A assafétida é uma planta muito comum no oriente médio, possui um cheiro marcante, é muito utilizada em pó na culinária e na medicina ayurvédica (também na chinesa e até homeopática), com muitas propriedades terapêuticas.
A planta é da família das Apiaceae, também conhecida como férula, funcho-gigante ou esterco-do-diabo.
Como citamos, a especiaria normalmente é comercializada em pó e basta uma pequena quantidade no preparo de comidas. É muito utilizada na substituição do alho e cebola.
Se você já teve a oportunidade de fazer uma refeição em um restaurante indiano ou com inspiração na culinária indiana, provavelmente já provou o sabor dessa peculiar especiaria.
Explicaremos logo abaixo como usar essa especiaria oriental que vem ganhando espaço na culinária ocidental.
Benefícios da Assafétida na saúde
A assafétida é uma planta medicinal conforme já mencionamos. Possui um poderoso agente digestivo, limpa a flora intestinal, destruindo até mesmo vermes.
Seus benefícios atuam no tratamento de diversas desordens como:
- Gases
- Gastrite
- Dispepsia
- Síndrome do cólon irritável
- Tosse forte
- Catarro
- Vermes
- Cólicas intestinais
- Convulsões
- Hipertensão
- Bronquite crônica
- Asma.
Porém, como muitos produtos medicinais, é preciso tomar cuidado com superdosagem: O uso de uma dose muito alta pode causar edema labial, e queixas gastrointestinais – arrotos, flatulência e diarreia; mal-estar e dores de cabeça.
Cultivo e fabricação da assafétida
A especiaria provém da goma da resina que vem da seiva seca extraída do caule e raízes da planta. A resina é branca-acinzentada quando fresca, mas seca é de cor âmbar. A resina assafétida é difícil de utilizar e passa por um processo tradicional de trituração rudimentar com pedras e martelo.
Atualmente, a forma mais comumente comercializada é de forma composta: um pó fino contendo 30% de resina assafétida, juntamente com farinha de arroz (ou farinha de trigo) e goma arábica. Desta forma, inclusive, o cheiro característico dela, é bem mais suave, até mesmo agradável, lembrando muito um tempero baseado em cebola e alho.
Uma curiosidade, é que na Índia, é usado especialmente pela casta mercante dos hindus e por adeptos do jainismo (e até os Hare Krishnas), que, justamente, não comem cebola ou alho. É usado na maioria dos pratos vegetarianos e principalmente em lentilhas, tanto para adicionar sabor e aroma, como para reduzir a flatulência (característico da digestão de leguminosas).
Como usar a assafétida como tempero
Costuma-se usar 1/2 colher de café. Vá aos poucos. Experimente.
É muito importante usá-la durante o refogado (com manteiga ghee ou outra gordura saudável de sua preferência), pois é no aquecimento do pó na gordura que soltam-se as propriedades da especiaria. Da mesma forma em que no Brasil costuma-se pré-refogar cebola e alho antes de despejar na panela o alimento que será preparado.
A assafétida confere um sabor muito especial a diversos preparos:
- Leguminosas como feijões, lentilhas, grão de bico, ervilhas, etc.
- Verduras
- Arroz
- Risotos
- Molhos
…todos os preparos ganham um toque especial com essa especiaria.
A Assafétida e seus nomes no mundo a fora
Seu odor pungente resultou em ser chamado por muitos nomes desagradáveis. Assim, em francês é conhecido (entre outros nomes) como Merde du Diable. Em alguns dialectos do inglês também era conhecido como Devil’s Dung, e nomes equivalentes podem ser encontrados na maioria das línguas germânicas (por exemplo, Teufelsdreck em alemão, Dyvelsträck em sueco, Duivelsdrek em holandês, Afrikaans em Duiwelsdrek). Também em finlandês, como Pirunpaska ou Pirunpihka. Em turco, é conhecido como Seytantersi, Seytan bökösu ou Seytanotu (a erva do diabo). Em muitas das línguas indo-arianas é conhecido como hing ou “Heeng”.
Assafétida na Umbanda
A umbanda também usa assafétida e acredita que ela tem o poder de bloquear energias negativas. É usada em processos de defumação de ervas ou ainda em spray, na forma de fluído.
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