspecto estético, fala-se do belo e da harmonia na arte e natureza; no caso da redação, o professor orientará o discente a fazer com que escreva bonito, como: letra, margens, paragrafação, travessão, sem rasuras. Na visão de Soares (2002, p,3),"No aspecto estético devemos considerar a legibilidade da letra, a paragrafação, se as margens estão regulares, o uso do travessão e a ausência de rasuras" . Por isso, é importante rascunho, porque pode corrigir antes de passar para a folha definitiva, e assim ter ordem. Portanto, o aluno deve ter consciência do aspecto da beleza.

No segundo aspecto, o gramatical, está-se falando de regras para falar e escrever numa dada língua; o aluno tem que verificar no final da redação se a ortografia, acentuação, concordância, pontuação, colocação pronominal e regência verbal estão adequados:

No sentido mais comum, o termo gramática designa um conjunto de regras que devem ser seguidas por aqueles que querem "falar e escrever corretamente". Neste sentido, pois, gramática é um conjunto de regras a serem seguidas. Usualmente, tais regras prescritivas são expostas, nos compêndios, misturadas com descrições de dados, em relação aos quais, no entanto, em vários capítulos das gramáticas, fica mais do que evidente que o que é descrito é, ao mesmo tempo, prescrito. Citem-se como exemplos mais evidentes os capítulos sobre concordância, regência e colocação dos pronomes átonos. (POSSENTI, 1984, p. 31).

O discente pode levar livros de gramática para consulta, porque são muitas as regras e não é necessário que decore todas; seria bom levar um dicionário para ajudá-lo no texto. Mas, se o aluno tem boa memória seria mais rápido revisar o texto.

No terceiro aspecto, o estilístico, que quer dizer - arte de bem escrever - segundo Bernardo (2000, p.114), são "os elementos de expressividade da linguagem, isto é, os elementos capazes de impressionar, emocionar, sugestionar, convencer". Então, para que se cumpra tudo isso, deve-se escolher as palavras adequadas ou frases que motivem ao leitor a continuar lendo até o final do texto.

No tocante ao aspecto estilístico da redação devemos tomar cuidado com o uso de frases longas, a repetição desnecessária de palavras, o emprego de palavras desnecessárias, o uso inadequado do pronome "onde", o emprego repetitivo das palavras "que", "porque" e "mas", a presença de conectivos da língua falada, e a prolixidade, a qual poderia tornar o texto demasiadamente longo e enfadonho. (SOARES, 2002, p. 3).

Isso comprova que falar e escrever são duas palavras diferentes. Quando a pessoa redige, tem que selecionar frases pensando no leitor, com o propósito de ser claro, para não confundir.

No quarto aspecto, o estrutural, entendemos ser a inter-relação de todas as partes de um todo, pois como escreve Bernardo (2000, p, 64), "cada texto sugere esquemas diferentes". Cada estrutura textual é diferente, por exemplo: descrição, narrativa, dissertação.


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O estress na sala de aula, e suas conseqüências para a aprendizagem


O estress na sala de aula, e suas conseqüências para a aprendizagem


Rita de Cássia Menezes de Mattos


Resumo: O objetivo deste artigo é socializar aos docentes de Educação Infantil, a temática ainda pouco divulgada, sobre o estress na sala de aula, bem como suas conseqüências para á aprendizagem; de modo que estes profissionais possam agir com propriedade e autonomia diante dos fatores que contribuem para o desencadeamento do estress na sala de aula. As pressões atuais sobre as crianças para crescerem depressa começam desde a infância. Uma delas é a pressão por uma aquisição intelectual precoce. A causa do estresse sempre esteve presente na sala de aula, mesmo de forma camuflada, o aluno demonstra que algo está errado ou mal explicado, seja no relacionamento com a família com os professores ou mesmo com os colegas. A maior dificuldade dos professores em detectar o estress nas crianças é as sua semelhança dos sintomas com o mau comportamento, rebeldia e até hiperatividade. Sendo assim, se faz necessário conhecimento de como lidar com as crianças estressadas na sala de aula, pois pode não ser o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, e sim estress. O instrumento de socialização sugerido é a realização de oficinas¹ com os docentes, na busca de fazer com que esses professores conheçam ou aprimorem os conhecimentos sobre os fatores que podem desencadear o estresse na sala de aula.

(1) Atividade sugerida pela autora, em projeto de intervenção apresentado como discente na disciplina Fundamentos Biológicos da Educação, sob a orientação da Prfª Kenya Anjos, no curso de Pedagogia 3º semestre na Universidade Estadual de Feira de Santana.


Palavras Chaves: estress infantil/sala de aula/mau comportamento/

O estress infantil

O estress é um estado de tensão emocional que produz um estado psicológico desagradável caracterizado por distúrbio do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, etc. Quando nosso cérebro se manifesta de forma independente de nossa vontade, interpretar alguma situação como ameaçadora (estressante), todo nosso organismo começa a desenvolver uma série de alterações denominadas em seu conjunto, de Síndrome Geral da Adaptação ao Estress, onde todas as respostas corporais e psicológicas tendem a entrar em estado de alerta geral, ou seja, todo organismo é envolvido sem que haja uma exclusividade ou especificidade de algum órgão em particular, assim cita a Revista PsiqWeb, em seu caderno especial sobre o estress, esses são alguns dos sintomas desse mal que atinge também crianças... Nas últimas décadas, mudança nos níveis da sociedade passou a exigir do homem, da mulher e da criança uma grande capacidade de adaptação física, mental e social.
As pressões atuais sobre as crianças para crescerem depressa começam desde a infância. Uma delas é a pressão por uma aquisição intelectual precoce. Várias décadas atrás, a precocidade era encarada com desconfiança. Segundo Elkind (2004), a criança prodígio - assim se pesava - transformava-se em um adulto neurótico; daí a expressão "amadurecimento precoce, deteriorização precoce!". Diziam-se aos pais que se eles não começassem a ensinar as crianças quando pequenas seria perdida uma oportunidade para a aprendizagem. "As crianças precisam de tempo para crescer, para aprender e para se desenvolver. Trata-las diferente dos adultos não é discriminá-las, mas reconhecer sua condição especial" (ELKIND, 2004).

Estress na sala de aula

A causa do estresse sempre esteve presente na sala de aula, mesmo de forma camuflada, o aluno demonstra que algo está errado ou mal explicado, seja no relacionamento com a família com os professores ou mesmo com os colegas. Isso nos dias atuais tem sido tema de pesquisa de psicólogo, neurologista e, preocupação da família, de diretores e professores. Uma sociedade que cobra o cidadão a contemplação de várias habilidades é a mesma que contribui para que as crianças não suportem a pressão e cobranças dos adultos a sua participação nas diversas atividades que não condizem com a estrutura física e psicológica da criança.
Além das responsabilidades do estudo da convivência na escola, a criança hoje vive em uma sociedade que exige um sujeito competente e que possua um alto índice de conhecimento, ao mesmo tempo essa sociedade apresenta um percentual de marginalidade e violência muito grande, fazendo assim, surgir sintomas desencadeantes para o estresse na sala de aula. A criança passa a demonstrar vários medos, falta de concentração, agressividade, irritação constante ou momentos de isolamento, mudanças bruscas de comportamento e outros males que atingem as crianças em idade escolar.
Segundo reportagem da revista Nova Escola, edição 167, do mês de novembro de 2003, o excesso de atividades (cursos, esportes e outros) causadores do estresse na classe média alta, também atinge a criança das classes populares que precisa trabalhar cada vez mais cedo seja para ganhar dinheiro e ajudar a família ou cuidar de irmãos mais novos, ir para escola com fome, viver em locais que trazem riscos e não ter quem ajudem nas tarefas escolares. Mesmo assim a sociedade cobra delas desempenho e responsabilidade.


O uso de medicamentos

Esse quadro de instabilidade e estresse nas crianças tem levado muitos pais a procurar nos consultórios médicos soluções rápidas, para resolver problemas que muitas vezes possuem um histórico de comportamento familiar ou de afetividade. Em reportagem na Revista Época, dezembro de 2006 diz: "Estamos dando remédios demais para as crianças"? Mostra os riscos de uma geração que toma remédio até pelo mau comportamento, tem contribuído para que crianças iniciem precocemente o uso de substancias químicas (drogas) desde muito sedo para que consigam ter aprendizagem, segurança e bom comportamento. "Parece que a medicina tem o poder de curar tudo. Ninguém pode ter uma decepção, ficar triste. Hoje todos querem uma pílula" diz o neurologista Eduardo Genaro Mutarelli, professor da USP.
De acordo com o psicólogo Bob Jacobs, essa geração tem crescido encorajada a fazer uso de drogas psiquiatras antes mesmo de descobrir suas emoções, inseguranças e frustrações, que sendo de forma sadia contribuem para a formação do indivíduo. A ciência não tem como diagnosticar com precisão e detectar o transtorno, fazendo assim só uma avaliação comportamental da criança. Isso tem contribuído para que muitas crianças estejam sendo medicadas sem que haja necessidade.
Muitos desses medicamentos pode até ajudar no início do tratamento, porém os efeitos colaterais e danos futuros não podem ser previstos, pois, "hoje já se sabe que os lobos frontais - a região do cérebro que gerencia os sentimentos e pensamentos - não ficam completamente maduros antes dos 30 anos". Com isso tem deixado cientistas em alerta sobre o uso de medicamentos mais usados por crianças e adolescentes como a Ritalina e o Prozac e outras que possuem efeitos maléficos em longo prazo.

Professores atentos

A maior dificuldade dos professores em detectar o estress nas crianças é as sua semelhança dos sintomas com o mau comportamento, rebeldia e até hiperatividade. Segundo Marilda Lippe, diretora do Centro Psicológico de Controle de Estress, situada na cidade de Campinas - São Paulo, a qual (CALVALCANTE, 2003), faz referência afirma que o estress não é uma doença, mas um conjunto de reações físicas e psicológicas que senão tratadas a tempo podem resultar em doenças". É por isso que os professores devem está atentos aos seus alunos na sala de aula, para que possam ajudá-los de forma correta, uma vez que, estão mais próximos das crianças. Vale ressaltar que o professor não é habilitado para tal diagnóstico, o educador pode se tornar um facilitador para tal compreensão e futura ajuda mediante o problema em questão. Na verdade, o reconhecimento das necessidades especiais de um grupo e a acomodação a essas necessidades são as únicas maneiras de lhe garantir realmente igualdade e oportunidade.
Sendo assim, se faz necessário conhecimento de como lidar com as crianças estressadas na sala de aula, pois pode não ser o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, e sim um comportamento usado para chamar atenção das pessoas, nada que um pouco mais de atenção e afetividade não possam resolver, visto que "a elaboração da agressividade é tão importante quanto à da afetividade na vivência transferencial pedagógica para fazer o vinculo emocional professor-aluno a grande condição de aprender a amar o saber na Pedagogia Simbólica Junguiana" (BYINGTON, 2003). Afinal, os problemas enfrentados pelas crianças hoje são muito mais do que elas podem suportar e identificá-lo no seu estado nascente é a grande contribuição social do educador.

Referências


BYINGTON, Carlos Amadeu Botelho. A construção amorosa do saber: O fundamento e a finalidade da Pedagogia Simbólica Junquiana - 1ª.ed. - São Paulo: Religare, 2003.

ELKIND, David. Sem tempo para ser criança: a infância estressada. Trad. Magda França Lopes - 3ª.ed. - Porto Alegre: Artmed, 2004.

Revista Época - edição 446 - dezembro de 2006. SEGATTO, Cristiane; PADILLA, Ivan; FRUTUOSO, Suzane. Infância Medicada. (caderno de saúde)

Revista Nova Escola On-line - edição número: 167 - novembro de 2003. CAVALCANTE, Meire. Calma, isso pode ser estress. E tem jeito. (http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/167_nov03/html/estresse) último acesso em (30/11/06).

Revista PsiqWeb - Caderno especial Estress. Estress
(http://www.psiqweb.med.br/cursos/estresse.html) último acesso em (11/12/06).


*Graduanda do curso de Pedagogia 4º semestre, da Universidade Estadual de Feira de Santana/UEFS.

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Dicas para sala de aula.

5 dicas para criatividade em sala de aula*

Todos nós sabemos que a competição é uma característica inerente ao ser humano. Desde a infância, na escola, em casa ou com os amigos, precisamos ser os melhores. No ambiente de trabalho não é diferente: buscamos o melhor desempenho. Está sempre presente uma cobrança velada para que sejamos "perfeitos", pois somente assim seremos reconhecidos. No mundo do esporte, o exemplo é ainda mais presente, pois o atleta que fez o impossível para atingir o seu objetivo é aquele que consegue o retorno, com seus momentos de glória.

A experiência tem demonstrado que a busca pela informação deve ser sempre motivada, desde cedo, para que o senso de pesquisa seja internalizado e a obtenção dos dados seja como um esforço desprendido. Sem perder de vista a qualidade de ensino e a adequação de conteúdos à realidade em permanente evolução, o educador precisa buscar novas alternativas, incluindo atrativos capazes de motivar o educando.

Fazendo uma analogia com esses fatos, verifica-se que, via de regra, as pessoas estão constantemente apostando em suas ações, objetivam um retorno e buscam a motivação para seguir em frente.

Baseada nesse sentimento, acredito que o professor que adota em sua metodologia um instrumento criativo para desenvolver os seus conteúdos estará criando, automaticamente, um agente motivador que fará com que a aprendizagem seja conduzida e encarada como uma meta a ser conquistada na busca de um prêmio, o aprendizado.

Anote as seguintes dicas, faça as devidas adaptações à sua realidade e procure colocá-las em prática:

  • Use jogos educativos e atividades lúdicas em suas aulas.
  • Aproveite todo o ambiente escolar.
  • Busque auxílio nos meios de comunicação.
  • Valorize a opinião dos seus alunos.
  • Solicite uma avaliação das suas aulas aos seus alunos.


Usando criatividade em sala de aula, o professor desperta maior interesse nos educandos pela aprendizagem. Você é capaz! Vamos tentar?

*Maria Luiza Kraemer


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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Nossa Língua Portuguesa. Risco de vida ou risco de morte?


Risco de vida ou risco de morte?

Um educado leitor escreve para estranhar que esta página utilize a expressão risco de vida, alegando que um professor de renome já corrigiu este equívoco de uma vez por todas: "É risco de morte, pois só pode correr risco de vida um morto que está em condições de ressuscitar". Sinto dizer-te, meu polido leitor, mas não é bem assim que funciona. A experiência me ensinou a suspeitar, de antemão, de tais "descobertas" adventícias, feitas por essas autoridades que aparecem para me anunciar, com aquele olhar esgazeado do homem que viu a bomba, que eu estive cego e surdo todo esse tempo. Talvez não saibas, mas o Brasil assiste agora a uma nova safra desses Antônios Conselheiros da gramática: volta e meia, aparece um maluco disposto a reinventar a roda e a encontrar "erros" no Português que já era falado pela avó da minha bisavó e pelos demais antepassados - incultos, cultos ou cultíssimos. O que esses fanáticos não sabem (até porque, em sua grande maioria, pouco estudo têm de Lingüística e de Gramática) é que, mesmo que a forma que eles defendem seja aceitável, a outra, que eles condenam, já existia muito antes do dia em que eles próprios vieram a este mundo para nos incomodar.

Os falantes do Português sempre interpretaram esta expressão como a forma elíptica de "risco de perder a vida". Ao longo dos séculos, todos os que a empregaram e todos os que a ouviram sabiam exatamente do que se tratava: pôr a vida em risco, arriscar a vida. Assim aparece na Corte na Aldeia, de Francisco Rodrigues Lobo; nas Décadas, de João de Barros; em Machado ("Salvar uma criança com risco da própria vida..." - Quincas Borba); em Joaquim Nabuco; em Alencar; em Coelho Neto; em Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós; na Bíblia, traduzida por João Ferreira de Almeida no séc. 17 ("Ainda que cometesse mentira a risco da minha vida, nem por isso coisa nenhuma se esconderia ao rei" - II Samuel 18:13); e assim por diante. Além disso, nossas leis falam em "gratificação por risco de vida", o Código de Ética Médico fala de "iminente risco de vida" e o dicionário do Houaiss, no verbete "risco", exemplifica com risco de vida. E agora, meu caro leitor? Achas mesmo que o teu renomado professor, se pudesse entrar em contato com o espírito de Machado ou de Eça, teria a coragem de dizer-lhes nas barbas que eles tinham errado durante toda a sua vida literária - e que ele estava só esperando a oportunidade para dizer o mesmo para Camilo Castelo Branco, Joaquim Nabuco e outros escritores que não tinham tido a sorte de estudar na mesma gramática em que ele estudou?

Nota, porém, que a defesa que faço do risco de vida não implica a condenação do risco de morte, que também tem seus adeptos - entre eles, o padre Manuel Bernardes e o mesmo Camilo Castelo Branco, que, nesta questão, acendia uma vela ao santo e outra ao diabo. Na maioria das vezes, seu emprego parece obedecer a um critério sutilmente diferente, pois esta forma vem freqüentemente adjetivada (risco de morte súbita, de morte precoce, de morte indigna) ou sugere uma estrutura verbal subjacente (risco de morte por afogamento, de morte por parada respiratória, de morte no 1º ano de vida, etc.) - ficando evidente a impossibilidade de optar por risco de vida nessas duas situações. Como se vê, somos obrigados a reconhecer que também é moeda boa, de livre curso no país, a única a ser usada em determinadas construções - mas não é um substituto obrigatório do consagradíssimo risco de vida. Aliás, a disputa entre as duas formas não é privilégio nosso, pois ocorre também no Inglês (risk of life, risk of death), no Espanhol (riesgo de vida, riesgo de muerte) e no Francês (risque de vie, risque de mort).

O equívoco da renomada (famigerada?) autoridade que mencionas, prezado leitor, foi acreditar ingenuamente que a nossa língua existe para expressar nosso pensamento, devendo, portanto, obedecer aos critérios da lógica - teoria que andou muito em voga lá pelo final do séc. 18 e que foi abandonada junto com a tabaqueira de rapé e o chapéu de três bicos. Por este raciocínio, se enterro um prego na madeira e enfio a linha na agulha, não poderia enterrar o chapéu na cabeça e enfiar o sapato no pé (e sim a cabeça no chapéu e o pé no sapato...); um líquido ótimo para baratas deveria deixá-las alegres e robustas, e não matá-las. A língua não pode estar submetida à lógica porque é incomensuravelmente maior do que ela, já que lhe cabe também exprimir as emoções, as fantasias, as incertezas e as ambigüidades que recheiam o animal humano. O Português atual, portanto, é o produto dessa riquíssima mistura, sedimentada ao longo de séculos de uso e aprovada por esse plebiscito gigantesco de novecentos anos, que deve ser ouvido com respeito e não pode ser alterado por deduções arrogantes e superficiais.

Fonte: Sua Língua, Pergunte ao Doutor, Cláudio Moreno.



http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/risco_vida_risco_morte.htm
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Como Organizar sua Monografia




Como Organizar sua Monografia

Prof. John W. Chinneck
Depto. de Engenharia de Sistemas e de Computação
Universidade de Carleton
Ottawa, Canadá

e-mail: chinneckatscedotcarletondotca

Última revisão: 29 de Setembro de 1999
(A versão original deste documento data de 1988, e está sujeito a pequenas revisões periódicas)

Local de disponibilização deste documento:

http://www.sce.carleton.ca/faculty/chinneck/thesis.html

Tradução da língua inglesa para o português por Américo Eleutério de Oliveira Costa (aeoc06@hotmail.com) e Vitória Pureza (vpurezaatdepdotufscardotbr).

Introdução

Este documento tem como objetivo orientar o aluno na organização de sua monografia, cuja redação é elemento central para obtenção de um título em nível de pós-graduação. Para saber como organizar uma monografia, você deve primeiro entender os apectos envolvidos em atividades de pesquisa na pós-graduação. Pretende-se, portanto, que este documento seja uma ferramenta útil tanto no início do programa de pós-graduação como mais tarde, ao redigir a monografia.

O que é Pesquisa na Pós-Graduação

O que distingue a pesquisa na pós-graduação é a contribuição original ao conhecimento. A monografia é um documento formal cujo único propósito é provar a realização de uma contribuição original ao conhecimento. O insucesso em provar que tal contribuição foi realizada geralmente leva ao insucesso.

Para este fim, sua monografia deve mostrar duas coisas importantes:

  • você identificou um problema de valor, ou uma pergunta que ainda ninguém pode responder, e,
  • você resolveu o problema ou respondeu à pergunta.

Sua contribuição ao conhecimento geralmente está na solução do problema ou na resposta à pergunta .

O que é a Monografia na Pós-Graduação

Como o propósito da monografia na pós-graduação é provar que se realizou uma contribuição original e útil ao conhecimento, os examinadores lêem sua na monografia buscando respostas para as seguintes questões:

  • que tipo de pergunta o aluno fez?
  • é uma boa pergunta ? (já foi respondida alguma vez ? é uma pergunta que vale a pena explorar ?).
  • o aluno me convenceu que a pergunta foi respondida adequadamente ?
  • o aluno realizou uma contribuição adequada ao conhecimento?

Uma descrição muito clara da pergunta é essencial para se provar que você fez uma contribuição original e de valor ao conhecimento. Para provar a originalidade e o valor da contribuição, você deve apresentar uma revisão exaustiva da literatura existente sobre o tema, e de temas estreitamente relacionados. Então, através de uma referência direta à revisão da literatura, você deve demonstrar que a pergunta (a) não foi respondida previamente, e (b) que vale a pena respondê-la. Descrever como você respondeu à pergunta é geralmente mais fácil de escrever, uma vez que você esteve intimamente envolvido com os detalhes ao longo de sua pós-graduação.

Se a monografia não fornece respostas adequadas para algumas questões mencionadas acima, provavelmente você estará sujeito a ter de realizar revisões extensas ou a não ser aprovado na ocasião da defesa do trabalho. Por esta razão, a estrutura genérica da monografia apresentada a seguir foi elaborada com vistas à enfatizar as respostas àquelas questões com uma organização da monografia e títulos de seções adequados. A estrutura da monografia é genérica, podendo ser usada em qualquer monografia. Mesmo que alguns professores prefiram outro tipo de organização, os elementos essenciais de qualquer monografia não mudam. Algumas notas adicionais acompanham a estrutura apresentada.

Lembre-se sempre que a monografia é um documento formal: cada elemento deve estar no lugar apropriado, e deve-se eliminar a repetição de informações em lugares diferentes.

Uma Estrutura Genérica de Monografias

1. Introdução

Deve-se incluir uma introdução geral sobre o que se trata o trabalho – ou seja, a introdução não é meramente uma descrição do conteúdo de cada seção. Resuma brevemente a pergunta (a ser detalhada mais a frente), descreva algumas das razões de ser uma pergunta de valor, e talvez inclua uma apreciação geral de seus principais resultados. A introdução é uma visão panorâmica acerca das respostas das principais questões respondidas na monografia (veja acima).

2. Conhecimento prévio (opcional)

Pode haver necessidade de se incluir uma breve seção fornecendo revisões sobre conceitos relevantes especialmente se o trabalho envolver dois ou mais campos de conhecimento clássicos. Isso contempla a situação em que os leitores não têm qualquer experiência com parte do material necessário para compreender a sua monografia, de forma que você precisa dar este material a eles. Um título diferente do que o aqui utilizado para esta seção geralmente soa melhor, por exemplo, "Uma breve revisão de Álgebra de Frammis.”

3. Revisão do Estado da Arte

Nesta seção deve-se incluir uma revisão do estado da arte relevante para a sua monografia. Novamente, um título diferente pode ser mais apropriado; por exemplo, “O Estado da Arte dos Algoritmos de Zylon". A idéia é apresentar as principais idéias no estado da arte até o momento (a análise crítica das mesmas é considerada mais a frente), mas sem incluir material sobre as suas próprias e brilhantes idéias.

A seção deve ser organizada por idéia, e não por autor ou por publicação. Por exemplo, se existem três abordagens principais para Algoritmos de Zylon até o momento, pode-se organizar subseções para cada abordagem se necessário:

3.1 Aproximação iterativa de Zylons
3.2 Peso estatístico de Zylons
3.3 Abordagens baseadas em Teoria de Grafos para manipulação de Zylon

4. Questionamento da Pesquisa ou Descrição do Problema

Monografias de engenharia costumam fazer referência a um “problema” a ser resolvido onde outras disciplinas consideram uma “pergunta” a ser respondida. Em ambos os casos, esta seção deve incluir três partes principais:

1. Uma descrição concisa da pergunta tratada em sua monografia.
2. Justificativas de porque sua pergunta não foi respondida previamente, fazendo-se
referência direta à seção 3.
3. Discussões de porque vale a pena responder a esta pergunta.

O item 2 acima é onde se analiza a informação apresentada na seção 3 (revisão do estado da arte). Por exemplo, talvez o seu problema consista em “desenvolver um algoritmo de Zylon capaz de tratar problemas de grande porte em tempos computacionais razoáveis” (você deve também explicar o quer dizer com “grande porte” e “tempos razoáveis” na descrição do problema). Na análise do estado da arte você deve mostrar como cada classe das abordagens atuais falha (por exemplo, que uma dada classe pode tratar apenas problemas de pequeno porte ou que os tempos computacionais são excessivos). Na última parte desta seção, você deve explicar porque é útil ter um algoritmo de Zylon rápido para problemas de grande porte, por exemplo, descrevendo aplicações onde o mesmo possa ser utilizado.

Uma vez que esta é uma das seções cujo conteúdo os leitores estarão particularmente interessados, ela deve ser ressaltada, usando-se a palavra “problema” ou “pergunta” no título; por exemplo, “Descrição do problema”, ou quem sabe algo mais específico como “O Problema do Algoritmo de Zylon para exemplos de grande porte”.

5. Descrição de como se resolveu o problema ou como se respondeu a pergunta

Esta seção da monografia tem um formato muito mais livre. Ela pode ter uma ou várias seções e subseções. Entretanto, seu propósito é único: convencer os examinadores que você respondeu a pergunta ou resolveu o problema descrito na seção 4. Assim, mostre o que de relevante foi feito para responder a pergunta ou resolver o problema: se existirem passagens obscuras ou inconclusivas, não as inclua a não ser que sejam especificamente relevantes para demonstrar que você respondeu a pergunta da monografia.

6. Conclusões

Geralmente a seção de Conclusões compreende três partes, e cada uma delas merece uma subseção separada:

1. Conclusões
2. Resumo de Contribuições
3. Pesquisa Futura

Conclusões não são um resumo desconexo da monografia: elas devem consistir de declarações curtas e concisas das inferências obtidas com a realização do trabalho. É útil organizá-la na forma de parágrafos curtos e numerados, apresentados em ordem decrescente de importância. Todas as conclusões devem estar diretamente relacionadas com a pergunta descrita na seção 4. Exemplos:

1. O problema descrito na seção 4 foi resolvido: como demonstrado nas seções ? a ??, foi desenvolvido um algoritmo capaz de tratar problemas de Zylon de grande porte em tempos computacionais razoáveis.

2. O principal mecanismo necessário no algoritmo de Zylon melhorado é o mecanismo de Grooty.

3. Etc.

O Resumo de Contribuições será procurado e cuidadosamente lido pelos examinadores. Aqui você deve listar as contribuições de sua monografia que de fato atualizam o corpo de conhecimento da área. Obviamente, a monografia em si deve substanciar quaisquer declarações feitas nesta seção. Pode existir alguma superposição com a seção de Conclusões, o que não representa problema. Mais uma vez, é melhor utilizar parágrafos numerados e concisos. Organize-os em ordem decrescente de importância. Exemplos:

1. Desenvolveu-se um algoritmo muito mais rápido para problemas de Zylon de grande porte.

2. Demonstrou-se pela primeira vez o uso do mecanismo de Grooty para os cálculos de Zylon.

3. Etc.

A subseção de Pesquisa Futura é incluída para que pesquisadores que venham a ler o seu trabalho possam se beneficiar das idéias geradas enquanto você estava trabalhando no projeto. Mais uma vez, é bom utilizar parágrafos concisos e numerados.

7. Referências

A lista de referências está estreitamente relacionada à revisão do estado da arte apresentado na seção 3. A maioria dos examinadores revisam sua lista de referências procurando os trabalhos mais importantes da área, de forma a se assegurarem de que foram listados e referenciados na seção 3. Na realidade, a maioria dos examinadores também procuram suas próprias publicações se elas fazem parte da área temática da monografia, portanto, as inclua. Além disso, a leitura das publicações dos examinadores geralmente lhe dará pistas acerca do tipo de perguntas que eles provavelmente lhe farão.

Todas as referências devem estar referenciadas no corpo principal da monografia. Note a diferença de uma Bibliografia, a qual pode incluir trabalhos não diretamente referenciados no texto. Organize a lista de referências em ordem alfabética pelo sobrenome do autor (preferível) ou pela ordem de citações na monografia.

8. Apêndices

O que é escrito em apêndices? Qualquer material que impeça o fluxo contínuo e suave da apresentação, mas que seja importante para justificar os resultados da monografia. Geralmente é o material demasiadamente detalhado para ser incluído no corpo principal da monografia, mas que deve ser disponibilizado para consulta de forma a convencer suficientemente os examinadores. Alguns exemplos incluem listas de programas, imensas tabelas de dados, provas matemáticas ou derivações, etc.

Comentários acerca da Estrutura da Monografia

Mais uma vez, a monografia é um documento formal projetado para endereçar as duas perguntas principais dos examinadores. As seções 3 e 4 mostram que você escolheu um bom problema e a seção 5 mostra que você o resolveu. As seções 1 e 2 conduzem o leitor para o problema e a seção 6 ressalta o principal conhecimento gerado por todo o exercício.

Note também que tudo o que os outros fizeram está cuidadosamente separado de tudo aquilo que você fez. Saber quem fez o quê é importante para os examinadores. A seção 4 (Descrição do Problema) é a linha divisória óbvia, razão pela qual ela é incluída no meio deste documento formal.

Primeiros Passos

A melhor maneira de iniciar sua monografia é preparar um esboço estendido. Começa-se construindo um Sumário (ou Conteúdo), listando cada seção e subseção que você pretende incluir. Para cada seção e subseção, escreva uma breve descrição de seu conteúdo. O esboço inteiro deve ter de 2 a 5 páginas de extensão. Você e seu orientador devem então rever cuidadosamente este esboço: Existe material desnecessário (ou seja, não diretamente relacionado à descrição do problema)? Remova-o. Falta algum material ? Adicione-o. É menos doloroso e mais eficiente tomar tais decisões neste estágio inicial, ao invés de após muito material já ter sido escrito e tiver que ser descartado.

Quanto tempo leva para escrever uma monografia?

Muito mais do que você imagina. Mesmo depois da pesquisa em si ter sido terminada -- modelos construídos, cálculos completados -- é aconselhável reservar pelo menos um semestre completo para escrever a monografia. Não é o ato físico de digitar o texto que toma tanto tempo, mas o fato de que escrever uma monografia requer a completa organização de seus argumentos e resultados. É durante esta formalização de resultados em um documento bem organizado e capaz de resistir ao escrutínio dos examinadores especialistas é que você descobre os pontos vulneráveis da monografia. A correção destas vulnerabilidades é o que toma tempo.

Também é provável que esta seja a primeira vez que seu orientador veja a expressão formal de conceitos que podem ter sido aprovados previamente de uma maneira informal. Estes são os momentos em que se descobrem equívocos ou limitações do que foi acordado informalmente. A correção destas dificuldades toma tempo. Se você está fazendo sua pós-graduação em um país cuja língua não é a sua língua materna, você pode ter dificuldades em comunicar suas idéias, o que requer várias revisões do texto. Além disso, orientadores às vezes demoram para revisar e devolver os rascunhos.

Resumindo: Disponha de bastante tempo. Um trabalho feito às pressas tem conseqüências dolorosas durante a defesa.

Dicas

Sempre tenha em mente a formação e o perfil do leitor. Quem é o seu público? Quanto é razoável esperar que eles saibam sobre o tema antes de ler a sua monografia? Geralmente, eles conhecem bem o problema geral, mas não tiveram como você, o envolvimento íntimo com seus aspectos mais detalhados durante os últimos anos: explique os conceitos novos e difíceis claramente e por completo. Às vezes ajuda se imaginar explicando suas idéias para uma pessoa real que você conheça e que possua formação apropriada.

Não faça com que os leitores tenham de trabalhar duro! Isto é extremamente importante. Você sabe para quais poucas perguntas os examinadores necessitam de respostas (veja acima). Escolha títulos de seções adequados e expresse-se de forma a dar-lhes tal informação claramente. Quanto maior o esforço exigido dos examinadores para que entendam o seu problema, sua defesa do problema, sua resposta ao problema, suas conclusões e contribuições, menor será a chance dos mesmos terem uma postura positiva em relação ao seu trabalho, e mais provável que sua monografia necessite de revisões extensas.

Um corolário da discussão acima: é impossível ser excessivamente claro! Explique as coisas com cuidado, resalte as partes importantes por meio de títulos apropriados, etc. Há uma quantidade enorme de informações em sua monografia: assegure-se de dirigir os leitores às respostas das perguntas importantes.

Lembre-se que uma monografia não é uma estória sendo contada: monografias geralmente não acompanham a cronologia daquilo que você tentou. É um documento formal projetado para responder somente algumas poucas perguntas importantes.

Evite usar frases como "Claramente, este é o caso..." ou "Obviamente, se deduz que..."; elas implicam que se os leitores não entendem é porque são muito estúpidos. Eles podem não ter entendido porque a explicação é ruim.

Evite declarações pretensiosas (como “o software é a parte mais importante de um sistema computacional”) que, na realidade, apenas refletem sua opinião pessoal e que não são substanciadas pela literatura ou pela solução que você apresentou. Os examinadores gostam de identificar frases como estas, e fazer perguntas como, “Você pode demonstrar que o software é a parte mais importante de um sistema computacional ?”

Nota sobre Programas de Computador e Outros Protótipos

O propósito da sua monografia é documentar claramente uma contribuição original ao conhecimento. Você pode desenvolver programas de computador, protótipos, e outras ferramentas como forma de provar suas idéias, mas lembre-se, a monografia não é sobre a ferramenta, é sobre a contribuição ao conhecimento. Ferramentas tais como programas de computador são produtos bons e úteis, mas você não pode obter um título de pós-graduação somente pela ferramenta. A ferramenta deve ser usada para demonstrar que você fez uma contribuição original ao conhecimento; por exemplo, através de seu uso, ou pelas idéias que através dela são materializadas.

Dissertações de Mestrado vs Teses de Doutorado

Existem diferentes expectativas em relação a dissertações de mestrado e teses de doutorado. Esta diferença não está no formato, mas no significado e no nível da descoberta como evidenciado pelo problema a ser resolvido e pelo resumo de contribuições; uma tese de doutorado necessariamente requer a resolução de um problema mais difícil e, consequentemente, contribuições mais substanciais.

A contribuição ao conhecimento de uma dissertação de mestrado pode estar em uma melhoria incremental em uma área do conhecimento, ou na aplicação de técnicas conhecidas em uma área nova. O doutorado, por sua vez, deve ser uma contribuição substancial e inovadora ao conhecimento

http://www.sce.carleton.ca/faculty/chinneck/thesis/ThesisPortuguese.html
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