sábado, 4 de dezembro de 2021

The Drifters - On Broadway

Assassinada pelo pai, vive eternamente com o PaiHoje é dia de Santa Bárbara,


Hoje é dia de Santa Bárbara, virgem e mártir.

Bárbara nasceu em Nicomédia, na região da Bitínia, na Ásia Menor, e viveu durante o século III. Seu pai Dióscoro, um homem rico e ciumento, resolveu trancá-la em uma torre, onde ela passou toda a sua infância e adolescência sendo instruída por tutores e observando o mundo de uma janela.

Quando atingiu a idade de 17 anos, seu pai apresentou-lhe diversos pretendentes, todos rejeitados por sua superficialidade ou interesse. Autorizada pelo pai a visitar a cidade, teve contato com cristãos de Nicomédia, apaixonou-se pela Santíssima Trindade, converteu-se e foi batizada.

Quando Dióscoro descobriu sobre sua conversão, entregou-a ao juiz local para ser punida, mas nem sob cruéis torturas ela renegou sua fé. Foi então condenada à morte, e o próprio pai, tomando a espada do juiz, degolou-a. No mesmo instante em que isso ocorreu, ele foi fulminado por um raio.

Santa Bárbara é modelo de perseverança na fé, sobretudo entre os jovens, e sua história não nos deixa esquecer que haverá um tempo, talvez não muito distante, em que, pela fidelidade a Cristo, estarão “o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe” (Lc 12:53).

Invocada contra raios e tempestades, Santa Bárbara é considerada Padroeira dos artilheiros, arquitetos militares e mineiros.

Santa Bárbara, rogai por nós!

 

O brilho de Bárbara

 

Pelo pai numa torre enclausurada,

bem triste a bela Bárbara vivia,

até que liberada, um certo dia,

 

a visitar o burgo, revelada

foi-lhe a Trindade, e agora, aprisionada

passou a Ela viver com alegria.

Porém, seu pai maldoso, em fúria impia,

mandou-a para ser martirizada,

 

e, não contente, a espada da injustiça

empunhou ele próprio, e a degolou,

ao que no mesmo instante ali provou

 

do Pai Celeste a autêntica Justiça,

c’um fulminante raio, enquanto a filha,

ao Céu alçada, para sempre brilha.


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DOSE DE FÉ | Bárbara

 

"TERCEIRA VIA"Chegada de leão, saída de cão ― A tragédia do juiz candidato

Com a biografia emoldurada pela classe média ex-petista, antipetista e protopetista, o ex-juiz e ex-ministro tem diante de si o desafio de aprender a ser contrariado
2 de dezembro de 2021 por Cristian Derosa
“O Brasil não precisa de um líder com a voz bonita”, admitiu Sérgio Moro em seu discurso de filiação ao Podemos, com sua costumeira voz fraca, transparecendo insegurança, quase como se estivesse sempre à beira do choro. E completou: “mas de líderes que ouçam e atendam a voz do povo”. A estratégia era afastar o candidato do estereótipo que a voz associa, o do homem fraco e inseguro.
Como juiz e funcionário público, Moro demonstrou diversas vezes sua dificuldade de enfrentar a contrariedade, o que poderá prejudicar a eventual carreira política. Sua pré-campanha tem na biografia e na autoimagem o desafio mais difícil.
A carreira de Sérgio Moro foi meteórica. Começou como um astro da justiça, incandescente, implacável e popular, para cair inexperiente na cova política das negociações e sucumbir diante da primeira contrariedade. De magistrado técnico a menino mimado, Moro saiu do governo depois de ser cobrado publicamente pelo presidente numa reunião por sua omissão diante das prisões ilegais contra cidadãos na pandemia. Aquela humilhação pública não parecia combinar com a biografia tão laboriosamente construída.
Mas a gota d’água da reunião apenas concluiu uma série de desaforos que a imagem do então herói nacional vinha sofrendo, como quando foi criticado diante da tentativa de nomear a ativista desarmamentista Illona Szabo para um cargo no ministério. Ligada ao grande financiador da extrema-esquerda no mundo, Geroge Soros, Szabo foi rejeitada pela ala conservadora então atuante no governo, após o alerta de sites e redes sociais da base. A imagem de técnico e anti-ideológico fora maculada. “Este governo não te valoriza”, deve ter dito a esposa Rosângela.
A tentativa da nomeação de Szabó não foi um flerte isolado com o globalismo. Em sua tese de doutorado, Moro já havia defendido o ativismo judicial em nome de “valores” que os senhores do mundo consideram elevados e dignos do destino do homem. Como o elogio de Moro à decisão da Suprema Corte norte-americana no caso emblemático Roe versus Wade, que legalizou o aborto no país.
Sua esposa Rosângela já havia manifestado a opinião favorável ao aborto nas redes sociais, para espanto de alguns conservadores que ainda admiravam o “juiz antipetista”. Talvez tenham sido as palavras da esposa que o foram conduzindo para a maior exposição de sua verdadeira personalidade.
Moro havia se exonerado do pódio da sua vida, a magistratura. Havia deixado para trás a sua galinha dos ovos de ouro na expectativa de se tornar um ícone, quem sabe fazer história, no combate à corrupção. A saída do governo sinalizou o início de uma longa queda. Aparentemente, tudo estava ameaçado e parecia ter sido um imenso equívoco. Um erro que era preciso disfarçar e desviar do foco para fazê-lo parecer uma vitória. Uma tarefa hercúlea que ocupará a quase totalidade do programa de sua eventual campanha.
A imagem do herói que havia aprisionado o monstro Lula no fundo do mar despencou. Foi maculada pelas atitudes (e a falta delas) do então ministro que já não era mais herói. Tanto a sua ousada auto-exoneração em aparente sacrifício patriótico, quanto a entrada na política, tudo estava, na verdade, apoiado no fugaz elogio vindo da classe média brasileira, sempre seduzida por um juiz técnico, uma estampa de homem correto.
Ao sair do governo, acusando o presidente de interferir na Polícia Federal que julgava a sua milícia privada desde a Lava Jato, acabou sendo acusado de Judas e visto como um fracassado. Humilhado, com a imagem arranhada e ofendida, chegou a comemorar a prisão dos apoiadores do governo pelos inquéritos persecutórios do STF, perdendo a estampa do técnico jurídico ao associar-se às fileiras do estamento. Fora do poder institucional, Moro buscou abrigo no poder real: na mídia dos globalistas, os mestres com os quais flertou no doutorado.
O zelo com a biografia, explicitado numa das icônicas frases que precederam (e precipitaram) a sua brusca saída do governo, pode ser uma das marcas mais características do que representa o ex-juíz Sérgio Moro. Elevado à posição de herói nacional por sua atuação aparentemente técnica da Operação Lava Jato, a imagem do juiz vestido de Super-Homem varreu o país que já havia feito o mesmo com o ex-ministro Joaquim Barbosa.
É impossível entender a imagem de Sérgio Moro sem perceber a Lava Jato como uma espécie de Liga da Justiça, elevada a patrimônio nacional da classe média antipetista que desejava ver Lula preso pelo maior crime que povoa o imaginário dessa elite: a lavagem de dinheiro, a propriedade de um triplex…
Nascido em Maringá, interior paranaense, Moro é filho de professores e cedo trilhou o caminho da magistratura, talvez ambicionando uma biografia digna de ser contada. A biografia carece de relações políticas ou ideológicas e é marcada por um tecnicismo jurídico e acadêmico. É aí que reside a grande aposta do seu marketing eleitoral. A carreira técnica é cara à elite brasileira que sempre viu o desenvolvimento e a prosperidade do primeiro mundo com olhos de cachorro em frente ao açougue.
Foi como professor universitário substituto que conheceu Rosângela, com quem casou e teve dois filhos. Da carreira acadêmica até a magistratura, a busca pela relevância profissional pode explicar a defesa do ativismo modernoso de Dworking, guru que ocupa lugar de destaque na carreira do ministro Barroso (ao lado de Felipe Neto e João de Deus).
Mas o juiz maringaense só chamou a atenção a partir da operação Lava Jato, quando chegou ao cume da carreira ao ser retratado na série O Mecanismo, da Netflix. Na série, Moro é um juiz implacável, durão e discreto, que anda de bicicleta com proteções e toma decisões difíceis de maneira impassível. Os espectadores da série engoliram a imagem que a realidade acabou desconstruindo. A imagem do homem correto, juiz técnico, foi sendo aos poucos enterrada pela do homem inseguro e egocêntrico que tropeça na própria biografia na tentativa de salvá-la.
Agora, se a Lei da Ficha Limpa permitir que Moro seja mesmo candidato, a sua imagem se consagrará como o seu maior desafio, seu maior problema.
Como candidato, Moro apostará exatamente na desconstrução de si mesmo como estratégia de construção do personagem: o homem correto, cumpridor das leis, técnico, impassível e seguro. Enfim, o personagem enriquecido pela estética da série. Tudo para esconder a face do bajulador das grandes narrativas, das forças poderosas e utopias mais hegemônicas em nome da construção de uma verdadeira torre de Babel que se tornou a sua inefável biografia.
 
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Professor João Maria andarilho O Que o Senhor Acha Dos Cursos De Tecnólogo

A MORTE DE MANFRED E MARÍSIA VON RICHTHOFEN | Investigação Paralela

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Médico patologista neuromuscular e neurologista, Dr. Beny Schmidt falou sobre a imposição do Passaporte Sanitário em São Pau



Na sexta-feira (26), durante a “Audiência Pública contra o Passaporte Sanitário” e a favor do Projeto de Lei 668/21 (Lei Bruno Graf), realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), o Dr. Beny Schmidt concedeu entrevista ao Esmeril News.

Dr. Beny Schmidt, médico neurologista e patologista muscular, é chefe do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele e sua equipe são responsáveis pelo maior acervo de doenças musculares do mundo, com mais de dez mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético – a distrofina.

Possui larga experiência na área de medicina esportiva, na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. Foi um dos criadores do primeiro Centro Científico Esportivo do Brasil, atual Reffis, do São Paulo Futebol Clube, e do CECAP (Centro Esportivo Clube Atlético Paulistano).

Autor da recente obra “O Médico” (compre aqui), que reúne casos reais de pacientes com doenças complexas, o Dr. Beny Schmidt revela uma prosa leve e linguagem de fácil acesso, que em algumas passagens consegue construir as cenas em nosso imaginários, gerando as mais diversas emoções.

Medicina Humanista

Se como autor não deixa a desejar, enquanto médico possui mais de quatro décadas de experiência e é adepto da chamada “Medicina Humanista” – que se define pela frase “foco no paciente, não na doença”.

De acordo com o especialista, esse ramo da medicina defende que cada paciente deve ser enxergado enquanto indivíduo e portador de um código genético único, devendo os protocolos hospitalares e médicos se pautarem a partir dessa compreensão.

A doença não deixa de ser tratada, tampouco de receber atenção, porém, o médico se preocupa em não deixar que o ser humano à sua frente perca a esperança e se preocupa em adequar o tratamento à sua genética, buscando as melhores respostas médicas possíveis, que aumentem a qualidade de vida do paciente.

 

Entrevista

Agora que apresentamos rapidamente o nosso entrevistado, com suas qualificações e filosofia, passemos à entrevista.

Qual a opinião do Doutor sobre o Passaporte Sanitário?

Ainda há muita incerteza sobre o Passaporte Sanitário e a verdade só poderá vir à tona quando as autópsias – no Brasil e no mundo inteiro – forem liberadas. Porque o que aconteceu, menina, é que nosso governador [João Dória] e os juízes da mais alta Corte conseguiram ‘proibir as autópsias’.

Como a não realização de autópsias deveria afetar a decisão de se impor o Passaporte Sanitário?

De repente, ninguém mais no Brasil realiza autópsias, sendo que a base da medicina é a anatomia patológica, e um atestado de óbito sem o estudo de autópsia praticamente não tem valor acadêmico.

E quanto às estatísticas de mortes pela Covid-19, essenciais na argumentação favorável ao Passaporte Sanitário, deveriam ser colocadas sob suspeição?

A verdadeira taxa de letalidade do Covid-19 só poderá surgir na literatura mundial, a partir do momento que as autópsias no mundo sejam liberadas. E não tem papo!

É possível a transmissão do vírus através de ‘objetos infectados’?

Se eu tirei a bateria do meu celular, ele pode funcionar? Pois com o vírus é a mesma lógica. Como um vírus intracelular, pode se manter estruturado fora da célula? Eu desafio qualquer médico do mundo; qualquer político do planeta, a me provar que um vírus intracelular pode se manter estruturado fora da célula.

Qual a experiência do Doutor nesse ramo da medicina (patologia) que estuda o impacto das doenças em células, tecidos, órgãos etc., e está intimamente relacionada à questão das autópsias?

Meu nome é Beny Schmidt e sou chefe-fundador da patologia neuromuscular da Escola Paulista de Medicina entre 1982 e 1984.

 

Há verdadeiramente duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe.

A ciência consiste em saber; em crer que se sabe reside a ignorância

— Hipócrates

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